From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 13
Timothy


Notas iniciais do capítulo

Eu dividi o cap em 3 pra ver se ficava melhor, é que é muita informação para só um cap



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    Melissa se levantou limpando a boca e olhou para mim.

    Não precisava de explicações eu sabia o que ela estava fazendo, eu sabia mas isso não significava que eu aceitaria isso normalmente. Melissa continuou me olhando sem palavras; nenhuma de nós precisava de explicações. Eu me virei e desci as escadas correndo.

    Melissa veio atrás de mim, mas eu não liguei. Eu admito, não sabia o que fazer.

    Peguei minha mochila e saí da casa de Melissa, eu não tinha rumo só queria não pensar no que vi.

    − Mellody! Espera, olha não corre de mim!!!

    Corri para fora e nem olhei para trás.

    Resolvi ir para casa; estava mais perdida do que cego em tiroteio. Acreditem isso era um dos problemas mais difíceis que eu já havia enfrentado.

    A morte da minha mãe havia sido desesperadora; porem esse era um problema que passava, era algo com o qual eu sabia lidar. Já com a Melissa eu simplesmente não sabia o que fazer, eu não sabia se devia ajudar, não sabia se não devia ajudar... Enfim, eu não sabia o que fazer.

    Durante um minuto eu parei e olhei para os lados.

    − Se eu for para casa vai ser o primeiro lugar onde Melissa vai me procurar − Disse a mim mesma. Então peguei meu celular. − John?

    − Eu? − John indagou parecendo confuso.

    − Sim, olha eu não to na casa da Melissa. Rolou um impasse entre eu e ela e eu fui embora; eu não vou para casa agora. Vou fazer uma visita a um amigo... Nos vemos depois. Vou desligar o celular.

    Então nem dei tempo de ele falar. Desliguei o telefone e me lembrei do endereço do meu amigo. Por muita sorte eu tinha levado dinheiro comigo, peguei-o e fui para um ponto esperar.

 

    Bati na porta e logo fui atendida.

    − Mellody? − Phillipe perguntou.

    − Sim, eu. Phillipe eu tava dando uma volta e passei aqui perto, resolvi te visitar. Se não puder me receber eu entendo.

    − Claro que posso te receber! − Ele disse animado − Entra. Olha só minha mãe ta aqui, vamos para a sala de TV. Me diz onde você tava antes de vir pra cá?

    − Sim... eu digo.

    Talvez fosse um erro falar para ele sobre Melissa para o Lippe, mas ele era um grande amigo. E alem do mais eu realmente precisava de desabafar.

    − Lippe acho melhor irmos para seu quarto. É um assunto bem pessoal.

    − Ok.

    Então fomos para o quarto dele.

    Era um quarto bem arrumado. Os moveis eram brancos e novos. Sobre a cama jazia um coxa azul marinho muito bonita. Havia varias prateleiras que abrigavam vários livros, entre eles estava o livro Ring. Em uma escrivaninha tinha um computador de ultima geração. O guarda roupa era branco com os outros moveis, só que as portas eram de vidro; através deles era possível ver as roupas bem arrumadas em cabides. As paredes do quarto eram azul bebe. Livros e mochila da escola estavam jogados sobre a cama.

    − Sente-se − Disse ele gesticulando para a cama.

    − Phillipe, a Melissa tem bulimia. − Por algum motivo meus olhos se encheram de lagrimas. − Eu descobri hoje, não sei o que fazer.

    Então comecei a chorar.

    − Mel, você não pode fazer muito. Isso é um problema dela. Só tem uma coisa a fazer: conversar com ela sobre isso; tentar convencê-la de que isso é errado. − Ele me abraçou se sentando ao meu lado − Só não chore.

    Fiquei durante algum tempo ali. Quando a mãe do Lippe percebeu que eu chorava e trouxe um suco para mim e para Lippe.

    − Mel que tal se parássemos de chorar e fossemos ali na casa do meu primo?

    − Você tem um primo por aqui?

    − Sim, vamos lá?

    − Ta...

    Então saímos da casa de Lippe e fomos andando pela rua. Chegamos a um portão azul. Lippe bateu na porta; então um garoto meio parecido com ele abriu.

    − Mel esse é o Sam, meu primo.

    − Oi Sam − Disse envergonhada.

    − Em primeiro lugar, PHILLIPE MEU NOME É SAMUEL! Você mel pode me chamar de Sam.

    − Está irritado Sammy? − Phillipe perguntou caindo na gargalhada.

    − Não estou irritado, só te odeio Phillipe!

    − Mel, é uma longa história. E o Sammy não me odeia.

    − Lippe para de me chamar de Sammy! Merda! Odeio isso.

    − Ok. Ta eu e a Mel podemos entrar?

    − Sim.... Mas Melissa ou Milliany ou Maria Elisa, me responda, você é namorada do Lippe? − perguntou ele franzindo o cenho.

    − Em primeiro lugar, meu nome é Mellody. E não, não sou namorada do Lippe.

    − Hum... Okay! Entrem. − Sam disse.

    A casa era grande e como imaginava os meninos correram para jogar Guitar Hero e me deixaram sozinha. Tomei liberdade e fui andando pela casa, vi uma porta de vidro e logo apressei-me para abri-la. A seguinte visão foi inebriante.

    Era um imenso jardim. Flores de todas as cores me cercavam, a minha frente havia um caminho de samambaias, o caminho dava em uma fonte em forma de cascata. Crisântemos amarelos cobriam o chão formando um pequeno campo  ao meu lado. Peixes nadavam na fonte, pássaros cantavam no grande carvalho que ficava encostado no muro. O jardim era imensamente grande. Fui andando observando aquela beleza; parei quando vi uma flor azul, não conhecia nenhuma flor azul; toquei nela enfeitiçada com a beleza da linda flor, uma solitária lagrima desceu pelo meu rosto.

    Remexi em minhas lembranças, então agora sabia porque estava enfeitiçada. Aquela era a flor que minha mãe mais amava. Ela cultivava varias delas e tinha uma paixão por todas.

    Continuei chorando silenciosamente me lembrando de minha mãe. Observava a flor como se ela fosse minha mãe.

    − Myosotis alpestris... Ou não-me-esqueças  Ela é linda não? − Alguém com voz masculina perguntou.

    − Sim − Respondi nem me dando ao trabalho de me virar pra ver quem era. − Quem é você?

    − Timothy. Eu também não conheço a senhorita.

    − Mellody... sou amiga do Phillipe, ele me trouxe aqui. − Ainda não olhava para ele. Estava encantada com a flor.

    − Ah, sim.

    − Me desculpe se eu não podia vir aqui. Eles estavam jogando e me dei a liberdade de vir.

    − Não tem problema; toda beleza é feita para ser observada... Mas então, já viu todo o jardim?

    − Acho que não, aqui é grande.

    − Sim é bem grande. Venha, te mostro tudo.

    Limpei as lagrimas e me virei.

    Timothy era lindo.

    Seus olhos azuis brilhavam iluminando o rosto de pele alva. Os cabelos eram castanhos lisos, me lembravam a terra; as mechas de seu cabelo voavam batendo no rosto. Os lábios finos exibiam um sorriso discreto.

    − Estava chorando? − Ele perguntou.

    − Sim... A flor me traz boas lembranças, uma pessoa que se foi a algum tempo... − Meus olhos novamente se encheram de lagrimas.

    − Tudo bem, vejo que é um assunto delicado, Venha. − Então ele me pegou pela mão, e me guiou falando sobre cada planta que encontrávamos. − Mellody, quantos anos você tem?

    − Quatorze e você?

    − Vinte e dois.

    − Como sabe tanto sobre plantas Tim? É jardineiro?

    − Hahaha, não. Sei porque é meu hobby, é o que adoro fazer, isso me faz bem.

    − Ahn... Você é algo do Phillipe?

    − Sim, sou primo, sou irmão do Samuel.

    − Oh!

    Ele me mostrou todo o jardim. Então quando terminamos acabamos ficando sem assunto.

    − Mel o que acha de irmos tomar um chá na confeitaria da esquina?

    − Não sei, Phillipe não ficaria preocupado?

    − Vamos avisar para ele.

    Então fomos lá dentro, os dois continuavam jogando.

    − Phillipe eu e Mellody vamos na confeitaria tomar um chá.

    − Vocês já se conheciam? − Samuel perguntou intrometendo-se

    − Não, nos conhecemos lá fora. − Eu respondi.

    − Certo eu vou dar o fora as seis da tarde. Então sejam rápidos sir Ham Mister − Disse Lippe falando Ham Mister bem rápido, assim fazendo parecer Hamister.

    − Phillipe são cinco e meia. − Tim falou sem paciência.

    − Então não vão.

    − Mellody você vai dormir na casa de Phillipe? − Tim perguntou.

    Então pela primeira vez me lembrei de casa. Todos ficariam putos comigo por não ter dado noticias.

    − Não...

    − Então a gente vai, eu te deixo em casa depois.

    Olhei para Tim.

    − Ok. Beijos Lippe, a gente se vê amanhã... Hoje é sexta − Me lembrei− Nos vemos na segunda.

    Então fomos andando até a confeitaria. Ao chegarmos lá nos sentamos perto da janela. A confeitaria ficava num sobrado que era uma graça.

    Olhei o cardápio e pedi um chá de erva cidreira e um pedaço de torta de chocolate, que a propósito eu amava.

    − Então você mora com quem? − Tim perguntou

    − Com meu irmão, meu namorado, a mãe dele, e as filhas da mãe do meu namorado.

    − Não mora com seus pais? − Ele perguntou estranhando minha resposta.

    − Não, eles morreram... Quer dizer, minha mãe morreu, e meu pai nos abandonou. Então fomos morar com John meu namorado; Stacy a mãe dele; Claire namorada do meu irmão, irmã de John e filha de Stacy; Annya minha amiga, irmã de John e Claire e filha de Stacy. Enfim... Você entendeu!

    − Sim, sinto muito pelos seus pais...

    Os chás e meu bolo chegaram interrompendo Tim. Dei uma bebericada no chá e voltei a falar.

    − É difícil saber que minha mãe não voltará. E você Tim, mora com seus pais?

    − Não, moro em minha casa. É só que minha casa e ao lado da dos meus pais, então prefiro curtir minha família... enquanto posso.

    − Ahn... Você trabalha?

    − Trabalhava... então... − Ele virou a cabeça para outro lado, parecia não querer falar sobre algo ruim.

    − Olha, parece que não quer falar sobre algo; se não quiser falar tudo bem.

    Ele me olhou feliz.

    O final de tarde foi maravilhoso, Tim era extremamente agradável.

    − Venha querida, te deixarei em tua casa.

    Fomos de carro, eu fui guiando ele. Então chegamos em frente a casa.

    − Pode deixar que daqui pra frente eu vou− Disse sorrindo.

    − Vamos marcar depois de sair novamente!

    − Vamos sim!

    Então dei tchau e entrei pela porta da casa.

    − POHA MELLODY ONDE VOCÊ ESTAVA?!!! − John perguntou quase roxo de raiva.

    − Calma, eu posso explicar...


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Notas finais do capítulo

Sorry pela demora, mas agora não vai demorar tanto.
REVIEWS?



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