TARTARÚ escrita por MARCELO BRETTON


Capítulo 16
Capítulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809355/chapter/16

O fedor de carniça misturado aos cães magros que rosnavam com a presença dos vivos que se aproximavam dos mortos, o fazia pensar que talvez o inferno fosse quase aquilo. Completava o cenário do terreno, onde a única coisa que se plantava com esperança de não brotar eram cadáveres, os urubus que pairavam pacientes a baixa altitude, esperançosos que os quitutes enterrados pudessem germinar da terra para alimentá-los. A aparência do novo coveiro também não ajudava, com o seu rosto deformado e ainda vivo, graças a sua intervenção. O vale dos mortos não era um lugar agradável, mas contava mais histórias da cidade do que qualquer breviário que se propusesse a fazê-lo. Na entrada do descampado estavam as valas mais antigas, e alguns dos personagens mais ilustres, pelo viés avesso, da triste história daquele chão amaldiçoado.

O buraco que encabeçava a quadra dos perecidos por arma branca e de fogo, foi um reles desconhecido para ele, o elemento que cortara a fita inaugural da bandalha dos indigentes, cadáveres indigestos sepultados como bois doentes, logo após o território se tornar terra de ninguém. Se havia algo pagão ali não se sabia, mas a frequência com que apareciam flores e bonecos de pano sobre aquela cova carecia de explicação, já que quem quer que estivesse depositando aquela oferenda não comprava em nenhuma fonte conhecida na cidade, e nem o falecido Gidu conseguiu relatar a visão do tal benemérito, mesmo tocaiando algumas vezes. O que lhe parecia era que o suposto ente querido já havia um tempo sem dar as caras, devido ao estado das flores murchas e os bonecos sujos de lama.

— Onde você despejou o traste?

Severino capitulou e apontou a cova simples, de onde emanava um odor pútrido, atraindo a curiosidade dos salivantes seres alados.

— Vai ser desse jeito que você vai se livrar do seu pai?  - Arriscou, mascando um talo de capim, cobrindo o sol com uma das mãos para não perder nem um franzir de cenho. Para o seu desamparo, ele respondeu com outra pergunta.

— Onde você enterrou o corpo da minha mãe? – Cuspiu sobre a sepultura improvisada com as mãos na cintura, para que uma delas ficasse perto da sua arma, já que estava de costas para o ser odioso.

— Você já não têm a cabeça? Pra quê quer o resto?

Conde sacou a arma e partiu pra cima do homem, encostando o cano em uma das têmporas.

— Vá em frente, acabe logo com isso de uma vez. Não espere que peça desculpas pelo que fiz. Eu estava bêbado, fora de mim.

— Você já tinha planos pra ficar com aquela desgraçada. Foi tudo de caso pensado, num foi?

— Ninguém é perfeito, filho. Mas não arranquei a cabeça da sua mãe porque quis. Ela já sabia de tudo mas nunca disse nada sobre Carmelita. Aliás, antes que você aperte o gatilho, não posso levar para o túmulo um segredo que guardo há tanto tempo – Disse, apontando para a cova enfeitada com bonecos de pano e flores murchas.

— O que têm aquilo?

— Não é o que têm aquilo. O caso, é quem tá lá dentro.

— Soube que é de um indigente morto quando eu ainda sujava as calças.

— Engano seu, Francisco. Aquele buraco já foi reutilizado algumas vezes. Na última, foi a sua mãe que me pediu um pequeno favor para que o seu filho seguisse seus planos de gozo pleno.

— Do que você está falando, seu desgraçado? – Gritou, pressionando a arma na jugular do pai.

—  Calma, que eu explico. Depois disso talvez não seja eu que você tenha vontade de matar. Posso beber um gole antes? – Pediu permissão pra tirar a garrafa de aguardente de um dos bolsos, recebendo a anuência para tal. Depois de um longo gole, olhou nos olhos do filho sabendo que as coisas tomariam um rumo diferente dali por diante. Talvez ainda sobrasse compaixão naquele coração que bombeava um sangue que era metade seu.

— Quem tá ali?

— Um homem que nunca ninguém soube o nome de batismo, mas sua mãe sabia muito bem o que ele tinha feito. Antes de prosseguir eu preciso pegar uma fotografia nas minhas coisas, lá na casinha. Ela é a prova de que o que vou te dizer é verdade.

Controlando uma comichão nos dedos pra acabar logo com aquilo e jogá-lo em uma daquelas valas, deixou o homem ir. Sempre cumpriu a sua palavra, por isso era respeitado. Uns podiam teme-lo pela violência exacerbada, mas no final das contas era pelo que fazia para pagar as suas promessas. Olhou para a cova fedorenta de Benevides e pensou que talvez fosse divertido trazer Carmelita ali e vê-la cavando até chegar no cadáver só para ter certeza que o seu amante estava morto, tendo a sua outra aventura amorosa às suas costas com uma pá na mão para tornar a por terra sobre a cara do seu sócio na loucura, que tinha sido se deixar seduzir por uma sereia que cantava como uma gralha.

 

Sem paciência, foi até a casinha que servia de moradia pra Severino e o viu roncando sobre o colchão no chão. Desconjurou aquele morto-vivo e foi embora com uma sensação incômoda dentro de si. Sentia que pela primeira vez sairia alguma coisa importante daquela boca impregnada de alcatrão. Sua mãe lhe cobraria a junção da parte que faltava ao seu corpo decapitado, e ele, por sua vez, teria algo também a lhe pedir.

Encostou o carro em frente à igreja, e ao entrar percebeu que os bancos novos doados por ele já estavam mobiliando a casa de Deus. E a inaugurá-los, para o seu desgosto, um desafeto de longa data que batizava um bruguelinho. Um calor lhe subia dos pés para a cabeça, e respirar se tornava difícil. Foi caminhando devagar, lembrando que o Padre lhe dera a sua palavra que nenhum batizado seria realizado antes do de Juninho. Ele doou os bancos da igreja e dava um auxílio substancial todos os meses porque acreditava nas coisas divinas e tinha consciência que era um cristão em dívida.

Coronel Tadeu estava todo pimpão, metido num paletó dois tamanhos acima do dele, sentado no banco que foi feito com uma das jaqueiras cortadas da sua propriedade, observando o seu neto receber a água benta da pia batismal, furando a fila. Tentou manter o controle pra não fazer besteira sob o teto da igreja. Cristo não aprovaria o desatino que lhe consumia o auto controle. Às custas de muito oxigênio que puxou pelo nariz, e da visão de Jesus na cruz, sentou em um banco mais afastado, quando o padre fez contato visual com ele, engasgando.

— Que a força do Cristo Salvador penetre em sua vida como este óleo em seu pe..peito – E pulou um canto, abreviando a liturgia sacramental e a renovação das promessas do batismo, para não irritar ainda mais o homem sentado lá atrás, que bufava pelas ventas, olhando-o por cima dos olhos como se quisesse estrangulá-lo.

Mesmo sob protestos do Coronel, que reclamou da rapidez do ritual, posou para retratos abraçando um Padre Totonho desconfortável. Como o grupo saiu pela lateral da igreja, onde estava estacionada a única outra veraneio daquelas paragens, não se cruzaram. Conde, aguardou com paciência o padre se despedir, e ir ter com ele.

— Sei que lhe fiz uma promessa, mas também prometi a Deus não abandonar nenhuma ovelha do rebanho.

Ele continuou calado analisando as feições de temor. Estava tirando proveito daquilo, pois sempre tinha que lidar com o seu ar de superioridade. Quem tinha que dar explicações ali era ele.

— Tenho me preparado e feito de tudo para batizar o meu filho, cumprindo tudo o que você têm determinado. Mas chego hoje aqui na casa de Deus pra ver se o presente que lhe dei foi do agrado, e vejo que gente da laia do Coronel Tadeu veio usufruir primeiro.

— Sei da fama desse tipo de gente, mas a criança não tem culpa. Só descumpri o nosso acordo porque aquele menino deve morrer em breve. Nasceu com um problema no coração.

Ele levantaria a voz em protesto quando o padre falou “daquele tipo de gente”, sabendo que, mesmo sem ser irônico, ele estava lhe incluindo naquele caldeirão, mas se conteve quando ouviu a explicação. Tirou o chapéu e o encostou no peito, com a cabeça baixa, pedindo perdão a Deus pelos pensamentos ruins. Entretanto, não se deixou vencer pelos argumentos.

— Padre, se todo mundo aparecer aqui dizendo que precisa batizar seus bruguelos porque tão doente, o meu já deveria ter recebido o sacramento há muito tempo.

O religioso se calou por um instante, antes de mudar de assunto.

— Obrigado pelos bancos. Vou pedir ao Professor Natalino que reduza pela metade as suas aulas, assim batizamos o menino mais rápido.

Quando se despediriam sem ter mais o que dizer, Derico encosta a carroça puxada pela sua mulinha do lado de fora e entra com os pacotes de compras pedidas pelo padre. Antecipando-se, Conde se ofereceu para carrega-los pra dentro da sacristia, sob protestos. Arriou os sacos de papel sob a mesa de trabalho, e ele mesmo começou a retirar os produtos de dentro. A partir dali já não era altruísmo e sim curiosidade, para desalento do outro. Saíram de lá de dentro, dois garrafões de vinho Espanhol com alto teor alcóolico, bacalhau Norueguês, azeitonas Portuguesas, biscoitos amanteigados Dinamarqueses, um pijama de linho Egípcio, defumados, e uns patês, cujas latas estavam escritas em idioma engraçado, que ficou segurando com uma mão, enquanto olhava o padre saindo de um pé pro outro num embaraço cômico.

— Aquele cachorro merece uma ração melhorzinha né, Francisco? Afinal quem protege as coisas da igreja à noite?

— Tô é vendo que o senhor têm um gosto apurado pras coisas – Comentou, retirando do saco uma lata de cera pra engraxar sapatos de couro alemão.

— Faço bom uso dos dízimos. Se o padre tá feliz, a interação com a comunidade é mais festiva – Refuta, recolocando as compras de volta nos sacos e levantando o dedo do anel em direção ao rosto do seu maior dizimista, num gesto de despedida.

A mão ficou suspensa por um tempo longo demais até que Conde se decidisse beijar a pedra.

— Sua benção, padre.

— Deus te abençoe meu filho e te acompanhe. Logo falaremos outra vez – Disse, apressado, vendo-o, ao invés de sair, abrir a bíblia que repousava na mesa. E com destreza, leu uma passagem em voz alta.

— Não permitam que ninguém que tenha prazer numa falsa humildade e na adoração de anjos os impeça de alcançar o prêmio – Fechou o livro sagrado e saiu da sacristia sem ver a reação do ente eclesiástico, que tomou aquilo como um aviso, abrindo o pote de azeitonas, comendo-as todas de uma vez.

 

Já abrindo a porta do carro, foi abordado por um rapaz, filho de Muriti, que segurava uma gaiola com pelo menos seis rolinhas dentro, se debatendo, dado o aperto daquela prisão.

— Sêo Conde, sei que o senhor gosta de matar umas rolinhas. O senhor me dá quanto por essas aqui?

 Pois vou lhe dar o que você merece – Tomou a gaiola com rispidez e tirou o cinto de couro de cobra da calça, sob os olhos de dúvida do rapaz.

— Não me faça correr atrás de você senão vai ser pior – E pôs-se a lapear as costas magras do infeliz – Nunca...mais...faça...isso...na...vida – Açoitando-o a cada palavra pronunciada, enquanto ouvia as lamúrias de dor em voz baixa – Vá embora de volta pro cafundó que você vive e não se apresente nunca mais a minha pessoa, entendeu? – Perguntou, dando uma última fustigada no couro avermelhado.

Assim que se livrou do seu verdugo, o rapazola correu até sumir das vistas. Por sua vez, Conde abriu a gaiola, testemunhando a agonia dos pássaros em ganhar a liberdade. Apenas um deles permaneceu um pouco mais de tempo antes de bater asas. Olhou-o como um velho conhecido, fez uma mesura com a cabeça como se estivesse agradecendo e voou na direção do bar. O padre que observava pela fresta de uma janela, concluía o quão dúbia eram as regras daquele homem. Ao mesmo tempo em que cometia um bom ato, manchava os seus pequenos nirvanas com outro atrapalho.

Entregou as papoulas a Tuti na funerária, e sem querer descer do veículo, soube pelo sócio que as mudas de café que tinha negociado já estavam a caminho da Fazenda Borborema, e que o irmão gêmeo de Sacino tinha morrido na capital. O seu funcionário estava inconsolável no bar, perguntando se a perna que o irmão tinha lhe roubado ao nascer, pelo fato de terem nascido unidos e com apenas três desses membros, não podia ser devolvida a ele.

Quando chegou no bar tinha apenas uma coisa em mente: o escritório. A despeito do relatório de Esmeralda sobre o desempenho “prático” de Juninho, que àquela altura já estava na casa do Professor suspirando com os livros didáticos abertos quase à toa; da perda de Sacino, que era amparado por Safira e Bernadete; e de Cândida, que queria pedir autorização pra se deitar com o Romeu, Conde só queria acalmar o seu coração apertado. Com a pequena turba a lhe seguir para angariar um pouco de atenção, ele abriu a porta e deu um suspiro de alívio tão grande, que todos achavam que era enfado. 

Aproximou-se da gaiola e teve certeza de que era ela mesma que tinha sido capturada. Olhou-a com atenção, procurando algum ferimento, mas só encontrou o mesmo olhar de gratidão. Puxara com o bico o pano limpo que ele tinha colocado por cima do ovo e retomou o seu papel de mãe, não sem antes soltar um piado longo. Ele não pode se conter, e piou de volta, sem perceber que todos estavam na porta observando o seu comportamento, como se assistissem televisão. Quando se virou, flagrando-os, debateram-se uns nos outros, disfarçando e saindo de perto. Uns assoviando, outros reclamando do mormaço, enquanto ele apenas via que a sua missão na terra andaria por caminhos ainda mais tortuosos do que aqueles já conhecidos. A única que permanecia na sua presença era a menina Cândida.

— Patrão, o Romeu jogou umas notas pela brecha da janela querendo se deitar comigo. Posso?

— Não. Mas fique com o dinheiro que eu dou um jeito nas vontades desse salafrário. Mande Bira e Nego Tito vim aqui – Ordenou abrindo a gaveta e tirando o material de pintura e a caixinha com o pó.

 

Mandou Bira trazer Tancinha e Nego Tito trazer Severino o mais rápido possível. Depois de tentar convencer Sacino a tirar o dia de folga sem sucesso, e dar ordens a Safira de que não queria ser incomodado, trancou-se. Olhou fixamente para a porta antes de ingerir o opiáceo, com os potes de tinta abertos e o pincel na mão sobre um papel em branco.

Olhando-se naquele espelho percebeu que havia mais expressão numa samambaia do que nele mesmo. Todos os músculos da face estavam numa espécie de paralisia, apesar de estar consciente. Queria desviar o rosto para não ter que encarar sua aparência mortiça, mas seu desejo era só um caroço destoando no angu. Era obrigado a aceitar o torpor, até que algo lhe chamou a atenção. Surgia uma coisa por detrás do seu ombro esquerdo. Não conseguia distinguir o objeto que se mexia com lentidão, como num teatro de fantoches, cujo personagem fazia suspense até aparecer com estardalhaço.

— Só vou me mostrar se você tiver por aí – Disse a voz familiar.

— Mmmmmmm!

Uma mão delicada apareceu logo atrás dele e deu um tchauzinho, fazendo um sinal de positivo em seguida.

— Tenho que aparecer desse jeito já que você ainda não cumpriu sua parte no trato – Explicou a voz da pessoa, que segurando-se no seu ombro, fez um esforço pra subir a altura do espelho e aparecer pra ele. Ao invés de uma forma humana, uma enorme cabeça de pássaro repousava no pescoço da sua mãe, reconhecível apenas pelo seu indefectível colar de pérolas, do qual nunca se separava.

— Mmmmmmm!

— É eu sei que pode parecer estranho, mas imagine ser apenas um jogo de espelhos. Eu precisava aparecer como algo que lhe fosse íntimo e caro para dar o meu recado. Não dê ouvidos ao assassino, ele mentirá pra adiar o seu destino. Mesmo assim, como isto aqui, nada é como parece.

Começou a sentir cócegas logo abaixo do seu omoplata direito, sentindo que algo subia pelas costelas, logo se revelando ser outra pessoa.

— Pense por você mesmo, Francisco. Eu sei quem tá lá naquele buraco, mas já não tô entre os vivos pra te dizer. Aqui têm hierarquia, sabe? – Cochichou Gidu, olhando receoso para a cabeça do pássaro.

— Mmmmmmm!

— Foi esse desgraçado que ajudou ele a me enterrar.

— Eu só fiz o meu trabalho. Ajudei sim, mas hoje ele mija todos os dias em cima de mim.

— Filho, se eu quisesse que você soubesse, eu mesma teria lhe impedido. Vocês eram muito jovens, mas ela já não tinha tanta ingenuidade assim desde a mais tenra idade.

Ele estava confuso com aquele colóquio abstrato. Sentia-se no meio de um tiroteio com balas de festim, cujas intenções de atingi-lo doíam mais que apenas um projétil verdadeiro penetrando a sua carne.

— Só não quero que você se machuque – Sussurrou a ave, enquanto Gidu começava a chorar.

— Mande ele parar de mijar em cima de mim por favor! – Suplicou o coveiro morto, debulhando-se num mar de lágrimas que logo fez a sua mãe se despedir.

— Pássaros não nadam, e se eu perder essa cabeça não encontrarei o caminho de volta. Voltareeiiii! – Gritou, sumindo por dentro da espiral de espelhos.

Antes de ir, Gidu tapou o nariz com uma das mãos e mergulhou. A água subiu rapidamente e logo alcançou o seu nariz, fazendo-o engasgar. Enquanto tossia, certificou-se que seguia sentado na cadeira com o único desenho que havia feito até então, seguro nas mãos: os retângulos coloridos. Aqueles rabiscos simplórios estavam se tornando sinistros demais. Mas que diabos sua mãe quis dizer? Era para ele saber ou não quem estava enterrado na primeira cova do cemitério clandestino? Assim que Severino chegasse arrancaria aquela informação dele, ou então, o seu pescoço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "TARTARÚ" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.