Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 61
Capitulo 61




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— Eu não acredito que você vai me fazer vestir isso? Cody falava de costa para Robert.
Robert ria e entregando o acessório, falou:
— Fala só isso aqui e você estará perfeito.
— Robert, porque você não faz isso... Cody falava tentado convencer seu amigo.
Rindo Robert, ele murmurou...
— Você é pequeno, tem um belo cabelo loiro, além disso, você fica muito melhor de menina, do que eu que sou um Vara pau...
— Não sei, como você me convenceu a vestir isso… mas batom? Isso nem morto. Cody falou exasperado.
Robert, não conseguia parar de rir, sua barriga doía e ele já estava dobrando o corpo de tanto dar gargalhada.
— Cody! É só você pensar, que com isso vai aprender a comprar coisas para Opall, quando vocês namorarem. Ria Robert.
— Vamos acabar logo com isso. Minhas pernas podem pegar um resfriado com todo esse ar que vem aqui pela retaguarda.
Cody saiu sozinho, como era o plano e foi para o restaurante onde jantou. Todos os olhares estavam em sua mesa.
O escuro daquele canto dava um ar de sensualidade, ele estava ali com a cabeça baixa, deixando seus cabelos caírem sedosos. Cody riu consigo mesmo… somente Robert para ter aquela ideia maluca e ali estava ele... Ele sabia que estava atraindo olhares, eles pegariam o bandido.
Sabiam que esse ladrãozinho, gostava de atacar mulheres ricas e jovens. Ele pegava suas joias e ainda as atacava sexualmente, tirando algo ainda mais precioso delas. E somente por esse fato, ele concordou com esse plano louco de Robert.
No hotel nada mais se falava do que a jovem viúva, rica, milionária, que ali passava em meio a uma grande viagem solitária.
Robert e Cody, ainda não tinham nenhuma pista de quem seria esse bandido, mas com esse plano e todos os olhares voltados para a riqueza de Cody vestido de menina, eles tinham certeza que logo descobririam e prenderiam aquele homem.
Cody sorriu, naquela penumbra onde estava, ninguém lhe via perfeitamente. A fumaça da lareira que queimava as toras de eucalipto, encobria aquele lugar, além de dar um perfume exótico e chamativo.
Aquele vestido vermelho, chamava atenção na pele clara de Cody... não sabiam as pessoas que ali, em baixo do vestido, havia uma perna cabeluda de coturno e arma em sua panturrilha, ria Cody.
Cody, ainda sorrindo, percebeu que sua presença passava despercebida naquela atmosfera misteriosa. O riso silencioso ecoou na penumbra, enquanto ele desviava o olhar para a lareira crepitante. As sombras dançavam na parede, criando padrões intrigantes que refletiam a dualidade de sua persona.
O vestido vermelho, que antes era o centro das atenções, escondia habilmente o contraste entre a feminilidade aparente e a masculinidade dissimulada. Sob as camadas de tecido, a perna cabeluda de coturno e a arma discretamente acomodada na panturrilha pareciam ser segredos que só Cody conhecia.
Enquanto as pessoas ao redor comentavam sobre a elegância do vestido e a beleza da pele clara, Cody se deliciava com a ironia da situação. O perfume exótico do eucalipto se misturava com o ar de mistério que o envolvia, criando uma aura única e enigmática. Seus olhos brilhavam com a diversidade de sua própria identidade, uma mistura de charme, ousadia e um toque de travessura.
Enquanto todos se maravilhavam com a superficialidade da cena, Cody se divertia com o contraste entre a aparência e a realidade, guardando para si mesmo o segredo que acrescentava uma dimensão intrigante àquela noite envolta em sombras e segredos.
Ele acabou o jantar e foi para o quarto, estava na hora do show e ele esperava que aquele facínora aparecesse.
Quanto antes acabassem, eles poderiam partir e assim por uns dias teriam folga para ver seus parentes e a querida Opall.
Quando ele abriu a porta do quarto, sentiu um empurrão sem suas costelas e logo foi jogado para dentro do quarto.
Ele foi atingido numa velocidade, que ele não poderia dizer de onde surgiu aquele vulto.
Cody ficou de costas, cabeça baixa, mãos à frente do corpo, tinha de fingir ser uma garota inocente. Ele não sabia onde Robert estava escondido, mas sabia que ele estava ali dentro, pois precisavam dar o flagrante.
— Uma jovem tão bonita e perfumada, e viajando sozinha… eu gosto disso, sabia? Falou uma voz fria e grossa. Cody teve a sensação de conhecer aquela voz, mas não sabia de onde...
Quando menos pensou, ele foi empurrado para cama, e aquele homem com hálito de whisky barato, caiu em cima de seu corpo, parecia que iria amassar suas costas...
Cody, já tinha passado os olhos pelo quarto e viu que tudo havia sido revirado.
O homem riu, uma risada, que Cody tinha certeza, que apavorou muitas mulheres, vítimas daquele homem.
— Querida… hoje você vai conhecer um homem de verdade. Vou te deixar com as pernas bambas, que você não vai precisar de outo homem durante toda a sua vida. Se gritar, eu acabo com sua vida.
E assim Cody, esperou... eles iriam dar o bote na hora certa. Um flagrante e agora tudo seria resolvido. Cody sentiu o homem levantando sua saia, um nojo e uma raiva lhe subiu pela espinha, quando ele num pulo ágil jogou o facínora no chão, e caindo em cima dele, partiu de soco, até virar o homem e algemá-lo.
Cody limpou o batom da boca, e olhou para o homem no chão, dizendo:
— Perdeu, seu babaca... agora vai apodrecer na cadeia.
Cody, ouviu Robert rindo, e andando até o guarda-roupa, abriu a porta e o encontrou curvado e dando gargalhada.
— Achei que você iria proteger minha retaguarda? Cody falou sério.
— Achei que você poderia resolver sozinho, além disso, alguém ali estava doido com sua retaguarda. Ria Robert...
— Eu vou te matar Robert... ou melhor, aquela sua jovem, eu terei umas conversas com ela.
— Serio, Cody… eu estava preparado para interromper se necessário, mas precisava registrar tudo nessa câmera dos mountie, agora temos a melhor prova. Mas sabe que nunca permitiria que algo acontecesse a você.
Rindo Cody, disse que sabia. E assim ao chegar e tirar a máscara daquele homem, descobriram que ele era o gerente daquele hotel. Um home sem escrúpulo que machucava mulheres indefesas.
...
Eles prenderam aquele homem, e solicitaram a transferência dele. Ele seria julgado por Bill, em Hope Valle, pois era o juiz mais próximo. E tanto Robert quanto Cody, estavam muito felizes por voltarem para sua casa.
Eles chegaram a Hope Valle e notaram algo estranho, era uma sensação de pavor e desconforto...
Robert e Cody se entreolharam, mas foram direto a delegacia, onde Bill deveria estar a sua espera.
Mas chegando ali, nada e nem ninguém a espera deles. Pegando a chave da cela, Robert abriu e jogou o home lá dentro, deixando a porta trancada.
Robert e Cody saíram, havia uma movimentação diferente, tinha algo errado, foi quando ouviram a voz de Abigail...
— Cody, Robert... Graças a Deus vocês estão aqui... vocês nem imaginam o que aconteceu, mas não se preocupem, porque vou contar tudo no mínimo detalhes...


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