Life escrita por Razi


Capítulo 37
XXXVII


Notas iniciais do capítulo

O clima tenso reina agora.



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-Bom-dia família – disse entrando na cozinha

-Bom-dia estrupício – disse papai levando a boca sua xícara

-Que amor á essa hora da manha – disse mamãe sarcástica

-Adoro ouvi isso antes de ir pro colégio – disse irônica

-Termine seu café logo, Lily – disse Justin.

-Claro, já vai – disse enquanto levava meu copo de suco á boca.

Depois de colocar as torradas com geléia de cereja na boca, sai com Justin.

-Hei Justin como é a casa do Oliver? – perguntei curiosa enquanto entrava no carro

-Maneira – respondeu ele rapidamente

-Você ainda me quer crer que não tem nada de errado? – indaguei o olhando sugestiva

-Lily – disse ele se voltando pra mim – Acho que ele já te disse que não há nada no passado que ele se importe, mas acontece que não é bem assim que as coisas andam para nós.

-Você está me assustando – disse o olhando seria

-Sei que sim, nunca me viu falando desse jeito não é mesmo? – indagou ele colocando um sorriso irônico na boca

-Pare de agir como se fosse ele – pedi irritada

-Ele quem? – indagou ele me olhando confuso

-Oliver – disse enquanto me voltava para a janela – Por favor, seja lá o que aconteceu entre vocês quatro parem de me proteger, parem de me fazer de idiota.

-Ninguém está fazendo nada disso – discordou ele enquanto dava a partida

-Mais fácil eu não estar fazendo nada disso – rebati ríspida

Ouviu Justin suspirar.

Trinquei os dentes.

Que atmosfera de segredos que anda me rodeando?

Antes de conhecer Oliver Jones Reed e Giovanni nada disso estava ocorrendo, nada disso havia.

Aqueles dois eram os culpados.

Idiota! Ninguém tem culpa se você só prestava atenção em si mesma, e nas débeis fofocas que rolava na escola.

Namorados, compras, amigas e beleza.

Era apenas nisso que minha vida se resumia, era só nisso que eu pensava.

Ah tenha dó! Estou pensando que nem uma gótica ou uma filosofa.

Coisa que de nada sou.

Senti o sangue correr mais rápido por meu corpo.

Espelho na minha agitação.

Calma Lily, relaxe.

Você é linda, maravilhosa, retorne ao seu mundo, você consegue fazer isso.

Você consegue mesmo?

Não, não tem como eu voltar pro meu mudinho miúdo não agora que tenho que nerd estranho que parece ser um baú de segredos que minha curiosidade era muito de saber alguns deles.

Na verdade estava interessada em Oliver Jones Reed.

Ele tinha mais do que olhos e nome bonitos.

Tinha um sorriso bem verdadeiro, um peitoral bastante sutil apesar de que precisava malhar um pouco.

Era gentil se quisesse, era educado, poderia até achá-lo engraçado.

O que ando pensando desse garoto?

Um nerd que ao que parece nem nerd é.

-Chegamos – avisou Justin me arrancando dos meus pensamentos

Olhei para o prédio onde supostamente Oliver morava.

O que diabos Oliver era realmente?

-Surpresa? – indagou Justin ao meu lado com um sorriso de escárnio

-Obvio! – exclamei – Quem não estaria?

-Realmente – disse ele saindo do carro

Logo o acompanhei, ele tocou o interfone chamando pelo senhor Reed.

Fez uma brincadeira com o porteiro depois me guiou até o elevador.

O apartamento de Oliver ficava no quinto andar.

Quando o elevador se abriu advinha com quem me deparo?

Ganhou um pirulito quem disse Patty.

-Oi Justin – disse ela colocando um sorriso no rosto

-Patty – disse ele a abraçando

Me afastei deles antes que vomitasse.

Serio garota mais que asquerosa, baixa, ridícula, prepotente.

Ah fala serio, gastar meu rico pensamento em xingá-la é bizarro.

Olhei os números nas portas. Justin tivera me dito que era o 46.

Achei!

Toquei a campainha.

Advinha como Oliver me aparece?

Junte a camisa branca de manga curta comprada ontem, mais um suéter lilás que estava amarrado no pescoço um pouco puído, uma calça jeans desbotada e um sapato ridiculamente brega.

-Oliver – o chamei com os olhos fechados e com os dedos no começo do meu nariz – Pode me dizer que merda é essa?

-Bom-dia – disse ele oferecendo passagem pra mim

-Imbecil – resmunguei enquanto entrava

-Cadê o Justin? – perguntou ele ignorando meu insulto

-Deve está beijando a Patty – responde azeda

Visão geral do apê em que mora um homem sozinho.

 

 

Me virei para ele.

-Você mora aqui sozinho? – indaguei estreitando minhas sobrancelhas

-Já disse que sim – disse ele fechando a porta

-Não me convenceu – disse cruzando os braços

-Por que? – perguntou ele franzindo a testa

-Não tem como esse apê ser tão organizado! – exclamei, deixando claro que era a coisa mais obvia do mundo.

-Francamente – resmungou ele dando um meio sorriso – Acha que todos os homens são iguais?

Permaneci calada o encarando.

-Já ouvi falar de algo chamado diarista? – indagou ele me olhando cético

Dei de ombros e fui até a porta.

-Seu quarto? – indaguei enquanto girava a maçaneta

Se tinha me impressionado com a organização da sala e da cozinha, acho que serve também para o quarto.

 

 

 

-Hei – disse ele por minhas costas – Não tenha tanta liberdade assim.

Rumei para o guarda-roupa no extremo oposto de onde estava a poltrona e o abri.

Se tinha imaginado que pelo menos isso estava bagunçado esqueça.

Organização pura.

Corri meu olhar pelas roupas.

Peguei uma calça jeans azul-escura com algumas tachas nos bolsos de trás, joguei para trás.

-Troque essa calça – ordenei enquanto procurava por um tênis

Bom tinha alguns razoáveis, mas a maioria era ridícula.

Peguei o mais normal, um branco com detalhes em verde-marinho.

Me voltei para trás, esbarrando em um peitoral que cheirava a almíscar.

Hormônios masculinos presentes nele.

-Ai – gemi massageando meu nariz

-Quem mandou não prestar atenção – disse ele jogando a velha calça na cama

Fiz uma careta pra ele enquanto lhe estendia o tênis.

-Não discuta – o adverti enquanto ele ia abrindo a boca

Ele se sentou na cama enquanto procurava por mais algum acessório que ele pudesse usar, mas vi que era o suficiente.

-Vamos – disse ele enquanto se levantava

Me voltei pra ele que ainda usava o suéter amarrado no pescoço.

-Tire isso – disse encaminhando até ele

Me aproximei mais enquanto tirava o suéter senti ainda mais seu delicioso perfume.

O que ele escondia?

-Oliver – o chamei quase sussurrando

-O que foi? – perguntou ele se afastando de mim

-Por que você é assim? – perguntei dobrando o suéter e o colocando na cama

-Assim como? – indagou ele confuso

-Você parece esconder algo – disse enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da orelha – Mora aqui sozinho, tem esse jeito esquisito. Quem é você realmente?

-Apenas um mero humano que estava sendo reconstruído – respondeu ele dando um sorriso sarcástico

-Tudo bem – concordei rindo – Não imaginei que Patty morasse aqui.

-O Brad também mora aqui tal como Milene – disse ele enquanto saiamos do seu quarto

-Serio? – indaguei surpresa

Ele apenas fez que sim com a cabeça.

Meu celular vibrou. Justin.

-Onde você está? – perguntei ao atender

-Na escola – respondeu ele meio a uma risada – Vocês dois não vem não?

-Já estamos saindo – disse olhando para Oliver – Eu mato você quando chegar ai.

-Não faz isso não – disse ele numa voz manhosa – Andem logo, precisamos de vocês aqui.

-Andaram aprontando o que? – indaguei desconfiada.

-Não somos de aprontar – retorquiu ele – Nos falamos quando chegarem, não demorem.

Depois disso ele resolveu desligar.

Guardei o celular na bolsa novamente enquanto me encaminhava para a porta onde Oliver já me esperava.

Saímos.

Não falamos nada até quando estávamos chegando na escola.

-Conheço o Hisaki desde de que somos piralhos – contou ele num tom sombrio – Quem me criou depois que meus pais morreram foi o pai dele.

Arregalei os olhos surpresa.

Hisaki e Oliver criados juntos?

Assobiei.

Ele logo estacionou.

-Nada disso deve ser falado – advertiu ele antes de descer

Olhei ele se afastar.

O que diabos estava acontecendo por aqui?

Respirei fundo e sai do carro também.

 


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Notas finais do capítulo

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