A Week With Callens escrita por Any Sciuto
A batida envolvente e meia abafada que vinha da parte de cima da casa dos Callens envolvia o porão por uma pequena frestinha do ar condicionado.
Atualmente, o que era o santuário sexual de Callen e Elisa estava rodeado de garotas, que estavam discutindo como o caso em que elas começariam iria funcionar.
— Poderíamos fazer reuniões secretas toda a semana. – Pen sugeriu. – Afinal, se a gente vier toda a hora aqui ninguém vai estranhar. A rede de amigas é bem grande.
— E podemos fazer reuniões via Configs. - Abby sugeriu, se referindo ao aplicativo de vídeo que eles criaram. – Estamos literalmente trocando os celulares agora. Podemos mascaram o app como algo de garotas.
— E que tal noite de garotas? – Elisa se sentou. – Existem muitas chances de fazermos com que Vance pense que estamos fazendo coisas como unha e cabelo e a única pessoa que está sendo arrumada aqui é ele.
Todas concordaram. A NCIS de Los Angeles estaria de folga por alguns dias por causa de um vazamento de gás, cortesia de Hetty.
A mulher chamou os próprios faz tudo, que eram antes de tudo espiões e trouxeram todos os dispositivos anti escuta que eles conseguiram.
— Vamos ter a certeza de usarmos esses drives usb quando estivermos conectadas com documentos. – Pen e Abby distribuíram. – Gostaram? Acho que a gente pode ser sorrateira e ainda ficar no estilo com usb cor de rosa.
— Concordo. – Elisa sorriu. – Então, vamos começar?
As garotas plugaram os dispositivos em seus computadores e celulares, através de um fone de ouvido modificado e se sentaram em roda no tapete vermelho.
Elisa sequer piscou ou ficou constrangida sobre o fato de Callen e ela transarem na sala. Ela sabia que muitas das garotas tinham seus lugares secretos também.
— Leon Vance, diretor do NCIS de Washington e de todas suas sub sedes. – Elisa começou. – A esposa dele, Jackie Vance foi assassinada por um agente traidor do Mossad. Ele também matou o diretor Eli David, pai da Ziva.
— Ele meio que se fechou logo que Jackie morreu. – Abby começou. – Muitas vezes ele era rude com as pessoas sem motivo. Tudo bem que a esposa dele foi assassinada, mas parece que depois daquilo ele se tornou cada vez mais idiota.
— Uma vez ele gritou comigo porque eu consegui terminar um documento em 5 minutos. – Any revelou. – Eu fiquei tão assustada que pedi para deixar o caso.
— Espere, você deixou o caso Tudor porque Vance gritou com você? – Elisa sabia como Any queria aquele caso e foi uma surpresa quando ela pediu para sair. – Filho da puta.
— Espere, Grace Tudor? – Kensi pegou uma das pastas. – Ele tinha interesses especiais nela.
Abrindo a pasta, Elisa olhou para as fotos do caso. Um homem vestido de terno e com pele escura estava sorrindo ao lado de Grace. A foto havia sumido quatro dias antes do julgamento de um homem que havia sido acusado do crime.
— Vance e Grace estavam juntos naquela época. – A voz de Gibbs interrompeu a reunião. – Linda e a namorada de Spencer estão com as crianças vendo filmes.
— Podemos ajudar em algo? – Callen perguntou. – Talvez descobrir e contar.
— Entrem, rapazes. – Elisa viu as garotas acenando e os homens deixaram as tecnologias do lado de fora. – Sentem-se. O que quer dizer com Vance e Grace estavam juntos na época?
— Bem, não era segredo para ninguém que o diretor tinha um caso com Grace. Ela era secretária de Evan Soprano, um dos caras mais barra pesada da época. Ele fazia de tudo e Vance conhecia o cara.
— Talvez seja isso que ele esteja fazendo. – Pen começou. – Ele se une a um mafioso e quando percebe que as pessoas estão cercando-o, começa a matar para que a atenção seja desviada dele.
— Santo parafuso, Batman. – Callen ganhou olhares de todos. – Tudo tem a ver com Los Angeles e com a NCIS. E também o FBI. Pensem um pouco. Começou com um homicídio horrível aqui.
— Jenny. – Gibbs olhou para a foto do restaurante no arquivo. – Esse lugar foi aonde Jenny e mais uns caras foram mortos.
— Ele está por trás disso? – Abby viu Nick a pegar em um abraço. – Ele a matou?
— Talvez sim. Talvez não. – Timothy sabia como Abby tinha ficado triste e devastada com a morte da diretora. – Eu estive monitorando as finanças dele naquela época. Estavam com um espião.
— Sim, Michelle. – Gibbs respondeu.
— Exatamente. – Tim tirou um hd de seu casaco. – Delilah e eu estávamos limpando as coisas na semana passada e eu o encontrei.
Pegando o HD, Penelope o conectou ao computador com o usb de proteção e depois de escanear atras de vírus, ela abriu a pasta com “Vance” na área de trabalho.
As folhas foram diretas para a impressora e cada um tinha uma cópia.
— Ele gastava muito para quem recebia 4 mil na época. – Elisa disse e viu Reid as detalhando. – Alguma coisa?
— Quarto item, segunda coluna. – Spencer respondeu. – Restaurante Flores.
— Não sei o que há de errado, Reid. – JJ perguntou. – Quero dizer... Oh!
— Exatamente. O endereço dele é no meio do deserto. – Emily colocou no google e todo mundo percebeu. – Então ele mandava dinheiro para um lugar que sequer existiu. Pode ter a ver com a morte da diretora.
Gibbs saiu de dentro do porão, precisando de ar. Ele não podia acreditar que Jenny foi morta por Vance ou a mando dele.
Ele ainda se lembrava da noite antes de ela viajar para Los Angeles em que eles beberam vinho junto, conversaram e fizeram amor depois de anos. Ele havia prometido a ela que assim que eles voltassem, ele a pediria em casamento.
Mas aquela vez foi a única. E ele teve que se contentar com as lembranças. Agora ele tinha que passar pelo processo de luto tudo de novo.
Paris, França...
— Pegou seus cadernos, querida? – A ruiva perguntou a filha de 15 anos. – Estamos indo embora em oito horas.
— Sim, mãe. – A grota ruiva sorriu para a mãe e guardou tudo o que pretendia levar. – E o resto que eu já não quero mais?
— Se for bom o rapaz vai levar para uma instituição de caridade e se não for, ele vai jogar fora. – Ela fechou a própria bolsa e suspirou. – Faz 15 anos que vivemos aqui, mas eu preciso enfrentar a música e você precisa conhecer seu pai.
— Será que ele vai gostar de mim? – Ela sorriu para a mãe enquanto desciam de elevador.
— Ele pode ficar relutante no começo, mas tenho certeza que sim. – Ela abriu a porta do táxi assim que chegaram ao aeroporto. – Adeus, França.
As duas embarcaram com destino a Washington, DC, mas antes de fazer qualquer coisa, elas teriam que esperar.
Mas tudo valeria a pena no final.
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