Underneath The Moonlight escrita por Mercy_Dawn


Capítulo 8
Medo


Notas iniciais do capítulo

O melhor capítulo até agora, espero que gostem.



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Nota: Eu não vou escrever querido diário que nem aquelas meninas retardadas.

Love and Rockits,

Annie.

Virei a página e continuei:

Annie Carwin

5 de setembro

 

Achei que seria melhor organizar as minha idéias e as minhas hipóteses em um diário, não foi minha idéia, juro. Foi da minha mãe, achei que minha mãe sempre quisesse uma filha "Patricinha", que fizesse diários e saísse com um monte de meninos. Eu não sou assim, agora sei que é exatamente o que ela queria.

Nos últimos três dias, coisas estranhas aconeceream comigo. Eu estou apavorada!

Fiz um relato minucioso de tudo o que aconteceu comigo, ocupou umas seis folhas do meu diário. E continuei:

Será que eu estou perdendo a cabeça?

Não deixei que minha mãe soubesse de nada disso porque se não ela obrigaria-me a ir ao psicólogo de novo, e tudo que eu mais queria era que todos os psicólogos do mundo suicidassem-se. Sou realista o bastante para perceber que já que isso não vai acontecer, eu poderia rejeitar o máximo que eu conseguisse.

Eu tinha duas hipóteses:

1ª Eu realemente estava louca, neste caso, eu contaria tudo para minha mãe e até ajudaria a colocarem-me no porta-malas de uma daquelas vans brancas que levam para o hospício, ficaria amarrada à uma camisa de força para sempre.

2ª Eu tinha uma prova do quanto e não estava louca, minha mãe também tinha visto Cristopher, e se eu perguntasse se ela o viu, aposto que diria que não. Eu podia estar certa de que algua coisa está perseguindo-me e eu poderia investigar o máximo que eu pudesse. E minha mãe nunca poderia ficar sabendo disso.

Media as duas opções que tinha e pensei numa terceira.

3ª Eu poderia fingir que minha vida está ótima, se eu tivesse sonhos sombrios eu não gritaria, se eu visse Cristopher de novo eu não daria a mínima, fingiria que ele não está realmente lá. E se visse a sombra à noite, voltaria a dormir.

Eu risquei esta terceira opção, nunca poderia fingir que estava tudo bem para mim mesma, podia fingir para os outros, mas para mim não.

Lenvantei-me do chão e fui fechar a porta de meu quarto. Não queria que ninguém visse-me, queria ficar sozinha.

Larguei o diário em cima da bolsa onde estavam as minhas parituras e meus livros, e deitei-me no chão de madeira, ele cheirava a cera. Mal percebi as lágrimas que escapavam furiosamente pelos meus olhos. O que eu ia fazer?

Eu seria rotulada como louca se contasse isso para alguém. Ninguém poderia ser envolvido.

Uma esperança brotou em minha mente sem a minha permissão. E se, já que mudei de casa, tudo isso melhorasse?

Eu sabia a resposta assim que esta parte de minha mente pensou, seja lá o que for estava seguindo-me. Eu queria poder ter a resposta de tudo.  

Ouvi quando a chuva passou a uma pequena garoa lá fora, mas as fortes rajadas de vento continuavam. O banco lá fora rangia, totalmente, fora de controle. Mesmo com o frio que eu sentia, queria sentir aquele vento no rosto, sentir cheiro do Mar Morto e esquecer de tudo.

Saltei do chão em um átimo de segundo, senti minha cabeça latejar um pouco com isso, depois melhorou o sangue deve ter escorrido para baixo. Caminhei até minha janela e a abri.

O vento estava frio, mas foi tão bom sentí-lo em meu rosto. Eu queria sentí-lo também em meu braços. Tirei o casaco que meu avô tinha dado-me e fechei os olhos de frente para a janela. Ouvi meu vizinho, ou vizinha, fechando a janela de sua casa. Ouvi uma porta batendo lá embaixo.

Minha mãe tinha esquecido de fechar a droga da porta quando saiu.

Caminhei até a porta do meu quarto e a abri, continuei caminando pelo corredor e desci as escadas. Caminhei até a porta da frente e certamente não esperava o que esperava-me.

Assim que eu vi, senti que iria desmaiar. Eu era forte, mas não tanto assim. Senti minhas pernas tremerem, meu sangue gelar em minhas veias e os pêlos dos meus braços eriçarem-se.

A sombra estava lá e sorria para mim, ela veio caminhando em minha direção com aquele sorriso maligno em seu rosto. Percebi que não era extamente uma sombra, tinha muito mais massa do que isso.

Meus instintos diziam-me que eu deveria correr, mas meu medo embaçava tudo e fazia-me ficar congelada aonde eu estava.

E eu estava apavorada. Ele avançou para mim com um sorriso bondoso no rosto, pude ouvir pensamentos que não pertenciam a mim em minha mente.

Você vai ficar bem, dizia. Eu vou ser rápido. E foi quando Cristopher apareceu também em minha porta, não conseguir prestar muita atenção nele, tentava ver a pessoa que estava por debaixo daquele capuz que o fazia parecer uma sombra, mas o homem virou-se para observar Cristopher. O homem deu um sorriso forçado de cortesia para Cristopher e desapareceu na minha frente.

Era demais para mim, eu desmaiei. A última coisa que eu ouvi foi um trovão soando ao norte.

 

 

 


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