Underneath The Moonlight escrita por Mercy_Dawn


Capítulo 5
Silêncio


Notas iniciais do capítulo

Eu não consigo parar de escrever essa fic!
Eu queria agradecer á todo mundo que já leu essa fic, e também queria agradecer à Emilie Autumn por sua música "Shalott". Sei que nada tem a ver com a história, mas essa música deu-me a inspiração necessária para continuar escrevendo esta história.
Beijos para todo mundo, espero que gostem.



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Senti o chão gelado em meu rosto, quando aos poucos minha consciência voltava à mim. Pude ouvir gritos de desespero, de dor. Pude sentir meu avô tirando-me do chão frio e substituindo-o por suas mãos quentes. Pude ouvir choro e gritos de passageiros irritados para a pobre funcionária. Pude sentir a pequena brisa fria que veio em minha direção quando as portas elétricas abriram-se para nós, eu sentia-me fria.

Eu não tinha força, nem vontade, de abrir meus olhos para uma realidade chocante. Queria continuar afogada na escuridão, parecia mais fácil, era mais fácil.

O silêncio dominou o ar drásticamente, antes era o caos que o aeroporto havia tornado-se, agora era o silêncio de uma manhã fria em Constança. Nenhuma alma viva atrevia-se a interromper o silêncio, ele era pesado demais.

Abri os olhos, vi todos os jornalista de canais de tevê mundialmente conhecidos, como a CNN e também daqueles canais que ninguém nunca se quer ouvira falar.

Eles interrompiam o silêncio com suas falas rápidas demais para eu compreender.

- Aquele avião estava indo para a Rússia - disse minha mãe, tentando amenizar o silêncio massante.

Eu suspirei, meu avô baixou o olhar e sorriu para mim, minha mãe passou de tensa para aliviada em apenas alguns décimos de segundo.

Aquilo estava ficando muito estranho.

- Como assim aquele avião estava indo para a Rússia? - eu perguntei, ficando tensa. era coincidência demais.

- Sim, de acordo com a moça do balcão aquele avião estava indo para a Rússia, não teve sobreviventes à bordo. Pobre Cristopher - continuou minha mãe num falatório que eu não conseguia mais ouvir, eu não queria mais ouvir.

Eu decidi controlar-me para deixar esses pensamentos sobre Cristopher e o banheiro para depois. Eu não queria que nem minha mãe, nem meus avós vissem-me daquele jeito.

- Vovô, me deixe andar - eu pedi.

Meu avô tinha setenta e cinco anos de idade, não era justo que ele carregasse-me. Ele era forte e tudo, mas tinha limite!

Ele largou-me de um modo que eu consegui ficar em pé sem cair nem nada disso, fiquei grata quando entrei dentro do velho Dacia e passei minhas mãos pelo tão velho e conhecido cinto de segurança. Meu avô deu partida no carro.

Ninguém falava nada dentro do carro enquanto meu avô dirigia pela conhecida cidade, o silêncio era pesaroso. Eu observava atentamente as paisagens que passavam por nós, tentando muito não pensar. Nada mudara nesta pequena cidade.

Fiquei surpresa quando meu avô, de repente parou o carro e sorriu para mim.

Minha nova casa, pensei comigo mesma. Ela realmente ficava perto da casa de meus avós, que ficava há alguns quarteirões dali.

A casa era linda. Sua faixada era de um branco pálido e meio sujo que combinavam bem com o local e o clima. Um plátano, com suas folhas laranjas e vermelhas, subia em direção ao segundo andar, o gramado era de um verde escuro, graças às fortes chuvas. A varanda da casa também era branca, uma cadeira preta e sem pés estava pendurada por correntes no teto da pequena varanda, balançava ruidosamente, graças aos ventos. As telhas eram de um ciza escuro. O portão, que separáva-nos de banhos quentes e um aquecedor era preto e com desenhos abstratos antigos. Para eu, que adorava coisas daquele tipo, a casa era linda.

- Uau - foi tudo que consegui dizer.

- Gostou? - perguntou minha mãe com um sorriso no rosto.

- Eu amei - eu disse sorrindo de volta para ela, desta vez eu não estava fingindo como andei fazendo nos últimos dias. Falei com sinceridade.

Meu avô sorriu e tirou uma pequena chave, que tinha exatamente o mesmo tipo de desenhos abstratos que o portão e deu à minha mãe.

- O caminhão de mudanças chegará hoje, por volta das duas horas da tarde. Então, alguém precisará ficar em casa.

Minha sorriu ao virar-se para meu avô.

- Pode deixar pai, a Annie ficará aqui. O senhor tem que me levar para ver um carro, lembra?

Eu suspirei de alívio, finalmente um tempo só comigo mesma. Um tempo para eu pensar sobre coisas desagradáveis.

- Tudo bem - concordei com minha mãe.

E saímos do carro.

 

 

 


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