From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 19
....?


Notas iniciais do capítulo

Oi, galera estou novamente muito triste, tem 2 leitores que seguem essa hist e nunca(um deles deixou um a pouco tempo) deixam review. Vocês que lêem sem deixar reviews sabem muito bem que falo de vcs. Tomem vergonha nessa poha de cara e vão toma no cú pq eu me mato pra escrever e tenho 5 leitores, só tres deixam reviews.
E no dia que eu parar de escrever de odio saibam que a culpa é de vcs seus merdas.



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    A faca brilhava, linda e convidativa.

    Eu já não sabia a direção. Estava a procura de um fim pra toda a maldita dor que me invadia.

    A vida dessa forma não valeria. Sem Tim eu simplesmente não conseguiria ir pra frente.

    Por isso a faca estava na minha mão. Eu ia tentar algo que talvez diminuísse todo o sofrimento.

    Me sentia abandonada em um mundo, sozinha. Queria que alguém estivesse comigo para me ajudar, mas parecia que eu estava realmente sozinho. Sem meu irmão, sem minha mãe, sem meu pai; meus amigos não poderiam ajudar. Eu só queria o que eu nunca mais poderia ter:   Tim.

    Estava na casa de Tim, aquele lugar que me trazia lindas lembranças daquele homem perfeito, eu tive tão pouco tempo com ele, tão pouco tempo. Queria que ele voltasse, viesse para mim, estar ao meu lado. Mas existem coisas que não voltam atrás. E diante dessas circunstancias decidi acabar com essa vida miseravelmente ridícula que eu vinha vivendo. Não sabia se encontrarei Tim no lugar para onde vou, mas só quero ir pra um lugar diferente desse. Um lugar onde eu não tenha que preocupar com onde dormirei porque todos me deram as costas. Estava cansada de sentir aquela tristeza. Cansada de ser traída, por Noah, por meus pais, por John e agora por Tim. Sabia que ele não tinha escolha, que ele não escolheu me deixar, mas é que... que ele deixou. Me deixou aqui sozinha. E não o culpo, de forma alguma, eu só sei que agora não tenho muitas saídas, agora que já peguei a faca e morrer ou não morrer.

    E tudo dentro de mim diz, morrer.

    Mas onde cortaria? Qual o melhor lugar pra cortar e morrer logo?

    Claro, então coloquei a faca no pescoço, era lá que iria fazer um profundo talho.

    Respirei fundo, o mais fundo que consegui.

    E apertei.

    Senti uma ardência.

    Um turbilhão de pensamentos invadiu minha mente. Era isso que Tim quereria para mim? Será que ele aprovaria essa atitude? E minha mãe? E o desgraçado do Noah, ele queria que eu morresse? E Lippe, Lippe meu melhor amigo, quereria? Matt aprovaria? Melissa com certeza acharia que sou pior do que ela! O que eles achariam? Quantos chorariam no meu velório? Quanto sofrimento minha atitude poderia acarretar?

    − NÃO!!! − Urrei tirando a faca do pescoço.

    Já tinha feito um belo corte pelo qual o sangue fluía molhando minha roupa; mas não sentia dor, sentia desespero. Puro desespero.

    Minha cabeça estava bagunçada e eu não tinha direção. Estava tudo turvo coberto pela nevoa do desespero.

    Olhei ao redor. Sim eu estava sozinha.

    Comecei a chorar, as lagrimas se misturavam com o sangue fazendo uma dança macabra por meu corpo. Eu estava suando, suando frio. Minhas roupas estavam molhadas e cheias de sangue, e talvez lagrimas também. Eu tinha que conter o sangramento senão chegaria ao meu objetivo. Mas como fazia isso?

    Corri pro banheiro e fui ver o que tinha feito. Era um corte consideravelmente grande, mas não tão fundo. O sangue descia de fininho, nem rápido nem devagar. Tinha que conter aquilo. Então corri para provavelmente o único que fosse me entender:  Phillipe.

    Como as casas eram próximas cheguei lá rápido, ainda bem que não havia ninguém na rua. Se tivesse eles pirariam de ver uma garota com o pescoço cortado e sangrando segurando um mísero pedaço de papel higiênico, tentando com ele conter o sangramento. Tragicamente cômico.

    Phillipe abriu a porta. Quando ele percebeu o que eu tinha feito ele entrou em desespero.

    Me puxou para dentro e ligou para uma ambulância pedindo socorro urgentemente, enquanto isso ele me sentou no sofá fazendo milhares de perguntas. Não precisava responder, ele podia ver a resposta em meus olhos.

    Ele se sentou ao meu lado.

    − Mel, sei que deve tar doendo, mas não faz isso, por favor. Olha, Tim era o cara mais importante na sua vida, eu sei; mas não destrua a sua vida pelo fim da dele. Lembre dos bons momentos. E ele já tinha te contado que isso ia acontecer né? − Então balancei a cabeça afirmativamente. − Pois bem, você já sabia; sei que na pratica é pior do que na teoria, mas Tim com certeza pediu para você seguir sua vida em frente, ir pelos seus caminhos. Então, faça-o.

    Olhei para Lippe. Ele era com certeza um bom amigo, mas ele não entendeu os reais motivos de minhas lagrimas.

    − Eu não tenho mais ninguém. − Disse.

    Ele me olhou horrorizado. − Ae!? E eu sou ninguém?! − Ele me olhava fixamente. − Mel, se o seu problema é que não quer voltar pra casa, fique aqui. Com tudo isso minha mãe não vai poder nem recusar. Olha se é isso eu to aqui; você sabe que eu to. Só não diz que não tem ninguém, sei que a barra ta pesada entre você e sua família. Mas eu to aqui, eu sou seu melhor amigo e pode saber que eu vô estar sempre.

    Olhei para ele, então ouvimos o barulho da ambulância chegando. Agora era a hora de cuidar do meu novo machucado.

 

    Depois de varias coisinhas para desinfetar a ferida eles fizeram curativos, e é claro perguntaram quem eram meus responsáveis. Menti que era meu irmão que estava trabalhando e que ele me deixou com meu primo Phillipe. Eles ainda bem aceitaram a explicação.

    Seguimos para casa. Mais tarde seria o funeral de Tim.

    Eu decidi que não iria, ver eu ávido Tim parado e morto não me faria bem. Não agüentaria fazer aquilo, não vê-lo daquela forma novamente. Lippe tentou me convencer a ir, mas eu insistia em não querer.

    Então ele decidiu que também ficaria.

    Eu ainda estava confusa, tudo era tão estranho sem Tim. Parecia que o mundo perdera as cores, parecia que agora tudo era simplesmente lixo, que nada fazia sentido. E não fazia.

    Eu queria fugir pra longe, onde tudo isso fosse passado.

    − Pensando no que?

    − Na vida sem o Tim.

    − Existia uma vida sem o Tim antes. Porque agora também não pode?

    Olhei para Lippe. − Porque eu o amo.

    − Também amava John.

    Fiquei confusa. − Não com a intensidade que amei Tim.

    − Também amava sua mãe, e pelo que sei não fez isso quando ela morreu. − Fiquei nervosa. − Mas é verdade, só sabemos a dor quando sentimos, você se esqueceu da dor que sentiu por sua mãe. E logo esquecerá da do Tim.

    − Nunca.

    − Nunca esquecerá o amor, mas a dor esquecerá. E tem que seguir em frente. A vida é composta por morte também, você tem que entender que é assim.e sempre será. Durante nossa vide vemos pessoas morrerem e nascerem. E sempre será assim. Tem que se acostumar. Vai doer? Vai; mas é a vida, e por mais ruim que seja, é assim.

    Palavras certas, colocações perfeitas, mas como aplicar?

    − E como faço isso...?

    − Eu não sei. Só você é quem sabe. São seus caminhos Mel. Você pode escolher ficar aqui parada no tempo chorando por Tim, ou pode escolher seguir sua vida, ainda o amando, ainda querendo estar ao seu lado. Mas siga sua vida.

    Então fiz minha escolha. Não seria nem um pouco fácil.

    − Vou seguir.

    − Então que tal irmos a escola amanhã?

    Olhei pra ele, não estava nesse ponto ainda.

    − Haaam...

    − Nada de “Hams” decidiu agora agüenta. Vamos pra escola amanhã.

    Então acabou assim, iria a escola no dia seguinte.

 

    Naquela tarde fui em casa buscar minhas roupas. Entrei pela porta com Lippe, sempre de cabeça erguida. Não dei explicações para nenhum deles, John me olhava fixamente, assustado com o corte no pescoço. Eu fui até o quarto e recolhi minhas coisas de qualquer jeito.

    Sai daquele inferninho sem dizer uma palavra. Eles não eram mais minha família.

 

    Me vesti rapidamente e eu e Lippe fomos para a escola. Ao chegar lá todos me olharam, isso por parte de eu ter faltado tanto tempo, por parte pelo curativo no pescoço e por maior parte pelo cabelo preto. Cabelo do qual eu me orgulhava.

    Lippe me deixou na porta da sala e eu entrei, não sabia se conseguiria recuperar esse ano, mas tentaria. Matt entrou em colapso quando viu a nova Mellody. Ele ficou doidinho e acabou me fazendo rir com toda aquela loucura dele.

    Prestei atenção na aula, e logo ela acabou.

    Fui procurar Lippe, Noah estava no meio do caminho.

    Olhei para ele. O melhor pra fazer era ignorar.  E foi o que fiz, passei direto como se ele não estivesse lá.

    Encontrei Lippe e fomos juntos pra casa. Era a hora de iniciar minha vida novamente.

    Hora de tentar arrumar tudo que foi bagunçado.


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Notas finais do capítulo

pequeno mas mt coisa



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