Depois do café nos arrumamos para ir para a praia. Claire usava o menor biquíni que já foi feito na terra; Annya estava com um maiô preto; e eu, eu não sabia o que usar, então peguei um biquíni preto que não era nem grande nem pequeno. Saí do quarto e os outros estavam prontos; Stacy vestia um biquíni rosa lindo, Noah estava com uma sunga vermelha. Quase tive um ataque quando vi o tanquinho de John, ele estava com uma sunga azul e estava pegando a toalha.

    Fomos para a praia e juro que foi o melhor dia da minha vida, nos divertimos muito e descobri que não existia desastre maior do que Noah e John juntos querendo fazer graçinhas.

    Eu e Claire estávamos nos bronzeando quando Noah e John resolveram nos pegar e nos jogar no mar, foi o dia mais louco do mundo.

    De noite assistimos uns filmes que Stacy tinha comprado, foi bem legal; como já esperava John se sentou ao meu lado e me abraçou.

    Tudo que é bom acaba rápido, agora nós estavam em casa nos arrumando para o dia seguinte na escola, John estava morto de sono por ter ido dormir tarde durante o feriado.

    No dia seguinte todo mundo foi para a aula, Annya estava caindo de sono e foi durante todo o trajeto escorada em John. Hoje Stacy não pode nos levar de carro para a escola, então fomos andando em direção a escola parecendo um bando de zumbis.

    Ao chegar na sala tive a melhor surpresa do dia:   Matt estava lá.

    Corri para abraçá-lo e ele já parecia bem melhor. Fiquei muito feliz em saber que ele já havia começado o uso dos remédios. Isso era uma bela surpresa.

    Melissa veio em minha direção.

    − Mel eu to com saudades das reuniões. As meninas não vão mais e minhas outras amigas estão viajando, então você topa ir lá para casa na sexta para assistirmos filmes juntas? − Disse Melissa que estava estranhamente quieta de mais.

    − Sim, acho que sim quer dizer. Vou falar com Stacy mas provavelmente eu vou.

    − Então ta − Disse ela com um meio sorriso.

    As aulas foram um saco total, todos os alunos estavam zonzos e sem vontade de ouvir o professor. Eu e Matt ficamos conversando durante toda a aula. O sinal do recreio bateu e eu corri pra conversar com alguém que não conversava fazia algum tempo.

    Já sabia que provavelmente Lippe estaria saindo da sala agora. Parecendo um furacão fui correndo até as salas do ensino médio procurá-lo. Logo vi ele saindo sozinho da sala.

    − Oiê!!! − Disse feliz abraçando-o

    − Oi, nossa parece que faz uma eternidade que não nos falamos.

    − Hehe parece mesmo. Então, como foi seu feriado?

    − Nem um pouco interessante, não tenho nada de legal para contar. Mas e o seu foi legal?

    − Ah, sim, sim foi bem legal. Você ta bem? − Olhei percebendo que ele estava meio triste

    − Mais ou menos, não sei o que é; só não to feliz.

    − Problemas?

    − Problemas.

    Fomos na direção da cantina para comprar o lanche. Ele estava bem calado e eu não tinha assunto para puxar.

    − Você tem irmãos? − Perguntei.

    − Não. Sou filho único.

    − Isso deve ser legal − Disse imaginando minha vida sem o pentelho no Noah.

    − Nem sempre; na verdade é bem chato. Deve ser legal ter um irmão; para filhos únicos é tudo meio solitário.

    − Ahn...

    Ele abaixou a cabeça.

    − To com problemas de família. Meus pais vão se separar.

    − Serio?!

    − Sim. Eles não estavam indo bem; muitas brigas e acho que eles realmente não são almas gêmeas.

    − Isso deve ser muito ruim...

    − Se minha guarda ficar com o pai eu vou ter que ir para Londres. Se eu ficar com minha mãe fico aqui.

    − Looooondres????? − Perguntei assustada − Agora que eu vim pra cá você vai fugir de mim???

    Por muita sorte ele acabou dando um sorrisinho.

    − Se fosse por mim eu ficava sim aqui com você. Você é uma das minhas melhores amigas.

    Dei um sorrisão surpresa com a colocação dele. Então o sinal tocou e eu corri para sala para tentar copiar a tarefa de matemática.

    Os dias estavam bastante tediosos para mim, John estava atolado de trabalhos por isso a gente só se via de noite. Então a sexta logo chegou para me animar.

    Nesta sexta resolvi ir direto para a casa de Melissa; John ficou meio chateado mas logo convenci ele que não era motivo para se chatear. A mãe de Melissa não estaria lá, nem o irmão. Logo chegamos na casa de Melissa.

    − Ai hoje vai ser uma tarde tediosa! − Melissa disse.

    − Vai mesmo − Disse caindo na gargalhada.

    Almoçamos e rimos ao mesmo tempo (nunca faça isso! Eu engasguei duas vezes e quase morri).

    − Mel eu vou ali no banheiro.

    − Ok.

    Então ela foi. O telefone tocou e a secretária de Melissa atendeu.

    − Srtª Mellody é para a Melissa, a senhorita poderia levar o telefone para ela? − Ela perguntou.

    − Sim, ah e pode me chamar só de Mel! − Disse pegando o telefone sem fio.

    Fui subindo as escadas em direção ao banheiro do quarto de Melissa. Adentrei no quarto e abri a porta e abri a porta do banheiro.

    − Melissa é para....

    Melissa estava debruçada no vaso vomitando. O pior é que ela estava induzindo o vomito. Quando ela percebeu que eu estava lá ela se virou, estava pálida.

    − Mel...