Semideuses escrita por Sak


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, boa noite!!!

Demorei, mas vim: NOVO CAPÍTULO PRA VCS!!!!

Obrigada pelo apoio, espero que gostem!!!



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II - Eu descubro que sou filho do capeta… ou quase isso

 

Long Island 

 

Enquanto a gente descia, a garota de cabelos rosa cruzou os braços e me olhou de cima a baixo. Normalmente um olhar daqueles me irritaria, mas o olhar dela me deixou constrangido e confuso, uma garota bonita não olhava pra mim daquele jeito sem depois me dar um soco.

— O que foi? – perguntei, meio afrontoso.

Noção do perigo? Acho que eu não tinha mais nenhuma, aquele garota podia lançar um raio em mim!

Mas ela desviou o olhar pro meu amigo:

— Pai ou mãe?

Era o que?

— Pai –  respondeu Naruto.

Eu não tava entendendo era nada.

O acampamento era bem grande, o que me surpreendeu, não que eu já tenha ficado em algum acampamento antes. A paisagem era pontilhada de construções que lembravam a arquitetura grega antiga – um pavilhão a céu aberto, um anfiteatro, uma arena circular – só que pareciam novos em folha, as colunas de mármore branco reluzindo ao sol. Em uma quadra de areia próxima, uma dúzia de crianças e sátiros jogavam voleibol.

Canoas deslizavam por um pequeno lago. Crianças de camiseta laranja corriam umas atrás das outras em volta de um agrupamento de chalés no meio do bosque. Algumas praticavam arco e flecha em alvos. Outras montavam cavalos em uma trilha arborizada e, a não ser que eu estivesse tendo alucinações, alguns cavalos tinham asas. Mais pégasos?

 

Assim que aquela… carroça, ou que quer que fosse aquilo, desceu, a garota de cabelos rosa pegou uma mochila, jogou sobre as costas e pulou.

— Vamos – Naruto apontou com a cabeça, seguindo a garota.

Os dois sátiros seguiram atrás da gente.

— Oi Sakura – uma garota loira veio correndo na direção dela e a abraçou. Sakura não parecia ser muito de abraços, pois só deu dois tapinhas no ombro da outra.

— Essa é Ino, uma das minhas irmãs – apresentou Naruto.

— Irmã? – arqueei a sobrancelha. Fora o cabelo loiro e os olhos azuis, eles não se pareciam muito, mesmo o cabelo deles tinham tons diferentes.

— Somos filhos de Apolo – Naruto falou como se aquilo explicasse tudo.

— Claro – eu soltei devagar, assimilando.

Me belisquei discretamente quando eles viraram as costas e continuaram andando. Doeu. O que queria dizer que eu não estava sonhando. E mesmo se eu estivesse: eu não era lá muito criativo, o que queria dizer…

— Meu pai é mesmo um deus grego – murmurei meio que aceitando o fato.

— Difícil de assimilar, hein – a garota de cabelos rosa estava ao meu lado.

— E você é filha de quem?

Ela lançou um olhar tempestuoso para o horizonte, onde grandes nuvens de chuva se aproximavam.

— De Zeus, não ficou óbvio com os raios? – ela ironizou.

— Na verdade, ficou, mas eu só queria ter certeza – dei de ombros. – Espera aí… ele não é casado?

— É sim – ela disse amena. – Torça para o seu pai não ser casado também  – ela sorriu enquanto me avisava e eu me arrepiei.

Lembrei do filme Hércules da Disney, só que a história do herói era bem mais trágica e… Era melhor eu ficar quieto antes que eu irritasse aquela garota cheia de poder de raio.

Chegamos a uma espécie de casa de veraneio branca, era muito grande: quatro andares, azul-céu com acabamento em branco, pensando bem, estava mais para um hotel de veraneio de primeira classe à beira-mar do que uma casa.

Tinha alguém nos esperando lá. Ele tinha metade do corpo de um cavalo, então se os dois atrás de mim eram sátiros, aquele… ser, só podia ser um…

— Centauro – murmurei.

— Quíron – ele se apresentou. – Seja bem-vindo, Sasuke Uchiha – ele me cumprimentou.

— Obrigado – agradeci meio sem jeito, não ia perguntar como é que ele sabia o meu nome, aquela não era a maior esquisitice do meu dia.

— Por enquanto vamos instalá-lo no chalé 11, está tudo pronto, Hinata? – ele se virou para trás

Uma garota de longos cabelos escuros vinha de dentro da casa.

— Sim senhor – a garota respondeu.

Percebi meu amigo se animar e acenar para ela.

— Deixa que eu levo ele lá – Naruto se ofereceu.

— Primeiro, vamos às introduções – disse Quíron. Naruto fez careta de quando estava entediado. – Normalmente temos sátiros nas escolas para ficar de olho em campistas em potencial, imagine minha surpresa ao perceber que você havia escapado de nosso radar. Diga, meu jovem, sua mãe não lhe contou nada?

— Só uma vez – me lembrei de seu olhar triste. – Mas eu não entendi na época, ela me contou que tinha medo de me mandar para um lugar, acho que era aqui, embora meu pai quisesse que ela fizesse isso. Disse que, uma vez aqui, provavelmente não poderia sair. Queria me manter perto dela.

— Típico – comentou uma voz atrás de Quíron – é assim que eles normalmente são mortos.

— Este é o senhor D, ele é o diretor do acampamento – murmurou Naruto do meu lado. – Ele é o deus do vinho…

— Dionísio? – soltei abismado e olhei para aquele homem com camisa havaiana e óculos de sol fora de moda.

— Rapazinho – disse o Sr. D – se eu fosse você, seria mais cuidadoso quanto a ficar soltando esses nomes por aí.

— Mas são histórias. São... mitos, para explicar os relâmpagos, as estações e tudo mais. Era nisso que as pessoas acreditavam antes de surgir a ciência.

— Ciência! – zombou o Sr. D.

— Sasuke – disse Quíron — você pode escolher entre acreditar ou não, mas o fato é que imortal significa imortal. Pode imaginar isso por um momento, não morrer nunca? Existir, assim como você é, para toda a eternidade?

Eu estava prestes a responder, assim sem pensar, que parecia um negócio muito bom, mas o tom de voz de Quíron me fez hesitar.

— Você quer dizer, quer as pessoas acreditem em você ou não – eu disse.

— Exatamente. Muito para assimilar? – ele perguntou com condolência.

Eu não queria a pena de ninguém, então respondi meio petulante:

— Vou ficar bem.

 

. . . 

 

O sátiro, que se chamava Obito – eu precisava me lembrar –, Naruto e Hinata me acompanharam. Sakura ficou para falar com Quíron e o outro sátiro – Kakashi – ficou com ela. Ino também havia ficado, elas pareciam muito amigas. Passamos por campistas, todos vestidos com a mesma camiseta laranja com os dizeres “Acampamento Meio-Sangue”. Alguns olhavam e cumprimentavam, mas era mais a Naruto e Hinata do que a mim.

— Ela é filha de Atena – Naruto me informou. 

Uau. Foi tudo o que eu consegui pensar.

Caminhamos pelos campos de morangos, onde campistas colhiam alqueires de morangos enquanto um sátiro tocava uma melodia numa flauta de bambu.

— A gente cultiva uma bela safra – falou Hinata. – Para exportar para os restaurantes de Nova York e para o Monte Olimpo. Paga as nossas despesas – explicou – e os morangos não exigem esforço quase nenhum.

Ela disse que o Sr. D produzia esse efeito sobre plantas frutíferas: elas simplesmente enlouqueciam quando ele estava por perto. Funcionava melhor com as vinhas, mas o Sr. D estava proibido de cultivá-las, portanto, em vez delas plantavam morangos.

— Aqueles são os bosques – falou o sátiro.

Quando nos aproximamos, me dei conta de como a floresta era enorme. Tomava pelo menos um quarto do vale, com árvores tão altas e largas que a impressão era de que ninguém entrou lá desde os nativos americanos.

O sátiro continuou falando:

— Os bosques têm provisões, se você quiser tentar a sorte, mas armado, é claro.

— Provisões de quê? – perguntei. – Armado com o quê?

— O jogo Captura da Bandeira – ele respondeu como se fosse óbvio. – Você tem a sua própria espada e escudo?

— Minha própria...?

— Ele não tem – respondeu Naruto por mim.

— Não. Não creio que tenha – o sátiro pôs uma das mãos no queixo com uma barbicha impossível de ser ignorada e me analisou de cima abaixo. – Acho que o tamanho cinco vai servir. Mais tarde vou visitar o arsenal.

Quis perguntar que tipo de acampamento de verão tem um arsenal, mas havia muito mais a pensar, portanto o passeio continuou. Vimos a linha de tiro com arco-e-flecha, o lago de canoagem, os estábulos, a linha de lançamento de dardo, o anfiteatro e a arena onde Naruto disse que eles realizavam lutas de espadas e lanças.

— Lutas de espadas e lanças? – perguntei.

— Desafios entre chalés e coisas assim – explicou ele – não são letais. Normalmente. 

— Não vamos nos esquecer de apresentar o refeitório – falou Hinata.

Ela apontou para um pavilhão ao ar livre emoldurado por colunas gregas brancas sobre uma colina que dava para o mar. Havia uma dúzia de mesas de piquenique de pedra. Sem telhado. Sem paredes.

— O que vocês fazem quando chove?

Hinata me olhou como se eu tivesse ficado meio maluco.

— Ainda assim temos de comer, não temos?

Resolvi deixar para lá.

Finalmente, eles me mostraram os chalés. Havia uns trinta deles aninhados no bosque junto ao lago. Estavam dispostos em U, dois na frente e os outros enfileirados de cada lado. E era, sem dúvida, o mais estranho conjunto de construções que já vi. 

A não ser pelo fato de cada um ter um grande número de latão acima da porta (ímpares do lado esquerdo, pares do direito), eram totalmente diferentes um do outro. O número 9 tinha chaminés como uma minúscula fábrica. O número 4 tinha tomateiros nas paredes e uma cobertura feita de grama de verdade. O 7 parecia feito de um ouro sólido que reluzia tanto à luz do sol que era quase impossível de se olhar.

Todos davam para uma área comum mais ou menos do tamanho de um campo de futebol, pontilhada de estátuas gregas, fontes, canteiros de flores e um par de cestos de basquete (o que era mais a minha praia).

No centro do campo havia uma enorme área de pedras com uma fogueira. Muito embora fosse uma tarde quente, o fogo ardia de modo lento. Uma menina com cerca de nove anos estava cuidando das chamas, cutucando os carvões com uma vara.

O par de chalés à cabeceira do campo, números 1 e 2, me chamou a atenção, o chalé 1 era o maior e mais magnífico de todos. Parecia um mausoléu casadinho, com grandes caixas de mármore branco com colunas pesadas na frente. Já o chalé 2… estava destruído, somente a placa com o número no chão indicava qual era, toda a construção estava em pedaços no chão, a madeira velha e mofada.

— Se os chalés representam os deuses, por que é que o número 2 tá desse jeito?

Os três trocaram olhares nervosos. Foi Hinata quem respondeu: 

— Olha, só vou te dizer isso uma vez e vê se não toca nesse assunto nunca mais: a Sakura destruiu esse chalé anos atrás, por que? Ninguém sabe, mas a gente imagina. A Sakura proibiu qualquer um de tentar arrumar e, bem, ela solta raios com as mãos e consegue ser bem assustadora quando quer então…

— Você preferiram obedecer a filha de um deus, ao invés de tentar não atrair a fúria de um deus? – perguntei incrédulo.

— Isso é entre a Sakura e a Hera – Hinata me dirigiu um olhar alarmado ao avisar, o que me deixou meio arrepiado.

Então o chalé 2 era de Hera…

Caramba, por mais que eu tenha ficado curioso, dava mesmo para imaginar o que Hera podia ter feito para despertar tanta raiva na garota de cabelos cor de rosa.

Entre todos os chalés, o 11 era o que mais parecia um velho chalé comum de acampamento de verão, com ênfase no velho. A soleira estava desgastada, a pintura marrom, descascando. Acima do vão da porta havia um daqueles símbolos de médico, um bastão alado com duas serpentes enroscadas nele. Como é mesmo que chamavam aquilo? Um caduceu.

Dentro, estava abarrotado de gente, meninos e meninas em um número muito maior que os beliches. Sacos de dormir estavam espalhados por todo piso. Parecia um ginásio onde a Cruz Vermelha estabelecera um centro de refugiados.

Hinata anunciou:

— Sasuke Uchiha, apresento-lhe o chalé 11.

— Normal ou indeterminado? – perguntou alguém.

Eu não sabia o que dizer, mas Hinata respondeu:

— Indeterminado.

Todos gemeram.

Um cara que era um pouco mais velho que o restante chegou para frente.

— Vamos, vamos, campistas. É para isso que estamos aqui. Bem-vindo, Sasuke. Você pode ficar com aquele ponto no chão logo ali.

— Este é o Sasori – apresentou Hinata. – Ele é o conselheiro chefe do chalé 11, por enquanto – acrescentou ela.

— Por enquanto? – estranhei.

— Você é indeterminado – explicou Sasori pacientemente. – Eles não sabem em que chalé acomodá-lo, então você está aqui. O chalé 11 recebe todos os recém-chegados, todos os visitantes. Naturalmente, Hermes, nosso patrono, é o deus dos viajantes.

— E quando é que eu vou ser determinado?

— Pode ser hoje – disse Naruto otimista.

— Pode ser amanhã – acrescentou Hinata.

— Pode ser nunca – Sasori falou de forma tão séria que eu quase acreditei, mas então ele sorriu: – Tô brincando. Pelo menos uma vez no ano, os deuses se lembram de reclamar a gente como filho.

— Eu imagino eles no Olimpo: “Olha, chegou um novato no Acampamento. De quem é?” e bum, você foi determinado – naruto gesticulou com as mãos.

— Ele já fez os testes? – Sasori perguntou.

— Ainda não – respondeu Hinata. – Ele, literalmente, acabou de chegar.

— Será que a gente pode comer agora? – Naruto me puxou. – A gente ainda não almoçou e eu tô morrendo de fome.

— Você tá sempre morrendo de fome – Hinata revirou os olhos.

Naruto sorriu mostrando a língua para ela.

É, agora que ele havia falado, percebi como eu também tava morrendo de fome.

Eles me explicaram que cada chalé tinha sua mesa e por isso acabei comendo na mesa 11 separado do meu amigo que ficava na número 7. Como eu tava faminto nem liguei, mas achei um porre depois de pensar que teria que comer sem a única pessoa em que eu confiava ali.

Sentimental da minha parte, não? 

Hinata seguiu meu amigo, já que a mesa dela era ao lado, a número 6.

Percebi a garota de cabelos rosa, Sakura, se aproximar e sentar sozinha na mesa de número 1. Retiro o que eu disse, por mais que eu estivesse longe do meu amigo, pelo menos tinham outras crianças do 11 ao meu redor. Sakura parecia solitária daquele jeito, o olhar dela longe.

Depois de comer, Naruto e Hinata me arrastaram pelo acampamento, me explicando sobre os “Testes”. Basicamente eu tinha que fazer coisas que poderiam dar indícios de quem seria meu pai olimpiano.

Não vão se animando, fracassei em todos, um após o outro.

Arco e flecha? Quase acertei o olho de alguém (ou muitos alguéns)! Era óbvio que eu não era filho de Apolo, não sei nem porque me fizeram tentar.

Ferraria? Botei fogo nas forjas sem nem saber como! Hefesto estava descartado.

Hermes? Eu não era tão ligeiro, os nós me deram uma dor de cabeça maior do que quando eu me forçava a ler (e eu tenho dislexia)!

Dionísio? Fora de cogitação, o deus havia deixado bem claro mais cedo.

Quando chegamos a arena estava tão cansado que mal notei que a garota de cabelos rosa estava lá, treinando. Mas quando prestei atenção… Caramba, ela era boa!

— Escolhe uma arma – disse Naruto, igualmente desanimado. – Vamos ao menos treinar um pouco ou vou sentir que o dia foi completamente perdido.

— Fugir de monstros antes do almoço não foi o bastante pra você? – ironizei.

Mas me aproximei do arsenal, tinham várias armas ali, uma mais interessante do que a outra. Vi uma arma familiar e a peguei, eu não treinava com uma daquelas ia fazer mais de um ano. Depois que o meu irmão mais velho foi pra faculdade confesso que me desleixei, eu ia tomar uma bronca dele quando ele voltasse… para as férias de verão e eu estava ali…

— Uma katana? – a voz de Sakura soou ao meu lado me tirando dos meus pensamentos.

— Ah é, você falou que treinava com o seu irmão, né? – Naruto se aproximou parecendo se animar.

— Você é bom nisso? – Sakura perguntou com curiosidade.

Ergui a arma em forma de desafio.

Os olhos dela se estreitaram.

— Você não devia… – meu amigo tentou me avisar, mas eu ataquei a garota mesmo assim.

Com a espada na mão, ela me bloqueou com facilidade e nem três golpes depois, eu estava no chão.

— Caramba – soltei sem fôlego de costas. – Alguém anotou a placa do caminhão? – tentei provocar ela.

Sakura nem me deu bola.

— E eu achando que você poderia oferecer algum desafio – uma voz nova, soltou de forma debochada.

— Gaara – Naruto cumprimentou sem muito entusiasmo e me ofereceu uma mão para que eu me levantasse. – Não leve a mal, ninguém aqui no acampamento é páreo pra Sakura.

— Nem os mais velhos? – perguntei surpreso.

Naruto negou com a cabeça.

Senti um arrepio de aviso pelo corpo e ergui a Katana a tempo de me defender do golpe do garoto de antes. Imediatamente fiquei irritado, odiava covardes que atacavam por trás.

— Defenda isso, novato – disse o ruivo.

Eu me defendi, é claro. O garoto podia ser forte, mas eu me recusava a perder.

— Você não tem a menor chance – ele sorria de um jeito irritante.

— Isso é o que nós vamos ver – sorri de volta pra ele e usei meu corpo como arma também, aquilo pareceu pegar o garoto desprevenido, mas ele se recuperou rápido.

Todos à nossa volta pararam o que estavam fazendo e nos rodeou. Eu conseguia ouvir até umas apostas sobre quanto tempo eu duraria, o que me irritou ainda mais e me atrapalhou. O ruivo veio com um soco que me fez sair da arena.

— Sasuke? – Naruto gritou preocupado.

Aquilo foi justo? Aquele soco valia?

— Que cara covarde – resmunguei.

— Não é assim que lutamos, Gaara – ouvi a voz de Sakura alertando o ruivo.

— E como é que lutamos então? – o garoto ficou esquentadinho. – Os monstros não estão nem aí pra forma como lutamos.

— Dando soco em monstros é que não vencemos mesmo, muito pelo contrário – Sakura respondeu de forma fria.

— Eu tô esperando a dias por uma chance de lutar contra você e você nem aí, mas é só um novato qualquer chegar!

Opa, então era isso? O ruivo estava com…

— Ciúmes? – sorri.

Mas era um trouxa mesmo.

O garoto veio com tudo pra cima de mim de novo e eu revidei.

— Mas tu é um covarde mesmo, hein? – o provoquei.

— Volta correndo pro colo da sua mamãezinha remelenta se não aguenta – o garoto me provocou de volta.

Aquilo me enfureceu. Ele podia falar e fazer a merda que ele quisesse comigo, mas não ia falar da minha mãe.

Fui com tudo pra cima dele e ouvi murmúrios de admiração à minha volta.

Dessa vez fui eu quem não demorou nem três golpes e o ruivo estava no chão.

Eu ia avançar de novo, cego pela fúria, quando Sakura se intrometeu.

— Chega – ela me olhou assombrada.

Como é que era? Ela tava com medo de mim?

Mas ela não era a única, muitos olhavam pra cima da minha cabeça com espanto. Até Naruto.

— Pelos deuses – ele murmurou, enquanto revezava o olhar entre meu rosto e o que quer que estivesse sobre a minha cabeça.

— Está determinado – ouvi a voz de Quíron. 

— Meu pai? – olhei pra cima como todo mundo.

— Hades – respondeu Quíron. – Senhor do Submundo, conhecido como Mundo Inferior, o reino dos Mortos.

 

Continua…

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram da série de Percy Jackson? Eu amei!!!! Não vejo a hora da segunda temporada!!!

Curiosidade: de quem vocês são filhos? Por que eu sou filha de Íris



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