Respirar escrita por Brenda Porto


Capítulo 1
Parte 01


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, tudo bem?
E a primeira fanfic que posto neste site, mas estou na estrada há 10 anos, com idas e vindas.
Esse é o meu comeback do meu casal favorito de Dino/Cosmic Fury: Amelia Jones e Ollie Akana, com a minha cantora brasileira favorita: Zoo.
Para melhor experiência, coloque a música para tocar quanto lê.
Espero que vocês gostem.
Perdão pelos erros e boa leitura!



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Segue o link da música


Você sorria todo tempo
Ninguém sabe o que se passa dentro

— Solon... traçar o curso para casa.

Assim decidiu Amelia Jones enquanto ficava abraçado ao seu namorado, Ollie Akana. O time Furia Cósmica tinha acabado de salvar o universo dos planos maléficos de Lord Zedd e destruíram Bajilia, no planeta Eltar.

Apesar da emoção por Zayto estar vivo e se tornar um Mestre da Morfagem sem nenhuma razão concreta, estavam tristes, pois seu tempo de mortal havia encerrado e partiu junto com os outros mestres para proteger a Rede de Morfagem e garantir a paz em todo o universo.

Todos estavam ansiosos para retornar à Terra e a rotina monótona, apesar de nunca mais ser a mesma. Aiyon planejava a reinauguração de seu café, Javi já trabalhava em ideias de sua nova canção, Izzy e Fern podiam viajar com tranquilidade para Oakdale e frequentar a faculdade juntas, Ollie poderá voltar a ajudar com os trabalhos da mãe dele remotamente e por fim, Amelia poderá focar em suas reportagens paranormais e em sua caça aos fantasmas, claro, aproveitar a companhia do namorado.

Porém, ao dar a ordem, a nova líder do time olhou para o ranger azul e estranhou seu olhar, notando um sorriso meio forçado, o que deixou a moça um pouco preocupada. Pensou em questionar ao namorado se estava tudo bem, porém, Solon pediu ajuda dela para acionar os propulsores e seguir em direção ao planeta.

— Volto já. – Abriu um sorrisão para Ollie e piscou, caminhando ao Cockpit para ajudar a dinossauro.

Enquanto isso, Ollie foi baixando o próprio olhar, recordando de todo o mal que havia feito aos seus amigos e os conselhos sombrios que Lord Zedd deu a ele, um sentimento obscuro despertou em sua mente e coração, porém, uma mão de metal em seu ombro o fez retomar a realidade.

— É bom ter você de volta. – Javi falou sorrindo para o cientista e retribuiu tímido. Acabou lembrando que foram as mesmas palavras que Zayto falou na primeira vez em que Ollie foi corrimpido pelo Lord Zedd. – Ei, tá tudo bem?

— Tá, tá sim! – Akana abriu um sorriso forçado. – Eu só estou esgotado. Foi tanta coisa para mim... nem quero imaginar os problemas que causei para vocês... de forma direta e.… indiretamente. – Após falar em tom baixo, observou o braço metálico do cantor, lembrando que ele havia atacado o rangers no altar do zords Fúria Cósmica e Javi usou o próprio braço como sacrifício para invocar novos robôs gigantes. – Eu já fiz isso com o Zayto e faltava fazer com vocês. Eu queria pedir desculpas por tudo... e queria compensá-los de alguma forma como prova de que estou arrependido.

— Olha, se eu fiz aquilo, foi escolha minha. E essa perda foi uma consequência. Por favor, não se culpe de algo que não fez e não precisa compensar nada para ter nosso perdão. Como falei antes, já consigo lidar com tudo isso e vou seguir em frente. Sei que não é fácil, mas tendo os meus amigos, apoiando uns aos outros, vai dar tudo certo.


Na sua mente a chuva e o vento

Será que mais tarde abre o céu?

— Nossa, que discurso lindo! Nem parece o meu irmão. – Izzy se meteu na conversa para provocar o ranger preto, que respondeu revirando os olhos e fazendo o time rir.

— O que importa é que está tudo bem e estamos indo para casa. Agora, chega de negatividade! – Fern abraçou Izzy por trás.

— E eu sei muito bem como acabar com esta negatividade, enchendo a pança! – Aiyon completou enérgico.

— A gente pode te ajudar? – Fern questionou sorridente, de mãos dadas com a ranger verde

— Amor, você tem certeza? É que não tenho muitos dotes culinários. – Izzy questionou insegura para a namorada.

— Não se preocupa, a gente pode cortar os legumes e organizar a cozinha, porque eu sei que o Aiyon faz bagunça. – A recém chegada ranger laranja riu baixinho após responder.

— Bom, com mais mãos, mais rápido podemos jantar, vamos lá! – Ao chamar as meninas, Aiyon foi o primeiro a se dirigir a cozinha, seguido de Fern e Izzy. Enquanto Javi fez companhia ao ranger azul.

— Mudando de assunto, cara, preciso te contar como a Amelia foi gigante liderando o time e cuidando da gente. - O cantor falou com orgulho, fazendo Akana sorrir ao falar sobre a namorada.

— Eu ouvi o meu nome. – Amelia retornou do cockpit com Solon após deixar a nave no piloto automático, se aproximando de seu amado, entrelaçando seu braço com o semelhante dele. – Onde estão os outros, Javi?

— Estão na cozinha ajudando o Aiyon no jantar.

— Vou dar uma varredura geral no sistema da nave por garantia que está tudo em ordem. E posso fazer um café com mashmellows para vocês enquanto o jantar não sai. – Solon sugeriu.

— Eu adoraria. – A jornalista respondeu sorridente.

— Vamos iniciando os trabalhos enquanto você faz. Vou precisar de muita energia para conhecer essa bebezinha. – Ollie provocou a namorada, que o fuzilou com o olhar em resposta, fazendo ele rir baixinho.

— Posso ajudar você a fazer o café. – Javi sorriu para a dinossauro e se aproximou dela. – Eu não quero ficar de vela.- Sussurrou entre risadas e ambos se dirigiram a cozinha.

— Bom, acho que estou sobrando por aqui. Então, vou deixar você mais à vontade com sua... bebezinha.  – Amelia cruzou os braços com um bico, dando muita ênfase na última palavra. No que fingiu sair do salão principal, sentiu as mãos de seu amado em sua cintura, abraçando-lhe por trás.

— Eu não vou deixar... – Sussurrou no ouvido da ranger vermelha entre risadas sinceras. - Nunca mais vou soltar você, eu prometo. – Falou baixinho, virando o corpo da amada de gente para si. Sua expressão tornou-se séria e angustiada.

— Eu espero que você esteja falando isso no sentido metafórico, pois se for no modo literal, teremos problemas. – Amelia brincou, pois logo notou a mudança repentina de humor, o que deu certo arrancar um sorrisinho dele em resposta. – Vamos fazer logo, estamos enrolando demais.

Com isso, o casal iniciou a verificação geral da nave.

Não precisa disfarçar comigo
Entendo bem quem você quer

Após o jantar, os rangers foram para seus respectivos aposentos para descansar até chegar a Terra. Amelia sentou na pequena cama e retirou sua jaqueta e sapatos. Enquanto soltava suas tranças, um som metálico chamou sua atenção próximo ao quarto.

— Amelia? Posso entrar? – Era Ollie.

— Pode sim, amor. – Disse sorridente ao ver o namorado se aproximar de si.

— Tem problema eu... dormir contigo?

— Por que? O quarto em que o Billy ficava não é bom para você?

— Não é isso... é que... – Ollie suspirou antes de continuar. – Eu cansei de dormir sozinho... E prometo que não vou fazer nada que não se sinta à vontade. Eu só quero... descansar ao seu lado.

Amelia ficou de pé diante dele, levando a mão direita na bochecha do seu par. Em todo o período de relacionamento, o mais próximo que chegaram a dormir juntos foi em uma chamada de vídeo, em que Amelia viu Ollie babando enquanto sonhava... e não era nada bonitinho.

Fala tudo aqui no pé do ouvido
Chama sempre que quiser

— Não tem problema, tá? Uma companhia para descansar não é uma má ideia. Nós estamos precisando... principalmente você... dá para ver de longe que ainda está muito mal.

— Está tão aparente assim? - O cientista questionou inseguro e Amelia concordou com a cabeça em resposta. – Me desculpa... eu...

— Ei... – Amelia o interrompeu. – Você não tem o que pedir desculpas. O verdadeiro culpado se chama Lord Zedd.

— Mas eu estava completamente consciente e eu lembro de ter feito maldades com todos que eu amo. Eu tenho parcela de culpa. Me sinto na obrigação que eu preciso pedir... para todos que machuquei... e

— Shh, quietinho. – Ela o cortou novamente e usou a mão em que estava no rosto dele, colocando seus dedos indicador e médio nos lábios alheios. – Lembre-se, você foi uma vítima de tudo isso. Não coloque pesos desnecessários em seus ombros. O verdadeiro Ollie está na minha frente.

— Se eu sou a vítima... – A voz dele começou a ficar embargada e lágrimas no rosto moreno saíram sem aviso. – Por que não consigo me perdoar?

Com isso, Amelia abraçou forte, respirando fundo para não chorar junto. Nunca havia visto seu amado daquela forma, onde estaria o Ollie cheio de si, meio cético e pomposo que conheceu? A moça cogitou voltar para o planeta Niibiro para destruir Zedd de uma vez, porém, mesmo sendo a nova líder, não ia ser contra as decisões de Zayto. Se ele achou o certo deixa-lo lá, era o que podia ser feito.

— Isso é uma pergunta que também queria saber a resposta. Conseguir o perdão dos outros é muito, muito mais fácil e rápido que o próprio perdão. – Uniu os próprios lábios e piscou os olhos com força para as próprias lágrimas não rolarem.- Mas uma coisa eu sei...

Amelia desfez o abraço e seu coração apertou ao ver seu namorado tão choroso. Retirou a jaqueta de couro dele e deixou ao lado da sua, puxou ele pela mão e ambos sentaram na cama dela. A vermelha colocou um travesseiro próximo a parede em que a cama se encostava, depois, colocou as costas no encosto fofinho e deixou espaço entre as pernas dela.

— Tire os sapatos e vem cá. – Chamou Ollie com os braços.

Pode respirar
Que nos meus braços você pode descansar

O ranger azul sabia que não tinha opções, por isso, fez o que a Amelia pediu de maneira lenta. Ficou de frente para ela, entre as pernas de sua amada, colocando a cabeça no ombro dela e com o rosto de frente para a parede para que a vermelha não visse sua expressão e por fim, envolveu seus braços ao redor dela.

— Pode chorar... isso ajuda a tirar todos os sentimentos ruins de seu coração e conseguir se perdoar. Antes de ser sua namorada e sua líder, eu sou sua amiga e eu estarei te ouvindo e cuidando de você hoje.

— Deveria... ser o contrário... – Ollie apertou o abraço e sua voz embargou novamente.

Amelia não falou mais nada para não prolongar a conversa. Usou a mão direita para acariciar os cabelos negros e lisos do seu par.

Ao ficar confortável, o queixo passou a tremer sem controle e as lágrimas embaçarem o olhar de Akana. Os soluços também tomaram conta. Ficou longos minutos de soluços silenciosos para não atrapalhar ou preocupar nenhum dos outros rangers. Até chegou a morder o próprio lábio com tanta força que sentiu o gosto do sangue em sua boca para não chorar tão alto.

Ao mesmo tempo, a repórter acolheu toda a dor para si e retribuiu com todo o amor, carinho e respeito que sentia por ele. Cheirou-lhe os cabelos e depositou alguns beijos naquela área, acariciando as costas alheias a cada soluço que soltava. Nem se importava que suas roupas ficariam úmidas devido as lágrimas, desde que consiga ajudar o amor de sua vida a sair da escuridão em que Zedd deixou.

Aos poucos, os soluços foram diminuindo, mas as lágrimas continuavam a cair. Jones continuou o acariciando, dando todo o amor que tinha, usou sua mente para levantar suas antenas de rafkoniana e transmitiu algumas lembranças felizes em que o casal teve. Eles não se davam tão bem quando se conheceram, os dois discutiam a cada oportunidade. Enquanto Amelia provava a existência de fantasmas, Ollie tentava refutá-la cada argumento com lógica e ciência. Em meio a cada provocação, ambos começaram a ter um sentimento mútuo de amizade e companheirismo, porém, nunca admitiam por alegarem ser muito diferentes, compartilhando apenas a missão de proteger Pine Ridge das bestas Sporix, junto com Zayto.

De tanto discutir, o cientista finalmente cedeu e quis saber mais a fundo sobre assuntos paranormais, com a justificativa de ter mais argumentos contrários para confrontar a moça. Até chegou o dia em que pesquisava sobre fantasmas, vampiros e zumbis só para ter tópicos para conversar com ela, ajudar em mais reportagens para o Buzzblast e caçar fantasmas juntos. A então ranger rosa até pensou em levá-lo ao hospital na primeira vez em que pediu para caçar com ela, pois, acreditava que não estava em seu normal.

Como rangers, eles conseguiam se ajudar bastante nas estratégias de batalha contra os sporix, treinaram juntos, foram o apoio um do outro nos momentos críticos e criaram antídotos. Foi a partir disso que Amelia começou a gostar de ciência e tecnologia, achando ele fofo ao falar desses assuntos.

Até que chegou o dia dos namorados, Ollie sentiu que não conseguia mais segurar o que sentia por Amelia e achou que seria o dia perfeito para confessar sobre seu amor. Em primeira instância, deu tudo errado devido à falta de comunicação de ambos e foi a abertura para que Lord Zedd conseguisse corrompê-lo pela primeira vez. Mas graças a Dra. Akana, um empurrão de Izzy Garcia e ao ouvir a rosada se confessar enquanto o antídoto agia em seu corpo, tudo havia dado certo e começaram seu namoro a partir de então.

Foram muitas pizzas, conversas, encontros, provocações, risadas, caçadas, abraços, batalhas, viagens, descobertas e perdas... foram experiências incríveis que nenhum casal comum ousaria em ter.

Quando Amelia descobriu suas origens e seus pais eram nada mais, nada menos que Void King e Void Queen, foi difícil convencê-los que a filha estava viva e destruir a Terra por vingança não fazia mais sentido. Ela foi chutada alto do Nêmesis e a queda foi inevitável, deixando Ollie completamente impotente, sem conseguir salvar sua amada.

Aos poucos, começou a aperfeiçoar seus poderes rafkonianos, Ollie foi o primeiro a se voluntariar e mostrar suas viagens com sua mãe antes de chegar a Pine Ridge, além de encorajá-la a tentar de novo quando perdia o controle da telepatia.  

Quando dói a ferida embasa o olhar
Deixa o tempo agir, deixa cicatrizar
Então, pode respirar

O azulado se mexeu no colo de sua dama e levantou sua cabeça para olhar para ela. Sua parceira limpou as lágrimas dele.

— Eu estava errado... – O rapaz suspirou e engoliu a saliva antes de continuar. - Não que você fique menos linda de rosa, mas... vermelho combinou melhor em ti. – Sorriu ao vê-la corada, se aproximou dos lábios de Amelia e a beijou lentamente.

Por ser um pouco introvertido, Ollie não era uma pessoa de demonstrar muito afeto. Quando ambos estão em público, ele gosta de ficar de mãos dadas ou com os antebraços entrelaçados. No momento em que estão com conhecidos ou com seus amigos, não se importava de ficar abraçado com ela e permite alguns beijos pelo rosto. Porém, quando estavam sozinhos, o cientista tratava sua namorada como uma rainha, dava beijos nos lábios, os amassos eram mais lentos e intensos, fazia massagem, fazia as refeições e trazia na cama. Ele sabia o dia certinho que seu ciclo ia descer e se preparava para comprar remédios, chocolate e fazer sua compressa quente, para caso sentisse dor.

De início, deixava a ex-rosada meio irritada por ser tão grudento, pois aprendeu a ser independente desde criança, pois só tinha o avô adotivo. Mas com o tempo, notou que era a maneira dele de amar, cuidar e de se importar com ela. Aos poucos, acabou se acostumando, pois nunca sequer imaginou aquela face emburrada e chata fosse literalmente, um príncipe.

Akana interrompeu o beijo para beijar a bochecha que havia ferido com o sabre, mesmo sendo um corte superficial, lembrava do ato muito bem.

— Eu te agradeço por não desistir de mim... de nós. – As mãos do rapaz desceram até a nuca alheia.

— É claro que não ia desistir de você, meu amor. Além de ser o homem da minha vida, é integrante da equipe. Eu não deixaria ninguém para trás! Eu só sinto que eu demorei muito, sabe? Mas tinha outras prioridades e precisava resolver cada uma delas antes de chegar até você.

— Você fez o que achou mais urgente. Honestamente, eu não sei o que faria primeiro se fosse o contrário...

— Primeiramente, você ia enlouquecer e agir sem pensar nas consequências... – Amelia não deixou de sorrir com a própria fala. - Mas depois, ia pensar em uma maneira de me salvar.

— Agora eu entendo o razão da Rede de Morfagem te escolher para ser a ranger vermelho... encaixa perfeitamente com o que os outros disseram no jantar e com o que eu vi de você, está mais que claro para mim. – Ollie uniu as próprias mãos com as dela. – Amelia, você nasceu para liderar. Você sabe usar as palavras, conhece bem a gente, destaca nossas qualidades, mantém todo mundo em uma mesma sintonia, cuida tão bem de nós e sempre tem uma palavra positiva. – Antes de continuar, beijou as costas das mãos de sua amada. – Eu disse que tinha te superado, mas vejo que a situação se reverteu muito rápido. Eu tenho muito orgulho da mulher que se tornou e é um prazer em lutar ao lado de uma líder tão esplêndida.

— Ollie... – Os olhos de Amelia se encheram de lágrimas e seu queixo tremeu. – Eu não estava esperando por isso...

— E talvez... eu não tenha falado isso em voz alta... – Respirou fundo antes de confessar. – Eu te amo, Amelia Jones. Você é o amor da minha vida.

As lágrimas emocionadas e um sorriso gigantesco estavam no rosto da menor. Não sabia por quanto tempo aguardou por isso. Era ela em que mais se declarava, mesmo sentindo o amor dele por suas ações, sabia que faltava ele falar e esperou com paciência. Por muitas vezes, até tentou conversar com ele sobre isso, mas sempre a interrompia e não queria pressioná-lo. Até transmitiu por acidente alguns pensamentos para ele sobre esse assunto.

— Eu te amo, Oliver Akana. Te amo tanto... – Ela abaixou suas antenas para encostar sua testa com a dele. – Agradeço ao destino ter unido a gente. Mesmo com personalidades bem opostas, você é o encaixe perfeito do meu coração.

— Desculpa ter demorado tanto, achei que só pelas minhas ações é suficiente. Eu prometo te ouvir mais e sou muito feliz por ser seu namorado. – A fala do cientista fez a jornalista sorrir timidamente.

Em seguida, o casal se abraçou apertado por alguns segundos e lágrimas de alivio e emoção rolaram em seus rostos. O casal finalizou o momento retomando o beijo, porém mais intenso. Ollie aproveitou o abraço para puxar Amelia pela cintura e deitar na cama, com ela por cima. A líder aproveitou a posição favorável para dar muitos beijos nos lábios, rosto e pescoço do maior, diante da saudade que quase a matou por de dentro para fora. Quando achou que era o suficiente, descansou sua cabeça no peito dele.

Pode respirar
Pode... oh-oh-oh

— Vou precisar de mais roupas vermelhas, 90% do meu guarda roupa é rosa. – Olhou fixamente para a jaqueta que usara momentos atrás.

— Posso estar errado, mas você gastou tudo na reforma da sua casa e ainda está pagando. Quem é que vai emprestar dinheiro para você? – Aproveitou para acariciar os cabelos ondulados de sua parceira.

— Relaxa, eu consigo o dinheiro... – Após falar, Amelia levantou sua cabeça para observá-lo. – Ollie, me empresta seu cartão de crédito, por favor?

O ranger azul fez a mesma careta que fez na primeira vez que ela pediu dinheiro a ele para pagar a vidente, ainda se pergunta do palpite de sorte em que aquela mulher teve, porque nem ele acreditava que a previsão dela fosse real. Em resposta, segurou o corpo de Amelia e agora, ele ficou por cima dela.

— Eu sabia que ia sobrar para mim. Mas não estou direito de negar nada para ti. – Selou os lábios dela, observando um sorriso vitorioso de sua vermelha. – Quando chegarmos em casa, eu te dou o cartão e não precisa me pagar. Quero minha namorada sempre linda.

— Obrigada, meu bem! Você é o namorado mais incrível do universo! – A moça gargalhou baixinho e selou os lábios dele.

Em seguida, os dois ouviram algumas vozes felizes de Javi, Izzy, Fern e Aiyon felizes.

— Acho que chegamos em casa. – Disse sorridente enquanto saia de cima dele, sentou na ponta da cama e recolocou seus sapatos e jaqueta. – Com certeza, meus pais e sua mãe estarão nos esperando.

— Sim, confesso que estou um pouco inseguro de encarar todos e depois de tudo, mas estou disposto a fazer o que puder para recuperar minha confiança. Até pensei em algumas coisas, como melhorar minha arma, deixar mais a minha cara, atualizar sempre o sistema da base, fazer vistoria periódica na nave, deixar o braço do Javi mais eficiente e...

— Devagar! – Riu baixinho, ficando arrependida de interromper a euforia dele. O seu Ollie estava voltando. – Uma coisa de cada vez, vou te ajudar em todos! Desde que você volte a caçar fantasmas comigo. - Fez bico e cruzou os braços.

— É claro! Nunca pensei que sentisse falta de caçar fantasmas. – Ollie voltou a ficar sentado e calçou seus sapatos novamente, se levantou e colocou a jaqueta preta que usava.

Em seguida, o mais alto esticou sua mão direita e no que Amelia entrelaçou com a sua para sair da cama, aproveitou para puxar o corpo dela para perto.

— Eu te amo, minha Amelia.

— Eu te amo, meu Ollie.

Finalizaram com um beijo e ambos seguiram ao salão principal para pousar em segurança.

E assim retomava o longo e feliz relacionamento.


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Notas finais do capítulo

Bom, além de tietar bastante este casal, o real motivo de escrever a fanfic foi o lançamento da nova versão e desmistificar o perfil que os gringos tem do Ollie, que é um monstro completamente tóxico que é rude e trata todo mundo mal.
Sim, eu não gostava dele até o Ollie namorar a Amelia, a partir de então, passei a olhar o jovem azul com outros olhos (Apesar de ainda odiá-lo por algumas atitudes) até virar meu favorito quando se tornou vilão, em Fúria Cósmica.

E diante do lançamento da música, pretendo fazer uma parte 2. Aguardem!!



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