Lost: O candidato escrita por Marlon C Souza


Capítulo 13
Capítulo 13 - Bad Twin




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Após uma conversa intrigante com Hugo, Ben sentiu a urgência de encontrar Miguel o mais rápido possível. Determinado, ele retornou ao acampamento e começou a perguntar a todos sobre o paradeiro de Miguel, mas ninguém tinha visto o rapaz. Preocupado com as possíveis consequências se Miguel saísse dali, Ben tomou uma decisão arriscada. Ele voltou para casa, pegou uma espingarda e mergulhou na densa floresta, seguindo o rastro incerto de Miguel.

Enquanto isso, Miguel corria desesperadamente, desejando se distanciar o máximo possível do vilarejo e evitar ser encontrado por Ben ou qualquer outra pessoa. Ele sabia da ameaça que Ben representava e do que ele era capaz, afinal, Wilbert já havia lhe contado histórias assustadoras sobre aquele homem.

— Para onde estou indo? — perguntou Miguel, ofegante pela corrida, sem esperar por uma resposta. Sentindo-se completamente perdido, ele finalmente parou ao chegar perto de um riacho que serpenteava pela floresta.

Enquanto tudo isso acontecia, Clementine encontrou Aaron e os dois planejaram sair sorrateiramente do vilarejo, aproveitando a oportunidade de Ben não estar por perto. Estavam determinados a deixar o lugar o mais rápido possível para explorar melhor a misteriosa ilha.

— Vamos voltar antes que o sol se ponha — sugeriu Aaron.

— Está com medo de ficar no escuro, é? — Provocou Clementine, sorrindo.

Paralelamente, Marcel estava sentado na pequena escadaria que levava à sua casa, observava os dois de longe, quando Bianca se aproximou. Ela se apresentou: — Oi, sou Bianca.

— Oi, sou Marcel — respondeu ele, levantando a mão para cumprimentá-la.

— Eu sei quem você é — disse Bianca, sentando-se ao lado dele. Em seguida, ela continuou: — Você também notou as anomalias nos GPS e nas condições climáticas dessa ilha, não é?

— Sim, notei. — Confirmou Marcel.

— Isso não te deixa curioso para descobrir mais sobre elas? — Indagou Bianca, cheia de entusiasmo.

Marcel sorriu e perguntou: — Quando começamos a investigar?

No passado, Bianca era uma jovem moradora dos subúrbios do Rio de Janeiro. Ela era a única mulher entre seus cinco irmãos e sua mãe, Paula Martins, criava todos eles sozinha. Desde cedo, Bianca mostrou-se uma pessoa independente e seu grande sonho era se tornar arqueóloga. Em um ensolarado dia de fevereiro de 2012, quando Bianca havia acabado de completar 18 anos e terminar o ensino médio, um homem chamado Richard Alpert apareceu à sua porta.

— Posso ajudar? — indagou Paula, sua mãe.

— Senhora Paula, meu nome é Richard Alpert, sou o diretor-executivo das Corporações Widmore. Vim falar com sua filha, Bianca — disse Richard.

Paula olhou para trás e viu Bianca, que estava observando a situação. Sem resistência, Paula permitiu que ele entrasse e Richard se acomodou no sofá. Bianca observava atentamente, enquanto seus irmãos também se reuniam na sala.

— Aceita um café? — perguntou Paula, meio sem jeito.

— Não, sem problemas. Pretendo ser breve — respondeu Richard, pegando uma foto que estava ao lado do sofá. Na foto, estavam Paula e Paulo, irmão dela. Paulo foi um dos passageiros do voo 815 da Oceanic, que caiu em uma ilha em 2004. Ele morreu enterrado junto com sua namorada, Nikki Fernandez.

— Esse era meu irmão. Seu nome era Paulo. Ele morreu no acidente da Oceanic em 2004 — disse Paula.

— Seu irmão não morreu no acidente, senhorita Paula. Ele morreu meses depois em uma ilha no Pacífico — revelou Richard.

— Do que você está falando? — Indagou Paula, intrigada.

— Eu sei que fizeram você acreditar que o avião foi encontrado no fundo do mar, mas essa não é a verdade. O avião caiu em uma ilha e alguns passageiros sobreviveram e até mesmo conseguiram retornar às suas vidas.

Paula começou a chorar. — Por que você está me contando isso, senhor Richard?

— Não há motivo para continuarmos mantendo esse segredo de vocês. Conte com a Widmore para compensá-los financeiramente pelo ocorrido. Também iremos custear a faculdade de sua filha, Bianca.

Ao ouvir isso, Bianca ficou empolgada. — É sério? — Indagou.

— Sim, é sério. Mas espero que saiba que voltaremos a essa ilha no futuro e precisaremos que você venha conosco, quando estiver pronta — explicou Richard.

— Claro! — exclamou Bianca, cheia de entusiasmo.

Voltando ao presente, Miguel se deparou com cercas sônicas que pareciam envolver e "proteger" o vilarejo em que se encontrava. Intrigado, ele se aproximou com cautela e lançou uma pedra para testar o efeito das cercas. Surpreendentemente, nada aconteceu. Comemorando sua descoberta, Miguel mal teve tempo de reagir antes de ser golpeado na cabeça por Ben, desmaiando instantaneamente.

Horas depois, Miguel acordou amarrado em uma sala sombria, com Ben parado diante dele segurando a espingarda. Miguel, desesperado, começou a gritar por socorro, mas Ben apenas sorriu e comentou:

— Pode gritar à vontade, ninguém vai te ouvir daqui.

— Me solte — suplicou Miguel.

— Calma, por que tanto desespero? — Indagou Ben. — Não sou uma ameaça, Miguel. Tudo o que fiz e farei é para proteger esta ilha de vocês. Quanto a você, matou um homem friamente.

— Do que está falando? — Questionou Miguel confuso.

— Não se faça de besta. Lembra-se do Senador Thiago? — Provocou Ben. — Quero saber sobre o Projeto Gênesis da Dharma e a localização de Wilbert DeGroot, que eu sei que está nesta ilha. Não tente me enganar. Fui eu quem colocou você nisso. Eu enviei aquele segurança para encontrá-lo.

— Não tenho nada para lhe dizer — afirmou Miguel teimosamente.

— Marta, esse é o nome dela, certo? — disse Ben, jogando uma foto da filha de Miguel no chão perto dele.

Miguel começou a chorar desesperadamente. — Por favor, não faça nada com minha filha.

— Não farei mal à sua filha, Miguel. Acredite, eu sei exatamente como é perder uma filha — disse Ben.

— Então por que está me mostrando isso?

— Posso facilitar o reencontro entre você e ela. Já se passaram tantos anos, não é mesmo?

— Não vou lhe dizer nada — afirmou Miguel com determinação.

— Você não sabe para quem está trabalhando, Miguel. Esse homem, Wilbert, é apenas um fantoche. Acredite em mim, se você colaborar com eles, tudo estará perdido.

— Silêncio. Você já matou muitas pessoas. Matou todos os membros da Dharma no passado. Você matou seu próprio pai.

— Foi necessário — respondeu Ben.

— Necessário? Você é um monstro, Ben. Que Deus tenha misericórdia de sua alma — exclamou Miguel.

Ben virou-se, deixando Miguel sozinho na sala. Enquanto caminhava para fora, ele refletia sobre as palavras de Miguel. O peso de suas ações pesava sobre sua consciência.

Enquanto isso, Bianca e Marcel exploravam as redondezas da ilha. Cada rocha e objeto encontrado despertava sua curiosidade.

— Até as formações rochosas aqui são peculiares — comentou Bianca.

— Concordo plenamente — respondeu Marcel.

— Sabe, quando eu era mais nova, um homem chamado Alexander veio à minha formatura para falar sobre essa ilha. Ele me disse que não era uma ilha comum. Na época, não acreditei, mas agora estou vendo com meus próprios olhos. Incrível, olhe para este lugar. É impossível.

— Entendo como se sente.

— Ele me contou que meu tio morreu aqui e foi enterrado perto da praia. Não sei se devo acreditar, mas quem sabe...

Os dois riam e conversavam enquanto caminhavam em direção ao local mais distante do vilarejo, curiosos para explorar tudo o que a ilha misteriosa tinha a oferecer.

No passado, Bianca estava radiante em sua formatura, celebrando a conclusão de sua graduação em geologia. Sua família estava presente, comemorando e desfrutando da noite especial. Enquanto conversava animadamente com sua mãe, Bianca avistou um homem de terno acenando para ela em um canto isolado da festa. Intrigada, deixou sua mãe e aproximou-se dele.

— Quem é você? — Indagou ela curiosa.

— Desculpe pela abordagem repentina. Sou Alexander Widmore, mas pode me chamar de Zander — respondeu ele com um sorriso enigmático.

— Por que estava acenando para mim? — Questionou Bianca.

— Eu precisava falar com você. Tem um minuto? A bebida está por minha conta — ofereceu ele.

Os dois se afastaram em busca de um lugar mais reservado, aproximando-se do bar. Enquanto escolhiam suas bebidas, Alexander continuou a conversa.

— O que você gostaria de beber?

— Pode ser qualquer coisa, apenas me diga, a Widmore te enviou? — Perguntou Bianca, fazendo referência à empresa.

— A Widmore? Não, não tenho relação com eles. Tenho o mesmo sobrenome, mas não faço parte do corpo executivo da empresa — esclareceu Alexander.

— Com esse sotaque, dá para ver que não é daqui. — Comentou ela, vendo que Alexander era estrangeiro. — O que o trouxe ao Brasil? — Insistiu Bianca.

— Estou apenas de passagem. Vim conhecer um dos prodígios da empresa do meu tio — explicou ele.

— Seu tio? — Repetiu Bianca, intrigada.

— Charles Widmore era meu tio por casamento. Atualmente, a empresa dele está sendo administrada por aquele tolo do Desmond — disse Alexander com um tom de frustração.

— Por que está me contando isso? — Perguntou Bianca, curiosa.

— Sinceramente, não tenho certeza. Acho que estou desabafando minha frustração — admitiu Alexander.

— Por que o senhor está frustrado? — Indagou Bianca, mostrando respeito por sua idade.

— Vamos pegar leve com o "senhor". Ainda não cheguei aos 50 anos — brincou Alexander.

— Para alguém da sua idade, até que “você” é bem charmoso. — Disse ela, olhando-o de cima em baixo.

— Obrigado pelo elogio, você também é uma linda mulher para alguém da sua idade.

Um sorriso escapou dos lábios de Bianca, e os dois continuaram a se encarar intensamente. Subitamente, Alexander a beijou, pegando-a de surpresa. Ela se afastou rapidamente, confusa.

— O que está fazendo? — Questionou ela, atordoada.

— Desculpe, eu... — tentou explicar Alexander, sem encontrar as palavras certas.

No entanto, Bianca se aproximou novamente, e os dois retomaram o beijo apaixonado. O momento se estendeu além das palavras, e logo eles se encontraram em um quarto de hotel com vista para a praia, entregando-se à paixão intensa. Depois de algum tempo, enquanto se recuperavam, começaram a conversar novamente.

— Sabe que estavam escrevendo um livro sobre mim e meu irmão? — Comentou Alexander.

— Sério? Sobre o que é? — perguntou Bianca, curiosa.

— Não faço ideia — respondeu ele com um riso descontraído. — O autor morreu no acidente do voo Oceanic em 2004, então nunca vou saber.

Ao ouvir aquelas palavras, Bianca ficou surpresa e perplexa. — Do que você está falando? — Indagou ela, sua expressão carregada de confusão.

— O que Richard te contou sobre o acidente?

— Não disse muita coisa. Apenas sei que os sobreviventes, os 6, mentiram sobre o que ocorreu no acidente. Eles não caíram no mar, como eles alegaram, e sim, numa ilha no pacífico.

— Ele também te contou que Charles Widmore encobriu o acidente para tentar evitar que pessoas descobrissem sobre essa ilha?

— Como assim? — Indagou Bianca, intrigada.

— Meu tio simplesmente jogou um avião falso no fundo do mar para que as pessoas não descobrissem sobre essa ilha no pacífico. A ilha onde seu tio Paulo foi enterrado é uma ilha mística e existe razões pelo qual meu tio quis mantê-la em segredo.

— Do que você está falando? Ilha mística? Você é louco.

— Eu sei que parece loucura. Mas meu tio, Charles Widmore fez o que fez para proteger a ilha de um certo alguém. Seu nome é Wilbert DeGroot, trabalha para Alvar Hanso. É um homem extremamente perigoso.

— Olha. É muita loucura. Eu preciso ir.

Alexander notou a mudança em seu semblante da garota que começou a se vestir rapidamente, confusa com as falas dele.

— Eu sei que parece loucura, mas você precisa me escutar. Você é a pessoa mais isenta nesta história e, se eu te contar tudo, eles nunca irão desconfiar. — Disse Alexander, mas Bianca não parecia interessada.

— Foi maravilhoso, mas eu preciso ir. Boa sorte aí nessa tal missão para a ilha mágica — disse Bianca, apressando-se em sair do quarto, deixando Alexander perplexo e sozinho no quarto.

Voltando ao presente, Ben adentrou o vilarejo com sua espingarda, atraindo o olhar curioso e desconfiado de todos ao seu redor. Os soldados trocavam murmúrios entre si, incertos se aquele homem poderia ser confiável ou não. Roger, aproximando-se dele, questionou bruscamente onde ele havia estado tão repentinamente.

— Onde esteve? — Indagou Roger com uma expressão desconfiada.

Com frieza, Ben respondeu: — Com todo respeito, o que faço ou deixo de fazer aqui é problema meu.

Determinado, Ben dirigiu-se ao centro do vilarejo e chamou a atenção de todos, acenando para que se aproximassem. — Venham todos, tenho algo a dizer — convocou ele.

Curioso, Roger se aproximou de Ben e segurou sua pistola de pinho, apontando-a em sua direção, seguido pelos soldados que prontamente fizeram o mesmo com seus fuzis.

Ben, prontamente, preparou sua espingarda e questionou: — O que está fazendo?

Olhando fixamente para Ben, Roger exigiu saber: — Onde está Bryan?

— Bryan é um traidor. Esse nem é o nome dele. É Miguel. Foi ele quem sabotou as comunicações do navio. — respondeu Ben, surpreso pela reação de Roger.

— E onde ele está agora?

— Já disse que não lhe devo satisfação.

— Abaixe a arma, Ben — ordenou Roger.

Sem perder a calma, Ben continuou: — Não seja idiota, Roger. Estou do lado de vocês.

A tensão se instalava no ambiente, deixando todos apreensivos. Ben, então, abaixou-se lentamente e colocou sua arma no chão. — Viu? Confie em mim, Bryan é o traidor, não eu — argumentou ele.

Contudo, Roger não cedeu e disse, engatilhando sua pistola: — Não confio em você. Você o matou?

— Está cometendo um erro — advertiu Ben. Antes que a situação pudesse se agravar ainda mais, Hugo surgiu repentinamente, deixando todos perplexos.

— Calma aí, vamos acalmar os ânimos, pessoal — interveio Hugo, aproximando-se. Alguns soldados, prontos para agir, viraram-se rapidamente para ele, apontando suas armas. Hugo, levantando as mãos em sinal de rendição, tentou acalmar a situação.

— O que está fazendo aqui? — Questionou Ben, desconfiado.

— Entendam que estamos todos do mesmo lado aqui, Roger — explicou Hugo, tentando apaziguar a situação. Roger revirou os olhos e deu a ordem para que os soldados baixassem as armas. Nesse momento, Jessy chegou apressada, interrompendo o momento tenso.

— Clementine e Aaron desapareceram — anunciou ela, com urgência na voz.

— O quê? — exclamou Roger, visivelmente preocupado.

— Parece que Marcel e Bianca também não estão aqui — acrescentou um dos soldados.

— Agora isso — suspirou Roger. Ben, por sua vez, deu um leve sorriso, percebendo que a situação estava se complicando cada vez mais.

No passado, Bianca encontrava-se no aeroporto, ansiosa para embarcar em sua viagem para a Austrália. Sentada sozinha, parecia aguardar alguém, mas ninguém apareceu. Decidindo entrar na fila, foi surpreendida quando um homem trajando um elegante terno tocou em seu ombro.

— Olá — disse o homem misterioso.

Ao se virar, Bianca não o conhecia, mas era Frank e, desconfiada, questionou: — Quem é você?

— Meu nome é Frank Lapidus. Estou aqui em nome de Wilbert DeGroot — respondeu ele, oferecendo um sorriso enigmático.

Bianca sentiu um arrepio ao ouvir aquele nome. Antes que pudesse escapar dali, Frank se aproximou e pressionou uma pistola contra suas costas.

— Como entrou aqui armado? — Indagou ela, nervosa.

— Não ofereça resistência e nada lhe acontecerá. Só quero conversar — disse Frank, conduzindo a garota para um local mais isolado dentro do aeroporto.

Eles adentraram uma sala vazia, com apenas uma mesa e uma cadeira. Frank fez com que Bianca se sentasse e, de imediato, a questionou: — Você conheceu Alexander Widmore?

— Apenas falarei na presença de um advogado — respondeu Bianca, tensa.

— Não estou brincando, garota. Não quero machucá-la. Mas entenda que não tenho escolha se você não colaborar — alertou Frank, apontando a arma em sua direção.

— O conheci na minha formatura. Tivemos um encontro. Foi intenso. Agora posso ir? — Revelou Bianca, buscando uma maneira de se safar daquela situação.

— O que ele te disse? — Insistiu Frank.

— Por que está me interrogando? — Indagou Bianca, enquanto a arma continuava apontada para ela.

— Vamos, fale logo — ordenou Frank, sua paciência se esgotando.

— Está bem. Ele me contou que Wilbert, para quem você trabalha, é perigoso e que estão em busca de uma ilha misteriosa, repleta de magia e histórias de contos de fadas. Por que isso é importante? — Respondeu Bianca, temendo pela sua segurança.

— Está liberada — anunciou Frank, empurrando-a para fora da sala. Em seguida, jogou um livro no chão.

Sem entender o que estava acontecendo, Bianca pegou o livro, cujo título era "Bad Twin" (Gêmeo Mal). Ela caminhou rapidamente de volta para a fila, completamente transtornada, mas manteve a aparência de calma, como se nada tivesse ocorrido.

Algumas horas se passaram e Bianca encontrava-se em Sydney, Austrália. Ela dirigiu-se à sede regional da Widmore, onde teria uma reunião prévia à missão em si. Dentro de sua mala, guardava o livro "Bad Twin", ainda intrigada com seu significado.

No presente, Bianca e Marcel se aproximaram cautelosamente da cerca sônica, cuja presença intrigou ambos.

— O que é aquilo? — Questionou Bianca, curiosa.

— Parece uma cerca, mas não vejo cabos. Provavelmente emite sons para impedir que alguém atravesse — deduziu Marcel, analisando atentamente a estrutura.

— Bem observado. Veja ali em cima, são alto-falantes — observou Bianca, com um sorriso no rosto.

Marcel considerou a situação. — Acredito que tenhamos chegado ao limite. Devemos voltar.

Enquanto Marcel se preparava para sair, Bianca sentou-se, fixando o olhar na cerca e retirando algo de sua mochila: o livro "Bad Twin".

— Não acho que seja o lugar ideal para uma leitura — comentou Marcel, intrigado com a atitude de Bianca.

— Na verdade, é o local perfeito. Este livro é apenas um prefácio de uma obra incompleta, cujo autor faleceu vindo para cá. Não pode ser apenas uma coincidência. E, além disso, Alexander Widmore, o protagonista da história, foi quem me falou sobre os mistérios dessa ilha. Não sei que tipo de lugar é esse, mas tudo isso não pode ser mera casualidade — explicou Bianca, mergulhando na leitura.

Marcel fitou Bianca com um olhar de perplexidade, enquanto todas as peças desse intrigante quebra-cabeça pareciam se encaixar cada vez mais, revelando um mistério sem fim.


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