Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 54
Capitulo 54




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Laura estava super feliz, seu desejo de ser alguém como sua professora Elizabeth, havia se realizado e foi exatamente por causa de sua professora que isso aconteceu. Hoje, já formada, era com muito orgulho que ela falava isso, pois se a professora Elizabeth não tivesse enfrentado seu pai e lhe convencido a me deixar estudar, hoje eu nada seria. E por esta atitude dela é que eu sempre terei o maior respeito por ela.
Foi para mostrar o valor daquela ação que eu tanto estudei, deixei de dormir muitas vezes, para estudar, porque estudar a matéria dela e mais o estudo complementar a distância era muito complicado. E agora dias atrás, quando peguei meu diploma de professora do ensino à distância, descubro que eu não tinha uma bolsa de estudo grátis, como eu e meu pai sempre pensamos… na realidade eu tive um anjo da guarda que o tempo todo custeou meus estudos e esse anjo da guarda foi, a minha professora Elizabeth.
Hoje é minha vez de mostrar a ela que tudo que aprendi com ela, cada boa ação que recebi, cada conselho, tudo isso iriei passar para meus alunos. Vou retribuir toda essa bondade nos alunos que ela tanto ama. Minhas salas são dos alunos menorzinhos, todos têm de cinco a sete anos, enquanto a senhora Thorton, quero dizer a senhora Grant, está na sala ao lado com os alunos de oito a dezessete anos, e é algo muito difícil, são crianças de todas as idades, cada um com um aprendizado diferente, cada um em um nível… tinha de tirar o chapéu porque sua professora era uma profissional maravilhosa e uma especialista em estratégias, pois para cada aluno, ela tinha um programa.
Para Laura, aqueles últimos meses ensinando aquelas crianças, era a realização de um sonho, mas ela sentia falta de algo...
Ela sentia falta do pequeno Jack. Ela amava aquele menino, e desde o dia de seu nascimento estiveram juntinhos. Ela viu seu primeiro dentinho, seu primeiro passo, suas gripes e febres, mas hoje com seu novo emprego de professora, infelizmente ela não pode estar mais com ele. Fazia tanta falta estar perto daquele menino, sentir seus abraços ou ter ele me despenteando completamente...
Laura sorria pensando no pequeno Jack. Hoje seus alunos estavam muito bem-comportados, escrevendo as lições. Graças a sua professora Elizabeth, ela aprendeu algumas coisas de como segurar a atenção dos alunos.
Mas o pequeno Jack, não saia de sua cabeça...
Ela sabia que o menino estava bem acompanhado, sua irmã Alien, assumiu seu posto com muita alegria. Sempre que via os dois juntos, ela percebia o carinho e o amor entre os irmãos. Acho que se fossem irmãos de sangue, não seria tão unido assim. Aquele menino, quando via Alien mesmo de longe, já saia correndo com suas pequenas pernas e se jogava em seus braços dando gargalhadas...
Ela sabia que a professora Elizabeth estava pagando a Alien o mesmo valor que sempre me pagou, isso gerou um momento estranho em sua família, lembro de Alien me contando que ela não queria aceitar e Nathan também não achava certo. Mas Elizabeth disse, que todo trabalho dever ser valorizado, mesmo Alien o amando e cuidando com o amor de uma irmã, ela iria depositar o salário como de um funcionário rigorosamente, e que esse dinheiro deveria ficar na poupança, assim ela poderia investir em seus estudos ou quem sabe, quando pensasse em se casar teria algo para gastar com seu enxoval.
Quando Alien me contou, rimos muito, afinal somente eu e ela, Cody e Robert, sabemos sobre seu namoro com Robert, bem ao menos é o que pensamos, pois, a professora Elizabeth parece ter bola de cristal...
“Mas porque o tempo passa, e eu mesmo agora, já sendo uma colega de profissão, ainda a chamo de professora Elizabeth? ”
Neste instante, uma leve batida na porta, e vejo uma pequena figura sorridente olhar pela pequena abertura da porta... ela era muito divertida e muito especial, saber que ela me respeitava como uma amiga profissional era impressionante. Eu estava sobre seu comando naquela escola, ela poderia chegar e entrar ou dar ordens, mas ela sempre pedia licença, ou sugeria algo ou pedia opinião.
Ela havia conseguido, com Lee, que fizessem uma sala no fundo da escola para que eu tivesse minha própria turma, pois segundo ela, “aquela era minha turma e suas regras…”
— Olá, professora Elizabeth!
— Laura... ria Elizabeth. Eu já te disse para me chamar de Elizabeth...
Laura, com as bochechas vermelhas, sorriu e falou:
— Ah! Isso nem nos seus melhores sonhos. Você é a minha professora Elizabeth e será até o fim da minha vida. Você é minha inspiração.
— Mas Laura somos amigas de profissão? Disse Elizabeth.
— Eu sei. E graças a você que estou aqui. Você me moldou, me ensinou na sala de aula, e custeou meus estudos, porque eu descobri isso.
— Laura, me desculpe… eu não queria passar do limite, só queria te ajudar e ao seu pai.
— Eu sei. Você foi tudo de bom na minha vida. Quando minha mãe morreu, eu pensei que nunca mais poderia amar outra pessoa como eu a amava, e hoje vejo que estava enganada, você foi uma mãe, uma irmã, uma amiga, uma professora, você foi o rumo na minha vida como uma estrela brilhante, a quão eu segui até aqui.
— Oh! Laura… lágrimas escorriam nos olhos de Elizabeth, que logo abraçou sua amiga e ex aluna. Todas as crianças da sala, olhavam para as duas mulheres admiradas.
Elizabeth, tinha muito orgulho de Laura, Emily, Cody, e Robert, pois todos estavam muito bem encaminhados, além disso, ela sabia que aquela noite chegaria na cidade outro ex aluno, o Gabe.
— Laura, encontrei Emily, hoje cedo e ela avisou que não poderá te encontrar. Ela estava muito feliz, porque Gabe chegara hoje a noite de Hamilton.
— Estou muito feliz por ela. O amor deles é muito bonito, e nesses anos todos enquanto ele esteve fora, eles mantiveram muito contato por carta.
— Eu sei, Laura. Uma vez ele disse para Jack que iria casar com ela. Ele era só um jovem rapaz e ela uma doce menina. Jack riu e falou que talvez quando você crescer, mudaria de ideia, mas Gabe riu e disse que quando se ama, o tempo é só um pote onde se acumula esse amor, e ele se casaria com ela...
Elizabeth passou todas as informações sobre os trabalhos na escola e para sua surpresa ouviu:
— Professora Elizabeth, vou te contar algo, eu estou com tanta saudade do pequeno Jack, que meus olhos ficam marejados ao pensar nele. Queria saber se ele e Alien, não poderiam dormir na minha casa hoje, podemos fazer muffins e um piquenique na cabana. Meu pai iria adorar ter Jack por lá.
— Claro Laura. Vou avisar Alien. Acho que será bom para ela sair um pouco de casa... acho que ela está sentindo muita falta de um certo jovem.
— Eu… eu… gaguejou Laura.
— Minha jovem Laura, você acha que eu nunca percebi aqueles dois? Que tipo de professora você acha que eu sou? Ou melhor, que tipo de mãe você acha que eu sou, que não saberia dos sentimentos de minha filha? Acha que eu não sei que ele é seu primeiro amor e seu primeiro namorado? Ria Elizabeth.
— Senhora Thorton, digo senhora Grant...
Rindo ainda mais, Elizabeth falou:
— Calma Laura, eu não vou falar nada. Mas ainda tenho que pensar como conversar com aquele pai dela, porque aquele homem é puro ciúme daquela menina, e ele parece não notar que ela está virando uma linda mulher.
— Bem, professora Elizabeth, eu lhe desejo sorte com ele. Quem sabe hoje, sozinha em casa, a senhora possa usar alguma tática para convencê-lo.
Elizabeth tinha as bochechas vermelhas e saiu rindo, avisando que no início da noite Nathan levaria as crianças até sua casa.
“Mas a ideia de Laura era algo bem positivo e poderia ser muito boa para os dois lados...” pensou Elizabeth.


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