O dia em Los Angeles estava no final, mas o avião que carregava a equipe da NCIS havia acabado de pousar.

Elisa havia conseguido convencer Callen a levar ela para o aeroporto recepcionar seus amigos.

Jenny ajudou Lauren a descer do avião, com Gibbs segurando as bolsas delas. Mesmo que a filha tivesse quase 15 anos, Jenny era superprotetora com a única filha que tinha.

— Ei, uma ajudinha aqui! – Tim passou as malas de Abby e Nick. – Eu vou começar a cobrar cada vez que precisarmos desembarcar.

— Tim, eu já mandei dinheiro para você. – Abby sorriu. – Não se preocupe com isso.

— Abby, para as damas é sempre um prazer ajudar. – Tim olhou para Torres. – Você vai começar a me ajudar.

— Eu amo o jeito como eles se dão bem. – Abby sorriu, olhando para um ponto do aeroporto, despertando a curiosidade de Jéssica. – Vamos?

— O que foi, Abby? – A morena perguntou, mas antes que Abby respondesse, barulhos de disparos baixos foram ouvidos e pequenos dardos foram disparados.

Abby recebeu um no pescoço e Torres tentou ir até ela, mas era tarde. Ele recebeu um, assim como Jenny, Jéssica, Lauren, Gibbs, Tim, Elisa e Callen.

Elisa caiu e conseguiu um jeito de não machucar seu ventre, uma vez que ela ainda estava grávida de gêmeas. Tudo o que ela conseguiu ver antes de desmaiar era vultos e eles tinham cabelos loiros.

Saindo de trás da proteção do muro, Anna e Bishop foram em direção as duas vítimas pretendidas. Anna segurou os pulsos de Elisa enquanto Bishop levou Abby com ela.

O homem com elas pegou Jenny e a puxou junto, jogando-a dentro da van. Eles apenas deixaram as garotas lá e deram o fora com a van em direção a uma velha fabrica.

Ellie olhou para Abby, que estava apagada e apenas bufou de desgosto. A mulher havia roubado Torres dela e agora era a hora de ela pagar com toda a força de seu ódio.

— Ela vai ficar muito tempo dormindo para você ficar encarando-a, sabe disso, né? – O homem que dirigia disse sem rodeios. – Então se senta.

— Cale a boca, você está aqui apenas porque eu e Anna deixamos você fazer parte disso. – Bishop olhou para ele. – Anna e eu poderíamos ter sequestrado duas garotas muito bem, mas você decidiu que queria a diretora da NCIS.

— Ela é a namoradinha do agente Gibbs e eu quero demais me vingar dela. – O olhar do homem era de ódio puro e total. – Ele arruinou minha vida e essa garota aí, fez isso junto com ele.

— Deixa eu ser bem clara com você, Alejandro. – Bishop o fez parar a van. - A única pessoa que pode punir Abby aqui sou eu. Você fica com a sua ruiva.

— Está bem, mas eu vou te avisar. – Ele olhou para Ellie e Anna. – A gente vai ser caçado desde o segundo que eles perceberem o que aconteceu. Eles têm uma garota que pode rastrear até o último sobrevivente da pedra lascada.

— Combinamos que você vai tentar dar um jeito nela também. – Anna assumiu a direção e eles voltaram em direção ao destino inicial. – E se não conseguir, então teremos que improvisar.

Enquanto isso, no restaurante, Penelope estava entrando em pânico. Ela não conseguia nenhum contato com seu primo ou com Elisa. Para piorar, nem mesmo Abby estava atendendo.

— Chega. – Pen pegou a bolsa e as chaves do carro. – Estou indo para aquele aeroporto.

— Deixe-me dirigir pelo menos, Pen. – Luke pediu, mas ela não quis saber e foi em direção ao banco do motorista. – Só por favor, calma.

— Meu primo e sua esposa grávida estão sem atender a merda do telefone há 30 minutos, Alvez. – Pen estava realmente zangada. – Eu esperei como você me disse, mas agora eu vou até lá.

Luke apenas se sentou, colocando o cinto de segurança, sabendo que os instintos de sua esposa estavam certos.

Se a polícia resolveu multar o carro a mais de 120 por hora de Pen a caminho do aeroporto, ele não ficaria surpreso de ver a multa descartada. O trajeto de 20 minutos foi feito em 10 e quando o carro parou, seus pneus deram um guincho alto.

— Callen!!!! – Ela correu com seu salto até onde haviam corpos deitados. – CHAME O 911!

Luke ligou para a emergência, feliz quando uma ambulância foi despachada. Olhando de perto, ele percebeu que os projeteis eram na verdade seringas vazias, mas havia um restinho de liquido nelas, talvez a perícia...

— Grisha, você pode me ouvir? – Pen segurou seu primo com medo. – Por favor, diga alguma coisa.

— Pen? – A voz dele estava baixa demais e Pen sentiu medo. – Lise, onde ela está?

Olhando para Luke, que balançou a cabeça, ela engoliu em seco. Dar uma notícia dessa forma poderia ser pior, mas ela não gostava de mentir.

— Eu acho que alguém levou ela. – Olhando para os que ainda estavam drogados no chão, ela percebeu que mais duas estavam faltando. – Acho que Abby e Jenny foram levadas também.

— Lise, ela foi embora? – Callen tentou levar, mas apenas caiu de novo.

— Ei, fique deitado, sim? – Sam chegou perto enquanto Luke, Kensi, Deeks, Nell e Hetty iam checar os outros. – Elas foram mesmo levadas?

— Tenho certeza. – Pen ficou sem palavras ao falar as palavras. – Os paramédicos estão aqui.

— Vamos recuperar Elisa a tempo, ok? – Sam olhou para Pen, que passou seu primo para ele e suspirou. – Acho que ela está com medo.

Callen apenas podia escutar o que estava sendo dito ao seu redor. Sua mente, porém, estava longe. Elisa, Abby e Jenny haviam sido sequestradas e ele não conseguiu impedir.

Enquanto isso, na frente de um prédio abandonado, uma porta se abriu e a van entrou, parando próximo a três cadeiras posicionadas uma a frente da outra, quase como em um tipo de espetáculo mórbido.

— Peguem essas vadias e as coloquem nas cadeiras. – Anna deu a ordem para dois homens. – Ah, uma delas está grávida, então tenham cuidado.

— Sim, senhora. – Um deles respondeu, questionando a si mesmo porque estava fazendo esse tipo de coisa. – Cuidado com ela.

Ellie, Alejandro e Anna colocaram as armas dentro de uma espécie de cofre e as fecharam, esperando não ter que recorrer a elas por um bom tempo.

Diferente do que Sam pensava sobre Penelope estar com medo ou assustada, a jovem analista estava era com sede e fome de sangue. Ela foi até seu carro e pegou sua arma, a colocando em sua calça e pegando uma de suas armas de choque.

Assim que Callen e o restante do time NCIS saísse do hospital, ela se uniria a eles.

Gibbs acordou e olhou para a sua cama, vendo apenas sua filha sentada. Seus olhos estavam vermelhos e era claro que ela havia chorado.

— Pai, mamãe foi sequestrada. – Ela começou a chorar novamente e a menina o abraçou.

— Eu vou encontrar sua mãe, querida. – Ele prometeu. – E então eu vou pedir que ela se case comigo.

— Tia Abby e tia Elisa também foram sequestradas. – Lauren se apoiou ainda mais em seu pai. – Você vai trazer elas também?

— Com certeza. – Torres falou da porta. – Quer se juntar ao time dos salvadores?

— Callen está dentro também? – Gibbs perguntou, mesmo sabendo a resposta.

— Todos estão. – Penelope falou da porta. – E eu já tenho os nomes. Estou com fome de sangue.

Saindo da cama, Gibbs se vestiu e pegou a mão de sua filha e recebeu sua arma diretamente de Penelope. Ele estava bem surpreso com a atitude da loira, mas não estava reclamando.