Semideuses escrita por Sak


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Sejam muito bem-vindos!!!

Eu tive essa ideia por conta da estreia da série de Percy Jackson no Disney+, mas eu sempre quis escrever uma história no universo do Rick Riordan, eu amo os livros, os personagens, as aventuras e, principalmente, Percabeth (eu amo nos livros, nos quadrinhos, nos filmes e agora na série, ninguém fale nada de ruim do Walker ou da Leah, ou não respondo por mim!!! Eles são meus protegidos!!!)

Já tem muito tempo que eu não escrevo nada em primeira pessoa, então está sendo um desafio e sim, a história será toda narrada pelo ponto de vista do Sasuke!!!

Eu não tenho nada de muito planejado, só até o terceiro capítulo, até porque eu tô com outras história em andamento e eu não quero ficar enrolando!

Enfim, espero que gostem!!!



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I - Eu não tive nem metade das aulas daquele dia porque eu tive que fugir de uns cães infernais… É, eu sei, nem dá pra começar a explicar como isso aconteceu!

 

Nova Iorque, 

 

Vocês pensam muito na morte?

Eu sei que é estranho perguntar assim, do nada, sem mais, nem menos.

Mas é que eu penso e muito!

E com uma frequência não muito saudável! Confesso!

Não que eu queira me matar ou algo do tipo, longe de mim.

É só que… Parece que tudo a minha volta tenta me matar de alguma maneira, por exemplo, uma professora no meu quinto ano se transformou numa coisa com asas assustadora e voou pra cima de mim, mas aí ela sumiu quando eu fechei os olhos e ergui as mãos pra me proteger, quando eu perguntei sobre ela para os outros alunos era como se ninguém tivesse conhecido ela antes na vida, qual é pessoal? Ela tinha acabado de dar um teste surpresa pra gente e todo mundo reclamou disso! Mas aí a professora (outra que não a com asas assustadoras) veio reclamar que eu estava atrapalhando a aula dela. De novo! Eu nunca tinha visto aquela mulher na vida!

Resultado: eu fui expulso da escola, mais uma vez.

Teve uma vez antes disso, no terceiro ano, quando eu quase levei um coice de um cara com corpo de cavalo quando minha mãe e eu estávamos de férias, meu irmão mais velho não acreditou, mas minha mãe sim e depois teve uns peixes carnívoros na praia. Acabamos voltando pra casa mais cedo naquele verão.

E outra coisa que aconteceu no quarto ano… Enfim, deu pra entender.

Mas quando eu falo isso para alguém me olham como se eu fosse louco! 

Tipo agora, eu estava fugindo de uma coisa que parecia um demônio, mas todos a minha voltam soltavam:

— Ownt, que cãozinho fofo.

Aquela coisa tava era longe de se parecer com um cachorro fofo!

Eu já tava começando a ficar sem fôlego quando Naruto apareceu na lateral de um prédio segurando um arco e flecha, apontando pra coisa atrás de mim.

— Aqui, feioso! – e acertou em cheio.

Eu deixaria pra ficar impressionado em outro momento, por exemplo, quando eu não estivesse arfando e fugindo da morte!

— Eu não falei pra você tomar cuidado? – ele me olhou feio e me puxou pra entrada de um prédio, a gente se escorou na porta assim que ela fechou nas nossas costas.

Loiro, de olhos azuis e postura radiante feito um sol, ali estava o único amigo que eu havia conseguido fazer, não só na escola, mas em toda a minha vida.

— Ah… Claro… – respirei fundo, coloquei as mãos nos joelhos e soltei de uma vez exaltado: – Como é que se toma cuidado com um demônio?

— É – ele mexeu no cabelo como se não tivesse pensado direito.

Típico dele.

No geral, ele era um cara legal, até mesmo tranquilo. A gente ainda tava usando os uniformes da escola quando fugimos no meio do intervalo entre as aulas, mas olhei bem para aquele arco e flecha com ele e parecia ser feito de um material bem caro, o que era estranho, até onde eu sabia, ninguém que estudava na St. Magnus era lá muito bem de vida.

— Onde você conseguiu esse arco? Você não roubou não, né? – perguntei.

— Claro que não – ele revirou os olhos. – Olha, a ajuda já tá a caminho, é só a gente ficar em segurança.

— Ajuda de quem? – soltei com escárnio. – Qualquer um vai achar que a gente é louco!

— Olha, não sou eu quem devia tá falando com você sobre isso, mas eu tenho quase certeza de que você é um semideus – ele falou.

— Um o quê? – olhei estranho pra ele.

Uma batida na porta nas nossas costas assustou nós dois.

— É a ajuda que você falou? – perguntei com um tantinho de esperança.

— Não – ele respondeu em pânico.

É claro que não, eu não tinha tanta sorte assim.

— Vamo ter que subir – Naruto apontou para as escadas.

Eu acenei e só obedeci.

Naruto era o único que acreditava em mim porque ele era o único que sofria das mesmas coisas e dos mesmos ataques que eu. A gente tinha se conhecido no começo do ano, na escola e nos tornamos amigos assim que uns pombos carniceiros atacaram nós dois juntos.

Era uma bela amizade até.

Mas se antes eu sofria ataques uma única vez no ano, aquele demônio dos infernos já era o terceiro.

— Olha – meu amigo arfou na minha frente enquanto corria os degraus. – Se eu estiver certo, você vai conseguir entrar no Acampamento Meio-Sangue, só quem é meio sangue consegue entrar, seu pai olimpiano não deve demorar muito pra te reclamar e te prometo, que tudo vai fazer sentido.

Meio sangue? Que merda era aquela? Eu olhei estranho pra ele com aquele papo esquisito, só porque eu não sabia quem era o meu pai aquilo tava me parecendo meio racista da parte dele, mas o bocó não era do tipo, o que só deixava tudo ainda mais esquisito.

Nós emergimos no alto do prédio.

— Vamos pular pros outros, logo a ajuda chega – ele apontou.

Sim, eu sei que é estranho só de pensar em ficar pulando prédios por aí, mas era ou a altura ou os demônios atrás da gente e eu já tive encontros suficientes com a morte pra saber que a altura seria bem menos doloroso.

Sei que eu não devia, mas olhei pra trás, os demônios saíram pela porta que a gente tinha acabado de fechar.

— Qual é – resmunguei.

— Corre e não olha pra trás – falou meu amigo.

Ele não precisou dizer duas vezes.

Corri como se minha vida dependesse disso.

Sem querer ser irônico, mas dependia.

Vez ou outra eu sentia uma garra raspar em mim, o que só me dava mais gás pra continuar correndo, mas eu já sentia meu corpo ficar cansado.

— Cadê a ajuda, Naruto? – reclamei com ele.

— Se abaixem – uma vez feminina gritou e eu só obedeci, como instinto.

Olhei pra uma garota quando ela pulou com uma espada na mão direto pros demônios atrás de mim e do meu amigo. Ela tinha uma espada na mão e acabou com os três rapidamente.

— Sakura? – meu amigo parecia incerto. – O que você tá fazendo aqui? Achei que tava no acampamento.

Espera aí, ele conhecia ela?

— Tava por perto – a garota deu de ombros. – Parece que precisam de ajuda – disse de forma irônica ao olhar na direção de onde vinham mais daqueles demônios.

Ela tinha os cabelos cor de rosa meio repicados e curtos, olhos verdes eletrizantes e uma postura arrogante. Usava um boné, calça jeans, jaqueta e botas de couro.

Ela era muito bonita. Bonita tipo… Eu já tinha conhecido meninas o suficiente para desconfiar que aquela parecia do tipo que fazia bullying comigo.

— Caramba, vocês atraíram uma matilha de cães infernais e tanto – ela se surpreendeu.

— Eu acho que ele é um semideus – apontou pra mim.

— Sério? – ela me olhou de cima a baixo. – Isso não é bom.

Eu já ia mandar ela a merda quando Naruto falou:

— Concordo, um semideus já atrai muitos monstros sozinho, três então? – ele atirou mais flechas nos demônios, eu tinha que admitir que ele era bom de mira. O que me surpreendia era como aquelas flechas já não tinham acabado ou se perdido por aí?

A garota usava a espada com habilidade nos monstros, como se já estivesse acostumada, eles sumiam feito poeira quando ela os acertava, assim como meu amigo quando os acertava com as flechas. Ela não parecia ser mais velha, eu diria até que ela era da minha idade.

— O Obito já deve tá chegando – meu amigo disse a ela.

— E você confiou nele, é?

— Ele não é ruim – Naruto defendeu quem quer que fosse Obito.

— Mas não é o melhor – a garota respondeu. – O Kakashi deve tá por perto. Se afastaram muito do ponto de encontro?

— Acho que sim – meu amigo olhou em volta, completamente perdido.

— Se escondam, vou atrasar eles pra vocês – disse ela.

— Certeza? – perguntou Naruto.

— Sim – ela respondeu e ficou de costas pra nós dois.

— Que – eu ia perguntar como é que uma garota como ela ia atrasar eles, quer dizer, eu vi que ela era boa com a espada (como é que alguém andava com uma espada?), mas Naruto me puxou.

Tudo o que eu consegui ver antes dele me puxar pra gente se esconder atrás de uma parede foram raios verdes saírem das mãos dela.

— Ela acabou de- me espantei

— Shiu – ele botou a mão na minha boca.

Eu nem queria me dar ao trabalho de pensar onde aquela mão tinha tocado.

— Aprenda de uma vez: palavras têm poder e nossa ajuda chegou – apontou pra… uns cavalos voadores puxando uma espécie de carroça voando em cima da gente.

— Aqueles cavalos têm asas? – perguntei abismado.

— São pégasus – disse meu amigo. – E é isso que te deixa surpreso?

— Subam – gritou o cara que puxava as rédeas.

Naruto foi na frente e eu só segui ele.

— A Sakura tá logo ali – apontou para o brilho dos raios verdes.

— Kakashi já me avisou – disse o cara.

Ele tinha pernas de bodes.

Mas que porra era aquela?

— Tem certeza de que ele é ajuda? – perguntei apontando para os pés do cara o mais discreto que eu consegui.

— Confia – disse o meu amigo. – Esse é o Obito e ele é um sátiro.

— Muito prazer, eu sou um protetor-

— SAKURA! – alguém gritou abaixo de nós interrompendo as apresentações.

— É o Kakashi – percebeu Naruto.

A garota veio correndo em direção a ele.

Ele só subiu naquela carroça depois dela.

— Vai Obito – disse Kakashi.

— Ele também é um sátiro? – perguntei pro meu amigo só pra confirmar, as pernas dele eram iguais ao do outro que conduzia a carroça.

— Sim – Naruto respondeu sem prestar atenção, ele estava mais ocupado olhando ao redor.

Também olhei em volta, alerta. Era só o que faltava ter mais desses bichos por aí.

— Alguém vai me explicar o que tá acontecendo? – perguntei, tentando segurar a irritação.

— Você não explicou nada pra ele? – a garota perguntou pro meu amigo.

— O “ele” – fiz aspas com os dedos – tem nome.

— Não ligo – retrucou ela, também olhando à nossa volta.

Ela estava irritada, o que exatamente tinha irritado ela, eu não sabia, mas eu tava era muito puto com tudo. Um monte de monstro tava tentando me matar, meu amigo do nada vinha me falar que eu era um meio sangue e agora a gente tava indo sabe-se lá pra onde.

— Lembra das histórias que eu contei pra você? Sobre mitologia grega, os deuses, titãs e monstros? – disse meu amigo. – É tudo real!

— Agora não é hora – disse o Kakashi. – Fúrias! – apontou para umas coisas voando não muito longe, pareciam pássaros.

Elas não pareciam que iam nos alcançar tão cedo, pelo que pude reparar.

— Que estranho – murmurou a garota depois de um tempo. – Por que elas não estão se aproximando?

— Não reclama não – disse Naruto, o arco e flecha prontos pra atirar.

— Não são do acampamento? – a garota perguntou para o sátiro.

— Não são – afirmou Kakashi.

— Se segurem aí – disse Obito antes de fazer uma manobra que quase me atirou pra fora daquela carroça.

A garota me segurou e eu fiquei constrangido, eu fiquei muito perto dela.

— Estamos quase lá – disse Obito.

Não demorou muito ao que parecia já que foi meu amigo quem disse:

— Sasuke, seja bem-vindo ao Acampamento Meio-Sangue.

 


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