Planejou repetidamente como começar a conversa, ansioso. Elis desistiu dele. Cristiano queria que se decidisse logo. Parecia moca se declarar com um poema, porém, com o tempo, percebeu que namorava mais as palavras usadas do que os olhos de Vivi. Quando ela tinha se tornado isso? Palavras?

Lembrou do Prof. Tomás. Ele não duvidava que Daniel conseguiria seu sonho, mas que seria efetivo como diplomata. Que não saberia usar verdadeiramente suas palavras.

Palavras.

Palavras importavam porque não sabia dizê-las, mas conseguia senti-las. Diria suas palavras a Vivi para tentar senti-la. Porque talvez, só talvez, ela fosse isso para ele: palavras.