Dragon Ball GT Kai - O Legado de um Herói escrita por FagnerLSantos


Capítulo 6
O legado de um herói! A lenda que perdurará em nossos corações!




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Os olhos de Gokan ganharam íris verdes e um olhar cheio de ódio, o pequeno filho de Son Goten havia se transformado em Super Saiyajin, mas apesar de sua aura branca envolta em raios exalar um poder tão grande que parecia que seu corpo iria explodir a qualquer momento, seu ki havia sumido e assim como a aura, seus cabelos agora levemente mais espetados também eram de cor branca, tratava-se da anômala transformação de um saiyajin cujas Células S estavam carregadas da energia ilimitada descoberta pelo Dr. Gero, herdada geneticamente através da linhagem de sua mãe Marron. Foi envolto neste poder que ele se lançou em fúria extrema e enterrou seu punho direito no rosto da mulher demônio com toda a força, lhe arrancando um dente. O esquerdo a acertou na boca do estômago, fazendo-a cuspir sangue e por fim veio o chute no queixo, lançando-a aos céus. Sem medo, o pequeno ascendeu em velocidade, desparecendo num movimento rápido para surgir lá no alto, descendendo em uma voadora no rosto até impactar a cabeça dela contra o chão, abrindo uma grande cratera.
— Garoto maldito! - enfurecida ao ter seu rosto maculado pelos ferimentos, ela moveu seus cabelos a prendê-lo pelo pescoço, foi quando o pequeno agarrou as madeixas com as mãos e sem piedade as puxou, arrancando parte dos cabelos da mulher demônio. - Kyaaaaah!
Gokan começou a puni-la na sequência, ele a chutava, a socava, seus golpes estavam praticamente quebrando os ossos dela e sem controle algum, ficava cada vez mais forte, Mamba temeu por sua vida ao perceber isso, aquele garotinho parecia uma máquina de matar ensandecida. Ela cambaleou a tentar se afastar, caindo sobre um dos joelhos, ela olhou para pequeno que a chutou na cabeça, quase lhe quebrando o pescoço e jogando-a contra uma rocha que se partiu com o impacto, ele já se preparava para atacar novamente, quando ouviu a voz de seu amigo.
— Go... kan... - Boxers havia assistido tudo e estava com a mão estendida, como se pedisse para ele parar.
— Boxers? - surpreso, Gokan desviou o olhar para o lado e voltou à razão por um instante. - Você está vivo!
Todavia, aquilo serviu como uma infeliz distração, mesmo toda quebrada, Mamba havia elevado seu ki e partido para o ataque, desferindo um corte de foice horizontal na região da barriga, estendendo a mão esquerda para uma rajada de energia à queima-roupa no peito, causando uma explosão gigantesca que destruiu parte do cenário e a região superior de seu gi, restando a camiseta preta e o jogando para trás. Caído ao solo junto ao mato, Gokan perdeu a transformação, aquele último ataque que recebeu o deixou à beira do colapso, ainda consciente olhou para o lado quando algo no meio daquele mato lhe chamou a atenção, uma erva de folhas alaranjadas parecidas com as de uma hortelã, instintivamente acabou levando a mão até ela, agarrando-a para arranca-la da terra, sem saber direito o que estava fazendo.
— Eu estava errada, você é que é o mais problemático, olha como me deixou! - furiosa, Mamba se aproximou e segurou a foice com as duas mãos, fazendo-a magicamente aumentar de tamanho ao passo em que o cabo ficou mais comprido. - Vai pagar caro por arruinar meu lindo corpo, morra, pirralho maldito!
A foice desceu, sendo travada pelo braço de um homem jovem que se colocou no caminho, para a surpresa de Mamba.
— Não vai encostar mais um dedo sequer no meu filho! AAAAH!
— Papai...
Goten ascendeu ao Super Saiyajin Simian, de olhos amarelos e pálpebras vermelhas, no crescer dos cabelos e manifestando a pelagem e a cauda de macaco, com o físico troncado que rasgou suas vestes superiores. Só ao mover o braço, a foice se partiu em pedaços, deixando a mulher demônio assustada, cena que Gokan assistiu antes de perder a consciência. Ela tentou fugir, mas outro saiyajin se colocou em seu caminho, furioso pelo outro pequeno.
— Para machucar crianças, você é boa. - Trunks desembainhou sua espada, manifestando seu Super Saiyajin Simian de igual modo que Goten. - Por que não luta com alguém do seu tamanho!
Mamba tentou correr para sua esquerda, mas uma jovem saiyajin mestiça a barrou.
— Aonde pensa que vai? - Pan perguntou, ascendendo ao seu Super Saiyajin 2 de poder descomunal, manifestando um pilar de ki dourado gigantesco.
— (O poder deles é como o do garoto, com a diferença posso senti-lo e é assustador!) - Mamba olhou para trás, vendo uma quarta pessoa chegar, Marron manifestava a aura envolta em raios de seu limitador rompido. - (E o poder daquela lá, mesmo sendo diferente, é insensível como o do garoto, quem são essas pessoas? Isso não pode acabar assim, eu sou uma Deusa Demônio, não deve haver poder maior do que esse!)
Mamba voltou-se na direção de Marron para soca-la, mas antes que sequer pudesse chegar até ela, o terráqueo surgiu em seu caminho com o teletransporte e bloqueou seu soco com apenas um dedo.
— É, o Beel tinha razão, mesmo tendo poderes de Deus Demônio, vocês não são grande coisa.
Uub manifestou sua forma de Deus Demônio, de moicano longo, marcas vermelhas nos olhos de pupilas brancas e íris vermelhas, alterando sua veste superior para um colete longo preto com linhas de canto amarelas parecido com um manto de Kaioshin abaixo da cintura e seus braceletes para braçadeiras, criando também nos braços através da magia pulseiras de bíceps douradas com Potaras pendurados.
— Isso é... o poder de Deus Demônio em seu verdadeiro potencial!
Foi só então que a ficha caiu, não havia mais o que fazer, ajoelhando-se, Mamba se rendeu.
— Ah, que bom que entendeu.
Uub apontou a mão para sua cabeça, a mulher demônio fechou os olhos, imaginando que seria morta, são esperava que o que ele fosse fazer seria utilizar sua magia para curá-la.
— O que? - surpresa, ela tocava seu rosto.
— Eu não te curei totalmente, os ferimentos internos ainda vão doer por algum tempo, afinal você precisa de algum castigo pelas suas maldades, não é? Mas como se rendeu e decidiu não causar mais problemas, achei que seria justo ao menos desfazer o estrago que os garotos fizeram.
— Quer dizer que o meu rosto e o meu corpo ficaram belos como eram antes?
— Bem, eu acho que sim.
— Oh... - encarando a afirmação como um elogio, Mamba corou-se, colocando as mãos no rosto e olhando para o nada, perdendo a noção da realidade e sem entender direito, Uub coçava a testa com o dedo indicador ao vê-la daquele jeito.
Todos então voltaram ao normal, os garotos receberam Sementes dos Deuses e Gill também comeu uma que Uub transformou em metal para que fizesse efeito para ele. Gokan foi o último dos três a acordar, vendo o rosto dos seus pais assim que o fez.
— Filho, nós ficamos preocupados. - disse Marron ao abraçá-lo.
— Mamãe? Desculpe-me, prometo que nunca mais sairei sem avisar de novo.
Gokan ficou feliz ao ver que Gill e Boxers estavam bem, apesar de que este último estava levando uma bronca de Mai naquele momento, enquanto Pilaf e Shu assistiam, com pena do garoto.
— Tem ideia do perigo em que se meteu? Você podia ter morrido!
— Mas mãe...
— Mas nada, como castigo, vou te tirar suas espadas por uma semana!
— Calma Mai, não precisa ser tão dura com ele. - disse Trunks.
— Mas não foi você mesmo quem disse que ia castiga-lo? Quando soube, você rangeu os dentes e disse "Argh! Aquele moleque, eu tento ser bonzinho e é assim que ele me paga, me desobedecendo? Vou matar ele quando encontra-lo!".
— Foi, mas isso foi antes de eu saber que era por um bom motivo, alivia o castigo, tenho certeza de que o Boxers não fez por mal.
— Viu só Gill? Eu te disse que o velho entenderia. - cochichou Boxers para a pequena Máquina Mutante que jazia em seu ombro.
— Está bem então, três dias e ele tem que me prometer que não vai fazer uma loucura dessas de novo.
— Eu prometo, palavra de samurai!
Mai sacudiu a cabeça, pois no fundo sabia como seu filho era levado e que aquelas palavras eram da boca para fora, sorrindo ela o puxou para um abraço e por cima do ombro dela, o pequeno mostrou o polegar em sinal positivo para o pai que respondeu de volta com o mesmo gesto.
— À propósito, como acharam a gente? - perguntou Gokan.
Foi quando Bra se revelou entre eles e mostrou a tela do seu smartphone indicando o mapa da região de Paozu e um sinal piscando.
— Rastrearam a gente? - perguntou Boxers. - Gill, eu disse para desligar seu sistema de localização!
— Mas Gill desligou, palavra de Gill!
— Esse não é o sinal do Gill, é o sinal do rastreador que coloquei no traje que fiz para o Gokan.
— O que? - confuso, Gokan começou a vasculhar seu próprio gi. - Onde ele está?
— Nem adianta procurar, esse rastreador é nanotecnologico e faz parte da própria costura, monitora até mesmo seus batimentos seus cardíacos, patente pendente. - ela sorriu, piscando o olho esquerdo. - Eu não podia deixar você vir sozinho se não tivesse a certeza de que poderia te encontrar caso acontecesse alguma coisa, estive te monitorando o tempo todo, mas não deu para guardar segredo dos seus pais que já estavam aflitos te procurando quando vi que seus batimentos cardíacos começaram a ficar muito intensos.
Pan enganchou o braço por trás do pescoço dela, se colocando à vista também:
— A gente imaginou então que estivessem em perigo e confirmamos isso ao sentir vocês exporem seus kis para poder lutar, foi assim também que tivemos a certeza de que o Boxers estava com você.
— Então vocês também perceberam o ki do Gokan desaparecendo quando ele se transformou? - perguntou Boxers.
— Como assim eu me transformei?
— Você não se lembra? Você "Aaah!", depois fez "Bam!", depois fez "Pa! Pum!", até eu fiquei com medo, foi espetacular!
— Seu bobo, deixa de ser mentiroso!
— Não é mentira, seu pu... - ele se conteve quando lembrou que sua mãe estava bem do seu lado, só esperando terminar de xingar para lhe dar uma bronca, o que o fez rir de nervoso, com uma gota de suor a escorrer pela testa.
— Bem, se isso for verdade, deve ter sido o Super Saiyajin e se o ki dele sumiu, significa que herdou a energia ilimitada da Marron e o limitador dela é a própria transformação, só de pensar já imagino o quão incrível deve ter sido. - comentou Uub. - Parece que vamos ter que voltar a treinar para que você consiga acessar esse poder de novo, mal posso esperar!
— Desculpa tio Uub, não fique triste comigo, mas se esse for mesmo o caso, eu gostaria que o meu pai me ensinasse.
— Eu?
— Claro, é o mais lógico, não é? Não é que eu abomine completamente esse negócio de lutar, eu só não acho divertido e comecei a treinar com o tio Uub só porque gostava de brincar com ele, apenas com o tempo entendi e agora tenho certeza de que é importante ser forte. - Gokan fez uma pausa, enquanto Goten mantinha-se com uma expressão interrogativa ao ouvi-lo. - O senhor trabalha muito e às vezes sinto sua falta, pergunto para o tio Uub sobre o senhor e ele sempre me conta como o senhor é forte e hoje pude ver de perto o quanto o senhor é incrível! - Goten estava surpreso, ele olhou para Uub que, sorrindo, colocou a mão em seu ombro, Gokan então continuou. - É por isso que eu não queria atrapalhar o senhor de ajuda-lo ontem, mesmo o tio Uub precisa da ajuda de alguém tão incrível. Sei que sou muito fraco por não ser dedicado em lutar e o senhor fica triste, por isso quero que me ajude, para que eu possa te dar orgulho e ser forte como o senhor!
Goten ficou mudo, no final das contas, seu irmão Gohan tinha toda razão, seu filho de fato o amava e o admirava muito.
— Gokan... - Goten o abraçou. - Eu prometo que vou terceirizar algumas responsabilidades e vamos passar mais tempo juntos de agora em diante. E tire da cabeça essa ideia de que não tenho orgulho de você, para mim pouco importa se você gosta de lutar ou não, eu te amo e você é sim forte, é graças a sua força que vamos poder curar a vovó.
Gokan então o largou e perguntou:
— A vovó não morreu?
— Claro que não meu menino lindo, a sua avó é muito forte e está em casa agora. - Marron respondeu, acariciando a cabeça dele. - Nós demos uma Semente dos Deuses para ela e assim controlamos a hemorragia. Porém, a semente não curou a anemia dela, o médico disse que ela precisaria tomar por algum tempo um remédio feito com uma erva especial para que ela ficasse bem, iríamos providenciar isso assim que encontrássemos vocês, mas parece que você se adiantou, não é filho?
Foi então que o pequeno reparou que ainda segurava aquela planta que viu antes de desmaiar.
— Foi muito corajoso de sua parte vir até aqui para buscar essa erva e ajudar a vovó, por mais que tenha sido perigoso, estou orgulhoso de você filho.
— Obrigado papai!
Goten e Gokan trocaram um sorriso sincero e nisso o pequeno reparou mais ao fundo, seu tio Gohan conversava com um namekuseijin, o qual não era outro se não Piccolo e junto dele estavam Mamba, Getto, Rakkaru e Yomaoh, sentados no chão e amarrados com panos pesados que o namekuseijin havia criado através de magia.
— Ao que parece, eles são os últimos membros de um clã chamado Maju e como o nome indica, são demônios com aparência de feras selvagens. Eles costumavam ser um clã poderoso que servia às vontades de Mechikabura e sua fonte de poder vinha do ato de devorar outros demônios. Quando Daburá assumiu depois que ressuscitou, ele proibiu essa prática como parte das ações que tinham como intuito criar um Makai mais pacífico e desde então o poder deles foi diminuindo, os mais dependentes da prática chegaram a ter falsa sensação de fome e foram perecendo pouco a pouco. Beelzebub estava ciente do problema que o pai deixou e estava buscando formas de ajuda-los, mas Yomaoh, o líder do clã, já havia se rebelado, conseguindo escapar do Makai com seus subordinados e se instalado aqui na Montanha Paozu com o plano de se fortalecer devorando humanos e eventualmente transformar este mundo no que eles chamariam de Novo Makai, um Makai caótico como nos tempos de Mechikabura.
— Parece que os garotos não fazem nem ideia da trama em que se envolveram.
— Pois é, mas eles se mostraram fortes apesar de serem tão pequenos, assim como você Gohan. - Piccolo fez uma pausa, antes de perguntar. - À propósito, por acaso se desleixou de novo só porque não estou aqui para te vigiar?
— Claro que não Senhor Piccolo, eu já aprendi a lição há muito tempo. Todos temos nos esforçado bastante desde que o meu pai se foi para honrar o legado que ele nos deixou.
— Fico feliz em ouvir isso.
— E o senhor, como está?
— Não posso me queixar, fiz bem em me mudar para o Makai, não é tão monótono como aqui e também me sinto mais próximo de minha origem como parte da Família do Mal enquanto ajudo a colocar ordem naquele mundo como um nobre guerreiro de Namekusei. Lá sou conhecido como Kami-Sama do Inferno, é um título estúpido, mas que impõe algum respeito e é como tal que levarei esses quatro de volta para que recebam o castigo que merecem. - Piccolo estendeu as mãos, manifestando energia que saiu em forma de raios, abrindo um portal dimensional. - Foi bom te ver de novo Gohan.
— Foi bom ver você também Senhor Piccolo.
— Pan, Uub, eu já estou indo! - o namekuseijin gritou, chamando a atenção dos demais.
— Até mais Senhor Piccolo! - disse Uub.
— Se cuida! - disse Pan enquanto acenava com a mão.
O namekuseijin fez os demônios se levantarem, puxando-os em linha através dos panos pesados que estavam amarrados uns aos outros como uma corrente, estava prestes a se retirar quando Mamba se manifestou.
— Espere um instante. - ela olhou para o terráqueo. - Uub, não é? Quero lhe agradecer por ter poupado a minha vida, você me mostrou que talvez não seja tão ruim viver em um Makai onde os demônios ajudam uns aos outros. Aceitaremos nosso castigo e prometemos que encontraremos uma nova maneira de viver e nos tornarmos mais fortes sem precisar nos alimentar de nossos semelhantes.
— Que ousadia é essa, Mamba? - questionou o demônio javali. - Eu não te dei permissão de falar por todo o clã, coloque-se no seu lugar!
— Me desculpe grande Yomaoh, mas agora que minha bela forma de Deusa Demônio já não é mais segredo, estou me declarando como a mais forte e, portanto, a mais capaz de liderar o clã Maju de agora em diante, você não tem escolha a não ser seguir o que diz a lei do demônio mais forte!
— Como você é traiçoeira... Está certo, será assim por enquanto até eu alcançar o poder de um Deus Demônio e quando me tornar não só o demônio mais poderoso do clã Maju, mas de todo o Makai, voltarei para ter minha revanche contra esses garotinhos, é bom que estejam preparados.
— Quando quiser, grandalhão! - Boxers falou com toda a confiança e Gokan apenas sorriu, percebendo que aqueles demônios, no fundo, talvez tivessem um lado bondoso para florecer.
Posto isso, Piccolo se despediu mais uma vez ao acenar e atravessou o portal, levando os demônios consigo de volta ao Makai.
— Que bom que tudo acabou bem. - comentou Pan.
— É. - Uub disse em concordância, quando ouviu a voz de uma mulher.
— Finalmente te achei!
— Caulifla? - Uub viu sua esposa descender do céu.
A saiyajin do Universo 6 continuava tão atraente como na época em que ele a pediu em casamento, agora calçando sandálias e trajando calça flare azul, uma regata laranja e ironicamente um avental por cima, claro sinal de que estava se dedicando ao papel de esposa tradicional, ou melhor, tentando, pois era péssima em quase tudo o que não fosse relacionado a lutar, cozinhava mal pra caramba e quase sempre quebrava acidentalmente as coisas da casa, continuava uma delinquente de alma e coração.
— Onde você estava? Disse que voltaria logo, mas não voltou para casa ontem à noite. - ela viu Pan ao lado dele e franziu a testa. - E o que essa pirralha está fazendo aqui?!
— Quem você está chamando de pirralha, sua escandalosa?!
— Fiquem calmas, acontece que o Gokan, o Boxers e o Gill sumiram e eu estive ajudando a procura-los desde que voltei do Makai.
— Oh... - Caulifla se tranquilizou vendo o pequeno Gokan acenar para ela sem jeito ali atrás, antes de voltar a falar com o marido. - Podia ter me avisado, eu pensei que tivesse acontecido algo ruim com você!
— Ué? Você nunca foi de se preocupar com a minha segurança porque tem confiança na minha força. Por que está preocupada agora?
— É que agora eu tenho motivo, por acaso quer que o seu filho cresça sem pai?
— Hum? - confuso, ele a viu tirar do bolso do avental um pequeno objeto parecido com uma caneta, mostrando com o dedo o display que havia no centro. - O que é isso?
— É um teste de gravidez e deu positivo. - respondeu Pan, inclinando o rosto para olhar mais de perto. - Meus parabéns Caulifla!
— Valeu garota, tenho certeza de que isso vai deixar seu amigo de infância aqui muito feliz!
— Quer dizer que eu vou ser pai? - perguntou Uub.
— Claro que sim, depois de tanto tempo, finalmente tem um pequeno Kakarotto ou uma pequena Kakassava crescendo aqui dentro, nós conseguimos!
— Que maravilha! - empolgado, ele aproximou o rosto para beijá-la nos lábios, o que surpreendeu todo mundo, inclusive a própria saiyajin, afinal de contas, ela costumava ser a alpha da relação. - Ter uma família era tudo o que eu mais queria, obrigado Caulifla!
— Eu adoro quando você toma a iniciativa, me deixa ainda mais excitada! - afirmando domínio, ela o agarrou pelo colarinho do colete e o puxou para beijá-lo de novo, de um jeito selvagem que quase o engoliu.
— Hehehe! O tio Uub e a tia Caulifla se amam! - comentou Gokan, antes de ver ela largar o terráqueo.
— Nós vamos treinar todos os dias para que ele ou ela vá se acostumando às batalhas desde o meu ventre, nosso filho vai nascer já sendo o mais forte de todos!
Uub então se abaixou, falando em direção à barriga dela, o que atiçou a curiosidade dos pequenos, os quais se aproximaram do terráqueo, ficando um de cada lado.
— Você ouviu a mamãe, não é? Vai ter que se esforçar bastante, principalmente para superar esses dois aqui.
Uub fez cafuné nas cabeças de Gokan e Boxers, fazendo-os rir.
— Tenho certeza de que vocês não vão deixar isso acontecer, estou certo? - perguntou Trunks ao se aproximar junto com Goten.
— Pode crer, velho!
— Vamos nos esforçar bastante, tio Trunks!
— É isso aí então, está na hora de irmos para casa! - Uub estendeu as mãos, utilizando sua magia para restaurar as vestes de Goten e Trunks e também as de Gokan e Boxers, antes de levantar ambos os garotos sobre seus ombros, com Gill se colocando sobre sua cabeça.
Gohan fechou as portas da casa de seu finado pai para que ela continuasse ali como a intocável lembrança do lendário guerreiro que ele foi, todos olharam uma última vez para o horizonte azul da Montanha Paozu com o Sol a brilhar no céu antes de irem embora, certos de que a paz na Terra perduraria.

Na companhia de seus pais, seu tio Gohan e sua prima Pan, Gokan levou a Erva de Aminas a uma farmácia de manipulação para que fabricassem o remédio que Chi-Chi precisava e Uub os acompanhou, mesmo não sendo da família, pois se tratava da esposa de seu mestre. Mais tarde naquele dia, o pequeno entrou correndo em casa antes de seus familiares, indo ao quarto da sua avó onde também encontrou sua tia Videl que cuidava dela, o pequeno abraçou Chi-Chi e lhe entregou o remédio, certo de que ela ficaria bem para estar com ele por muitos anos ainda. A família então se reuniu ali a trocar conversas e compartilhar risadas, até que de repente Gokan ouviu uma voz que falou à sua mente.
"Viu só, Gokan? No final, você não precisou das Esferas do Dragão, pois foi sua força e coragem que salvou a vida da sua avó."
Mesmo sem entender direito o que foi aquilo, ele saiu correndo rumo ao lado de fora da casa quando na rua deserta enxergou um homem forte de gi azul e amarelo e cabelos pretos cuja face era idêntica a de seu pai, não tendo dúvida de quem ele era. O espírito de Goku lhe acenou, antes de caminhar rumo ao horizonte, momento em que Uub chegou, retirando o coldre com seu Bastão Mágico e pendurando-o nas costas do pequeno para a surpresa dele. Gokan viu que o terráqueo olhava para a mesma direção que ele com um sorriso no rosto, como se dissesse que também estava vendo o espírito de Goku, até que o mesmo desapareceu, se desvanecendo como um fantasma que em sua onipresença continuava a olhar por eles como havia prometido.
A aventura vivida por Son Gokan serviu para mostrar que mesmo sem as Esferas do Dragão, a humanidade de fato podia ser capaz de realizar seus sonhos através do seu próprio esforço. Independente se elas voltariam ou não a aparecer algum dia, a lenda já estava escrita e aquele era um legado que seria levado eternamente adiante pelas gerações vindouras, o legado de um herói chamado Son Goku.
Que a eterna busca pelas Esferas do Dragão possa continuar para sempre em nossos corações!

FIM


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Notas finais do capítulo

Dragon Ball GT Kai completa seis anos de existência em 31 de Março de 2024 e mais uma vez só tenho a agradecer a todos que acompanharam e acreditaram no projeto de refazer Dragon Ball GT dentro da linha do tempo "canônica" de Dragon Ball Super. Foi muito legal, por um breve momento, voltar a escrever em Dragon Ball GT Kai: O Legado de um Herói, relembrando a fanfic original que foi muito importante na minha vida, ela é um humilde legado que construí tentando alcançar ao menos um pouco da genialidade do mestre Akira Toriyama no seu auge e espero que, entre seus erros e acertos, possa servir de inspiração para outros escritores e fãs de Dragon Ball de forma geral.

Espero também que esta fanfic em específico tenha sido do agrado de todos, pois mais do que uma fanfic comemorativa do aniversário da fanfic original, ela acabou ganhando um peso a mais depois do fatídico anúncio do dia 08 de Março de 2024 por conta do tema principal da sua história dizer respeito justamente a legado. Torço para mais uma vez ter honrado a obra do autor original cujo legado continuará divertindo e inspirando as próximas gerações!

Mais uma vez eu, FagnerLSantos, o autor, deixo meu obrigado a todos pelo apoio! Um abraço, que Deus vos abençoe e a gente se vê por aí!


Em memória de
Akira Toriyama
☆ 05/04/1955
✞ 01/03/2024



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