Agnes estava furiosa, enquanto arrumava os cupcakes na caixa para entregar. Ela não conseguia tirar a noite anterior da cabeça, de que lhe servia uma poção que não podia usar?

E como se não bastasse, ela havia pedido a Ronald para levar a encomenda e ele não estava ali. Ela olhou no relógio e bufou irritada, definitivamente lançaria uma maldição imperdoável naquele cabelo de cenoura.

— Vou contar tudo para a Lilá, aquele ruivinho dos infernos vai se ver comigo, ah se vai – Agnes resmungava baixinho, enquanto fechava a caixa – Padma cuide de tudo por mim, volto já.

— Sim senhora, chefa – a morena respondeu prontamente, ela estava no caixa, enquanto lia o profeta diário.

Agnes saiu da loja e olhou de um lado para o outro, a entrega era no castelo de Hogwarts, por isso ela teria que andar, e ela odiava andar. A morena mais reclamava do que andava, por isso demorou um pouco para chegar no castelo, assim que passou pela entrada, um moreno alto se bateu com tudo nela, fazendo os cupcakes voarem de sua mão e caírem do chão, espatifando tudo.

— Eu não acredito – Agnes diz ainda olhando para a caixa escorrendo glacê pelas laterais.

— Me desculpa – o rapaz diz, fazendo ela olhar para ele com ódio – eu vou pagar pelo estrago.

— Pagar pelo estrago – ela bufa com ódio, rindo de desgosto – inacreditável.

— São só cupcakes – ele diz fazendo-a mirá-lo como se fosse o próprio ciclope de X-Men.

A cabeça dela estava fervendo e ela queria mesmo poder usar um Crucio nele, seu olho tremia, e só não deu uma Avada nele, porque Harry Potter apareceu com seu sorriso brilhante e aura gentil.

— Agnes – ele fala animado, chamando a atenção da garota, que ignorou o outro moreno ainda parado no mesmo lugar.

— Oi Harry – ela diz cabisbaixa.

— Que carinha é essa? O que... – e então ele notou a caixa no chão e olhou para o moreno – você se esbarrou nela?

— Foi sem querer – ele diz dando de ombros, sorte a dele Agnes não ter visto.

— Quer uma carona até Hogsmeade? Eu posso te levar e trazer – Harry oferece, ignorando o parceiro.

— Não adianta, mas obrigada Potter – ela diz e suspira, logo dá uma olhada para o homem, e respira fundo para não o esganar – vou falar com a cliente e resolver isso.

— Certo - Harry assente e vai até o lado do homem – vamos Jungkook, você tá mais desastrado do que o Neville.

Os dois saíram embalados em uma conversa nada interessante e Agnes seguiu caminho, aqueles cupcakes não tinham conserto, mas não quer dizer que ela não poderia invocar alguns ali, por isso ela pegou a varinha e fez aparecer novos cupcakes, ela sabia que a vitrine estava cheia. Agora sim, ela podia terminar aquilo e voltar para a loja.

…

A morena bateu na porta e ela foi aberta por uma versão sinistra da Agnes.

— Credo, parece que o expresso de Hogwarts passou por cima de você – Yerin adentra a casa sem nem esperar o convite – vamos lá, balada trouxa.

— Não to afim, meu dia foi péssimo – Agnes se joga no sofá e encolhe as pernas, ela vestia um pijama calça que estava largo demais pro seu corpo e seu cabelo completava o look, o mais bagunçado possível.

— Justamente por isso temos que ir, quem sabe você arranja um gatinho e dá a poção pra ele – Yerin diz já caminhando na direção do quarto da amiga.

Agnes sabia que Yerin não ia desistir, ela iria buscar uma roupa e fazer Agnes se arrumar, típico.

— Alguém bate na porta e Agnes se levanta para abrir, mas nem precisou porque a porta foi aberta de qualquer jeito e Amélia sorriu para a amiga.

— Já falei pra parar de invadir minha casa com essa porcaria de feitiço – Agnes resmunga, ela odiava profundamente o criador do Alohomora, pra que portas se elas podiam ser abertas com magia?

— É melhor do que aparatar na sua cozinha – Amélia dá de ombros e Agnes franze o cenho, mirando a cozinha e vendo Mihee com um copo de água na mão.

— Eu tenho péssimas amigas – Agnes resmunga e se larga no sofá.

— Voltei – Yerin diz e entrega as roupas a outra morena – se anima, Pansy me disse que o Theo e o Blás vão estar com o Draco essa noite.

— Pansy é caidinha pelo Blás, não vou dar em cima dele – Agnes grunhe e pega a roupa, tratando de se levantar e ir até o banheiro.

Yerin olha para Mihee e Amélia e dá de ombros. No fim, elas precisavam mesmo convencer Agnes a ir, não importava qual os truques que usariam.

E Agnes realmente foi. A balada trouxa ficava no norte de Londres, elas aparataram em um beco escuro e foram caminhando o resto do caminho. Elas passaram pelo segurança, e já puderam ver seus amigos espalhados por ali.

— Hey girls, aqui – Gina acena de longe e elas apenas seguem. A música não estava tão alta assim, era uma baladinha mais social, então dava pra conversar tranquilamente sem gritar.

— Vocês convenceram mesmo a Agnes – Hermione diz rindo – coitada, soube o que aconteceu hoje.

— O que aconteceu hoje? – Amélia pergunta confusa, olhando para a amiga.

— Um idiota esbarrou em mim quando fui fazer uma entrega e o Harry estava com ele – Agnes conta se sentando na cadeira.

— Idiota? – Pansy diz rindo – não amor, aquele homem é uma perdição.

— De quem estão falando? – Yerin volta com Mihee e coloca cinco bebidas na mesa.

— Jeon Jungkook – Pansy diz.

Todas param para olhar Agnes que tinha uma careta confusa, como ela podia fazer tão pouco de um homem tão maravilhoso.

— Ele é arrogante – Agnes diz negando, suas amigas só podiam estar loucas – por favor, parem com isso.

— Tá legal gatinha, já que você é tão seletiva assim – Yerin pega uma das bebidas e entrega a Agnes, a bebida era diferente, borbulhava e o líquido era rosa - use com sabedoria.

Agnes arregalou os olhos, entendendo muito bem o que era, e mal podia acreditar, ela não podia escolher alguém ali, ela não conhecia quase nenhum dos caras, tirando seus amigos que estavam lá. Bem, ainda tinha uma opção.

— Quer saber de uma? Eu vou sim – Agnes diz e chama o garçom, sussurrando ao no ouvido dele, enquanto olhavam em uma direção, e o garçom apenas assentiu, pegou a bebida e saiu em direção ao balcão.

— Pra quem mandou a poção? – Mihee pergunta confusa.

— Theodore Nott – Agnes dá de ombros sorrindo e as meninas sorriem também.

Yerin foi a única que arregalou os olhos e engoliu em seco.

— Eh, amiga – chama e Agnes olha para ela – eu acho que o garçom entendeu o cara errado.

— O que? Como assim? – Agnes pergunta confusa e se vira para olhar o balcão, vendo o copo a caminho dos lábios de um moreno, mas não aquele que ela descreveu, mas um muito parecido, e era justamente aquele que ela não desejava ver nem vestido de ouro.

É, Agnes conseguia ser mais do que azarada.