Um Reino de Monstros Vol. 3 escrita por Caliel Alves


Capítulo 11
Capítulo 2: O armeiro - Parte 5




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Acostumado a acordar bem cedo, o armeiro se pôs a cuidar do pátio de sua residência. O pequeno jardim havia morrido e as ervas daninhas tinham tomado conta de tudo. Depois de cuidar dessa parte, ele viu Saragat acordar bocejando, rezaria a Nalab.

— Bom dia.

— Bom dia, Saragat.

— Tão cedo, homem?

— Estou acostumado, gostaria de dar uma geral aqui para depois arrumar as coisas lá na oficina.

— Depois que terminar as minhas orações eu posso ajudá-lo.

— Gentileza sua.

Com um carrinho de mão, o velhote se pôs a mudar as plantas mortas de lugar. Ele já não trajava mais o macacão jeans e sim uma calça de algodão grossa e marrom.

O artesão de armas não sentia frio nem calor, era um homem de musculatura forte e resistente.

Ao terminarem os seus afazeres, o Saragat ajudou a dar uma geral na oficina, isso tudo antes do amanhecer. Depois disso o anfitrião e o conjurador fizeram o café da manhã com açúcar mascavo. O cheiro do café da manhã acordou todos os dorminhocos.

— Café da manhã quentinho!

Antes que pudesse saltar sobre os pães, o mascarado rebateu, Index na parede.

— Calminho aí, bolo-fofo, não é assim que a banda toca não. Você ajudou em que, seu inseto?

Escorrendo da parede, a criatura alada caiu no chão. O guardião gemeu dolorido.

— Eles sempre brigam assim, Tell?

— O tempo todo, senhor Z.

Eles se sentaram na humilde mesa e desjejuaram. O comentário da mesa foi unânime, a liderança da ladina foi um fracasso.

— Ei, pera lá...

— Pera lá uma droga, sua imbecil. Como é que você ataca inimigos sem conhecer a sua força, tá querendo nos matar é, droga?

— Desculpe, Rosicler, mas a verdade tem que ser dita: você na liderança é um perigo.

— Até tu, Index!?

Tell olhou para Z com uma expectativa tão grande que ele não pôde deixar de sorrir.

— O que foi, guri?

— Quando o senhor vai começar a trabalhar no meu sabre?

— Ora, não precisa pressa.

Os olhos de Letícia reviraram, ela olhou fixamente para o garoto e disse:

— Em vez de se preocupar com a sua espada, deveria se preocupar em aprender novas técnicas de combate.

— É verdade, hahaha, desculpe.

— Quando terminarmos aqui, nós iremos treinar. Aonde podemos usar um bom local para treinamento, senhor Z?

— Bem, acredito que o lugar mais seguro seja aqui mesmo, usem o pátio, o jardim já está morto mesmo.

— E o que irei aprender?

A alquimista mordiscou um pão com os seus lábios sensuais e fez suspense:

— Ah, diz logo, vai!

— Ah, mas que menino impaciente.

— Você não viu nada, herege... Mas antes de tudo, temos que fazer uma votação, quem quer que a liderança continue com Rosicler, levante a mão!

Ninguém levantou a mão, a gatuna soltou um longo suspiro de decepção.

— Zoados!

— Agora quem quer que eu continue liderando, levante a mão!

Todos, inclusive Z ergueu a mão. Saragat deixou acertado que quando ele estivesse impossibilitado de liderá-los, a militar faria esse papel.

Quando terminaram o café, o grupo se dividiu, Rosicler ficou com o armeiro e foram até a oficina; o mascarado ficou de vigia, embora a casa do velho ficasse longe do centro e fosse rodeada por um muro, ainda sim corriam o risco de serem espionados. O curioso mago-espadachim e a alquimista foram para o pátio treinar.

***

— Senhor Z, se não fosse incômodo, eu gostaria de pedir que forjasse uma arma para mim também.

— Sim, poderei fazê-la. Me mostre o modelo.

Pegando de um pergaminho e um pincel com tinta, a ladina desenhou um círculo grande de onde surgia uma espiral, na ponta da espiral, era possível ver um nó.

— É uma arma muito estranha, mas não parece ser difícil de forjar.


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