— Eu acho que consigo me manter... 

— Vou depositar dinheiro na sua conta mês que vem — Benício rebateu através da ligação. — Você não vai ganhar muito nessas entregas. 

— Mas... 

— Eu vou continuar mandando o dinheiro, Teodoro, até você conseguir um emprego nisso... — ele parou e a respiração chiou por alguns segundos. Benício às vezes soava um tanto acro. — Nisso aí que você trabalhava. 

— Tudo bem — Téo cantarolou,  preferindo não insistir. 

— E a Paula, Teozinho? — A voz de Telma, sua avó, se aproximou. — Como ele anda? A mãe dela ouviu dizer que você dois vivem grudados.