Aprendendo a Amar. escrita por Lana, Juffss


Capítulo 12
Capítulo 12




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Capítulo 12

POV Rosalie

Pra variar fizemos um grande bem há humanidade caminhando horas e mais horas sem achar nenhuma saída. E não sei se era o sol forte batendo em minha cabeça entre as árvores ou o cansaço que sentia a cada passo que dava, mas eu estava ficando mal humorada. Talvez fosse TPM, eu disse talvez. Os passos de Jake eram largos, ele queria chegar logo no acampamento para ver sua namorada, e eu? Eu nem andar conseguia mais.

Minhas pernas começaram a se arrastar e eu me sentei sabendo que naquele ritmo não chegaria viva. Emmett parou a me ver fazer isso e Jake olhou para trás sem parar de andar. A pressa era tanta que ele atropelaria arvores para chegar mais rápido. Ele murmurou algo como vamos logo e Emmett ameaçou-me pegar no colo, neguei que ele fizesse isso.

- Eu quero parar um pouco.

- Vamos Rose, temos que chegar logo – Jake esbravejou.

- Vai à frente, eu fico com a Rose – Emm falou se sentando do meu lado. Jake pareceu concordar e saiu correndo para longe.

Emmett não falou nada, apenas colocou minhas pernas sobrea dele e tirou minha bota. Suas mãos acolheram meu pé e ele massageou com a mão firme, mas movimentos delicados. Gemi de dor quando ele apertou pelas primeiras vezes meu pé. Não tinha mais consciência de como doía.

Ele deve ter ficado horas massageando meus pés até que sentisse – quisesse – voltar a andar. Talvez exagerasse a respeito do tempo, mas sabia que já estava no meio de tarde e logo escureceria. O fato de pisar em algum animal durante a noite, por andar sem ver onde pisava, me assustou muito. E quando me dei por mim já estava me colocando de pé. Emmett tentou me acompanhar e ao desviar de um galho de arvore pisei torto e acabei por descer uma ladeira rolando. Havia um acampamento em baixo e só parei a me ver enrolada em uma barraca e algumas meninas olhando para mim assustadas.

Emmett desceu atrás e pelo menos foi veloz. Vi as mesmas meninas desfazerem as suas caras de assustadas e fazerem poses para ele. O ódio subiu e pareceu me domar. Eu queria sair dali e arrebentar a cara daquelas loiras de farmácias e morenas siliconadas!

Suas mãos fortes começaram a desprender o tecido da barraca do meu corpo. Ele ria divertido enquanto isso. Assim que me vi solta levantei mais que nervosa e sai andando. Olhei para trás e ele mostrava suas qualidades para aquelas meninas que... Que eu queria mandar para a China, bem longe de mim! E dele!

Caminhei alguns minutos sozinha, e Emmett me assustou quando posou seu corpo ao meu lado. Dei um pulo e um grito, mas logo voltei a minha pose seria. Ele começou a fazer perguntas sobre o motivo de ter se distanciado dele, e porque eu estava fazendo aquilo.

- Emmett quer fazer o favor de calar a boca? – perguntei nervosa.

- Por quê? – ele gritou comigo.

- Porque você me torra a paciência, e eu não vou saber pensar com você falando. – respondi o mais rude que consegui.

- E pra que você quer pensar? – ele me perguntou me tirando do serio.

- Porque estamos perdidos do acampamento, seria por isso? – perguntei sínica – Emmett, eu quero voltar, se você não percebeu. – Sai andando apressada para qualquer lado.

- Rose... – ele me chamou.

- O que é? – perguntei me virando nervosa

- O acampamento é pra lá – ele me apontou o lado oposto enquanto ria. Passei nervosa por ele caminhando na direção que ele me apontou. Pude o ver morder o lábio inferior. Ele correu tentando me acompanhar.

Caminhava cada vez mais rápido, eu estava nervosa e não sabia o porquê. Não, eu sabia o motivo. E isso se resumia as garotinhas que estavam fazendo trilha e cruzaram meu caminho e o do Emm... Como elas podiam ser tão atiradas?

- Está melhor? – ele me perguntou depois de um tempo de silêncio.

- Agora se preocupa? – joguei na cara.

- Eu sempre estive preocupado – ele falou.

- E eu finjo que acredito? – perguntei fingindo duvida.

- Por que está agindo assim? – ele me perguntou.

- Não estou agindo diferente, Emmett, eu só quero voltar para o acampamento – falei – Explicar onde estava e culpar você.

- E você sabe o que eu quero? – mais uma de suas perguntas que não se esperavam uma resposta – Eu quero me divertir. É a primeira vez que não estou pensando em nada, que não quero nada... Eu só quero me divertir. Então, Barbie, para de se queixar e me deixa aproveitar esse momento.

- Emmett... – tentei falar, porém ele me deixou para trás. – Bom saber que se eu não entregar o que você quer você vai se afastar de mim. Mas deixa eu te contar uma coisa, eu não vou sair correndo atrás de você que nem todas as outras... “Não, Emm... Volte, eu não queria ter falado isso” – imitei uma voz de uma menina qualquer – e quando você voltar ela irá te dar um beijo. Eu não sou assim, Emmett! – parei bruscamente – Oh, me desculpe por não te tratar como um rei – usei meu tom mais sínico. – Infantil – reclamei.

- Eu sou infantil? – ele perguntou nervoso – e você é o que?

- Eu? – perguntei sem entender.

- É, você... – ele fez uma pausa procurando palavras – Nos últimos dois dias não fiz mais nada do que te proteger

- Ah, jura? – perguntei sínica – Não acredito que eu estar nessa situação... – me mostrei. Minha roupa suja de lama, meus sapatos cheios de terra, a bolsa que carregava comigo acabada... –... Seja por você ter “cuidado” de mim...

- Tenho pena do seu namorado! – ele comentou.

- Quisera você ser ele! – disse o que já estava entalado em minha garganta.

- Ah, jura? – ele me perguntou.

- É, e sabe o que queria que acontecesse no dia que você admitisse? Eu queria que me afundasse na lama! Deve ser melhor... – seu rosto se aproximou do meu, o olhei nos olhos e continuei andando. Eu não estava com humor para continuar aquela discussão, e se continuasse a encará-lo naquela distância eu não conseguiria me controlar.

- Eu estou confuso – Emmett admitiu.

- O que? – perguntei nervosa sem olhar para trás e sem parar.

- Antes de encontrarmos as meninas, você estava se divertindo. Eu realmente pensei que estava gostando de mim. – ele falou convicto.

- Pensou errado – ralhei.

- Mas todas gostam de mim, por que você não gosta de mim? – ele se adiantou um pouco passando na minha frente e se virando para mim, sem parar de andar.

- Talvez seja porque pensa que todas gostam de você – falei seca.

- Mas eu sou simpático, engraçado... – ele começou a listar suas qualidades. Revirei meus olhos, eu já as sabia de cor.

- Não, elas só acham que você é galinha e que assim não vão precisar se prender. – reclamei.

- O que isso significa? – ele perguntou sorrindo.

- Que são todas idiotas – falei – Elas acham que podem te ter, e te conquistar... E você faz seu joguinho, faz o que elas querem. Pra que? Apenas para uma noite e nunca mais... Canta mulheres comprometidas, brinca com os sentimentos das mais sensíveis, nunca se importa com elas... E eu aposto que nem sabem como elas se chamam...

- Eu sei sim... – ele argumentou.

- Então diz um – o desafiei.

- Rosalie – ele sorriu troto, o olhei séria – Bem... Gabriella!

- Acabou de inventar – julguei parando.

- Está bem, eu não sei... – admitiu.

- E devo me sentir especial por você saber meu nome? – perguntei voltando a andar. – Isso não é normal... Pessoas normais saem com uma pessoa por querer estar com elas... Pessoas normais sabem os nomes das pessoas com quem elas saem...

- Por que está com Royce? – ele me perguntou... Balbuciei algo inaudível, eu mesma não sabia o verdadeiro motivo de estar com ele – É só isso que tenho a dizer... – Ele falou se virando e andando de costas para mim.

- Espera, esperai – pedi. – Está falando que eu sou como você? – perguntei parando a sua frente.

- Aceito a correção – ele falou saindo de perto de mim. – Olha, Rose... – ele parou – tem muita coisa sobre mim que ninguém sabe.

- Guarda as unhas do pé num frasco? – perguntei brincando, ele fez cara de nojo.

- Não... O que? Não – ele falou de imediato.

- Então o que? – perguntei sem demonstrar muito interesse.

- Desde o primeiro dia que... – ele parou ao meu lado, atrás dele havia folhagem alta. Ele foi chegando para trás como se procurasse coragem para dizer -... Eu te conheci... Eu só... – e ele caiu. O desespero me tomou.

- Emmett! – gritei assim que ele desapareceu no meio de tudo.

Cheguei para frente e taquei minha bolsa em qualquer lugar. Eu fiquei preocupada com ele? É, eu fiquei. E do meio das folhas ele apareceu, como um urso me segurou entre os braços e voltou a se jogar para trás. Água, meu corpo constatou ao entrar em contato com algo gelado. Era um pequeno rio que estava escondido por ali.

Emmett me pagaria. Fingir estar me afogando e gritei seu nome diversas vezes e cada vem mais urgente. Ele se assustou e se apressou em me segurar. Segurei seu pescoço o forçando para baixo e o afogando em seguida.

- Você é malvada – ele falou quando voltou a surgir à superfície.

- Você mereceu – eu ri.

Ele me tacou um pouco de água e eu devolvi a gentileza. Quando nos vi já estávamos disputando uma guerra de água. Senti-me tão criança, tão feliz e eu ria... Senti-me única. Passamos boa parte daquele dia assim, mas por fim decidimos sair e nós secar. Ficamos conversando algumas banalidades até estarmos completamente secos e o crepúsculo começar a cair. Ele havia sentado numa rocha alta e eu havia me escorado perto de uma árvore qualquer. Ficamos alguns minutos em silêncio quando o assunto desapareceu.

- Isso é tão bonito – Comentei alto.

- Eu queria ficar aqui para sempre – admitiu.

- Por quê? – perguntei perplexa.

- Porque estou cansado de todos esperarem algo de mim... – contou. – Uma noite, uma resposta... Eu queria deixar de existir de vez em quanto.

- Seus pais não fazem isso – brinquei.

- Isso é complicado... Eles querem que seja o menino bem comportado para me apresentar aos amigos da alta sociedade, eles esperam muito e não sei se conseguirei corresponder todas as expectativas... - me contou.

- Não é verdade – falei negando com a cabeça.

- Não sei, sinto que agora a vida deles se resume aos eventos da sociedade... Para eles eu deveria me incluir nisso, seria um grande salto para nossa empresa.

- E o que você acha? – perguntei.

- Eu não quero decepcioná-los.

- E você? – me preocupei.

- Eu me sinto na responsabilidade, mas não sei se conseguiria sem alguém ao meu lado... Sem alguém que me apoiasse sem pedir nada em troca... Mas não penso como amigo, eu quero alguém que a sociedade a reconheça como minha... De vez em quanto – ele riu e me fez rir junto.

- Bem... Um jantar por noite, as mesmas conversas chatas... Bolsa de valores – eu falava enquanto me levantava e caminhava até perto dele – não sei se é a vida que imagino que você deva levar. Não que eu seja uma perita em sua vida – falei sentando ao seu lado na pedra – mas me parece muito monótona para você.

- Eu não tenho alternativa – se lamentou.

- Todos nós temos alternativas – sorri – O que você quer fazer?

- Eu não sei o que eu quero fazer – admitiu.

- Eu não te compreendo – admiti.

- O quê? – ele me perguntou.

- A sua vida, ela é perfeita de mais, você tem tudo o que quer, não precisa suar e nem nada... Mas ao mesmo tempo é complicada de mais, tudo gira em torno do “não decepcionar ninguém”... É tão diferente da minha... Tudo o que faço ou digo não é por um significado público... – ele fez uma careta.

- Como nesse momento? – sorriu para mim – nesse momento não está falando por falar, ambos sentimos que podemos ser nós mesmos, que podemos confiar no outro... Não somos filhos de dois magnatas... Somos apenas nós mesmos...

- Gosta? – Perguntei.

- Gosto muito – ele me respondeu.

Ele riu e me olhou. Seus olhos me refletiam o profundo, o verdadeiro e o único... Seus olhos azuis agora me tiravam o fôlego... Suas covinhas... E uma inocência que era tão deslocada naquele rosto... Seus cachinhos... Desviei meu olhar dele... Naquele momento ele seria tudo o que pediria se me conhecesse bem o bastante para saber o que pedi.

- Eu também – respondi quando voltei a olhá-lo.

- Me conta alguma coisa? – ele pediu – Uma coisa que aconteceu com você...

- O que quer saber? – perguntei.

- Tudo – ele respondeu.

- Isso pode demorar – brinquei – vivo uma vida muito empolgante...

Ele riu e me olhou troto, de novo. Mas uma vez ele me constrangeu, mas era gostoso quando sentia seus olhos sobre mim, principalmente quando o sentia sincero como agora. Sorri e balancei a cabeça, eu deveria estar ficando louca, isso sim...

- Para com isso – pedi.

- Parar com o que? – ele me perguntou sem entender.

- Você acha que pode me conquistar com um sorriso torto e com um olhar puxado... – parei por um instante – Sempre faz isso, para todas.

- Desculpa – ele pediu envergonhado e eu ri.

- Emmett McCarty envergonhado? – perguntei divertida.

- Rosalie Lillian Hale conseguiu essa proeza – ele falou entrando na brincadeira.

- Não fale meu nome do meio – pedi – eu não gosto.

- E do que você gosta? – ele me perguntou.

- Eu gosto de muitas coisas – respondi.

- Você gosta de mim – ele falou sorrindo.

- Isso é o que você quer – falei o empurrando e saindo correndo. Ele logo veio atrás e me segurou pela mão.

- Acho que está na hora de voltarmos – ele concluiu.

É, já estava, o sol já se punha e logo ficaria escuro e impossível voltar para o acampamento. O olhei por alguns segundos a fio, eu havia me perdido por ali. Ele também me encarava, e pela primeira vez ele não tentou fazer nada. Sorri o puxando para voltarmos a andar. Peguei minha bolsa que ainda estava no chão e seguimos para o acampamento, de mãos dadas.

N/J:

Mil perdões pela demora meus lindos.

Estou aqui postando o ultimo cap. que eu escrevi ja tem alguns meses, mas que estavamos esperando passar um  tempo para que colocassemos aqui. Acho que até esperamos tempo de mais, então mil perdões.

Não vou me demorar com a notinha dessa vez, pois estou superatarefada para a volta as aulas.

Mil e um beijos, espero que gostem...

Juuh;


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