O que está acontecendo, perguntei a mim mesma. Meu impulso era de correr até lá, mas algo me dizia que era para manter a fachada humana. Realmente. Estávamos em uma escola, rodeado de humanos que não sabiam da minha existência. Fui caminhando até lá, mas o tempo parecia uma eternidade! Novamente minha intuição me dizia para não chegar perto. Mas eu não estava nem aí para minha intuição.

            Então, misteriosamente fui caminhando floresta adentro. Tarde demais. Eu estava na campina que me remetia péssimas lembranças. Era uma armadilha, e eu havia caído que nem uma pata nela.

            - Oh Bree, estávamos te esperando, mas não sozinha! – Jane, obviamente, com sua voz maligna como sempre. Como eu a odiava. Notei Alice e Jasper atrás de mim. Havia outra vampira ao lado de Jane, que eu não conhecia.

            - Onde está Diego? – perguntei, arfando. Notei um vulto alto por entre as árvores. Ao me perguntar quem era, vejo Diego.

            Minha vontade de abraçá-lo era profunda, mas havia algo errado, ele parecia indiferente. Meu desespero crescia, pois eu sabia do que Jane era capaz.

            - Diego – corri ao seu encontro – você está bem? Fizeram algo com você? – se fosse possível, estaria chorando.

            Ele não me respondeu. Só me olhava como se eu fosse uma estranha, como se nunca tivesse me visto na vida. Mesmo assim minha emoção era grande. Mas uma pergunta me chocou.

            - Quem é você? – As palavras saiam em um tom assustado. Ele não me conhecia.  Nesse momento, meu mundo caiu. MAS QUE COISA ERA AQUELA? Como Diego teria me esquecido, depois das coisas que vivemos? Meu ser fora dividido com tal pergunta.

            - Diego, sou eu, Bree! – Eu tentava fazer com que ele se lembrasse, em meio aos meus soluços – Diego, faz uma força, tenta se lembrar – a cada tentativa de fazer com que ele se lembrasse, ele me olhava como se eu fosse louca.

            De repente, algo mudou. Ele se lembrava de mim, mas só havia ódio em seu olhar. Mas como? Se éramos tão felizes juntos?

            - Então nós nos encontramos novamente. – Um rosnado saiu de sua garganta.

            Os gritos agudos de Alice me distraíam, um ódio de Jane crescia dentro de mim. Por que todos a minha volta sofriam? Jane me pagaria muito caro. Quando me preparava para atacar, dilacerar cada músculo daquela vampira, senti que fui atacada antes, e o cheiro do inimigo era o aroma que eu nunca esqueceria.

            - Diego, você não tem que acabar com ela agora – disse Jane fazendo com que ele recuasse.  – Vamos amor, Aro vai ficar muito feliz em saber que ela estava viva.

            Amor. A palavra amor invadia minha cabeça junto com a minha intuição que me alertava que algo muito ruim aconteceria. Vi os três partirem sem pressa. Não havia nada que eu pudesse fazer naquele momento. Voltei para a casa em estado de choque. Esme veio ao me encontro, mas eu queria ficar sozinha.

            Corri para pegar um livro, Drácula já havia me enjoado e não era um bom livro para a situação. Talvez um livro de poesias, quem sabe. Ao abrir o livro, uma folha caiu no chão.

 

           Você faz com que minha vida perca totalmente o sentido.

           Longe de você meu mundo não faz sentido.

           Agora meu coração sangra sem você, cada minuto que o relógio marca

           Pensei que poderia ser nós dois mais uma vez.

           Mas quando você partiu, levou meu coração, minha alma e meu amor,

           E agora, o que eu faço?

                                 Diego.