Era mais um fim de tarde em uma aldeia. Uma mulher grávida estava deitada em uma cama, chorando de dor. No quarto também estavam presentes o médico e o marido. Atrás da casa estava o vulcão da ilha, inativo a milênios. A mulher ia dar a luz agora.

            PAI: Madeleine, você consegue!

            MÉDICO: Agora você tem que se esforçar. Não há mais nada que eu possa fazer.

            MADELEINE: Eu não vou aguentar...

            A mulher se esforçava ao máximo. Todos a apoiavam.

            E, depois de algum tempo, o filho nasceu. O médico deu o tapa da vida e o entregou aos braços da mãe.

            MÉDICO: É um menino.

            MADELEINE: O... Nome... Dele... Será... We... Weelen...

            E depois dessa frase morreu, por esforço excessivo.

            PAI: Madeleine, não se vá!

            O homem segurou a mão da mulher. Ele chorava e berrava. O médico apenas assistia a cena, chateado.

            Então, de repente, o chão começou a tremer. Várias coisas começaram a cair. Então, da janela, pôde-se ver lava escorrendo do vulcão. Ele estava ativo.

            MÉDICO: Depressa, fuja!

            PAI: Eu não vou abandonar Madeleine!

            O médico o olha com desaprovação.

            MÉDICO: Ela está morta! A vida da criança é mais importante!

            Então, olhou para a mulher e para o filho. Então, tomou a decisão mais difícil de sua vida.

            Pegou o filho e saiu pela porta dos fundos. O médico o acompanhava, em ritmo mais lento. Bolas de fogo caíam do céu.

            Os dois corriam desordenadamente, olhando para o vulcão. Depois de algum tempo correndo o médico tropeçou e foi esmagado por uma bola de fogo.

            O pai olhou assustado para trás, mas continuou correndo.

            Após correr um pouco mais, passou por uma pequena praça e foi para a área conhecida como “O Precipício do Terror”.

            E o lugar fazia jus a fama. O chão era repleto de rachaduras e buracos. E, após o chão, estava uma grande queda d ‘água.

            O homem continuou correndo, escapando milagrosamente das armadilhas naturais e das bolas de fogo.

            Mas, esqueceu-se o que havia no final dessa área. Apenas olhava para trás e para os lados.

            Até que olhou para frente. Estava a poucos centímetros do precipício.

            Mas não percebeu que havia um grande buraco na sua frente. Então, num ato desesperado, jogou a criança para cima, com esperanças de que ela sobrevivesse.

            Mas, calculou mal a força, jogando a criança cachoeira abaixo.

            Então, segundos após, uma bola de fogo caiu na cratera onde o homem estava, pulverizando o corpo...

            Mar desconhecido, a bordo de um misterioso navio à vela.

            Uma voz misteriosa ecoou o barco.

            ???: Ei, senhor, por um acaso o senhor tem mantimentos?

            Um senhor de mais ou menos sessenta anos está transportando peixes em um pequeno porto.

            SENHOR: E por que faria isso?

            O garoto subiu as pequenas escadas do barco e olhou para ele. A aparência do garoto era marcada pela sua grande boca, que ofuscava os lindos olhos azuis do garoto. Usava uma camisa com desenhos do mar.

            WEELEN: Por que eu, o garoto do mar, vou embarcar em uma viagem de ida e volta para o Jaaku umi!(mar maldoso)

            O velho olha com cara de espanto para o garoto.

            SENHOR: Você é louco, nasceu com alguma deficiência?

            Weelen olhou para ele como que ele deveria saber a resposta.

            WEELEN: Escute...

            Então olhou para ele enfurecido. A cor de seus olhos mudou, passando para negro.

            WEELEN: Você não pode irritar o homem que foi criado pelo mar!!!!!!

            Então, o mar que antes estava calmo e sereno movimentou-se bruscamente, formando ondas enormes atrás do garoto. Gotas de chuva caiam sobre o cais.

            O velho olhou assustado novamente para o garoto.

            SENHOR: Desculpe, desculpe!

            A cor dos olhos do garoto voltaram ao normal. Então, o mar voltou a ficar calmo e sereno.

            WEELEN: Acredita em mim agora?

            O senhor não pode dizer nada, mas depois de um curto silêncio, perguntou com certa vergonha na face.

            SENHOR: Se... Você... Chegar no Jaaku umi...

            Weelen olhava para ele apreensivo.

            SENHOR: Você terá que pegar uma prova de que ele existe!

            O garoto olha para ele com dúvida.

            WEELEN: Para que? Nós nos veremos de novo?

            O velho sorriu para ele.

            SENHOR: Você já ouviu falar em Ooame, e a Pedra do mar?

            WEELEN: Ooame... O pescador que adquiriu a pedra do mar, aquela que controla o clima e realiza qualquer desejo relacionado à água? 

            SENHOR: Exato.

            O velho tirou um pequeno objeto de seu bolso. Era brilhante. Era a pedra do mar.

            WEELEN: Você é Ooame?

            OOAME: Sim, de fato.

            De repente, o garoto olhou com uma cara de desaprovação para o senhor.

            WEELEN: Por que você não foi explorar o mundo? Por que não procurou o Jaaku umi? Por que?????

            Ooame olha para o lado, com cara de arrependimento.

            OOAME: É que já estava muito velho quando achei a pedra. Além do mais, sempre fui meio covarde...

            WEELEN: Frouxo.

            O velho olha para ele, assustado.

            OOAME: Além do mais, já tinha uma vida bem tranquila aqui...

            WEELEN: Cale-se.

            O velho fora interrompido. A cor dos olhos de Weelen haviam mudado novamente.

            WEELEN: Você é uma desgraça para a humanidade. É inadmissível que uma pessoa favorecida de tal objeto tenha uma vida tão normal quanto a sua.

            O velho olha novamente para ele.

            WEELEN: Eu vou para o Jaaku umi. E quando eu voltar, pegarei a pedra por méritos! Espere por mim!

            O velho continua sem resposta. Sentia-se humilhado e fracassado. Tentou desviar o assunto.

            OOAME: Você não vai querer levar meus peixes?

            Weelen olha novamente enfurecido para ele.

            WEELEN: Eu nunca levaria comigo coisas de um perdedor como você. Além do mais, não sinto fome.

            O velho nada pode dizer. Então, Weelen voltou para o barco e se segurou na vela.

            WEELEN: Vamos mãe, vamos para o leste.

            Então, o mar alterou a correnteza para o leste, levando o garoto e o barco para a mesma direção. Ooame ainda observava a cena estarrecido.

            E assim seguiu-se a vida de Weelen. Usando o mar como seu aliado, sempre procurando o mar indomável, aquele que ninguém voltara vivo para contar. Passava de porto em porto, procurando informações do paradeiro do mar.

            E foi em um desses dias que o portal de Pielen levou o garoto do mar para sua nova missão...