Misa Mercenary escrita por plemos


Capítulo 24
Ira


Notas iniciais do capítulo

Olá, eu sei que vocês querem me matar, e bom, sintam-se a vontade DDDD:
Brincaderinha, quero viver até o ENEM hahaha' Então galera, ta aí um capítulo novo. Peço perdão por qualquer errinho que vocês acharem, e se acharem, me falem!
Especial pra vocês, espero que gostem! Beijos ♥



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Misa Mercenary

Ira


Confesso que com a Misa encima, eu tentei parecer gentil. Tsc, gentil é um adjetivo que não tem nada a ver comigo. E, aliás, quem consegue ser gentil com um cara desses? Ele é tão irritante que dá vontade de socar a cara de macaco albino dele até o cara criar uma cor. PUTA MERDA NO QUE FOI QUE EU ME METI? Não faz nem duas horas que eu entrei nesse avião e eu já quero me espatifar no chão. Qualquer lugar longe desse engomadinho filho da pu- ESPERA ELE TA MERGULHANDO UM BOLO DE CHOCOLATE COM CALDA DE CHOCOLATE NUMA TIJELA DE COBERTURA DE MORANGO? Será se ele não percebe que isso não vai dar certo?!

— Você está calado demais, Mihael-san... Algum problema? - ALGUM PROBLEMA? VOCÊ É O PROBLEMA AQUI OWL ANIMAL!

— Eu tou meio enjoado, quando a gente chega?

— Em algumas horas pousaremos, não sei se será uma informação interessante pra você, mas estamos sobrevoando agora mesmo o oceano Pacífico, se este avião, por circunstância desagradável falhar e cair iríamos morrer imediatamente. Ao menos que você saiba nadar tão rápido quanto tubarões... - Mas por que diabos atravessaríamos o Pacífico? A gente não tinha saído do Japão? - Pode parecer meio perigoso, até porque quem está pilotando é Watari, mas ele é um homem altamente capacitado para essa tarefa e bom, eu adoro essa rota... - Respondeu o cara de macaco meio que lendo meus pensamentos.

— Sabe cara, eu também tenho uma informação que tenho certeza que vai te agradar.

— O que é? - Virou seus olhos gigantes e curiosos de macaco da selva-selvagem pra mim, numa expressão mais assustadora que a da Misa ao acordar.

— Bom, é... Hm... Acho que agora eu entendo porque a Misa gosta de você, vocês são iguais. Ah é, se eu a odeio, mesmo ela sendo uma gata trapaceira, eu odeio mais ainda você, isso. - Mordendo meu chocolatinho num raro momento de felicidade instantânea dessa minha medíocre vida.

O tal do macaco apenas revirou os olhos abocanhando outro bolo. Não era difícil prever o futuro dele: diabetes, morte antes dos 30 anos, se é que ele já não tem 30 anos...

De resto a viagem foi tranquila, ele não gosta de conversar e eu não gosto dele. É, não tinha pessoa melhor para acompanhá-lo. Misa escolheu o babaca certo. Falando nisso, como estaria por lá? Será se estariam se virando bem sem as minhas dicas e manobras e piadas estilosas pra momentos de tensão? Mas é claro que estariam. Odeio meus parceiros...

Aliás, eu poderia fazer uma lista de todas as coisas no mundo que eu odeio. Certamente começaria com essa menina que está agora mesmo agarrando o meu cabelo pra prender umas coisinhas que parecem mais xuxinhas femininas [ta, mas, existe xuxinha masculina? Não né?]. Ah se não fosse o dinheiro sujo e todo o chocolate que a louca me comprou eu estaria agora mesmo estrangulando esses endemoniados. Espera, tive uma ideia genial: será que chocolate ao sangue é bom? Vai saber.

Uma das outras malditas exigências da Misa foi: faça um relatório do seu dia na Wammy's. Será se ela me mataria se eu não o fizesse? Não entendo aquela garota, dia desses a diversão dela era explodir pneus nos subúrbios mais imundos do Japão. Hoje ela só quer saber de ser escrava sexual desse humano-macaco anti-evolução.

Então, o que escrever nesse relatório... Vamos lá, bem... ''E aí loira, você pediu um relatório, pois aqui está seu relatório: VAI TOMAR NO SEU COPO INFELIZ, COMO É QUE TU ME METE NUMA PORRA DESSAS? TU JA REPAROU QUE O TEU HOMEM-MACACO É UM PORRE BEM VERGONHOSO? TU TEM NOÇÃO DE COMO É DIFÍCIL ESCREVER COM UM PIVETE PENTELHO PUXANDO O SEU CABELO DE TODAS AS FORMAS POSSÍVEIS? NÃO? POIS AQUI TA SEU RELATORIO, AQUI TA A PORRA DO SEU RELATORIO. VÁ TOMAR NA SUA... '' E mais alguns xingamentos que eu despejaria sem pudor se não fosse por motivos de: ela com certeza iria se divertir com isso.

Pensamentos a parte. O macaco rei estava naquela tal posição que os macacos fazem quando querem fazer alguma coisa no computador, o velho, pau mandado, conectou uns equipamentos de áudio ao notebook dele e rapidamente se retirou da sala quando o monkey falou ''avise à elas, por favor''. Alguns minutos depois, L começou uma conversa chata com elas, as crianças, lembro que alguma menina perguntou por Misa e ele apenas disse que ela não estava ali. De resto não deu muito pra ouvir porque eu simplesmente pus os fones de Matt e saí pelo local atrás de algo que me fizesse esquecer a própria vida. Confesso que nem eu mesmo sabia o sentido daquela viagem... Vai ver a loira só quis me zoar.

Depois de tanto caminhar, fui parar em um grande jardim, na verdade era só um campo bem verde, com a grama baixa e uma fonte com uma espécie de anjo urinando água e de alguma forma, decorando aquele lugar. Próxima à fonte havia um banco onde eu simplesmente me sentei e comecei a observar o balançar das folhas ao som do Metal nos fones de ouvido. Continuei a pensar, realmente não fazia sentido eu estar ali. Qual era a real intenção de Misa por trás dessa viagem?

— Tsc será se a loira que é me zoar? - Falei sozinho, podia ouvir a própria voz mesmo com os fones de ouvido. - Não faz sentido, se ela queria tanto vir nessa viagem, por que porra ela me mandou?

— Ela pode ter lhe confiado uma missão secreta...

— AAAAAAAAAAAAAAH! QUE PORRA É ESSA? - Antes de eu perceber, havia um branquelo praticamente encima de mim.

— Ah... Perdoe-me por assustá-lo... - Respondeu virando o olhar meio emburrado.

EMBURRADO?! Quem tinha que ta emburrado aqui era eu. Como é que esse garoto apareceu aqui? Mesmo com fones eu teria ouvido os passos de alguém se aproximar... E que garoto mais ridículo! A mãe dele se esqueceu de por uma corzinha nele.

— QUEM É VOCÊ? O QUE VOCÊ QUER? E POR QUE TÁ DANDO PALPITES NOS MEUS PENSAMENTOS?

— Near. Pensei que podia ajudá-lo... - Encaracolando uma mecha daquele maldito cabelo branco.

Sabe quando você mal conhece a pessoa e já a odeia? Pois é. Esse é o meu mundo.

— Near, você não tinha que tá la naquela melação que o macaco, digo, L tá promovendo?

— Você me lembra a senhorita Amane... - O cara simplesmente ia se aproximando de mim numa manobra perigosa enquanto me olhava profundamente nos olhos.

— Err... Você está perto demais! - Empurrei a peça, derrubando-o do banco.

— Ai. - Sabe aquele rosto totalmente sem expressão? Era o dele.

Mas aí o garoto simplesmente se sentou no chão e tirou uns bonequinhos do bolso começando a brincar ali mesmo, ignorando totalmente a minha presença. Mais um motivo para eu odiá-lo. QUEM É CAPAZ DE IGNORAR O GRANDE LINDO LOIRO FODÃO MELLO?

— Ei, tampinha... O que você sabe da Misa?

— O que todos sabem: é a namorada de L.

Espera, a Misa só não tinha nos contado recentemente? Ah, lembro também que ela me pediu para não comentar nada no Lar Wammy’s, a pedido do próprio macaco, digo, L.

— Como vocês sabem? Pensei que ele não tinha contado e tal...

— Todos sabem, senhor Mihael, não sei se percebeu mas está em um lar de crianças superdotadas de talentos intelectuais... - PORRA ELE SABE O MEU NOME?!

— Então vocês sabem de tudo, né?

— Pelo menos, quase tudo... - Cadê a humildade owl branquelo? Cadê?!

— Então você saberia me dizer por que merda, porra ou circunstância a “senhorita Amane” me trouxe pra essa viagem? Eu não sei o que eu tava na cabeça de aceitar, mas sei lá, na hora que ela falou “chocolate” eu não pensei em mais nada, essa é a minha fraqueza, na hora que as pessoas dizem “chocolate” eu esqueço o mundo e só penso no bendito e adorável chocolate... Mas agora a ficha caiu, não sei o que faço aqui, quero voltar pra casa, isso é um tédio, uma merda de lugar, o tal do L é uma porra louca e meu chocolate tá acabando! - Respirando.

— Você fala demais, Mello... - Tá, até meu apelido ele sabe agora? - Se parasse um pouco pra pensar, antes de agir, entenderia os reais motivos por trás do pedido da senhorita Amane... - Cara, pensando bem, acho que eu me esqueci desses detalhes...

— Você tem razão, outro grande problema meu. Só sei pensar depois de agir... Depois que a merda toda está armada... Mas me diga, o que você acha de tudo isso?

— Quer mesmo saber? - Com um olhar extremamente assustador, largou os bonequinhos e me encarou. - Então jogue uma partida de mil perguntas comigo. - Espera, aquilo no rosto dele era um sorriso?

O que poderia fazer, afinal? Ele com certeza deveria ter uma ótima explicação, pelo menos era o que parecia. Eu não tinha outra saída, estalei os dedos, abri outra barra de chocolate e me sentei ao seu lado. Que vença o melhor [no caso, eu].



***


— Misa, como está aí dentro? - Adoro quando Raito fala ao microfone comigo, ele é tranquilo e atencioso, não grita como um louco que nem o psicótico do irmão.

— Estou terminando Raito, falta só colar os últimos... Detalhes... Do vidro. Pronto! - Fui guardando lentamente os equipamentos na mochila.

Estava dependurada por uma corda, uma espécie de instrumento de escalada. Já havíamos adentrado o tal recinto onde eu teria que roubar um documento aí do cara que estava nos pagando. Raito havia desativado todo o alarme de segurança do local, moleza pra ele, o aluno mais genial do Japão (depois de mim, claro).

Pressionei o botão localizado na corda à minha cintura, era um aviso para me subirem. Quando a corda começou a se movimentar, senti um rápido puxão de cabelo. “Puta que pariu!”, eu, a retardada master aqui tinha colado o vidro junto com uns fios de cabelo. Rapidamente pressionei outro botão, pedindo para que parassem de me puxar. “Nossa, isso tinha que acontecer depois que afirmei para Deus e o mundo que sou a melhor aluna do Japão?”. O vidro estava quase perfeito, a cola era invisível e fiz um corte super discreto e pequeno, o máximo que deu. Só mesmo um equipamento altamente moderno para detectar a lesão no material.

Eu não queria cortar o meu cabelo, praguejei ao mundo por não ter preso ele antes do início da missão, mas é assim mesmo. Peguei a faquinha na bolsa de trás do short e cortei os finos fios que se prenderam a cola. Parei por um instante antes de pressionar o botão de subir: “E se eles perceberem este fio? Putz, não tem como, foram dois ou três... Podem confundir com alguém que faça a limpeza, é isso mesmo. Alguém da limpeza...” Estava meio balançada com a situação, mas mesmo assim resolvi subir novamente. Quem se importaria com um ou dois fios de cabelo? E quem iria mexer naquele documento velho novamente? Eu estava quebrando a cabeça a toa...

Finalizamos a missão por aquela noite, a manhã estava se iniciando, mas ninguém queria voltar para casa. E bom, não adiantaria nada eu dizer que queria ir era para outro lugar, a terra do maldito inglês que eu amo... Resolvemos todos sair para beber, sei lá, comemorar seja lá qual for a porra do motivo. Naquela madrugada-início-da-manhã só queria relaxar depois da estressante missão. Ah, como é boa a sensação de missão cumprida...


Continua...




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Notas finais do capítulo

Vocês perceberam como é bem diferente quando Mello ou Misa escrevem a história? Pois bem, pode ter parecido meio cansativo a parte de Mello, mas poxa, eu tentei parecer legal, tão legal quanto meu loiro-lindo-cara-de-mulher! É isso aí, sugestões, críticas, xingamentos? Aceito tudo. Beijão! ♥ ~~