Baby Dean Winchester escrita por Any Sciuto
Sam acordou no dia seguinte, esperando que tudo fosse um sonho estranho. Ele notou logo de cara que tudo era verdade. Ele estava na casa de Bobby, o quarto dele era o mesmo que ele e Dean usavam sempre que John os deixava na casa de seu tio.
Saindo da cama, ele foi em direção ao quarto onde eles haviam acomodado Dean quando chegaram. O garotinho dormia inocente na cama, com Cas do seu lado.
— Bom dia. – Sam olhou para o anjo e depois para Dean. – Então isso não é um sonho.
— Não. – Castiel suspirou. – Dean ainda é um menino pequeno.
— E você não está ao lado dele na cama porque tem medo de parecer errado. – Sam suspirou. – O que vamos fazer, Cas?
— Ainda não sei, mas ele logo vai acordar. – O anjo suspirou, tentando evitar que Dean acordasse cedo demais, o envolvendo com um pouco de sua graça. – Talvez eu tenha que apelar para alguém.
— Não, sem Michael ou Lúcifer. – Sam foi direto. – Eles ainda podem achar Dean, especialmente agora.
— Assim que ele acordar eu vou marcar as costelas dele. – Cas assegurou. – Mas eu estava falando de Gabriel.
— Bem, eu não sei o que você quer com ele. – Sam balançou os ombros. – Quero dizer, o que Gabriel entenderia de crianças?
— Mais do que você pensa, Sam. – O arcanjo apareceu, sentindo um bufo de stress vindo de Sam. – Então, o que temos aqui?
— Dean. – Cas viu o olhar que seu irmão deu a ele. – Foi uma bruxa.
— Com certeza. – O anjo pegou Dean, que continuou dormindo. – Ele parece tão despreocupado. E jovem.
— Sabemos sobre isso. – Sam pegou seu irmão devagar e o embalou em seus braços. – Bom dia, Bobby.
— Estão dando uma festa e não me chamaram? – O caçador mais velho entrou, segurando um ursinho de pelúcia. – Dê isto a Dean quando ele acordar, ok?
— Um urso de pelúcia? – Sam estava olhando para o bichinho estufado e notou que ele havia sido costurado. – Por que?
— Ele era de Dean quando tinha 5 anos. – Bobby respondeu. – Mas um dia, John me deu e disse que era hora de Dean parar de brincar com brinquedos de criança e aprender a função.
— Então, esse foi o começo de tudo. – Gabriel olhou para o pequeno que estava acordando. – Bom dia.
— Você tem assas também. – Dean sorriu, seus olhos inocentes. – O que você tem aí?
— Apenas isso. – Bobby ergueu o brinquedo e viu os olhos de Dean brilharem. – Lembra dele?
— Tevy. – Dean deixou o colo em que estava e correu até Bobby, pegando o brinquedo e sorrindo para Sam. – Sammy, Tevy.
— Sim. – Sam segurou seu irmão e sorriu para o pequeno. – Por que você e Gabriel não vão brincar com ele no sofá enquanto eu converso com Cas e Bobby?
— Tudo bem. – O garotinho pegou a mão de Gabe, o deixando com um sorriso bobo. – Vamos.
Os três homens restantes observaram o arcanjo segurar Dean no alto e sorrir para ele e o ursinho de pelúcia.
— Eu não sei se eu fico emocionado ou chateado com meu pai. – Sam suspirou. – Dean era uma criança e ele...
— Colocou uma arma de fogo nas mãos dele. – Bobby se sentou e suspirou. – Bolas.
Gabriel olhou para o pequeno garotinho brincando com seu urso de pelúcia. Castiel olhava para a criança com carinho.
— Cas, eu acho que você deveria colocar alguma proteção nele. – Gabriel foi direto. – Você sabe, agora ele é um menino e bem, talvez as que você colocou podem ter saído.
— Certo. – Cas segurou o pequeno e o colocou no sofá, sorrindo para ele enquanto tocava a bochecha. – Que tal você dormir um pouco enquanto eu faço isso?
— Vai doer? – Dean perguntou inocentemente.
— Não, querido. – Cas tocou o peito do garotinho e colocou mais proteções. – Agora, durma, ok?
— Kay.... – Dean fechou os olhos e dormiu.
Se levantando, Castiel suspirou com um pouco de tristeza. Se não encontrassem a bruxa, Dean poderia ter que enfrentar a infância novamente. Ele não sabia se ficava feliz ou chateado pensando que eles poderiam criar ele bem dessa vez.
Sam cobriu seu irmão e ficou sentado, observando Bobby olhando para Dean melancólico.
— Sabe por que eu nunca tive filhos, Sam? – Ele viu o garoto olhar para ele. – Meu pai batia em mim e na minha mãe. Uma vez, eu quebrei um copo cheio de leite. Foi um acidente bem estupido. Ela tentou de tudo, disse que limparia e meu pai.... Ele jogou o prato de comida no chão e deu um tapa nela. Eu fiquei com medo de ter filhos.
— E mesmo assim você é o melhor pai adotivo que Dean e eu temos. – Sam arrumou o cabelo de seu irmão. – O que é isso?
Movendo o cabelo de Dean, Sam notou um corte que estava começando a curar, mas ainda estava com um vermelho.
— Gabriel! Cas! – Bobby correu em busca dos anjos. – Precisamos de ajuda.
Os dois entraram correndo vendo o olhar de horror de Sam. Eles olharam para Dean, que exibia um corte e um olho roxo.
— Eu não sei como aconteceu. – Sam estava tentando entender. – Cas, o que está acontecendo?
Aproximando-se de Dean com calma, Cas notou que aqueles machucados apareceram com uma força interna.
— Acho que é isso que a bruxa faz. – Gabriel ganhou olhares. – Ela traz à tona os segredos de infância, fazendo com que os adultos passem por isso, virando crianças.
— E nem todo o poder de um sigilo de proteção ajuda. – Cas completou. – Bobby, o que foi?
— Acho que eu sei o que houve com Dean. – Bobby estava com medo. – John me fez jurar que eu nunca mencionaria isso, mas isso é algo que eu nunca me esqueço.
— O que aconteceu? – Castiel se viu indo direto ao homem. – Por favor, Bobby.
— Eu não sei se vocês sabem, mas John era chegado a uma violência. – Ele começou com uma coisa óbvia. – Uma noite, John bebeu demais. Sam tinha quase um ano e Dean estava com ele. Ele entrou totalmente bêbado e Dean colocou uma coberta sobre você. – Ele fez uma pausa e olhou para Sam. – Então ele foi ajudar John. Seu pai deu um soco em Dean e o jogou contra uma mesa. Tinha um vaso e Dean caiu sobre um dos cacos.
— Eu preciso de um momento. – Sam correu para fora e se ajoelhou, colocando cada comida que ele comeu para fora.
— Aqui. – Gabe sorriu para ele. – Foi demais, não?
— Dean estava querendo ajudar meu pai e ele fez aquilo com ele. – Sam suspirou. – O que mais ele fez com meu irmão, Gabe?
Pela primeira vez o anjo não fazia ideia do que responder.
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