De Repente Acontece... escrita por tatyanee


Capítulo 46
Abalado..


Notas iniciais do capítulo

A cada dia que passa estou pior para escrever os nomes dos capitulo...



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POV BELLA





Acordei e o quarto já estava bastante claro, quando me acostumei com a luz forte que entrava pelas portas da varanda abertas, olhei ao redor e vi Edward, ele já estava sentado na cama com um livro fechado nas mãos. Ele olhava para a capa curioso.

Me sentei ao seu lado me espreguiçando.

Olhei para o seu rosto, e quando vi sua expressão curiosa, também fiquei curiosa, olhei para o livro que ele tinha nas mãos. Reconheci a capa, li o titulo para ter certeza, O morro dos ventos uivantes.


– Achei esse livro na varanda. É seu? – Perguntou me entregando o livro.


Pensei por um tempo, me perguntando se o livro era meu. Não podia dizer que era de Dimitre. E afinal de contas, ele havia me dado o livro, não havia?


– É meu. Devo ter esquecido lá. – Disse pegando o livro e sorrindo.


– Já leu? – Perguntou curioso.


– Ainda vou começar. E você já leu?


– Já foi uma historia muito famosa. A li varias vezes.


Me levantei guardando o livro na mochila.

Peguei minha roupa e comecei a me vestir, Edward continuou deitado me olhando.


– Linda. – Falou de repente. Corei com o elogio, enquanto ele sorria torto.


E continuei a me vestir em silencio.


– Vou descer, quero falar com Alice. – Disse quando já estava pronta.


– Cuidado, se encontrar Dimitre na escada, não fale com ele.


– Edward, relaxa, estou apenas descendo. Não vou aceitar doce de estranhos, nem entrar em um carro preto. – Falei irônica. Depois fiquei seria – É serio, eu sei me cuidar.


Ele sorriu e depois se levantou e me deu um selinho, depois beijou a minha testa, e foi para o banheiro.

Sai do quarto olhando para os lados procurando Dimitre. Ele não estava no corredor. Desci mais aliviada, não estava muito a fim de me encontrar com ele. Tudo que aconteceu na noite passada havia sido muito estranho. Desde a nossa conversa ate a minha reação com sua proximidade exagerada. Sem contar meus pensamentos confusos.

Quando cheguei à sala, Alice veio correndo, e começou a falar sem parar, sem que eu entendesse qualquer coisa. Mas ela não se importava e continuava a falar.


Então ele desceu. Tomando toda a minha atenção.

Estava vestido todo de preto, uma camiseta apertada, mostrando seu lindo corpo definido.

Com uma jaqueta de couro preta por cima, como se estivéssemos em algum lugar frio.

O sorriso debochado nunca abandonava seus lábios, estava lá sempre presente. E os cabelos loiros angelicais caiam pela testa. Os olhos vermelhos se destacando como se fossem duas rubis.


Quando me olhou, o sorriso se alargou mais, como se estivesse me cumprimentando. Depois se virou e foi falar com Carlisle.


– Ele não te dá arrepios? – Perguntou Alice, com os lábios retorcidos. – Sei lá, esse sorriso, parece que ele sempre esta brincando. Não gosto dele.


Era isso, o sorriso, um sorriso tão diferente.


– Ele não parece ser tão ruim assim. – Falei me esquecendo de que os vampiros tinham uma audição mais aguçada. Só percebi quando desviou sua atenção de Carlisle e me olhou e riu. Abaixei a cabeça desconcertada.


– Você não o conhece Bella. – Ela disse. Pelo contrario, eu sabia que ela não o conhecia, tanto quanto eu.


Na noite passada Dimitre tinha me contado muita coisa, coisas que eu tinha a certeza que não havia contado a mais ninguém.


Então Edward desceu.

Com uma camiseta branca, também um pouco apertada.

Tanto Dimitre quanto Edward, tinham um corpo incrível. Edward também estava com uma calça jeans escura e o cabelo bagunçado de uma forma sexy.

Como sempre lindo.


Ele olhou para Dimitre, depois veio ate mim. Parou na minha frente e sorriu.

Alice saiu e começou a falar com Rose.


– O que você acha de matarmos aula hoje. – De repente ele sugeriu com um sorriso sapeca.


– Matar aula? Por quê? – Perguntei curiosa levantando uma sobrancelha.


– Pensei que você fosse se animar, mas se você esta a fim de ir pra escola. – Disse dando de ombros.


– Eu quero. Não to a fim de ir pra escola, só fiquei curiosa com sua ideia repentina. Vamos matar aula.


– Melhor não, sabe não quero te levar para o mau caminho. – Disse ele brincando.


– Ah Edward, por favor, vamos. – Implorei.


– Tudo bem, aonde quer ir então?


– Não sei, vamos para o Park mesmo. Gosto muito de lá.


– Ok, vou pegar a chave do carro, e você me espera aqui.


Ele subiu as escadas.

E fui me juntar a Rose e Alice, elas conversavam sobre a gravidez de Rose. Ela já estava com praticamente três meses, a barriga estava começando a crescer, mas ainda passava um pouco despercebida. Ela e Alice conversavam sobre as coisas do bebê que queriam comprar, e que queriam minha ajuda. Alice disse que elas precisavam redecorar o outro quarto de hospedes inteiro. E Rose dizia que ficaria bom do jeito que estava. E ai começava a briga.


Logo Edward voltou, me despedi das meninas, e sai atrás de Edward. Antes de fechar a porta, olhei para trás e vi que Dimitre me observava, serio. Ele sussurrou um “até logo” então fechei a porta, e entrei no carro.

Edward dirigiu ate o Park e ficamos conversando um pouco...

Estava sentada em uma das mesas. Edward parado a minha frente, minhas pernas envolta de sua cintura. Suas mãos na minha cintura. E as minhas mãos brincavam com uma corrente em seu pescoço, enquanto conversávamos sobre qualquer coisa.

Estávamos rindo, quando de repente a expressão de Edward muda, ele fica serio. Começa a olhar para os lados como se procurasse algo.


– Edward! O que foi? – Pergunto preocupada.


– Fique em silencio. – Diz encostando o indicador nos lábios, mostrando para que eu não falasse.


Ele me solta e eu me levanto. Ele continua a olhar para os lados procurando algo.


– Precisamos sair daqui. – Ele diz me pegando pela mão e me puxando floresta adentro.


– O que ta acontecendo? – Pergunto enquanto sou praticamente arrastada por ele.


– Tem um vampiro aqui. Sinto o cheiro, e escutei os passos dele.


– Quem é?


– Não sei, não reconheci o cheiro. Vou te tirar daqui e te deixar segura.


Edward começa a andar cada vez mais rápido. Então para bruscamente, o movimento é tão repentino que bato em seu peito.

Ele me envolve com um braço bem junto ao seu corpo.


– Eu sabia que te encontraria Edward!


Edward continua paralisado.

A voz é doce e angelical. E eu tinha certeza que pertencia a uma mulher. Era um pouco parecida com a de Alice, mas tinha um sotaque diferente, uma voz agradável de se ouvir.


– Edward! – A voz o chama como se esperasse alguma reação dele.


Ele se vira, ficando de frente para ela, mas me deixa virada para ele.

Tento me mover, mas ele não me solta. Viro o pescoço para tentar vê-la. Mas Edward me mantem tão firme junto a ele que mal posso me mover. Então o aperto começa a me sufocar.


– Edward me solte, esta me machucando. – Eu sussurro para ele, e é quase que automático e os braços dele já afrouxam o aperto. E eu posso me mover. Me viro de vagar com medo de ver quem esta a nossa frente.


Olho para a mesma direção que Edward e finalmente a vejo.


Ela esta parada a pouco mais de um metro de nós.

Uma loira com os cabelos um pouco abaixo dos ombros, caindo em cachos muito perfeitos.

Está em cima de um salto alto preto, mas parece ser da mesma altura do que eu.

Uma calça de couro preto, bem colada mostra o quanto suas pernas são bonitas.

Uma blusa rosa também colada ao corpo revela a cintura fina e os seios fartos.

No pescoço um colar prata com um pingente de coração.

O rosto era como o de uma menininha, as bochechas fofas fazendo a parecer uma criança.

A pele tão branca quanto à dos Cullens. E os olhos castanhos como os de Edward. A boca era de um vermelho natural, não usava maquiagem, mas também para que maquiagem com uma beleza tão estonteante como a dela.

Em outras palavras, ela era perfeita. E eu duvidava muito que veria alguém que pudesse ultrapassar essa beleza.


– Não faz assim. Não me olhe como se eu fosse uma inimiga. Sou eu Carolline. – A voz melodiosa encheu meus ouvidos.


– Eu sei quem você é. – Disse Edward mais calmo. Parecia ate mais alegre.


– Não sabe como senti sua falta. Te procurei por todo lugar. Mas finalmente o encontrei. – Ela disse abrindo um sorriso lindo, seus dente perfeitos. – Me tornar vampira foi a melhor coisa que me aconteceu, mas estava incompleto, agora que te encontrei tudo esta completo. E agora que te encontrei nem sei por onde começar, não sei o que dizer, é tão surreal. Eu acho que...


– Por que não consigo ler sua mente? – Edward de repente a interrompe.


– Você realmente acha justo. – Disse depois de rir. – Poder entrar na mente das pessoas e saber tudo ao seu respeito, quando você é um livro fechado. Uma caixinha com cadeados.


– Por quê? – Ele pergunta novamente.


– Você não é o único a ter poderes aqui. Esse é o meu, quando me aproximo de um vampiro meu cérebro logo capta sua energia, posso saber seu dom. Então tenho a decisão de escolher, bloquear ou não.


– Então desbloqueie. – Ele meio que ordena.


Ela acena a cabeça de um lado para o outro discordando.


– Você realmente acha que vou ficar tão vulnerável assim? Então se quiser saber algo sobre mim, teremos que conversar. – Ela diz se sentando na mesma mesa que eu estava há alguns minutos atrás.


– Então vamos conversar. – Diz ele se aproximando.


Fico um pouco receosa, mas o acompanho. Paramos bem a frente dela.


– O que aconteceu com você? – Ele pergunta.


– Louise – Disse depois de pensar por um tempo. – Ela é minha “mãe” para todos os efeitos.


– Mãe? Ela é a mulher que matou a minha mãe, me matou e te matou e provavelmente matou muitos outros. Ela não é sua mãe, mãe é a mulher que chorou ao saber que sua filha havia desaparecido. Chorou ainda mais quando ela foi dada como morta. E passou sua vida inteira pensando no que poderia ter lhe acontecido. Ela é sua mãe.


– Edward, por favor. – Ela suplicou. Ele ficou em silencio, então ela prosseguiu. – Depois que você ficou.. desacordado...


– Morto. – Edward interrompeu. Ela o olhou chateada depois prosseguiu.


– Ela me viu e resolveu me transformar. Ela havia perdido a irmã há um tempo, e gostou de mim, me achou semelhante. Me transformou e depois tentou me ensinar a ser uma vampira. Mas eu me recusava a beber sangue humano. E estava ficando cada vez mais fraca e ela não queria me obrigar, mas precisava fazer alguma coisa.

"Em mais uma de suas tentativas, trouxe uma humana. Mas não me achou na casa. Correu no bosque que tinha perto e me achou me alimentando de um coelho. Foi ai que ela teve a ideia de me alimentar com sangue de animais. Acabou adquirindo a forma de comer por mim. E desde então ela não se alimenta mais de humanos."

"Então não precisa ter medo, não vou machucar a humana que esta com você – Disse inclinando a cabeça em minha direção. – Apesar de ela ter um cheiro delicioso."


– Sei que não vai machuca-la. – Edward disse com o que parecia ser à sombra de um sorriso.


– Desde então venho te procurando Edward, imaginando quando te encontraria. Tinha a certeza que estava vivo. Louise e Rachel, outra vampira que achamos e se juntou a nós, estão no Canadá, também estava lá. Mas ouvi dizer que havia um clã aqui na Califórnia. E vim verificar, tem sido assim sempre, procuro em cada lugar possível. E agora te encontrei. E estou tão feliz. – Disse sorrindo abertamente.


– Também estou feliz em te ver. – Disse Edward sorrindo, ele finalmente parecia estar baixando a guarda.


Era tão desconfortante estar ali. Ouvindo ela falar de Edward com tantas esperanças, como se tivesse a certeza que ele ainda seria dela. E ver Edward feliz me dava um pouco de insegurança.


O celular de Edward começa a tocar. Ele atende e escuto a voz de Alice nervosa.


– Edward você esta bem, eu vi...


– Estou bem Alice, te ligo depois.


– Mas e a Bella? Ela... – Não consigo escutar o que ela termina de dizer.


– Alice, depois nos falamos.


Então ele desliga. Depois de vira para mim.


– Precisamos voltar logo, ela viu o que aconteceu e esta preocupada com você.


– É sua família? – Carolline interrompe. – Quero conhece-los. Saber mais sobre você.


Ele pensa por um tempo.


– Estou de carro, posso seguir o seu, ou te dar uma carona se estiver a pé. – Ela sugeriu.


– Estou de carro. Acho que não tem problemas você ir.


– Ótimo, vou pegar o meu carro. – Diz ela já sumindo por entre a floresta.


Edward me leva para o carro em silencio. Entramos no volvo e ele começa a dirigir.


– Por que a tratou com frieza? Não esta feliz em vê-la?


Ele suspira fundo.


– Pela primeira vez não sei o que fazer. Estou meio sem reação, não esperava esse nosso encontro. É claro que estou feliz, é Carolline. Estou tão feliz quanto ela, ou talvez ate mais. Só não estou demostrando tanto quanto ela. Ainda estou meio assustado.


– Você acha que ela fica de vez, acha que ela vem morar perto de você? – Pergunto com medo.


– Não sei, já se passou muito tempo, e não vou pedir que ela pare sua vida por minha causa, ela tem uma familia. Mas gostaria de tê-la aqui comigo. Ela é como uma irmã. Eu também a amo. Quero a por perto.


Ouvir que Edward a amava era meio doloroso. Estava tão acostumada a ter aquelas palavras dirigidas somente a mim. Não queria ser egoísta, mas não queria ter que dividir o amor de Edward com ela.

Eles já haviam ficado juntos. Já se tocaram, se beijaram. E isso era um pouco demais para mim.

E agora eu não estava aceitando muito bem o fato de que ela estava de volta. E ela não parecia que iria se contentar somente com a amizade de Edward.

Nunca nem ao menos pensei em ter ciúmes de Edward. Mas agora era diferente. Antes entre todas eu sabia que Edward me escolhera, mas agora não tinha mais essa certeza.

Ela chegou bem antes de mim.

Os sentimentos de Edward poderiam mudar. E eu não queria nem pensar no que eu faria se isso acontecesse. Não tinha forças para ficar sem Edward...


Logo vi a linda BMW preta de Carolline atrás do volvo.

Edward estava mais calado do que nunca. E isso me estremecia, o que ele poderia estar pensando?

Tinha medo da resposta, mas pela primeira vez precisei fazer aquela pergunta que ele tanto me repetia.


– No que esta pensando?


– Sei lá, em tudo. Você não acha incrível eu e Carolline termos nos encontrado. Depois desse tempo todo. Estamos juntos novamente. Estou muito feliz.


Como eu já esperava ele estava pensando nela. E isso meio que me matava por dentro.

Nem dona dos seus pensamentos eu era mais...



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Notas finais do capítulo

Corri para escrever esse capitulo... Acho que finalmente estou chegando aonde quero. Não exatamente a aparição de Carolline, mas vou entrar agora em um tema um tanto dramatico.
Então os próximos capítulos serão interessantes. Quero ver vocês comentando para me animar a escrever o mais rapido possivel.
Também quero dizer que estou com 108 leitores, e isso me anima muito, mais me animaria mais ainda se eles se manifestassem. Deixar um reviewn não mata ninguém, pelo contrario, vai fazer uma autora muito feliz.
Beijoo ;*



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