From The Inside escrita por lol_mandy_o_o
Notas iniciais do capítulo
Eu dividi o cap em 3 pra ver se ficava melhor, é que é muita informação para só um cap
Melissa se levantou limpando a boca e olhou para mim.
Não precisava de explicações eu sabia o que ela estava fazendo, eu sabia mas isso não significava que eu aceitaria isso normalmente. Melissa continuou me olhando sem palavras; nenhuma de nós precisava de explicações. Eu me virei e desci as escadas correndo.
Melissa veio atrás de mim, mas eu não liguei. Eu admito, não sabia o que fazer.
Peguei minha mochila e saí da casa de Melissa, eu não tinha rumo só queria não pensar no que vi.
− Mellody! Espera, olha não corre de mim!!!
Corri para fora e nem olhei para trás.
Resolvi ir para casa; estava mais perdida do que cego em tiroteio. Acreditem isso era um dos problemas mais difíceis que eu já havia enfrentado.
A morte da minha mãe havia sido desesperadora; porem esse era um problema que passava, era algo com o qual eu sabia lidar. Já com a Melissa eu simplesmente não sabia o que fazer, eu não sabia se devia ajudar, não sabia se não devia ajudar... Enfim, eu não sabia o que fazer.
Durante um minuto eu parei e olhei para os lados.
− Se eu for para casa vai ser o primeiro lugar onde Melissa vai me procurar − Disse a mim mesma. Então peguei meu celular. − John?
− Eu? − John indagou parecendo confuso.
− Sim, olha eu não to na casa da Melissa. Rolou um impasse entre eu e ela e eu fui embora; eu não vou para casa agora. Vou fazer uma visita a um amigo... Nos vemos depois. Vou desligar o celular.
Então nem dei tempo de ele falar. Desliguei o telefone e me lembrei do endereço do meu amigo. Por muita sorte eu tinha levado dinheiro comigo, peguei-o e fui para um ponto esperar.
Bati na porta e logo fui atendida.
− Mellody? − Phillipe perguntou.
− Sim, eu. Phillipe eu tava dando uma volta e passei aqui perto, resolvi te visitar. Se não puder me receber eu entendo.
− Claro que posso te receber! − Ele disse animado − Entra. Olha só minha mãe ta aqui, vamos para a sala de TV. Me diz onde você tava antes de vir pra cá?
− Sim... eu digo.
Talvez fosse um erro falar para ele sobre Melissa para o Lippe, mas ele era um grande amigo. E alem do mais eu realmente precisava de desabafar.
− Lippe acho melhor irmos para seu quarto. É um assunto bem pessoal.
− Ok.
Então fomos para o quarto dele.
Era um quarto bem arrumado. Os moveis eram brancos e novos. Sobre a cama jazia um coxa azul marinho muito bonita. Havia varias prateleiras que abrigavam vários livros, entre eles estava o livro Ring. Em uma escrivaninha tinha um computador de ultima geração. O guarda roupa era branco com os outros moveis, só que as portas eram de vidro; através deles era possível ver as roupas bem arrumadas em cabides. As paredes do quarto eram azul bebe. Livros e mochila da escola estavam jogados sobre a cama.
− Sente-se − Disse ele gesticulando para a cama.
− Phillipe, a Melissa tem bulimia. − Por algum motivo meus olhos se encheram de lagrimas. − Eu descobri hoje, não sei o que fazer.
Então comecei a chorar.
− Mel, você não pode fazer muito. Isso é um problema dela. Só tem uma coisa a fazer: conversar com ela sobre isso; tentar convencê-la de que isso é errado. − Ele me abraçou se sentando ao meu lado − Só não chore.
Fiquei durante algum tempo ali. Quando a mãe do Lippe percebeu que eu chorava e trouxe um suco para mim e para Lippe.
− Mel que tal se parássemos de chorar e fossemos ali na casa do meu primo?
− Você tem um primo por aqui?
− Sim, vamos lá?
− Ta...
Então saímos da casa de Lippe e fomos andando pela rua. Chegamos a um portão azul. Lippe bateu na porta; então um garoto meio parecido com ele abriu.
− Mel esse é o Sam, meu primo.
− Oi Sam − Disse envergonhada.
− Em primeiro lugar, PHILLIPE MEU NOME É SAMUEL! Você mel pode me chamar de Sam.
− Está irritado Sammy? − Phillipe perguntou caindo na gargalhada.
− Não estou irritado, só te odeio Phillipe!
− Mel, é uma longa história. E o Sammy não me odeia.
− Lippe para de me chamar de Sammy! Merda! Odeio isso.
− Ok. Ta eu e a Mel podemos entrar?
− Sim.... Mas Melissa ou Milliany ou Maria Elisa, me responda, você é namorada do Lippe? − perguntou ele franzindo o cenho.
− Em primeiro lugar, meu nome é Mellody. E não, não sou namorada do Lippe.
− Hum... Okay! Entrem. − Sam disse.
A casa era grande e como imaginava os meninos correram para jogar Guitar Hero e me deixaram sozinha. Tomei liberdade e fui andando pela casa, vi uma porta de vidro e logo apressei-me para abri-la. A seguinte visão foi inebriante.
Era um imenso jardim. Flores de todas as cores me cercavam, a minha frente havia um caminho de samambaias, o caminho dava em uma fonte em forma de cascata. Crisântemos amarelos cobriam o chão formando um pequeno campo ao meu lado. Peixes nadavam na fonte, pássaros cantavam no grande carvalho que ficava encostado no muro. O jardim era imensamente grande. Fui andando observando aquela beleza; parei quando vi uma flor azul, não conhecia nenhuma flor azul; toquei nela enfeitiçada com a beleza da linda flor, uma solitária lagrima desceu pelo meu rosto.
Remexi em minhas lembranças, então agora sabia porque estava enfeitiçada. Aquela era a flor que minha mãe mais amava. Ela cultivava varias delas e tinha uma paixão por todas.
Continuei chorando silenciosamente me lembrando de minha mãe. Observava a flor como se ela fosse minha mãe.
− Myosotis alpestris... Ou não-me-esqueças Ela é linda não? − Alguém com voz masculina perguntou.
− Sim − Respondi nem me dando ao trabalho de me virar pra ver quem era. − Quem é você?
− Timothy. Eu também não conheço a senhorita.
− Mellody... sou amiga do Phillipe, ele me trouxe aqui. − Ainda não olhava para ele. Estava encantada com a flor.
− Ah, sim.
− Me desculpe se eu não podia vir aqui. Eles estavam jogando e me dei a liberdade de vir.
− Não tem problema; toda beleza é feita para ser observada... Mas então, já viu todo o jardim?
− Acho que não, aqui é grande.
− Sim é bem grande. Venha, te mostro tudo.
Limpei as lagrimas e me virei.
Timothy era lindo.
Seus olhos azuis brilhavam iluminando o rosto de pele alva. Os cabelos eram castanhos lisos, me lembravam a terra; as mechas de seu cabelo voavam batendo no rosto. Os lábios finos exibiam um sorriso discreto.
− Estava chorando? − Ele perguntou.
− Sim... A flor me traz boas lembranças, uma pessoa que se foi a algum tempo... − Meus olhos novamente se encheram de lagrimas.
− Tudo bem, vejo que é um assunto delicado, Venha. − Então ele me pegou pela mão, e me guiou falando sobre cada planta que encontrávamos. − Mellody, quantos anos você tem?
− Quatorze e você?
− Vinte e dois.
− Como sabe tanto sobre plantas Tim? É jardineiro?
− Hahaha, não. Sei porque é meu hobby, é o que adoro fazer, isso me faz bem.
− Ahn... Você é algo do Phillipe?
− Sim, sou primo, sou irmão do Samuel.
− Oh!
Ele me mostrou todo o jardim. Então quando terminamos acabamos ficando sem assunto.
− Mel o que acha de irmos tomar um chá na confeitaria da esquina?
− Não sei, Phillipe não ficaria preocupado?
− Vamos avisar para ele.
Então fomos lá dentro, os dois continuavam jogando.
− Phillipe eu e Mellody vamos na confeitaria tomar um chá.
− Vocês já se conheciam? − Samuel perguntou intrometendo-se
− Não, nos conhecemos lá fora. − Eu respondi.
− Certo eu vou dar o fora as seis da tarde. Então sejam rápidos sir Ham Mister − Disse Lippe falando Ham Mister bem rápido, assim fazendo parecer Hamister.
− Phillipe são cinco e meia. − Tim falou sem paciência.
− Então não vão.
− Mellody você vai dormir na casa de Phillipe? − Tim perguntou.
Então pela primeira vez me lembrei de casa. Todos ficariam putos comigo por não ter dado noticias.
− Não...
− Então a gente vai, eu te deixo em casa depois.
Olhei para Tim.
− Ok. Beijos Lippe, a gente se vê amanhã... Hoje é sexta − Me lembrei− Nos vemos na segunda.
Então fomos andando até a confeitaria. Ao chegarmos lá nos sentamos perto da janela. A confeitaria ficava num sobrado que era uma graça.
Olhei o cardápio e pedi um chá de erva cidreira e um pedaço de torta de chocolate, que a propósito eu amava.
− Então você mora com quem? − Tim perguntou
− Com meu irmão, meu namorado, a mãe dele, e as filhas da mãe do meu namorado.
− Não mora com seus pais? − Ele perguntou estranhando minha resposta.
− Não, eles morreram... Quer dizer, minha mãe morreu, e meu pai nos abandonou. Então fomos morar com John meu namorado; Stacy a mãe dele; Claire namorada do meu irmão, irmã de John e filha de Stacy; Annya minha amiga, irmã de John e Claire e filha de Stacy. Enfim... Você entendeu!
− Sim, sinto muito pelos seus pais...
Os chás e meu bolo chegaram interrompendo Tim. Dei uma bebericada no chá e voltei a falar.
− É difícil saber que minha mãe não voltará. E você Tim, mora com seus pais?
− Não, moro em minha casa. É só que minha casa e ao lado da dos meus pais, então prefiro curtir minha família... enquanto posso.
− Ahn... Você trabalha?
− Trabalhava... então... − Ele virou a cabeça para outro lado, parecia não querer falar sobre algo ruim.
− Olha, parece que não quer falar sobre algo; se não quiser falar tudo bem.
Ele me olhou feliz.
O final de tarde foi maravilhoso, Tim era extremamente agradável.
− Venha querida, te deixarei em tua casa.
Fomos de carro, eu fui guiando ele. Então chegamos em frente a casa.
− Pode deixar que daqui pra frente eu vou− Disse sorrindo.
− Vamos marcar depois de sair novamente!
− Vamos sim!
Então dei tchau e entrei pela porta da casa.
− POHA MELLODY ONDE VOCÊ ESTAVA?!!! − John perguntou quase roxo de raiva.
− Calma, eu posso explicar...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Sorry pela demora, mas agora não vai demorar tanto.
REVIEWS?