TARTARÚ escrita por MARCELO BRETTON


Capítulo 4
Capítulo 4




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Ele desperta com os gemidos da esposa vindos do banheiro, onde cometeram o desatino do dia anterior. Parecia uma dor de barriga daquelas. Vestiu a ceroula e foi bater na porta pra saber se ela precisava de alguma coisa.

— O que foi Donana? É caganeira?

— Antes fosse. Tô fazendo força pra ver se sai alguma coisa. Tenho que levar cocô pra Turíbio fazer um exame novo. 

— De novo mulher? Você não levou merda lá semana passada?

— É que eu ando indisposta, pode ser verme – Explicou, fazendo força e gemendo.

— Pra cagar precisa comer Donana. Camarão num é comida criatura. Quer tomar óleo de rícino?

— Pra fazer o exame preciso cagar duro, Francisco!

— Sei lá, nunca fiz essa imundície de exame. Tô saindo. Vê se toma um mingau da caridade depois desse esforço todo.

Saiu imaginando ter que botar um pedaço de merda num pote e encher um vaso de mijo pra alguém mexer pra lá e pra cá e dizer o que tu têm. E ele pensava que maquiar defunto era estranho. Quando pôs o pé na rua, viu a maior quantidade de cachorros leprentos que já vira na vida, andando em bandos e em ziguezague, como se tivessem perdidos, cercando as pessoas e rosnando de um jeito ameaçador. Um mar de merda tomava conta da cidade. Alguns paravam pra coçar suas sarnas ou fazer suas necessidades, depois aceleravam o passo, atropelando os canteiros de flores que os moradores plantavam para amenizar a feiura do lugar. De onde tinha vindo aquele exército de quatro patas? Aquela matilha de pulguentos?

As informações que poderiam esclarecer aquela cena absurda poderia estar chegando com Nego Tito, que vinha chutando os bichos que se colocavam na sua frente. Os que ele acertava, voavam ganindo por uns dois metros de altura pra cair em cima dos outros que passavam embaixo.

— Patrão, esses bichos aí chegaram num caminhão da prefeitura de Cabrueira. Largaram na entrada da cidade, mas consegui ver o motorista. É pau mandado do prefeito – Enquanto o capanga falava, o mar de pelanca infestada de doenças, começava a deixar o mau cheiro pelo caminho. Pareciam loucos, pois ao chegar no fim da rua, davam meia volta e retornavam pro começo dela.

— Mas pra que diabos eles fariam isso? Nunca mexi com o povo de lá. Aqui nem prefeito tem. Por acaso estamos em guerra? Porque se ele quiser barulho eu também sei fazer uma desordem das boas – Se exaltou, vendo um filhote com os olhos comidos por doença levantar a pata pra mijar na sua perna, mas desistindo quando viu que aquele poste se mexia. 

Conde sacou o trinta e oito da cintura, mirou na cabeça de uma cadela prenhe, mas desistiu no último minuto, e deu um tiro pra cima. A cachorrada começou a correr para a praça da cidade, na direção da igreja, bem na hora da missa da manhã.

— Mandou Nego Tito subir na veraneio com ele, pois queria ver a cara do Padre Totonho quando visse a cachorrada invadir a cerimônia eucarística. Antes de arrancar o carro, viu Bira correndo pra se juntar a eles.

— Patrão! – O desgraçado do prefeito de Cabrueira é o culpado dessa lambança aí!

— Isso Nego Tito já me falou.

— Mas quando voltamos sábado das esmolas da feira, Muriti me disse uma coisa que ele ouviu lá perto do circo que fiquei matracando e pode ser alguma coisa.

— Desembuche logo homem

— O governador chega amanhã na cidade e vai passar dois dias na casa do prefeito.

A sua rede de informação era mais eficiente do que a agência de telégrafos. E o seu poder de dedução lhe elevaria aos píncaros da glória numa agência da detetives caso trilhasse o caminho da lei. O fedegoso do prefeito estava limpando a cidade para receber o governador. Ao invés de cachorro poderia ter mandado umas putas que ele teria recebido com bolo e fanfarra. Ficou uns minutos coçando o queixo pra ver se podia tirar proveito da situação. Tinha escutado alguém falar que as prefeituras faziam sabão com os cachorros presos pela carrocinha. Mas ele não tinha a receita. A carne não prestava, o leite da cachorra não valia nada, o couro não servia pra fazer sapatos como o de Boca de Ouro. Nem a bosta servia de adubo. Aqueles filhos do coisa ruim só prestavam pra sujar tudo. Espirrou três vezes, puxando a gola da camisa pro nariz. E também pra soltar pelos!

— Simbora daqui! – Ordenou a Nego Tito ao volante, buzinando pra não atropelar nenhum bicho. Não porque era caridoso, mas pra não sujar a rua que o patrão morava com as tripas – Toca pra igreja, preciso falar com o padre – E levantou o vidro do carro. Tudo era uma catinga só. Olhava os monturos de merda e pensou em Donana, que não conseguia extrair nem uma bolota de dentro do fiofó pra fazer um exame.

O pandemônio já estava instalado na porta da igreja. Os cães tinham invadido os corredores da casa de Deus, latindo e abanando os rabos para as papa-hóstias aterrorizadas com o rebuliço inesperado. O padre pedia calma ao microfone, ele mesmo tendo que se safar de dois quadrúpedes que lhe cercavam no altar, que em hebraico significava “lugar de matança”. Ainda ouviu uma de suas beatas surdas em pé sobre um dos bancos próximos, dizer: - Não é o apocalipse Margarida. Deus mandaria gafanhotos e não cães! A amiga môca, sentada no banco, afagava a orelha de um filhote, lhe corrigiu – Não são capirotos Maria, são só cachorrinhos doentes!

Conde e os dois capangas, entraram por uma porta lateral, e afastando os animais que rasgavam a sua batina, levaram Padre Totonho para dentro do carro, enquanto os ecos dos latidos lá dentro reverberavam pela cidade invadida.

— Lhe morderam Padre?

— Não, só comeram metade da minha roupa. Ainda bem que prendi Janjão – Referiu-se ao pastor alemão que fazia a guarda da igreja durante a noite.

— O senhor tá sabendo que isso tudo é culpa do prefeito de Cabrueira, seu amigo?

— Não me diga. E como o senhor descobriu tal coisa, sêo Conde? – Perguntou, usando um pouco da ironia acumulada em anos ouvindo confissões de gente hipócrita, verificando o que lhe sobrou de vestes – Acho que agora mais do que nunca vou precisar daquela doação que o senhor prometeu.

— Sim, sim, vou providenciar logo vestes novas. Mas o que estava dizendo é que essa cachorrada aqui veio da cidade vizinha. Um caminhão da prefeitura despejou essa mercadoria toda aqui. Um dos meus homens estava lá em Cabrueira e ouviu sair da boca de uma autoridade que a cidade precisava estar limpa e bonita para receber o governador.

— Mas o que isso prova?

— Padre, desde quando cachorro vira-lata é enfeite pra alguma cidade? Ele disse limpa e bonita. Livre de ruas cagadas e postes mijados. E na base da coincidência, que não acredito, aparece do nada um caminhão vindo de lá cheio disso aí – Explicou, apontando para os fiéis que corriam pela praça com os cães mais brabos a lhes seguir.

— Me leve até o telefone que vou falar com Terêncio.

— Bonitas palavras! – Festejou, enfiando a mão nos bolsos atrás das fichas que mantinha ali para as emergências, com Nego Tito já arrancando a veraneio, enquanto o padre lamentava o caos, vendo pela janela, seu coroinha ter as nádegas atingidas pela dentadura de um exemplar graúdo e cheio de pira. Anotou mentalmente que precisava alerta-lo para tomar uma vacina antirrábica com o boticão.

Quando chegaram em frente ao aparelho que fazia Robledo se comunicar com o mundo, entregou as fichas ao padre que logo furou a fila com a anuência de todos, alegando emergência. Em respeito ao homem religioso, Dona Filomena adiou a conversa com a irmã viúva, que estava na iminência de vir para uma visita, curar as dores da perda do seu bassê. Ali não seria o melhor lugar para esquecer o passamento do seu bicho de estimação.

Enquanto Padre Totonho tentava completar a ligação para o gabinete do seu amigo, Donana aparece na porta do bar consolando Juninho, que gritava como um louco.

— Mas que diabos está acontecendo mulher?

— O menino quer enterrar o macaco.

O padre olhava para trás e pedia silêncio para entender o que estavam dizendo do outro lado.

— Calma filho. Assim que eu me livrar desses cachorros aí – Apontou para uma matilha de uns vinte que rasgava os sacos de lixo com a voracidade de esfaimados recém chegados da guerra com saudade da comidinha de casa – Papai vai fazer tudo o que você pediu.

— Ele vai ficar naquela geladeira até quando? – Berrou, fazendo com que o padre se virasse mais uma vez e tapasse o bocal do receptor com a mão, ameaçando – É com essa educação que o senhor quer um filho batizado na igreja de Cristo?

Pensando no prejuízo divino e no dinheiro que deixaria na serraria com a madeira das suas jaqueiras para fazer os bancos da igreja, ele pediu que Esmeralda, uma de suas meninas, que assistia a tudo de perto, levasse o menino lá pra dentro. Fazendo um gestual teatral para se desculpar, na direção ao padre, ele se virou para a esposa e perguntou baixinho.

— Conseguiu cagar?

Com a morte de um cão pisoteado pelo povo na saída da igreja, a cachorrada se reuniu no local do óbito. Até os poucos animais da cidade, criados em casa a base de osso de costela com arroz temperado, ficaram nervosos, como se um ente querido precisasse dos seus uivos tristes para ir em paz. Se os mais antigos acreditassem em lobisomens naquela noite de lua cheia, começariam a passar correntes nas janelas e fazer barricadas nas portas. Os crucifixos estariam ao alcance das mãos, assim como correntes de alho penduradas no pescoço. O povo estava acuado, com medo de sair nas ruas. O pequeno comércio fechou mais cedo, incentivado por Derico e Turíbio. O primeiro, porque suas salsichas estavam atraindo à sua porta os clientes errados; e o segundo, porque ganharia mais dinheiro fora da botica, aplicando antirrábicas.

Quando todos temiam pelo pior, os animais sumiram como bruma ao vento ainda no meio da tarde. Nenhum cão vira lata foi visto em qualquer lugar. Mas Conde ainda avistava de longe, com o auxílio de um binóculo da segunda guerra, presente do seu avô ex-combatente, uma nuvem de poeira que se movia na direção de Cabrueira. Tinha mandado Bira amarrar uma carcaça de boi na traseira da veraneio e passar pela praça, onde estavam todos juntos. Quando o capanga viu pelo retrovisor os primeiros vira-latas desviarem sua atenção para a ossada, engatou a primeira marcha e foi aumentando a velocidade aos poucos, até ver a matilha correndo atrás do que lhes atiçava o apetite.

— Tomara que não cansem antes de chegar lá.

— Tá mais fácil o carro quebrar, patrão – Comentou Sacino, vendo o chefe se benzer.

— Cadê o padre?

— Disse que o prefeito não sabe de nada. Mas disse isso quase gaguejando, como se tivesse mentindo.

— Deve tá ajoelhado no altar em frente a imagem de Nossa Senhora pedindo perdão pelo pecado, e pensando em quem vai chamar pra limpar a sujeira que os bichos deixaram na igreja.

Desviou o foco do binóculo e viu o carro pipa entrando na cidade. Tinha que tirar satisfação a respeito do mexerico sobre botar remédio na água pra ninguém cair doente. Como o carro estava prestando um serviço de caridade, chamou seus homens para ir a pé até o reservatório da cidade. Pulando amarelinha, foram saltando as poitas de cocô com o nariz tapado. Um desavisado, olhando à distância, imaginaria um bando de bêbados ensaiando passos de uma quadrilha junina.

No caminho, passaram na casa de Turíbio para que o homem mais tarimbado em assuntos químicos-biológicos, pudesse dar algum parecer a respeito da água, mas ele estava aplicando vacinas pela cidade. Deixaram recado com a vizinha, já que a jumenta dele, amarrada num toco, não se prestava ao papel. Conde, acompanhado de Nego Tito e Sacino, que vinha pulando uns metros atrás, sacaram suas armas e fizeram o motorista do caminhão frear ainda distante de onde estavam. Aproximaram-se do veículo de armas em punho e o chefe ordenou que ele descesse do caminhão.

— Mãos ao alto! Faça o que eu mando pra num levar chumbo, cabra safado! Queremos provar da água antes de você jogar no reservatório. Andei ouvindo umas histórias aí e num gostei nadinha.

— Mas, mas senhor, eu...

— Ande logo filho duma égua. Num tô lhe perguntando nada. Tô mandando, entendeu?

O homem fez que sim com a cabeça, ainda hesitante, mas foi até a válvula, abriu e derramou um pouco num balde plástico que ficava embaixo da mangueira para o conteúdo não pingar. Despejou um pouco do líquido e entregou ao homem que lhe apontava um revólver niquelado. Esticou o braço para o que parecia ser o líder e esperou calado.

— Têm um cheiro bem longe, mas têm. Parece que a água tá batizada – Criou coragem e tomou um gole. O líquido desceu queimando sua garganta e um calor lhe subiu pra cabeça – Mina Nossa Senhora! Isso aqui deve ser o remédio puro que ele veio misturar na nossa água. Provem isso! – Ordenou para os homens, que logo sorveram seu bocado.

— Patrão, se é remédio, ao invés de descer pras tripas, sobe pra cabeça – Concluiu Sacino, seguido de  Nego Tito, que ainda estalava a língua – Patrão, se isso aqui for remédio pra num deixar a gente doente, vou levar um balde pra casa. É bão demais!

Conde tinha que concordar. De fato, o líquido era saboroso e lhe causava um torpor parecido com o da pinga, mas a sua cabeça acreditava que era aquilo que ia levar a sua fábrica de caixões a falência. Depois do terceiro gole, o mais longo de todos, ficou olhando nos olhos do motorista, que transpirava de medo. Às vezes abria a boca, com vontade de esclarecer o mal entendido, mas preferiu ficar calado. Conde apontou a arma para o tanque, mas antes de atirar, Sacino falou que a bala poderia fazer o tanque explodir. Aquele remédio tinha efeitos colaterais parecidos com o da mardita. Começou a sentir uma leveza gostosa, quase como se pudesse andar na rua flutuando por cima dos toletes de merda. Com aquilo na mente, mandou o motorista colocar o fundo do caminhão virado para o início da rua, que ficava num nível mais elevado que o restante do logradouro principal da cidade. Após a manobra, mandou o homem abrir a válvula, e o líquido escorreu ladeira abaixo. 

Turíbio que recebera o recado, vinha se esgueirando pelas calçadas para evitar molhar os pés na enxurrada e alcançar os homens que gargalhavam abraçados assistindo a cena.

—Doutor Turíbio, matei dois coelhos com uma cajadada só! – Festejava, dando dois tiros pra cima. Limpei a bosta de cachorro com o remédio que iam jogar na nossa água. 

O boticão se aproximou do lugar onde o resto do líquido se esvaia e pegou um pouco com a palma da mão, sorvendo em seguida. Saboreou e sorriu.

— Isso não é remédio, Conde! – Concluiu, notando o cessar súbitos dos risos e ganhando a atenção dos homens trôpegos – É vódica. Uma bebida muito comum nos países mais frios da Europa.

— Como uma pinga de lá? – Indagou Sacino, saltitando pra tomar mais uma dose.

— Como assim? – Questionou o chefe, parecendo acordar de um devaneio onírico, levando o olhar ao motorista, como que pedindo explicação – Fale homem, que Diabos é isso aí? – Apontou a arma para a bebida escorrendo ladeira abaixo.

— Eu tentei explicar ao senhor. Tô levando essa bebida pra engarrafar na fábrica do prefeito de Cabrueira.

— Estava levando. Não restou uma gota – Corrigiu Turíbio, sentindo cheiro de uma encrenca que ele não queria pra si. Despediu-se e saiu do meio do imbróglio, tirando um lenço do bolso para pôr no nariz e evitar o cheiro forte do álcool que evaporava no calor, misturado às fezes. Tinha que se certificar que a sua jumentinha não estava bebendo daquilo.

— Quer dizer então que a nossa vingança contra aquele desgraçado caiu no nosso colo, hic – Pensou alto, soluçando – Pois vá ter com o seu patrão e conte o que fizemos com a tal vódica. Mas agora eu fiquei curioso. Que Diabos você veio fazer aqui então?

O homem abriu a porta do caminhão e disse olhando para dentro da boléia.

— Podem sair, já acabou.

Duas cabeças se levantaram lentamente, ainda olhando ao redor. Conde esticava o pescoço pra ver quem era. O primeiro ele não identificou. Um velho de monóculo, com cabelo apenas nas laterais da cabeça. A outra cabeça pertencia a uma idosa gorda de cabelos curtos, que usava uma franjinha esquisita para lhe cobrir uma testa enorme. Usava tanta maquiagem e de tantas tonalidades que lembrava uma cobra coral. Quando ela se virou para fita-lo, soube quem era. Não se tratava de uma cobra, mas até aqueles dias sentia o veneno daquela mulher na sua vida.

— Olá Francisco. Ou devo chama-lo como os seus capangas? De Conde?

Sua cabeça rodava por causa dos eflúvios alcoólicos. Não queria acreditar que aquela desgraçada estava fora do seu lugar natural, o manicômio.

O velho careca se aproximou estendendo a mão e se apresentando como o advogado que lhe mandara o telegrama. Seu carro tinha quebrado na estrada e pedira carona ao caminhão que vinha na mesma direção. Trazia consigo a outra parte interessada no testamento, a irmã da falecida, Carmelita, que recebera alta do Instituto Psiquiátrico. O motorista, aproveitando aquela reunião, ligou o caminhão e se mandou. Tinha os seus próprios problemas pra resolver.

No momento em que começariam a descer a rua, Bira chega na veraneio.

— Missão cumprida patrão. Deixei a cachorrada no lugar de onde vieram. Essa ora o prefeito deve tá é doido! Hoje ele vai ter que tomar umazinha bem forte pra dormir.

— Forte pra duas dores de cabeça – Disse, vendo a gorda desmiolada descer a ladeira descalça, já que seus sapatos ficaram esquecidos no caminhão. Ela tinha uma casa pequena numa rua adjacente que ficara fechada pelos anos que estava internada, sob os cuidados de Dona Mocinha, sua vizinha.

O advogado ia interpela-la, mas desistiu, marcando a reunião para o dia seguinte, quando também mandaria alguém ver o seu carro quebrado.

— Hoje o senhor fica no nosso hotel. É por conta da casa – Decidiu, colocando todos pra dentro do carro, já tentando amolecer o advogado pra saber o que Benedita tinha deixado pra ele antes da leitura oficial do documento. Como o quarto das personalidades estava ocupado, levaria ele para a sua casa. Só esperava que Donana ainda não estivesse presa ao vaso sanitário, nem a casa fedendo como a rua. Pela primeira vez queria que o camarão do jantar já estivesse no fogo.


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