Baby Dean Winchester escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Little Things




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Sam acordou no dia seguinte, esperando que tudo fosse um sonho estranho. Ele notou logo de cara que tudo era verdade. Ele estava na casa de Bobby, o quarto dele era o mesmo que ele e Dean usavam sempre que John os deixava na casa de seu tio.

Saindo da cama, ele foi em direção ao quarto onde eles haviam acomodado Dean quando chegaram. O garotinho dormia inocente na cama, com Cas do seu lado.

— Bom dia. – Sam olhou para o anjo e depois para Dean. – Então isso não é um sonho.

— Não. – Castiel suspirou. – Dean ainda é um menino pequeno.

— E você não está ao lado dele na cama porque tem medo de parecer errado. – Sam suspirou. – O que vamos fazer, Cas?

— Ainda não sei, mas ele logo vai acordar. – O anjo suspirou, tentando evitar que Dean acordasse cedo demais, o envolvendo com um pouco de sua graça. – Talvez eu tenha que apelar para alguém.

— Não, sem Michael ou Lúcifer. – Sam foi direto. – Eles ainda podem achar Dean, especialmente agora.

— Assim que ele acordar eu vou marcar as costelas dele. – Cas assegurou. – Mas eu estava falando de Gabriel.

— Bem, eu não sei o que você quer com ele. – Sam balançou os ombros. – Quero dizer, o que Gabriel entenderia de crianças?

— Mais do que você pensa, Sam. – O arcanjo apareceu, sentindo um bufo de stress vindo de Sam. – Então, o que temos aqui?

— Dean. – Cas viu o olhar que seu irmão deu a ele. – Foi uma bruxa.

— Com certeza. – O anjo pegou Dean, que continuou dormindo. – Ele parece tão despreocupado. E jovem.

— Sabemos sobre isso. – Sam pegou seu irmão devagar e o embalou em seus braços. – Bom dia, Bobby.

— Estão dando uma festa e não me chamaram? – O caçador mais velho entrou, segurando um ursinho de pelúcia. – Dê isto a Dean quando ele acordar, ok?

— Um urso de pelúcia? – Sam estava olhando para o bichinho estufado e notou que ele havia sido costurado. – Por que?

— Ele era de Dean quando tinha 5 anos. – Bobby respondeu. – Mas um dia, John me deu e disse que era hora de Dean parar de brincar com brinquedos de criança e aprender a função.

— Então, esse foi o começo de tudo. – Gabriel olhou para o pequeno que estava acordando. – Bom dia.

— Você tem assas também. – Dean sorriu, seus olhos inocentes. – O que você tem aí?

— Apenas isso. – Bobby ergueu o brinquedo e viu os olhos de Dean brilharem. – Lembra dele?

— Tevy. – Dean deixou o colo em que estava e correu até Bobby, pegando o brinquedo e sorrindo para Sam. – Sammy, Tevy.

— Sim. – Sam segurou seu irmão e sorriu para o pequeno. – Por que você e Gabriel não vão brincar com ele no sofá enquanto eu converso com Cas e Bobby?

— Tudo bem. – O garotinho pegou a mão de Gabe, o deixando com um sorriso bobo. – Vamos.

Os três homens restantes observaram o arcanjo segurar Dean no alto e sorrir para ele e o ursinho de pelúcia.

— Eu não sei se eu fico emocionado ou chateado com meu pai. – Sam suspirou. – Dean era uma criança e ele...

— Colocou uma arma de fogo nas mãos dele. – Bobby se sentou e suspirou. – Bolas.

 Gabriel olhou para o pequeno garotinho brincando com seu urso de pelúcia. Castiel olhava para a criança com carinho.

— Cas, eu acho que você deveria colocar alguma proteção nele. – Gabriel foi direto. – Você sabe, agora ele é um menino e bem, talvez as que você colocou podem ter saído.

— Certo. – Cas segurou o pequeno e o colocou no sofá, sorrindo para ele enquanto tocava a bochecha. – Que tal você dormir um pouco enquanto eu faço isso?

— Vai doer? – Dean perguntou inocentemente.

— Não, querido. – Cas tocou o peito do garotinho e colocou mais proteções. – Agora, durma, ok?

— Kay.... – Dean fechou os olhos e dormiu.

Se levantando, Castiel suspirou com um pouco de tristeza. Se não encontrassem a bruxa, Dean poderia ter que enfrentar a infância novamente. Ele não sabia se ficava feliz ou chateado pensando que eles poderiam criar ele bem dessa vez.

Sam cobriu seu irmão e ficou sentado, observando Bobby olhando para Dean melancólico.

— Sabe por que eu nunca tive filhos, Sam? – Ele viu o garoto olhar para ele. – Meu pai batia em mim e na minha mãe. Uma vez, eu quebrei um copo cheio de leite. Foi um acidente bem estupido. Ela tentou de tudo, disse que limparia e meu pai.... Ele jogou o prato de comida no chão e deu um tapa nela. Eu fiquei com medo de ter filhos.

— E mesmo assim você é o melhor pai adotivo que Dean e eu temos. – Sam arrumou o cabelo de seu irmão. – O que é isso?

Movendo o cabelo de Dean, Sam notou um corte que estava começando a curar, mas ainda estava com um vermelho.

— Gabriel! Cas! – Bobby correu em busca dos anjos. – Precisamos de ajuda.

Os dois entraram correndo vendo o olhar de horror de Sam. Eles olharam para Dean, que exibia um corte e um olho roxo.

— Eu não sei como aconteceu. – Sam estava tentando entender. – Cas, o que está acontecendo?

Aproximando-se de Dean com calma, Cas notou que aqueles machucados apareceram com uma força interna.

— Acho que é isso que a bruxa faz. – Gabriel ganhou olhares. – Ela traz à tona os segredos de infância, fazendo com que os adultos passem por isso, virando crianças.

— E nem todo o poder de um sigilo de proteção ajuda. – Cas completou. – Bobby, o que foi?

— Acho que eu sei o que houve com Dean. – Bobby estava com medo. – John me fez jurar que eu nunca mencionaria isso, mas isso é algo que eu nunca me esqueço.

— O que aconteceu? – Castiel se viu indo direto ao homem. – Por favor, Bobby.

— Eu não sei se vocês sabem, mas John era chegado a uma violência. – Ele começou com uma coisa óbvia. – Uma noite, John bebeu demais. Sam tinha quase um ano e Dean estava com ele. Ele entrou totalmente bêbado e Dean colocou uma coberta sobre você. – Ele fez uma pausa e olhou para Sam. – Então ele foi ajudar John. Seu pai deu um soco em Dean e o jogou contra uma mesa. Tinha um vaso e Dean caiu sobre um dos cacos.

— Eu preciso de um momento. – Sam correu para fora e se ajoelhou, colocando cada comida que ele comeu para fora.

— Aqui. – Gabe sorriu para ele. – Foi demais, não?

— Dean estava querendo ajudar meu pai e ele fez aquilo com ele. – Sam suspirou. – O que mais ele fez com meu irmão, Gabe?

Pela primeira vez o anjo não fazia ideia do que responder.


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