Baby Dean Winchester escrita por Any Sciuto


Capítulo 8
Abaddon




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1996, Lawrence, Kansas.

John Winchester fez um círculo com uma armadilha para o diabo. Ele colocou sua foto e uma oferta e fez o encantamento. Ele esperou por um minuto.

— Quem me chama? – Crowley se virou e viu um John atordoado. – Crowley.

— John Winchester. – Ele olhou para o homem que parecia ter sido um homem britânico quando vivo. – Eu acho que você é o demônio da encruzilhada.

— Sim, eu não gosto dessa coisa toda de gêneros e subgêneros. – Crowley olhou para o desenho no chão. – Uma armadilha? Que coisa original. Eu já ouvi falar de você, John. Tem dois filhos.

— Deixe-os de fora disso. – John começou. – Eu quero fazer um acordo.

— Deixe-me adivinhar. – Crowley sorriu, um sorriso típico demoníaco. – Você quer que eu traga Mary para que vocês dois possam ter uma filha.

— Como sabe sobre isso? – John olhou para o demônio.

— Eu sou o demônio da encruzilhada, querido. – Ele olhou para John. – Posso trazer sua esposa e deixar vocês terem o bebê, mas Mary vai precisar ter o bebê fora dos Estados Unidos. E assim que ela a tiver, Mary precisava voltar ao descanso.

— Da minha parte, acho aceitável. – John o viu estalar os dedos e uma Mary confusa saiu do meio do matagal. – Mary?

— John? – Ela o abraçou. – Você fez um pacto para termos nossa filha?

— Sim, mas você precisa me dar um beijo, John. – Crowley sorriu. - Não se preocupe, eu não vou me apaixonar.

Dando um passo para frente, ele puxou o demônio e o beijou, pegando a mão de Mary e saindo do país assim que conseguiu deixar Dean e Sam com Bobby, apenas dizendo que tinha um trabalho longe.

A cada duas semanas ele voltava e ficava quatro dias antes de voltar. Quando a pequena nasceu e Mary morreu, John foi ao berçário e percebendo que a filha de uma mulher que nascera quase ao mesmo que sua estava morta no berço, ele trocou as crianças.

Ele voltou com as cinzas de um corpo de Mary e deixando uma criança enterrada. Ele nunca contou onde estivera ou porque ele levou Dean e Sam para uma lanchonete em um dia de sorvete.

Atualmente....

Dean estava ouvindo a história, absorto nos detalhes que Crowley contava. Por um lado, ele se ressentia de John por não ter dado a escolha de conviver com a irmã, porém, por outro, ele sentiu uma força grande dele por dar uma mulher anônima o poder de cuidar da garota a sua frente.

— Eu ainda não posso perdoar ele. – Sam se levantou e foi para fora, irritado.

Dean foi até Sam, intrigado com o motivo de Sam não querer perdoar John.

— Ele batia em você, Dean. E você não me contou sobre isso. – Sam se virou para ele. – Quando aquela cadela transformou você em um garotinho, você reviveu as surras e eu tive que me sentar e ver tudo.

— Eu apanhava porque não queria que ele batesse em você, Sammy. – Dean deu um passo perto de seu irmão. – Não queria que ele te machucasse.

Abraçando Dean com força, Sam sentiu a força que seu irmão mais velho passava para ele novamente.

— Também não posso perdoar o papai. – Dean deixou as lágrimas rolarem. – Mas aquela menina não merece descobrir o que eu passei.

De repente, uma das sucatas do ferro velho voou para o alto, caindo na frente da casa. Castiel, Bobby e Crowley saíram correndo. Gabriel pegou Angie nos braços e voou com ela para um lugar onde Abaddon jamais entraria.

— Dean, eu a quero. – Abaddon nem se deu ao trabalho de começar com uma saudação. – Você precisa trazer sua querida irmã para mim.

— Eu não estou mais no seu domínio, garota ruiva. – Dean revelou a marca em seu braço. – Talvez você não seja tão imortal quanto diz.

— Você matou quase 50 pessoas comigo, querido. – Ela olhou para Sam. – Ele é tão lindo quando está sob meus domínios. Você deveria ver.

— Acabou, ruiva. – Crowley olhou para ela. – Talvez você queira morrer.

— Ah, cale a boca, Crowley. – Abaddon levantou a mão, mas não houve nenhum movimento e Crowley até mesmo ajeitou o cabelo. – Por que não está funcionando?

— Acha que é a única com truques, querida? – Bobby sorriu e a fez olhar para o chão. – Eu sou caçador há muito tempo. Já aprendi a fazer uma armadilha do diabo de olhos fechados. Acha que eu não conseguiria fazer uma com toda a sucata daqui?  

— Filho de uma puta! – A mulher viu indo na sua direção. – Dean, eu sei que ainda tem algo meu aí dentro. Eu te ordeno que me obedeça.

— Nunca mais. – Levantando a primeira espada, Dean a cravou dentro do peito do cavaleiro do inferno. – Vá para o raio que o parta.

— NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÕOOOOOOOOOOOOO!!!!! – A garota literalmente gritou assim que sentiu a lâmina afundar nela.

Dean se afastou e observou o demônio explodir. Ele apenas lamentou que Josie tenha sido pega no meio de todo o problema.

O corpo da garota explodiu, restando apenas pouca coisa. Cas reuniu todas as partes restantes e Dean colocou sal nelas e colocou fogo.

— Vá em paz, Josie. – Dean olhou para o fogo crepitando e depois para a boca de Castiel. – Eu acho que falta apenas uma coisa.

Beijando os lábios de seu anjo, Dean sentiu quando Cas levou as mãos por trás dede sua cabeça e seu lábios se encontraram mais fundos.

— Vamos deixar os dois em paz. – Sam sorriu e puxou Bobby e Crowley para longe. – Gabriel?

— Aqui no porão. – A arcanjo estava sentado ao lado de Angie que estava acordada. – Já expliquei para ela.

A garota se levantou e abraçou Sam, que retribuiu o abraço sorrindo para a menina a sua frente. Ele não conseguia entender como uma garota tão feliz pudesse ter vindo de seu pai.

— Eu preciso falar com a minha.... – Ela olhou para Sam e Dean, que havia entrado no porão. – Não sei como chamar ela agora.

— Pode continuar a chamar ela de mãe. – Dean pegou as mãos dela. – Afinal, ela criou você e olhe que menina querida você é.

— Eu já volto. – Angie sabia que não seria algo fácil, mas ela tinha que conversar com sua mãe.

— Então, você e Castiel são um casal agora? – Sam perguntou para Dean. – Não que eu tenha algo contra.

— Bem, a gente está junto, mas não se preocupe, maninho. – Dean deu um abraço em Sam. – A gente não vai fazer nada indecente na sua frente e na frente da minha irmã.

— Obrigado pela consideração. – Sam sorriu. – Aliás, acho que a promessa de levar Castiel para umas compras está de pé, não?

— Bem lembrado. – Dean acenou com as sobrancelhas. – Está na hora de dizer tchau para esse sobretudo.

Castiel apenas deu de ombros e sorriu. Ele sabia que Dean gostaria de comprar novas roupas para ele e por algum motivo, essa era uma das coisas que Cas queria mais.


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