Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 39
CAPÍTulo 39




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CAPITULO 39

— Elizabeth, isso é passado… disse Bill.
— Não, Bill… isso não é passado. Eles fizeram festas no sétimo dia após a morte de Jack ser enterrado, minha dor era enorme, mas quando fui arrumada, eu nem sabia o que estavam fazendo, eu estava há dias sem comer, somente chorava, eles fizeram com que Charles me pedisse em casamento naquela festa, na frente de todos, sem se importar com minha dor. Eles estavam tentando me jogar nas mãos de qualquer um, independe de minha perda...
— Elizabeth, por que você não me contou? Foi... Como você ainda ficou por lá? Disse Bill.
Willian tinha os olhos no chão, ele sabia de tudo aquilo, mas só hoje via a dor nos olhos de sua filha.
— Eu fiquei Bill, mas uma semana por lá, mas cada hora piorava ainda mais. Após a festa de Charles, onde eu fugi correndo e neguei seu pedido, começaram a investir firme no assunto casamento. Viola e mamãe, levaram uns dez pretendes, era para escolher um deles ou Charles. Eu ficava em meu quarto, mas elas começaram a armar armadilhas e trancavam o quarto assim que eu saia, e assim eu tinha de andar pela casa e acabava encontrando esses homens. Ninguém, ligava para minha dor. Era só a viúva Thatcher e seus pretendentes. Lagrimas rolavam pelo seu rosto.
— Elizabeth, você ficou fora sessenta dias, o que aconteceu naquela época? Bill perguntou. Jack era seu amigo, ele prometeu cuidar dela.
— Não Bill. Ela partiu no décimo quinto dia, após sua chegada. Disse Willian Thatcher.
— Sim, pai… eu partir da sua casa. Eu não fazia mais parte dela. E precisava saber o que fazer da minha vida, para onde ir, e que rumo tomar, eu não achava que conseguiria viver em Hope Valle com tantas lembranças de Jack.
— Para onde você foi? Willian Thatcher perguntou.
— Fui para Brookfield; Gab… quero dizer o mountie Gabriel kinslow, ele está postado até hoje por lá, ele era um grande amigo de Jack e Doug, e lutaram juntos nos territórios do Norte. Eu não sabia o que fazer, então peguei o primeiro trem e fui para lá. Gab estava interessado em Lilian, a dona do orfanato, e foi lá que fiquei durante todo o tempo. Gab foi de grande ajuda, foi meu ombro amigo e foi ele que descobriu que eu estava gravida, quando desmaiei aos seus pés. Ele ligou e falou com Carson, que viajou e foi para lá me examinar.
— Então foi por isso que Carson andou dias viajando e por várias vezes... e por isso que você voltou com ele de carroça? Bill questionou.
— Sim, Bill... Ele não quis me deixar voltar sozinha, e Gab nos acompanhou até a entrada da cidade.
— Elizabeth... por que você nunca me contou sobre Gab? Questionou Nathan.
— Nathan! Eu não te conhecia ainda. Gab me falou muito sobre seu amigo de farda Nathaniel, mas eu não sabia quer era você. Eu só fui saber seu verdadeiro nome após nosso casamento. Eu e Jack escrevemos muitas caras enquanto ele estava nos territórios do Norte, e uma vez Jack comentou que Gab não tinha muitos amigos e que nunca recebia nenhuma carta, e me pediu permissão para ler alguns trechos de nossas cartas, onde falavam sobre Hope Valle ou a escola, só para ele se sentir amado.
Nathan sorriu, ele sabia que ela havia começado a escrever para seu amigo, Gab falava muito sobre isso.
— Sim, Nathan… comecei a escrever para ele junto com as cartas para Jack e Doug. Também mandava caixas com alguns lanches e até aprendi fazer biscoito de chocolates para eles. Doug morreu infelizmente ainda em batalha, mas Gab e eu sempre mantivemos o contato. Foi por isso, Bill que não falei nada, eu sabia que com ele eu estaria bem cuidada.
Willian olhou para sua filha e falou:
— Filha, me perdoa. Digo ao menos me deixe aproveitar esses dias que tirei de folga e ficar próximo de vocês. Prometo que nunca vou magoar você ou alguém de sua família. Eu só quero estar com vocês e conhecer meus dois netos.
Elizabeth olhou para Bill, e ele balançou a cabeça. Desde que ele havia chegado na cidade, Elizabeth tinha um grande respeito por ele. E após a morte de Jack ele foi um amigo e um pai para ela.
Ela chamou seus filhos com um sorriso caloroso, reunindo sua preciosa família em um momento de união. Com ternura, ela apresentou Alien, sua filha adolescente, que irradiava juventude e vitalidade, e o pequeno Jack, um turbilhão de energia e curiosidade.
Willian, o patriarca da família, abraçou as duas crianças com amor e afeto. Ele olhou para Alien com orgulho, admirando a jovem mulher que ela estava se tornando. Em seguida, olhou para o pequeno Jack, o menino era a cópia de seu pai, o pequeno tesouro da família, e seus olhos brilharam com alegria ao ver a inocência e a vivacidade nos olhos do garoto.
Com um sorriso sincero, Willian expressou o que sentia em seu coração.
— Temos uma família linda, ele disse.
— Beth, você é o elo que torna essa família especial. Sua determinação, inteligência e bondade, são características que me enchem de orgulho todos os dias. Você é uma jovem notável, e eu sou muito abençoado de ser seu pai.

Naquela noite, enquanto Nathan observava a reunião entre pai e filha se desenrolar diante de seus olhos, ele sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Havia algo especial naquele momento, algo que transcendia as palavras e tocava os corações de todos os presentes.
Nathan mantinha a esperança no poder de um milagre de Deus, na capacidade de restaurar os laços familiares quebrados. Ele sabia que a reconciliação entre pai e filha não seria algo simples, mas ali, naquela noite, havia uma centelha de esperança, um sinal de que o amor e a compreensão poderiam superar as diferenças.
Enquanto observava a conversa entre pai e filha se desenrolar, ele percebeu que havia uma energia especial no ar, uma energia que parecia guiada por forças maiores. O pai e a filha falavam com sinceridade, compartilhavam suas mágoas e sonhos, e Nathan podia ver o início de uma grande reconciliação se formando diante de seus olhos.
Ele acreditava no milagre de Deus, na capacidade de transformar corações e unir famílias. E naquela noite, enquanto testemunhava o poder do amor e da compreensão, Nathan tinha a certeza de que algo especial estava acontecendo. Era um lembrete de que, mesmo nas situações mais difíceis, o amor e a fé podiam abrir caminho para a cura e a reconciliação.
Naquela noite, quando as palavras finais foram ditas e os corações foram abertos, o que prevaleceu foi a força do amor e da compreensão. Os abraços carinhosos que se seguiram foram como um bálsamo para as almas feridas, selando o compromisso de perdão e renovação.
Wilian e Elizabeth se envolveram em um abraço caloroso, como se aquele gesto pudesse expressar toda a gratidão e esperança que sentiam naquele momento. O abraço era a celebração da reconexão, a demonstração de que o passado havia sido deixado para trás e um futuro de união e amor estava se desenhando no horizonte.
A esperança se renovou naquela noite, como uma estrela brilhando em seu esplendor mais intenso. Era o sinal de que, com amor e compreensão, qualquer relacionamento poderia ser curado e fortalecido. A noite terminou com um sentimento de paz e otimismo, e todos sabiam que estavam começando um novo capítulo de suas vidas, juntos, com mais amor do que nunca e Nathan mais uma vez agradeceu a Deus.


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