A Vida de Alice escrita por Lari_pink, Na_Cat


Capítulo 2
Nascimento




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             Em uma época onde os casamentos eram arranjados, e o amor não era levado em conta...Uma união aconteceu.Uma junção de famílias influentes e poderosas.

 

        Elizabeth Julye Foster era a filha do meio, de três irmãs.Era a mais bonita e bem quista.Era muito cortejada na pequena cidade de Columbus.

Fora criada para ser uma boa esposa e uma mãe exemplar.Desde pequena sabia o valor de um bom-nome de família.Era herdeira de um grande produtor de trigo.

Liz -como era tratada pela família e amigos próximos- era uma linda jovem, de cabelos castanho-escuros muito compridos que estavam sempre presos em um coque muito bem adornado.

A pele era alva como giz, de bochechas rosadas e lábios vermelhos bem desenhados.Era uma jovem peculiarmente bela.A preferida de seus pais,que desejavam para ela um casamento proveitoso e que favorecesse a família.      Até que finalmente, aos 17 anos fora cortejada pelo primogênito dos Brandon...

 

        John Orlando Brandon II, era filho do maior exportador de cereais da região.Fora criado para ser um grande empresário.Deveria desposar uma mulher de família influente para que o casamento o ajudasse na carreira política.

Na época em que viviam, os negócios entre famílias,realizados através dos casamentos,era uma forma comum de aumentar o poder e influência.

Aos 21 anos foi assessorado por seu pai, a cortejar a filha dos Foster.Seria um belo negócio,que facilitaria seu ingresso futuro na política.Futuro esse que seu pai almejava para ele.

Orlando era um belo rapaz,de grande porte,pele morena,cabelos pretos bem cortados,aparência sempre impecável.Era muito desejado pelas mulheres de sua cidade,já que além de belo era de uma grande família.

 

        O casamento aconteceu em pouco tempo.Não havia amor,mas eles não se importavam com isso.Foram criados para serem bons companheiros e honrarem o nome da família acima de tudo.

Tiveram sorte, pois davam-se muito bem.Mas mesmo assim os sentimentos e demonstrações de afeto eram contidos.Tudo como mandavam as regras...

 

 

 

xxXxx

 

 

 

        Em uma abafada manhã de Outono, do ano de 1902,Elizabeth Brandon acordou com uma incômoda dor no baixo ventre.Chamou pelo marido:

- Querido,acorde!- ela sacudiu levemente o ombro do esposo que ressonava tranquilo ao seu lado.

- O que há,Liz?-Orlando perguntou sonolento.Pela pouca claridade do quarto ele podia perceber que ainda era muito cedo.

- Orlando,levante-se!Está chegando a hora.Posso sentir...- ela disse isso alisando a barriga de 38 semanas.

- Já?Não está cedo? - o marido questionou enquanto levantava-se da cama.

- Eu esperava para daqui duas semanas,mas a dor está forte.Mande Ernesto buscar Concheta,tenho certeza que é para hoje.

Orlando apressou-se em vestir suas roupas e calçar suas botas.

-Vou chamar Célia para ficar com você,enquanto Ernesto vai buscar Concheta.

- Está bem. - Elizabeth buscou se ajeitar melhor na cama,afim de amenizar a dor que estava se intensificando.

Orlando terminou de vestir-se,ajudou a esposa a achar uma posição mais confortável e saiu atrás de Ernesto pela fazenda.

Como ele previra era muito cedo ainda,e o empregado devia estar selando os cavalos para começar o trabalho.

- Ernesto?- o homem chamou adentrando o estábulo. - Você está ai?

- Pois não Sr. Orlando?É cedo,aconteceu alguma coisa?

Ernesto era um velho empregado da fazenda  dos Brandon. Já servia à essa família a duas gerações.Seus pais foram empregados dos avós de Orlando.

O homem tinha pouca instrução, mas era muito dedicado ao seu serviço e por isso era responsável pelos outros empregados da fazenda.Ele era casado com Célia,a dama de companhia de Elizabeth.

- Ernesto vá a cidade buscar Concheta.Chegou a hora de Elizabeth.

O empregado prontamente atendeu ao pedido  e dirigiu-se a cidade.

 

        Concheta era uma parteira que tratava das mulheres da família Brandon há muitos anos, e antes dela sua mãe e sua avó.Ela era de uma família de parteiras muito conhecida na pequena cidade.

Sua família viera do México há muito tempo.Além de auxiliar no parto e cuidar das gestantes,era uma benzedeira muito respeitada na cidade.

Dada a sua origem, trazia muitas crenças,supertições e era dotada de uma grande sensibilidade.

 

 

xxXxx

 

 

        Já passava do meio-dia e Elizabeth estava exausta.Encontrava-se há cinco horas em trabalho de parto.A dor incrivelmente só fazia aumentar,e as contrações vinham em menor intervalo de tempo.

O parto de Amelie - dois anos antes - não fora assim.A bolsa estourou e logo a menina nascera.Pouca dor,pouco esforço.

 

        O dia passava e a mulher chorava.Recostada na cama,a camisola ensopada de suor: a dor era insuportável.

A sua volta,Célia, Concheta e sua filha,que lhe auxiliava nos partos.A parteira consolava e amparava Elizabeth:

- Calma minha filha!Logo,logo seu bebê vai chegar.

- Mas Concheta,com Amelie não fora assim!Foi tudo muito rápido. - a mulher lamentava-se chorosa.

- Filha,cada parto é diferente,cada filho é diferente!Cada um tem seu tempo.-explicava Concheta,com a voz serena.-Eu mandei preparar um chá de camomila para você  e vamos continuar as compressas para amenizar a dor.

 

        Finalmente,às quatro horas da tarde,o bebê estava nascendo.

- Força minha filha,já posso ver o cabelinho...- Concheta incentivou sorrindo.

- Não tenho mais forças...

- Aguente! Seu bebê precisa de você e ele está chegando...

Elizabeth encheu o peito de ar, e fez força com a pouca energia que ainda lhe restava.

- AHHHHHHHHHHHHH!!!- o grito ecoou pela casa e foi seguido de um choro agudo.

- É uma menina!!! - Concheta exaltou,enrolando o bebê em uma toalha.

 

        Elizabeth deixou-se cair na cama,completamente esgotada.Mal tinha forças para falar:

- Deixe-me ver essa criaturinha...-ela disse estendendo os braços.

Concheta passou o bebê para os braços da mãe.

A menina era robusta,apesar de ser muito miúda.Tinha as pernas e braços bem gordinhos.E bastante cabelo,de um castanho-escuro igual o da mãe,mas cacheados como o do pai.No rosto redondo de bochechas coradas,trazia dois grandes olhos castanhos, muito vivos.

- Liz,essa menina é linda.-disse a parteira.-Sinto que ela é iluminada, e muito,muito especial.O futuro lhe reserva grandes planos.Que nome você dará à ela?

Elizabeth alisou o cabelo de seu bebê e olhando pra ela disse:

- Ela se chamará Mary Alice - dirigindo-se a parteira,continuou:- Significa "aquela que não conhece a mentira".

- É um belo nome! - agora era Célia quem falava.

- Filha, agora você deve descansar.Vou chamar Orlandinho que está na sala impaciente.Vou mostrar-lhe a filha, enquanto você deve procurar dormir.- a parteira aconselhou.

A mulher concordou, passando o bebê de volta aos braços de Concheta.Realmente ela estava cansada.

A parteira se incumbiu de cuidar da menina recém-nascida,auxiliada por sua filha, enquanto Célia ajeitava Elizabeth para que ela pudesse descansar.Apesar de exausta, ela trazia a sensação de dever cumprido...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Notas Finais:

N/A: 1)Eu trabalhei muito nesse capítulo, mas mesmo assim não fiquei muito satisfeita...Digam o que acharam!Mandem reviews!

2)Bom, eu realmente sinto muito pelo "desabafo"+"crise"+"chantagenzinha"...Eu acho que vocês não mereciam..Então, cá estou eu...NÃO VOU abandonar a fic..Acho que mesmo que ela tenha UMA leitora, já vale a pena...

OBRIGADA a cada uma de vocês que mandaram palavras de apoio: 'Sarah','jujumel','lili-alice' e 'AliceMcCarty' ..Vocês foram ESSENCIAIS! ♥

Prometo que vou continuar aqui,dando o melhor de mim! s2'

Continuem mandando reviews..Além de incentivar, quero saber o que vocês acharam!

Beijo grande..Lari_pink


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Notas finais do capítulo

PS: eu ainda não peguei o jeito da formatação..
O Nyah não respeita meus paragráfos, e etc.
Vou tentar deixar melhor visualmente...