Dean estava atualmente deitado em um campo cheio de flores e bastante sujeira. Ele não entendia como as duas coisas se misturavam. Mas finalmente ele percebeu que o lugar tinha ambos os lados.

Um lado cheio de flores de todas as cores e qualidades e outro com sujeira e ervas daninhas. Ele estava no meio das flores, mas não se lembrava como ele conseguiu chegar ou como chegou aqui.

Sua mão parecia estar com um corte feio e sua cabeça parecia prestes a explodir de tanta dor. Ele tentou se levantar, mas não conseguiu. Sua cabeça girou, assim como seu mundo e ele simplesmente deixou que ela batesse no chão.

— Cass.... – Foi tudo o que ele conseguiu antes de apagar.

Castiel estava concentrado em ouvir a história intrigante de Crowley sobre a irmã até então desconhecida de Dean e Sam quando ouviu seu nome ser chamado e saiu voando para fora.

Ele firmou seus pés sobre o topo de um campo e avistou algo deitado. Chegando cada vez mais perto, ele viu a forma imóvel de Dean. Ele parecia ter sofrido um golpe na cabeça e um corte profundo.

— Dean... – Castiel chamou e notou os olhos verdes que ele tanto gostava olhando para ele. – Você está bem?

— Eu não sei. – A cabeça dele pendeu para o lado e Dean sentiu as mãos de seu anjo em sua testa. – Eu quero voltar para casa.

Segurando o caçador em seus braços, Cas usou suas asas. No momento em que chegaram, Castiel carregava Dean totalmente. Ele havia desmaiado novamente e isso estava deixando Cas maluco.

— Castiel, que diabos? – Gabriel se moveu e estalou os dedos, fazendo uma segunda cama aparecer. – Coloque-o nela.

Sam pareceu entender que seu irmão mais velho estava de volta. Não apenas a sua forma normal quanto em casa. Alcançando o kit médico que todos guardavam nas prateleiras da casa de Bobby, ele abriu e começou a enfaixar os pequenos cortes.

Suas mãos estavam com um grande corte entre a palma e a área dos dedos, seu braço parecia ter sido queimado e sua testa tinha o que parecia um ferimento grande.

Quanto o sangue foi limpo da ferida, eles perceberam que a tatuagem anti possessão do caçador havia sido queimada.  

— Eu não estou dizendo que Abaddon terminou com Dean. – Sam começou. – Mas porque de repente ela o deixou livre?

— Como eu digo, aquela garota é maluca. – Lúcifer apareceu ao lado da irmã dos winchesters. – Vocês sabem como ela se chama a proposito?

— Ela se chama, Angie, seu idiota. – Crowley apareceu, fazendo Bobby revirar os olhos. – Olá, Singer.

— Os dois demônios idiotas estão juntos agora? – Bobby perguntou, tirando um sarro daquilo. – Então, você me esqueceu?

— Gente, podemos por favor, focar nessa situação primeiro? – Sam gritou, fazendo todos olharem para ele. – Meu irmão e minha irmã estão inconscientes e não sabemos onde Dean estava e porque um cavaleiro do inferno o deixou livre.

Todos olharam para Sam enquanto ele tinha aquela explosão. Finalmente, todos concordaram em não brigarem por um tempo.

— Eu não posso usar minha graça nele, Sam. – Castiel disse. – Se eu fizer e Abaddon tiver feito um selamento mais forte, pode ser que Dean vire um demônio novamente.

— Acho que temos que considerar as opções. – Gabriel olhou para Crowley e Lúcifer. – Que tal vocês dois ficarem fora daqui por algumas horas?

— Certo, mas alce. – Crowley viu Sam revirar os olhos. – Eu preciso falar com você antes de ir.

Saindo com o rei do inferno para fora, Sam fez contato com Castiel que se aproximou ainda mais de Dean e Gabriel ficou mais perto da jovem Winchester.

— Sam, eu quero estar presente quando os dois estiverem conscientes e você despejar a verdade neles. – Crowley sabia a pergunta que Sam faria. – Quando eu fiz o pacto com seus pais eu prometi não me envolver na vida dela, mas agora é meio difícil.

— Abaddon vem atrás dela, não é? – Sam podia sentir uma perturbação. – Poderia ficar aqui enquanto ajudamos Dean?

— Será um prazer ficar e ajudar o esquilo. – Entrando na casa novamente, ambos viram Cas e Gabriel colocarem Dean em cordas bentas e um par de algemas. – Quer ajuda também nisso?

— Por favor. – Sam estava emocionalmente cansado de tudo. – Faça, Cas.

Se aproximando do homem que amava, Castiel colocou a mão na testa de Dean e iluminou sua palma, fazendo sua graça aparecer e entrar em seu amor.

Dean sentiu seu corpo preso. Ele sabia que provavelmente eles o tinham contido enquanto seu Castiel o curava. E ele não estava irritado por isso.

Ele tentou abrir seus olhos, mas não conseguiu. Então ele finalmente se deu conta. Abaddon tinha colocado um selo de demônio em seu braço. Dean podia ouvir sua voz, mas ele não estava dizendo.

— Castiel, achou que foi uma boa coisa tentar curar um homem possuído? – Os olhos de Dean enegreceram. – Você o ama tanto que a possibilidade de ele ser um demônio o assusta. Bem, adivinha.

Sam assumiu a frente e olhou nos olhos de seu irmão, sentindo o medo.

— Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis legio, omnis congregatio et secta diabolica... Ergo, draco maledicte et omnis legio diabolica, adjuramus te ... cessa decipere humanas creaturas, eisque æternæ perditionìs venenum propinare... Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciæ, hostis humanæ salutis... Humiliare sub potenti manu Dei; contremisce et effuge, invocato a nobis sancto et terribili nomine... quem inferi tremunt... Ab insidiis diaboli, libera nos, Domine. Ut Ecclesiam tuam secura tibi facias libertate servire, te rogamus, audi nos.

Dean começou a se contorcer na cadeira e todos deram um passo para trás. Crowley se virou para Angie e com um pouco de pomada fez um símbolo de proteção nela. Eles precisavam proteger a garota.

— AHHHHHHHHHHHH! – Dean levantou o rosto, abriu a boca e uma fumaça negra foi expelida.

Gabriel pegou um pouco de sua própria graça, a lambuzou sua espada e fez um corte no símbolo de selamento.

Dean caiu para trás e fechou os olhos, sentindo mesmo que inconsciente que estava de volta ao controle.

Seus olhos se abriram e ele viu que estava na casa de Bobby.

— Caramba, o que foi que aconteceu? – Ele sentiu seus braços e pernas amarrados. – Porque estou assim?

— Do que se lembra? – Sam perguntou curioso.

— Fomos atrás daquela bruxa, entramos no lugar onde ela atraia as vítimas dela e então... – Dean tentou encontrou dificuldade em lembrar. – Eu acordei aqui. Amarrado na casa de Bobby, com Gabriel, Crowley e uma garota adormecida.

— Bem, eu acho que você precisa de uma cerveja. – Sam se sentou e observou com curiosidade enquanto Dean bebia a bebida meia misturada com água benta. – E então?

— Acho que eu não sou mais um demônio. – Dean suspirou. – Sim, eu estava acordado. Agora, por favor, alguém explica o que aconteceu?

Cas se sentou ao lado de Dean e pegou a mão dele na sua. Agora havia uma pequena esperança.