Peeta Mellark

Seu sorriso é tão bonito, não o vejo com frequência, parece algo tão raro que quero guardar cada detalhe. Os olhos que formam pequenas covinhas, o nariz enrugado, os dentes todos à mostra. Mas logo ela se sente culpada e se fecha novamente em seu casulo. Rir é proibido, afinal Prim morreu e ela não tem o direito de ser feliz. Eu a abraço, ela se enrosca em mim e me aperta, tanto. 

— Tá tudo bem. - digo uma verdade, afinal não é proibido ser feliz. 

Ela ergue seu rosto, estamos tão próximos que nossas respirações se misturam, seus dedos passam por meu cabelo, sinto minhas mãos tremerem em protesto, ela as segura fortemente, ergue seus pés e me beija. 

— Tá tudo bem. - ela me diz e volta a me beijar. Com vontade, sem câmeras, sem guerra rolando, sem pressa, sem teatro. Eu retribuo. Minhas mãos param de tremer.