Moeda de Troca escrita por Miss Siozo


Capítulo 1
O pós-guerra


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Tudo bem? Espero que sim. Estou aqui com uma fanfic nova na área que na verdade era um projeto antigo que estava engavetado. Quando eu reli todos os capítulos que eu já havia escrito, me deu vontade de retomar com essa fic.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/807884/chapter/1

Saori conseguiu sair do Submundo com seus cinco cavaleiros de bronze em segurança, mas seus problemas mal começaram. Apesar da ideia de que aquela seria a última guerra que viveria nessa era, algo em seu interior a dizia para se manter em alerta. Quando pousaram em solo grego, começou o momento de contar as baixas daquela guerra e tentar restabelecer a saúde de quem saiu dela com vida.

 

Os cavaleiros e amazonas que estavam em melhor estado receberam os cuidados básicos e logo seguiram aos seus postos. Sem os cavaleiros de ouro ali, o exército de Athena estava muito vulnerável sem sua principal força. Já dos cinco cavaleiros de bronze que batalharam nos Elísios, apenas Ikki teve sua “alta” mais depressa, mas seguia de perto acompanhando o estado dos outros quatro. Shiryu e Hyoga recobraram a consciência três dias depois de Ikki. Já Seiya estava em pior estado do que Shun que também seguia desacordado. 

 

O despertar de um coma é um momento delicado e apesar de serem guerreiros, cada reação é diferente da outra. Ikki havia despertado de forma abrupta sem pensar muito em si mesmo, se preocupava com o estado dos outros. Já o despertar de Shiryu foi plácido com a sensação de dever cumprido, as preocupações do mundo real voltaram aos poucos à sua mente. Hyoga despertou feliz, pois a primeira imagem que teve foi de dois de seus companheiros acordados e bem, o que era um ótimo sinal para si. No entanto, duas noites depois um novo despertar veio seguido de um grito, um grito alto de pavor que tomou conta dos corredores do hospital. A sensação era de que uma pessoa gritava em plenos pulmões como se sua própria vida dependesse daquilo. Foi assim que Shun, o Cavaleiro de Andrômeda, despertou.

 

— Se acalme, Shun. Está tudo bem — disse Ikki que havia se levantado da poltrona próxima ao leito do irmão — Athena venceu a guerra e nós temos a sorte de estar aqui.

 

Então o silêncio se instalou no ambiente. Hyoga e Shiryu também estavam no quarto de hospital se recuperando e olhavam fixamente para o companheiro mais jovem.

 

— Shun? — chamava o libriano.

 

— É melhor dar um tempo para ele processar tudo o que aconteceu — disse o Cisne — O importante é que Shun despertou e está bem, não é? — o Dragão assentiu — Agora só falta o pangaré acordar.

 

— O-o que nós fizemos? — foram as primeiras palavras do virginiano.

 

— Nós vencemos a guerra, Shun. Hades foi derrotado para o bem da humanidade — respondeu Shiryu.

 

— Nós causamos o caos… — balbuciava — Todas aquelas almas…

 

— Meu irmão, do que você está falando? — Ikki tentava aninhá-lo em seus braços. O jovem estava trêmulo como se o choque da realidade acometia somente a ele. 

 

— Levamos o nosso senso de dever longe demais…

 

— Seu irmão acordou atordoado, Ikki — disse Hyoga — Não conseguiremos estabelecer um diálogo normal com ele agora — suspirou — Shun, acredito que um médico virá logo examinar você e depois tente descansar um pouco. Amanhã conversaremos com calma. 



 

Um mês havia se passado desde o despertar dos cavaleiros. O estado de Seiya era o mais preocupante dali, pois o rapaz despertou numa espécie de “estado vegetativo” e precisava ser constantemente acompanhado por causa do estado de seu coração afetado pela espada de Hades. Saori estava muito preocupada com Seiya e acabou por negligenciar suas funções como deusa e empresária. Tatsumi segurava as pontas da empresa junto a outros funcionários competentes da companhia Kido. Já no Santuário, Marin e Shina por serem as únicas de patente superior ali procuraram restabelecer a ordem e a reconstrução do local.

 

Estavam no Japão a deusa e cinco cavaleiros. A virginiana acreditava que Seiya poderia ter chances de recuperação se fosse tratado no país, já os outros teoricamente deveriam estar ali fazendo a guarda para ela, mas as coisas não estavam funcionando de acordo com o planejado. Ikki desejava não ter que estar lá, mas permanecia porque Shun precisava fazer um tratamento médico também. O Cavaleiro de Andrômeda estava se recuperando da enorme perda de sangue que teve em sua última batalha, mas não era esse o fator que alarmava sua Fênix protetora. Quando não era acometido pela insônia, o jovem era assombrado por pesadelos e a hipótese de Shun estar enlouquecendo pela influência de ter sido o receptáculo de Hades foi levantada.

 

— Ele foi dormir? 

 

— Sim, pato. Nós voltamos da consulta e o médico reajustou a dosagem da medicação — respondeu Ikki — Precisamos tentar regular o sono dele, talvez parte dessa perturbação que meu irmão tem seja resolvida.

 

— A Saori está a par do que está acontecendo? Eles já conversaram? — perguntou o moreno.

 

— Ela sabe, mas parece que está evitando o assunto depois que tentou usar seu cosmo para checar a origem do problema e falhou — deu um longo suspiro. — Creio que seja algo fora da alçada de um deus e dentro da competência dos médicos.

 

— Pelo menos ele parou de falar aquelas coisas estranhas, na verdade eu mal o ouço falar ultimamente.

 

— Shun tem ficado bem próximo de Seiya desde que voltamos ao Japão — refletia o libriano — Os vejo no jardim pela manhã em silêncio. É uma tristeza que as coisas tenham terminado assim.

 

— É melhor vocês se calarem, eu acredito na força de vontade do pangaré e na do meu irmão. Seiya é muito teimoso para terminar desse jeito, já Shun… bom, eu acredito que com o tratamento ele voltará a si.

 

— Sei que peguei essa conversa no final, mas devo concordar com o que disse no final, Ikki — Saori havia chegado a sala com Seiya na cadeira de rodas — Eu confio que eles ficarão bem. Além disso, eu recebi uma mensagem do Santuário hoje.

 

— Uma mensagem? — perguntou Hyoga.

 

— Sim. Meu pai, Zeus — notava sua ansiedade pela fala — Precisamos voltar à Grécia. Marin só me comunicou que se trata de um tratado e acredito que conseguiremos nos beneficiar em algo.

 

— Um acordo para reparar tanta dor e destruição dos mundos. Eles fazem parte de um todo. De nada adianta ter só uma parte se as outras estão destruídas — disse Shun no batente da escada com um semblante sonolento — Precisamos deles e eles precisam de nós para restaurarmos o equilíbrio.

 

— Meu irmão, por favor…

 

— Deixe, Ikki. O que ele diz faz sentido — interviu Saori — Talvez o plano de meu pai seja nos reunir para um tratado de paz. Bem pensado, Shun!

 

— A paz conquistada por sacrifícios, sedimentada sobre as lágrimas, nem todos ficarão plenamente satisfeitos… — Shun deu um passo para trás antes de desmaiar devido ao efeito da medicação.

 

— Esse garoto teimoso! — o mais velho subiu as escadas depressa para pegá-lo nos braços e levá-lo ao quarto — Podem continuar a conversa, eu me inteiro depois. Vou ficar com ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para toda ação há uma consequência. O que será que Zeus quer com Athena? Alguém aí conseguiu entender o Shun ou acha que ele tá "viajando na batatinha"?
Até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Moeda de Troca" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.