A Terceira Vida de Bree Tanner escrita por BellsCF, Gaabz


Capítulo 13
Capítulo 12 - Decisões


Notas iniciais do capítulo

Saiu melhor do que eu esperava. Nos encontramos lá embaixo.



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Já haviam se passado algumas horas desde o acontecimento com Diego e eu já tinha me decidido: iria para Volterra ao nascer do sol, mas ainda estava lutando contra a necessidade (ir) e a razão (não ir).

Nesse instante, passos ritmados, quase dançados, desceram as escadas. Nem precisei olhar para saber que era Alice. Ouvi quando ela dançou até o sofá e sentou-se ao meu lado.

– Em que está pensando? – Ela perguntou após um minuto de um agradável silêncio.

– Em Diego. – Respondi com a voz sufocada. Se pudesse, estaria chorando. – Alice?

– Sim?

– Você pode me dizer algo... sobre o futuro? – Perguntei, tentando parecer indiferente.

– Depende do que você quer saber... – Alice respondeu cautelosa.

– Não é nada demais... – disse despreocupada. – Só quero uma visão geral do meu futuro.

– Bem... – ela hesitou – Tem algo que queira me contar?

Me assustei. Como ela pôde saber a minha decisão? Afinal, Alice via o futuro ou lia mentes?

– Edward me contou – ela disse.

Bem, isso explica muita coisa. Eu nem me importei com a inconveniência de Edward; tinha coisas mais importantes na cabeça.

– Eu vou atrás de Diego. – Falei numa voz baixa e firme.

Alice não gritou comigo, não disse que eu era louca, nem tentou me convencer a ficar. Ela não teve nenhuma das reações que Edward teria.

– Que foi? – Eu perguntei. – Não vai tentar me impedir?

– Como uma Cullen você tem que tomar suas próprias decisões. Não importa se ela te colocar em perigo, te machucar, ou te matar – sua voz falhou no fim da palavra. – Eu não posso interferir nas suas decisões, Bree. Se é isso mesmo o que você quer, se é o que pede a sua consciência, você deve fazer. Faz parte de quem você é.

– Sabe, Alice... Você é uma boa irmã, mesmo sendo uma especialista em moda. – Eu brinquei e ela riu.

– Não é só de moda que é feito o mundo, mas ajuda a fazer ele mais bonito. – Ela ainda ria.

Alice se levantou do sofá e subiu as escadas, imersa em pensamentos que nem minha intuição podia desvendar. Faltavam mais ou menos duas horas para o nascer do sol e o medo começava a aparecer. Eu ainda não sabia com dinheiro eu iria pegar um avião, porque eu não iria correndo pra Itália!

– Alice? – Eu chamei em um tom de voz usado em uma conversa humana. Ela me ouviria.

Pela segunda vez, o som dos passos de Alice no chão de mármore encheu a sala.

– Diga. – Ela disse e eu me levantei.

– Você poderia me emprestar, sei lá, uns cem dólares para a passagem de avião. Prometo que eu te pago tudo! – Acrescentei.

– Não precisa pagar, Bree. O que é o nosso é seu. – Ela correu até uma mesa e tirou um bolo de notas de uma bolsa que estava ali.

– Obrigada, Alice. Onde está Edward, aliás?

– Ah, ele passa a noite no quar... na casa de Bella. – Ela respondeu franzindo a testa.

– Sério? – Eu ri. Isso seria um assunto bem constrangedor para Edward. – Bem... caçarei aqui por perto, mas voltarei para me despedir. – Dei um beijo no rosto de Alice e saí pela porta dos fundos.

Eu não queria demonstrar meu medo na frente de Alice, mas acabara de me ocorrer que eu não tinha ideia do que enfrentaria em Volterra. Eu não sabia nada a respeito dos Volturi, seus dons o que quer que fosse.

Saí para a noite fria e era impressionante que não estivesse chovendo. Eu já tinha me acostumado com as novas sensações, o que tornava o frio... menos frio. Agora que estava sozinha e mais controlada, o que Alice havia me dito ficou muito mais claro. Eu era uma Cullen, afinal. E eu precisava caçar.

Fechei meus olhos tentando me concentrar ao máximo. Um cheiro doce, quase atraente, invadiu minhas narinas. Eram dois e estavam próximos ao rio. Dois guepardos machos, grandes e cheios de sangue para dar – tudo bem, dar talvez não fosse a palavra apropriada. Me imaginei drenando aquele sangue e minha boca salivou (no sentido figurado, é claro!).

Meus pés correram como se tivessem vida própria e pararam a poucos metros do rio. Escolhi o maior guepardo, que convenientemente estava mais próximo. Agarrei-o pelo pescoço e o animal se debateu, mas assim que meus dentes afundaram em sua pele, cortando o que havia pela frente, o veneno o paralisou. O sangue invadiu a minha boca, satisfazendo minha sede.

Joguei o corpo flácido embaixo de uma árvore qualquer e já estava na metade do caminho de volta, quando farejei um rastro fresco e desconhecido. Que era um vampiro eu tinha certeza, mas quem era o vampiro eu não sabia. Talvez fosse um Volturi. Segui o rastro na esperança de encontrar Diego com a memória recuperada; ou apenas encontrá-lo. Mas não foi com nada disso que me deparei.

Encostada despreocupadamente em uma árvore estava uma vampira loura, de olhos bastante vermelhos. Ela me encarava como se tivesse duvidado da minha capacidade de chegar até ali. Enquanto ela sorria e avançava, eu recuava.

– Q-quem é você? – Gaguejei.

– Olivia Burke. Considere-me sua pior inimiga. – O sorriso se abriu ainda mais, como um gesto amistoso. E depois toda a amizade desapareceu de seu rosto e deu lugar à hostilidade. – Ou você pensava que fosse a única garota na vida do nosso Diego? – Um rosnado animal saiu dos seus lábios enquanto ela avançava em minha direção.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: Bree morta?
Obs.: O próximo cap. só sai se esse tiver mais de 7 reviews.