Coração Imortal escrita por isabellatmassei


Capítulo 5
Your mistake, my mistake.


Notas iniciais do capítulo

HOJE VOU INDICAR A FIC DO VINICIUS:
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Logo depois que o Edu saiu o diretor chegou com minha alta e no caminho até Purnell tudo o que ele comentou foi o fato de ter comunicado minha tia Vera e ela ter autorizado ele a me encaminhar ao hospital, e também que ele deveria cuidar de mim, pois ela estava muito ocupada ultimamente pra ter de vir até aqui, olha, eu tenho que dizer que não fica tão longe assim de Delaware.  Mas isso não me surpreendeu. Minha tia sempre esteve ocupada quando precisei, e tenho certeza de que ela preferia me ver morta a ter de pagar meus estudos. Para ela eu era apenas mais um fardo. Nunca entendi o motivo de me manter sob sua guarda já que podia me entregar para o orfanato. Apesar de tudo eu tinha que ser grata a ela.

 

(...)

 

O castigo que Eduardo e eu recebemos é que deveríamos ser estagiários na pré-escola. O estranho é que em nenhum dia da semana me encontrei com ele, parece que ele quer me evitar. :s

 A Kathy estava saindo com Beto, o colega de quarto dele, que nos contou que ele não andava saindo muito, a não ser para ir à escola ou para levar as roupas na lavanderia. Eu não sabia se me sentia pior por não estar com ele, ou se me sentiria pior se estivesse com ele. A única coisa que ficou clara é que ele não queria lutar por nós dois, que tudo aquilo poderia não dar em nada.

Eu também não havia saído muito na semana que se seguiu, a não ser quando fui até o hospital tirar o gesso do braço e quando visitei Blair, que no meu ponto de vista, já aparentava estar melhor. Ela continuava em coma induzido, mas os ferimentos que até uma semana atrás eram graves agora já estavam cicatrizando aos poucos. Estava bem branca e seu cabelo castanho estava muito mal cuidado. Ela estaria em nosso pequeno apartamento em questão de duas semanas e já estávamos nos preparando para recebê-la. O diretor Mathew será o tutor dela, e ela poderá seguir sua vida normalmente, só que agora sem pai e mãe. Não que eu não soubesse pelo o que ela iria passar, porque eu era expert em lembrar a todo o momento de como eu era quando tinha meus pais do meu lado, e de como queria que aquele acidente não tivesse acontecido.

Sempre que pensava em mamãe e papai sentia um vazio enorme no peito, como que se tudo o que eu precisasse no exato momento era um abraço deles e ouvi-los dizer que tudo ficaria bem.

A mãe da Kathy era muito legal, e ela queria me fazer ver que ela poderia ser como uma mãe pra mim também, mas o que eu sentia pela Sra. Stryder era um amor de tia. Não uma tia como tia Vera, mas aquela tia que sempre vai à sua casa e te chama de sobrinha querida.

A Kathy pouco falava de seu pai, como os pais dela eram separados, sempre via ele como um pai esquecido, um pai que não dá a mínima pra filha e que não merece a atenção dela. Tenho que lembrar de perguntar coisas sobre o pai dela sem que ela percebesse minha curiosidade fora do comum.

Toc-toc-toc

Uma batida na porta me fez pular do sofá, pausei o DVD e fui em direção da porta. Já se fazia duas horas que a Kathy havia saído e eu estava sem fazer nada em pleno sábado, então decidi assistir a minha série preferida Friends e comer uma pipoca na manteiga. Não tinha a mínima idéia de quem poderia ser. Talvez a Kathy tivesse perdido ou esquecido a chave.

Toc-toc-toc

- Já vai- disse indo até a porta já nervosa pela impaciência da criatura

Abri a porta e fiquei paralisada ao ver quem era. O Du aparentava certa tristeza e não deixou de olhar pro chão nem mesmo quando abri.

- Posso entrar?- ele disse sem emoção nenhuma na voz.

- C-claro- gaguejei e fiz que ele entrasse- Vai indo lá pro quarto que eu vou desligar o DVD aqui e agente pode conversar melhor lá.

Ele andou cabisbaixo até a porta do quarto e entrou.

Enquanto desligava a TV pensei em vários motivos pra que ele de repente decidisse vir conversar comigo, mas o único em que eu queria acreditar era de que ele tinha se tocado que eu e ele deveríamos ficar juntos, que ele deveria lutar por mim como eu pedi.

Entrei no quarto e o vi sentado no chão com a cabeça entre as pernas, fui até ele e me sentei de frente a ele. Esperei que ele começasse a falar, mas ele só pegou na minha mão e ficou olhando em meus olhos como se tentasse me dizer alguma coisa. Depois de muito tempo decidi quebrar o silencio.

- Eu queria poder saber o que esta acontecendo pra te ajudar... – disse encostando minha cabeça no peito dele e deixando ele me abraçar, parecia que ele não queria me soltar...

- Me ajuda Ash- ele disse com uma voz chorosa ainda abraçado a mim.

- Claro que ajudo, mas eu preciso saber o que tenho que fazer.

- Me ajuda a lutar por nós?- ele disse fungando o nariz- Eu não vou conseguir sem você!

Eu não podia deixar transparecer que eu não iria ajudar em nada no nosso relacionamento porque a verdade é que eu sempre faria o possível pra dar tudo certo. Quando disse lutar, era pra que ele lutasse pra me ter de volta e não lutar sozinho pelo nosso namoro. Sai de nosso abraço para poder olhar pra ele.

- Du, quando disse pra você lutar por nós, eu quis dizer pra você lutar pra me ter 100% de volta, entende?- esperei ele suavizar a expressão e continuei- Porque o que mais me magoa é ver que eu sempre lutei por ti, e nunca consegui o amor que merecia, mas agora que temos a chance de fazer tudo valer à pena vamos deixar escapar?- disse isso botando minha mão em seu rosto- Você está queimando em febre, esta se sentindo bem?

- Ahn, na verdade não muito. Ontem nem fui pra escola. Fiquei em casa meio molenga, mas deve ser gripe, só isso- ele disse limpando as lagrimas

- Eu já venho- disse saindo do quarto e indo buscar na maletinha da Kathy o tylenol para que eu desse á ele. Voltei para o quarto com um copo de água na mão e o comprimido na outra- Olha Du, toma esse remédio e logo você vai melhorar.

Ele tomou e ficou ali encostado na parede por um bom tempo, pensei que tivesse dormido, mas olhava pro teto com uma expressão vazia e quase não piscava.

- Du, tudo bem agora?- eu disse pondo minha mão em sua testa, que como eu desconfiava continuava fervendo em febre - Você precisa de um banho pra baixar a temperatura e olha, você pode tomar aqui mesmo.

Ele ficou quieto e continuou a olhar pro teto, queria dar um jeito de convencê-lo a tomar um banho, mas ele não dava sinal de estar ouvindo. Vê-lo daquela forma me matava, não agüento vê-lo assim.

Encostei meus lábios nos dele dando um beijo rápido e então apoiei minha cabeça em seu ombro, cochilamos juntos.


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Notas finais do capítulo

Um capitulo grandão pra vocs ! Deixem reviews, bjs bjs