Coração Imortal escrita por isabellatmassei


Capítulo 25
Someone is dead


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu adoro o carinho que vocês tem por mim. Principalmente da Gabyzinha O'shea, séerio, eu chorei com os reviews dela ultimamente. Leiam com carinho e acreditem, foi muito dificil escrevê-lo:



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Minha idéia parecia tão perfeita, cheia de ação e lutas, mas mamãe não pareceu gostar. Mamãe não parecia mais ter fé em qualquer solução. Aquilo era o fim e ela tinha se entregado.

- Não faça nada disso minha querida, você sabe que não conseguiríamos.

- Mãe, o Junior nos ajudará!

A cara de minha mãe me denunciou que eu deveria ficar alarmada. Junior não era boa idéia então? Mas eu tinha falado com ele, e eu vi a sinceridade nos olhos dele.

- O Junior, esse seu... Colega! Ele não presta minha querida.

- Mãe, tudo o que ele fez foi por ameaça. A família dele está sendo ameaçada.

- Filha, ele bateu em mim, ele bateu por vontade própria.

Não queria acreditar que ele havia feito isso, não podia ser verdade. Ele tinha me contado o motivo e me pediu perdão, então o porque de bater em minha mãe?

- Tem certeza de que ele não foi mandado aqui pra te bater?

- Tenho certeza minha filha, eu ouço tudo muito bem – e em seguida tossiu  mais uma vez.

Eu tinha que bolar um plano, e tinha que ser “O plano”. Tinha que pensar nas possibilidades de conseguir falar com a Kathy ou com o Edu e pedir que eles tomem cuidado e não venham para cá. Tinha que fugir daqui e levar minha mãe comigo. Mas como falar com meus amigos? Eu não estava mais com meu celular. Eu precisava de alguém aqui em que pudesse confiar. E quando falo alguém eu digo alguém que não esteja amarrada na cama.

- Eu consigo estabelecer contatos com outros iguais a mim – murmurou mamãe.

- Consegue fazer isso? Mesmo estando machucada assim?

O sorriso dela me respondeu a pergunta mesmo antes dela falar.

- Nossa força está aqui dentro – disse ela apontando para o coração .

- Por favor mãe, se não é pedir muito, tente falar ou com o Edu ou com a Kathy...

- Você gosta mesmo desse rapaz?

A pergunta de minha mãe me fez sobressaltar. Eu tinha acabado de me dar conta que minha mãe não sabia, por mim, que eu tinha um namorado e que tinha uma melhor amiga.

- Quando você veio para nossa antiga casa, eu pude ver seus pensamentos de pertinho. Mas quando está longe, eu realmente te perco.

- Sinto muito mãe, eu queria ter você para contar – sussurrei indo ao encontro de seus braços.

- Quando teve sua primeira vez, e eu descobri, eu quase pulei de felicidade... Amarrada na cama não dá, mas quase pulei – e riu.

Rimos como se nada disso estivesse acontecendo. Era bom mesmo imaginar um mundo sem esses problemas, era realmente bom.

- Você não ficou brava comigo?

- Não, fiquei feliz, muito feliz. Eu gosto da imagem que você me passa do Eduardo, ele é um bom garoto.

- Mais do que você pensa mamãe, mais do que você pensa...

Senti ela passar a mão em meu cabelos desgrenhados e acariciar minhas costas. Mamãe estava viva, e comigo denovo.

- Mãe, antes que você tente estabelecer contato com eles dois, me conte o que aconteceu com o papai e  depois? Você ficou quase dois anos amarrada aqui?

- Sim, fiquei. É maravilhoso ter a força de uma bruxa, mas é triste ao mesmo tempo. Só não desisti dessa chatice e rotina por sua causa, meu amor.

Senti minhas bochechas esquentarem e necessidade de mudar de assunto.

- E papai?

- Seu pai morreu mesmo, não teve salvação para ele. Eu estava fraca, cansada, derrotada, não conseguia me soltar de sua tia e ir até ele. E depois quando estava aqui, só conseguia pensar em você, e nas coisas horríveis que teria que passar sem mim. Seu pai deve estar muito feliz lá no céu, minha querida.

Esperei o tempo exato de minha dor passar para poder voltar a conversar com minha mãe normalmente.

- Eu acredito nisso mamãe...

- Acredita em que?

- Acredito que exista um bem maior para nós!

Mamãe me apertou mais em seus braços e sussurrou uma canção que eu me lembrava de ouvi-la quando era pequenina.

Eu canto pra você dormir A terra gira sem ter fim O sol se esconde não sei Onde Escurece a noite cresce Eu canto e você já dormiu A terra gira por um fio A lua brilha, minha filha Eu canto este acalanto

Me embalei mais em seus braços e desejei que tudo fosse um sonho, a não ser a parte em que mamãe ainda estava aqui comigo.

- Filha, devemos tentar nos comunicar com seus amigos – sussurrou mamãe cortando a linda canção de ninar pela metade.

- Você está certa mamãe.

Me afastei dela e vi as rugas em sua testa aparecerem enquanto ela tentava se comunicar com um dos dois.

- Eduardo? – ouvi ela perguntar baixinho

O silêncio se estendeu até que eu senti um vento frio. Me abracei e cheguei mais perto de minha mãe.

- Sim, peço que fique onde está e que se mantenha seguro com sua amiga Katheriny – o sotaque de mamãe estava engraçado. Se a situação não estivesse tão ruim, eu poderia rir.

Mamãe abriu os olhos e eu esperei um tempo para que ela dissesse algo. O rosto dela estava pálido.

- Eles estão vindo, nada e nem ninguém vai impedir eles.

- NÃO! – gritei desesperada

- Eles realmente te amam.

Eu sabia disso, mais do que ninguém, mas não podia aceitar que eles se jogassem do precipício por minha causa. Eu não valia tudo isso, na verdade, eu não valia nada. Eu não podia deixar que isso acontecesse.

- Mãe?

- Não Ash, é muito alto pra você pular a janela – murmurou mamãe entrelaçando um fio de cabelo meu em seus dedos.

Não me importava que era alto, eu precisa fugir e impedir meus amigos.

- Eu vou pular mamãe, eu preciso – disse me levantando e olhando janela a baixo.

- Você ama os dois.

- Amo – respondi mesmo sabendo que não era bem uma pergunta.

Percebi que a altura era grande mesmo e que eu torceria o tornozelo se não caísse em pé. Eu precisava de um lençol mas a cama estava sem nenhum e o colchão não passaria pela janela, de modo que se passasse, iria ser melhor na hora que eu pulasse.

-  Você nem tente pular Ashley – falou Junior entrando pela porta e se aproximando de mim.

- Você mentiu para mim – gritei indo para perto de minha mãe – Eu acreditei em você.

O olhar dele estava seco, firme em meu olhar. Eu não queria acreditar no que mamãe havia dito, mas não queria ouvir da boca dele que ele não havia mentido.

- Ash, eu nunca menti pra você – disse ele piscando várias vezes.

- Não faça cena, mamãe sabe de tudo e você... Você bateu nela!

- Não, nunca encostei na sua mãe – gritou ele chegando mais perto.

- Saia de perto de mim seu mentiroso. Você é pior do que qualquer um daqui.

Senti ele tocar em meu braço e me puxar pra mais perto dele.

- Acredite em mim, eu nunca machuquei sua mãe.

- Não é o que ela me contou- revidei cruzando os braços.

- Ela esteve sedada todo esse tempo, ela não pode dizer se era eu exatamente.

O silêncio se estendeu pelo quarto enquanto eu decidia se acreditava ou não nessa história toda.

- Isso é verdade, minha filha. Estive sedada a maior parte do tempo.

Olhei pra minha mãe e vi ela olhar com compreensão para meu amigo, ou meu ex amigo.

- Mas você ouviu ele – sussurrei me aproximando dela e tocando-a no braço.

- Eu ouvi uma voz masculina, que eu sabia que era da pessoa que me bateu. Quem esteve aqui além de você, meu querido?

Nos viramos para encarar o Junior, mas ele não estava mais lá. Já havia saído pelo porta e deixado o cheiro de seu perfume. Não se passou mais de um minuto quando ele voltou com um papel na mão.

- Aqui tem uma foto de um cara que antes de me trazerem para cá, sempre ficava aqui – disse ele estendendo a foto.

Mamãe examinou a foto e todos os detalhes. Com uma mão tremula entregou-a para Junior.

- É ele – sussurrou ela

- Deixe-me ver – pedi estendendo a mão.

Peguei a foto e senti ela pesar em minha mão. Virei e olhei pra foto que eu nunca imaginava ver. Porque ele?

- Beto – sussurrei jogando a foto no chão.

- Conhece?

- Meu amigo.

- Ah – foi a única coisa que Junior disse.

- Filha, não se preocupe com isso, se preocupe com seus amigos que estão chegando – falou mamãe pegando em meu joelho.

- Mas porque ele fez isso com a gente?

Senti Junior tocar em minha mão e beijá-la. Porque o Beto? O garoto era tudo de bom, meigo, fofo e ... Um grande idiota.

- Junior?

- O que?

- Você gosta da Blair?

A resposta não veio, então eu entendi como um sim.

- Porque dela e não da Kathy?

- Eu tenho que parecer gostar dela porque em um estalar de dedos ela mata minha família, mas a Kathy... Eu sempre amei – sussurrou ele apertando minha mão mais forte.

Era tão bom ouvir aquilo. O nosso Junior nunca tinha morrido, ele sempre esteve vivo. A Kathy ainda tinha alguém com quem podia sempre estar e eu tinha a esperança que ele me ajudasse.

- Porque não deixou eu pular a janela?

- Você não precisa pular a janela, é só pedir minha ajuda.

Sorri e beijei sua testa.

- Obrigada.

- Você me perdoa? – sussurrou ele.

Antes que eu respondesse minha mãe disse:

- Claro, meu querido – e segurou sua outra mão.

Sorri e fiz uma suplica aos céus que me ajudassem a  encontrar a saída desse inferno.

- Mãe, você agüenta pelo menos duas horas ai sem mim?

- O quanto precisar minha filha – e me deu um beijo na testa.

- Prometo que não será mais do que isso. Vamos Ju?

- Vamos Ash, por aqui.

Saímos do quarto tateando o escuro. Estranho como minha mãe irradiava uma luz que nos dava mais alegria, mais felicidade. Tentei não pensar no que deixava pra trás e me focar em encontrar meus amigos, detê-los, ajudar a família do Ju, pegar o Beto, e depois salvar minha mãe.

- Você vai conseguir, eu confio em você! – Ju disse me tirando do salão e me colocando no banco traseiro do carro.

- Me ajude – pedi desesperadamente

- Sempre!

Saímos em disparada atrás do Edu e da Kathy. Onde estava meu celular agora? Como assim sumiu?

- Seu celular está comigo, ligue pra eles e tente pará-los.

- Isso porque não lê mentes – e disquei o numero do Edu

Ele não atendia e eu ficava cada vez mais nervosa. Onde ele estava essa hora?

- Alô?

- Edu, meu amor. Onde você está?

- Onde você está?

- Indo atrás de você ! – respondi e reprimi o riso

- Não venha, é armadilha. Vou dar um jeito nas coisas aqui e vou até onde você está. Espere minha ligação!

- Mas é lógico que eu não...

Ele não esperou e desligou o telefone na minha cara. Refiz minha cara de enfezada e disse com toda minha intensidade:

- Vamos pro campus da escola, certeza absoluta que ele está lá.

O carro deu um cavalo de pau e voltou a correr contra a pista agora molhada pela chuva fina e insistente. O caminho não era tão longo quanto imaginei que seria. Em menos de 15 minutos estávamos lá na porta do campus. Desci e informei ao porteiro que era estudante. Junior entrou comigo e corremos ao apartamento de Edu sem ao menos pensar duas vezes. Eu sabia o que encontraria lá, sabia que podia não ser bom, mas eu não arriscaria perder meus amigos.

- Edu? Kathy? – gritei batendo na porta com toda minha força.

- Você tá louca Ash? – perguntou Ju arregalando os olhos

- Eles estão aqui dentro com o Beto – sussurrei

Ele entendeu o recado, se afastou da porta um pouco e se jogou contra ela. Mais uma vez e pronto, a porta estava no chão.

- Nossa! – disse e entrei correndo dentro do apartamento de guarda alta- Edu?

Uma vulto se mexendo no quarto me fez se afastar um pouco. Chamei o Ju pra mais perto e desejei que fosse só coisa da minha cabeça.

- Ash? – uma voz conhecida e amedrontada chamou por mim.

- Kathy? É você? – falei baixinho me agachando contra o chão e a encontrando embaixo da mesa – O que está fazendo ai?

- Se escondendo do idiota do seu namorado e do grande canalha do meu.

- Onde eles estão?

- O seu está ali no quarto, fazendo sei lá o que, e o meu deve estar em algum lugar sangrando.

Corri até o quarto e nem me liguei que o Ju não me seguia. O deixei com o amor de sua vida e fui atrás do meu.

- Ash, não entre – disse ele com um esforço notável na voz

E é lógico que entrei. Não iria ficar imaginando o que estava acontecendo, se fosse pra ser seria agora!

Quando entrei o vi carregando o corpo do Beto desacordado até o outro lado do quarto. Não que eu me importasse, eu faria até pior com um delinqüente, mentiroso e cabeça de ventos.

- Quer ajuda? – perguntei me abaixando junto ao corpo – Ele está bem?

- Se bem significa morto...

- Aimeudeus, ele está morto?

Coloquei meu ouvido ante seu coração e não ouvi nenhum batimento. Beto, você está morto... E agora?

- Kathy, o show acabou – gritou Edu saindo de baixo dele e se distanciando de mim.

Reparei que ele saia de perto de mim com um pouco de dificuldade. Voltei os olhos para o corpo inerte de Beto.

Me desculpe Beto, sei que você tinha alguma coisa muito boa dentro de você. Onde quer que esteja, perdoe o Edu e lembre-se que eu gostava de você, pelo menos da parte boa. Descanse em paz e nunca se esqueça que em toda escuridão enxergamos luz.

Limpei as lagrimas que caiam pela face e olhei para Edu.

- Eduardo, vire pra mim – pedi com carinho

- Não.

- Eduardo, vire pra mim – repeti, mas dessa vez usei uma coisa chamada ‘ ou fala ou morre’

Ele se virou e eu vi o que tanto temia. A ferida mais horrenda do mundo. No peito dele. Próximo ao coração.

- Ei, eu não estou sentindo nada – sussurrou ele – AAI – gritou quando Kathy o empurrou pro lado com tudo, para ver o saco de merda que estava no canto do quarto.

Corri ajudar Edu mas fiquei atenta na reação de Kathy. E não é que ela conseguiu me surpreender? Ao invés de beijar seu ex-namorado ou chorar, foi até ele e meteu um soco na cara do desgraçado.

- Você foi o ultimo palhaço que me enganou – e mais uma vez deu um soco no corpo inerte de Beto.

Voltei os olhos para o ferimento de Edu e agradeci a Deus por ser só um ferimento leve. Claro, deixaria uma marca totalmente estranha no peito do meu namorado, mas só eu veria, então...

- Você consegue ser engraçada até agora – respondeu ele aos meus pensamentos

- Senti falta de você vasculhando minha mente – sussurrei e dei um beijo doce em seus lábios – Preciso ajudar minha mãe... Que alias está viva!

- Sabemos – respondeu Kathy- Ela entrou em contato conosco, ficamos tão feliz por você amiga! – e quando vi o rosto dela, percebi que a agressiva Kathy também sofria

- Quero um abraço coletivo – um Edu choroso pediu.

Nos apertamos um nos outros e por mais que o Edu reclamasse de dor, eu gritasse de felicidade e a Kathy se contorcesse no meio, estávamos muito felizes e com aquele frio na barriga quanto ao que nos esperava lá onde mamãe estava.

Mas o que me surpreendeu mesmo foi o Ju se juntar a gente e o beijo que ele e a Kathy trocaram. Será que ficamos muito tempo nos abraçando?

- Desculpa meu irmão – disse o Edu tocando no ombro do Ju – Fui mesquinho e agi de má fé com você, mas não é sempre que um amigo te trai.

- Que isso...

- E esse beijo ai dos dois? – perguntei caindo na risada

- Ficamos mais de um ano separados, cada minuto é importante – respondeu Kathy

- Ok – respondemos os 3. Sim, porque valia pro Ju também.

Sorri um pouco e depois me toquei do que estava acontecendo: Mamãe.

- Gente, vamos indo. Temos que dar um jeito na família do Ju e ir pro salão imediatamente.

Automaticamente todos começaram a fazer alguma coisa. O Ju tentou ligar pra mãe e pra irmã, a Kathy arrumou o corpo do Beto e deu mais alguns socos, o Edu tentava se comunicar com minha mãe e eu tentava ajudar em algo. Diabos, como eu era inútil!

- Minha família deve estar na mira de algum capanga da Vera.

- Eu sei Ju, já pensei nisso. Precisamos ter certeza, vai ver eles estão só sem celular - chutei

- Eu espero.

Olhei para Edu e percebi que ele ainda estava se comunicando com minha mãe. Era estranho não termos passado por apresentações como ‘ oi mãe, esse é meu namorado’, e ele já estar próximo assim dela. Mamãe disse no salão que gostava do Edu, então eu estava mais aliviada.

- Vamos – disse Kathy levantando do sofá já com seu sapato – O Edu falou com sua mãe e ela confirmou que são só os celulares e fixos que estão desconectados, ninguém corre perigo.

Yes, acertei uma em cheio. Uhul !

Ouvi o riso histérico de Edu e já sabia porque ele ria... Leu minha mente outra vez !

- Como fugiu de lá? – perguntou Edu enquanto andávamos na frente em direção ao carro.

- O Ju me ajudou.

Ele aquiesceu com a cabeça e me aproximou mais ao seu corpo. Estava tenso, nervoso.

- O que você tem?

Ele olhou para mim e tentou relaxar a feição.

- Matei uma pessoa hoje. Uma pessoa que eu gostava muito – sussurrou ele fazendo a tensão e a crise de choro voltar – Odeio chorar na sua frente.

- Ei, tudo bem meu amor. Sinto muito que tenha que ser assim – e o abracei com toda minha força.

- O que vamos fazer com ele, Ash? Eu não queria ter feito isso com ele.

Afrouxei um pouco mais meus braços e o deixei respirar. Eu também estava nervosa quanto a tanta coisa. Não queria morrer, não queria eles mortos, não queria ninguém morto. O Beto era a pessoa mais fofa que já havia visto, ele não podia fingir ser tão tapado e tão... Tão amigo.

Como seria possível contracenar tantas coisas? Como era possível tudo aquilo?

- O Beto fez ou falou alguma coisa estranha quando vocês chegaram?

- Ele tentou se explicar, mas já partia pra cima. Me senti ameaçado, a Kathy também. Ela fez alguma coisa idiota e correu pra debaixo da mesa. O Beto começou a sangrar e do nada caiu no chão – ele parou como se tentasse lembrar de algo – Ela falou alguma coisa muito estranha.

Como assim estranha? Como assim foi ela que o fez cair sangrando no chão?

- Kathy- gritamos para que ela viesse até nós.

- O que? – perguntou enfezada – Estou com o Junior, que saco!

Reviramos os olhos.

- Quando viu a briga do Edu e do Beto... Você disse alguma coisa, o que foi?

- Não falei absolutamente nada – retrucou ela.

- Falou sim – revidou Edu

- Cale essa boca. Você matou ele e quer jogar a culpa em mim.

- Kathy, não é isso! Queremos saber se disse algo, se não disse, tudo bem.

Ela enrugou a testa e voltou pro lado do Junior. Eles entraram no carro e me deixaram a vontade pra falar o que precisava com o Edu.

- Descobri umas coisas enquanto estive lá no salão, e uma delas é: Bisavó de Kathy matou Ana mesmo! Acidente...

- Como acidente?

- Não sabiam usar da magia. Coisa que vocês dois não sabem também, então talvez a Kathy tenha dito algo sem pensar, ou tenha apenas pensado algo e o Beto caiu no chão sangrando.

Ele coçou a cabeça, olhou para Kathy e voltou os olhos para mim.

- Pode ser que tenha lido na mente dela alguma coisa.

- É, pode ser. Mas por favor, vamos salvar minha mãe agora?


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Notas finais do capítulo

Gente, eu preciso muito desabafar com vocês, senão eu me mato (inclusive porque o beto está morto agora). Eu decide que sim, vai ter 2ª temporada, e até escolhi o nome da fic. Será ETERNO LUAR. A sinopse eu vou deixar em meu blog de 1900 e quem estiver curioso só dá uma passadinha lá.
http://isabella1005.blogspot.com/2010/09/eterno-luar-sinopsealgo-diferente.html