Checkpoint - Love Is a Laserquest (Percabeth) escrita por pixxieme


Capítulo 1
Capítulo 1 - Stargirl


Notas iniciais do capítulo

Olaa galerinha do mal
essa história vai ter muita dor de cabeça e personagens fazendo escolhas questionáveis, mas garanto que vai ser com emoção!
é uma história bem crua, então nos povs os personagens vão ter pensamentos desagradáveis que todos nós temos, mas que geralmente fingimos que não.
eles vão sentir ciúme, inveja, raiva, nojo e afins
de qualquer forma, por favor não odeiem os personagens, eles são de mentira mas são humanos e cometem erros
os caps tb são bem grandes como vcs podem ver e planejo fazer eles ainda maiores, então por favor não reclamem tanto de demora para atualizar! uma história bem pensada requer tempo!!
e é isso, um beijo da anitta
espero que gostem



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“I had a vision 

A vision of my nails in the kitchen 

Scratching counter tops, i was screaming.” 

Pov. Annabeth 

Cinco meses antes. 

— Thalia, eu juro que sinto que vou vomitar – Annabeth exclamou em voz baixa. Suas mãos apertavam nervosamente a barra do vestido de seda azul. Levou a mão esquerda na altura do estômago, como se isso fosse acalmá-lo. O corset acinturado da peça certamente não a estava ajudando.   

— Eu já disse e vou dizer mais uma vez, seria muito mais fácil se você simplesmente me dissesse quem é o felizardo, Annie. Somos melhores amigas desde os 7 anos e eu não sei quem é esse cara misterioso que você vai se declarar – Thalia acariciou delicadamente o topo das costas nuas da loira esperando a confortar de alguma maneira. Estavam no carro do pai de Annabeth em direção a festa de formatura da sua turma.  

— Eu concordo com ela minha filha, eu não te vi tão verde desde que andamos naquela montanha russa em Santa Monica. - A garota ouviu o pai segurar uma risada após a menção do acontecimento.  

— Se eu contar pra vocês vai me deixar ainda mais nervosa, prefiro que ninguém tenha expectativas de nada. - Conseguiu murmurar. Annabeth encostou a nuca na parte superior do banco do carro. Respirou fundo algumas vezes, tentando ignorar a vontade constante de expelir o sorvete que tinha tomado mais cedo.  

— Okay, mas nesse caso se acalme! Não quero você reclamando antes de ter se quer colocado um shot de tequila pra dentro.  

— Thalia Grace! - Frederick exclamou. O homem estacionava na frente do local da festa de formatura.  

— Ah tio Fred, por favor, quem estamos querendo enganar aqui?  

— Você poderia pelo menos tentar mentir!  

— Foi mal, quis dizer shots de água de coco. 

— Melhor. Bem, estamos aqui. - Frederick se virou no próprio assento para encarar as jovens na parte de trás - Se cuidem. Thalia, tente não ter um coma alcoólico ou pior que isso essa noite. – Ele se esticou até a filha e a entregou um beijo na testa. – E minha filha – ele segurou a mão de Annabeth dramaticamente antes de começar a falar – Por favor, tome um shot de tequila, viva um pouco.  

— Pai!  

— Se depender dessa daqui o único coma que vai acontecer é se ela tropeçar e bater a cabeça.  

— Isso é um complô contra mim?!  

— Você é o complô contra você, loirinha. - Thalia abriu a porta virada para o salão e saiu do veículo. A garota que ficou no carro bufou desacreditada, alcançou um pequeno espelho que trouxera na bolsa de mão e pela milésima vez naquela noite conferiu se o batom continuava intacto. Não que estivesse nos planos dela que ele continuasse daquele jeito, claro.  

— Como estou? - ela perguntou despreocupadamente para o pai. Tentou soar o mais confiante possível, mas Frederick sabia que ela realmente queria a resposta para a pergunta. 

— Bela como o clarão de mil sois. - O homem encostou a mão delicadamente sobre a bochecha da filha, que se aconchegou ao toque - Não se preocupe, meu bem. Quem quer que seja esse rapaz vai ser o maior tolo do mundo se não a amar de volta. - A loira sorriu suavemente. Encarou os olhos cansados e castanhos de seu pai pensando em como ele sempre sabia a reconfortar, mesmo sendo da maneira mais simples possível - Agora vá e se divirta. Você só vai ter dezoito anos uma vez. - Annabeth assentiu e depositou um pequeno beijo na bochecha do pai, saiu do carro logo em seguida.  

— Thalia já estava conversando com algumas pessoas que fumavam num canto próximo a entrada do salão. Annabeth não pôde deixar de pensar o quanto ela ficava bonita em meio a uma multidão. Ela trajava um vestido preto colado que podia ser facilmente usado por qualquer pessoa, mas a garota tinha conseguido dar o seu próprio toque com acessórios e a maquiagem pesada nos olhos. Os cabelos também pretos e repicados estavam lindamente bagunçados como sempre, mas ela tinha resolvido pintar algumas mexas de azul na última semana e contrastava perfeitamente com o azul eletrizante dos olhos. A loira já tinha se pego diversas vezes a encarando daquele jeito, a morena tinha diversas características que ela almejava para si. Ela era mais alta, mais magra, mais extrovertida. Thalia nunca se importava muito com as coisas, saía para onde queria, se vestia do jeito que queria e nunca tentava ser outra pessoa além de si mesma. Nunca tinha medo ou vergonha alguma de ser direta quando se tratava de garotos, e bem, garotas.  

Não que Annabeth sentisse inveja da amiga, óbvio. Ela a amava como uma irmã, tinham passado coisas demais juntas para nutrir esse tipo de sentimento, mas as vezes, somente as vezes, ela se perguntava como a vida seria se ela se parecesse um pouco mais com Thalia. Questionamentos como se teria beijado mais garotos, ou se seu senso de moda seria mais aguçado, se teria mais amigos, se conseguiria falar melhor em público.  Olhando para sua melhor amiga rindo sob as luzes do poste, Annabeth se sentiu um pouco menos bonita em seu vestido de tule azul. Ela tinha optado por um modelo mais discreto, com um corte mais acinturado e juvenil, sem muito decote. A maquiagem seguia o mesmo padrão, uma sombra leve azul clara e um delineado discreto, mas tinha investido em um pouco de glitter e algumas pedras de strass com brilho, então parecia um pouco mais etérea. Qualquer um poderia facilmente dizer o quão deslumbrante ela estava, mas tudo o que conseguia pensar era como provavelmente havia alguma debutante usando algo parecido com aquilo em outra festa ali perto e isso a fazia se sentir infantil, imatura e inferior. Tocou a faixa de cabelo branca que segurava os cabelos ondulados e só então notou que parecia um pouco com a cinderela daquele jeito, riu consigo mesma apesar dos pensamentos anteriores. Thalia a avistou parada e imediatamente dispensou os acompanhantes para a alcançar.  

— Ei, loirinha! Achei que você nunca ia sair do carro. Vamos entrar? - Annabeth balançou a cabeça levemente, afim de se livrar de seus pensamentos.  

— Por favor, estou morrendo de frio. - A morena esboçou um sorriso largo e energético, entrelaçou o braço direito com o da loira e seguiram caminho. 

 O local estava esplêndido. A entrada que tinham passado era pela lateral e dava logo para o centro do salão, onde encontrava-se o começo da pista de dança com vários estudantes presentes. Estava propositalmente escuro e as luzes visíveis eram de refletores coloridos, que se mexiam o tempo todo. No canto esquerdo, uma mesa de Dj acompanhada das caixas de som emprestadas do clube de música estava no meio do palco de shows. A decoração contava com muitas cores, o teto estava coberto de algum tipo de tecido azul sedoso, que causavam a impressão de estar olhando para o céu, balões metalizados de discoteca pendiam do mesmo. Ao redor da pista, diversas mesas com panos brancos com dourado preenchiam o resto do ambiente.  

— Nossa senhora, eu não achei que eles iam conseguir fazer algo nesse nível - Thalia disse correndo os olhos pelos cantos.  

— Eu imaginei, Silena nunca os deixaria fazer menos do que perfeito. - A morena concordou com a cabeça. - Falando nela... - Uma figura de cabelos escuros e vestido cor de rosa caminhava apressadamente pelo salão em direção as garotas. Silena andava com uma prancheta no braço direito e inspecionava cada centímetro do lugar com seus olhos de gavião. Já estava perto o bastante quando se deu conta da presença de suas amigas, seu rosto sério se desmanchou numa expressão de alívio.  

— Finalmente vocês chegaram! Preciso de opiniões válidas, estou EXTREMAMENTE desesperada. - Apesar de eufórica, Silena estava graciosa como sempre. Seu vestido era de um rosa tão claro que chegava a ser esbranquiçado, comprimento longo, mas de tanta delicadeza que não parecia pesar mais que uma pluma. Tinha o torso preenchido com pedrinhas brilhantes discretas e o caimento perfeito. O cabelo castanho estava trançado na lateral, preso com alguns broches de borboleta. Sua maquiagem também rosada estava incrível e parecia ter sido feita por um profissional, mas Annabeth sabia que a garota muito provavelmente tinha feito sozinha. Como Silena mesmo dizia: “Ninguém nunca vai conhecer meu rosto tão bem quanto eu mesma”.  

— Qual é a questão urgente? - a loira se prontificou.  

— Okay, eu preciso que vocês sejam muito sinceras – ambas assentiram com a cabeça ao mesmo tempo – Vocês acham que os truques de mágica foram um exagero? -  Annabeth franziu a testa em confusão e trocou olhares perdidos com Thalia. 

— Truques... de Mágica? - perguntou lentamente. Silena suspirou pesadamente e se virou um pouco para o lado, apontando para o canto contrário ao que estavam do salão. Ao lado do bar, estavam Connor e Travis Stoll, com fantasias de mágico que beiravam o ridículo. Connor tinha uma cartola na mão, enquanto Travis nada discretamente escondia um coelho atrás das próprias costas. Aproximadamente quatro pessoas os assistiam e nenhuma delas parecia particularmente feliz. - Ah... Truque de mágica. 

— É horrível, não é? Deuses, estou perdida. - Silena exclamou. Sentou-se numa cadeira próxima e começou a usar a prancheta que carregava no braço como um leque, ela se abanava como se estivesse passando mal. Sinceramente ela provavelmente estava perto disso.  

— Eu não diria horrível, sabe? Eles são só... Excêntricos. - Thalia se aproximou da garota sentada. Todas olharam novamente para o pequeno show e notaram que um de seus espectadores dormia com a cabeça encostada na parede, Silena quase começou a chorar.  

— Silena, parou! - Annabeth se ajoelhou na frente da garota – O salão está incrível, você fez um ótimo trabalho e vai dar a todos nós o melhor baile de formatura da história dessa cidade, está ouvindo? - A garota balançou a cabeça positivamente e respirou fundo – Agora vá gritar com alguém, tenho quase certeza de que vi o barman beber um shot de tequila. - A loira se surpreendeu quando os olhos de Silena pareceram pegar fogo ao escutar sua última frase. 

— Da TEQUILA? Ah não, não. Não na minha formatura - Ela se levantou de forma exasperada, seus olhos encontraram com os do barman, que de fato se servia de mais um shot de tequila - VOCÊ. ISSO É UMA PATRON SILVER SEU DESGRAÇADO, SABE QUANTOS JOVENS EU TIVE QUE EXTORQUIR DINHEIRO PRA CONSEGUIR ISSO? - Silena saiu marchando raivosamente até o homem, ela tinha voltado a sua forma.  

— Bem, que jeito de começar uma festa. - Annabeth se levantou e então notou que a amiga procurava por algo, ou alguém, em meio ao salão. - Está procurando alguém?  

— Não, não. Só o resto do pessoal. Ali! Lá estão eles. - A garota agarrou o braço da loira e a arrastou até uma mesa próxima da pista de dança. Lá estavam Nico, Hazel, Frank, Piper e claro, Luke. Annabeth perdeu a concentração completamente quando encontrou com aqueles lindos olhos azuis. Luke parecia um príncipe, usava um smoking cinza, mas tinha tirado o blazer e o carregava nas mãos, o que o fazia parecer mais despojado. Os cabelos loiros brilhantes estavam perfeitamente alinhados e ele as recebeu com um sorriso energético. 

— Boa noite, senhoritas, estão deslumbrantes. - O garoto se prontificou.  

— Eu poderia dizer o mesmo, mas eu estaria mentindo – Thalia provocou, mas tinha um sorriso nos lábios.  

— Ouch, Grace. Mas tem razão, eu jamais conseguiria ficar tão bonito quanto vocês. - Luke piscou para a morena, que revirou os olhos. Annabeth riu levemente e só então o garoto transferiu sua atenção. Ele estendeu uma das mãos para ela, a qual prontamente segurou e ele a girou como uma dançarina, como sempre fazia quando se encontravam, então a puxou mais para perto e os dois se abraçaram. A garota tentou ignorar a velocidade em quem seu coração disparava. Luke cheirava a canela e laranja, uma essência que já era familiar para a loira, usava o mesmo perfume desde os 12 anos, quando se conheceram. Annabeth tinha 8 e Thalia 10, sempre fora mais nova que os melhores amigos, então quando se conheceram ela sentia como se fossem seus irmãos mais velhos. Eles também tinham uma mania de tentar protegê-la, principalmente depois do divórcio de seus pais.  

— Eu acho que você não está mal. - Disse suavemente quando se soltaram. Annabeth tentou ignorar que o perfume que ele exalava a deixava tonta. 

— Obrigado Annie, significa muito. - brincou. - Faz tempo que não vejo vocês duas.  

— Claro, você esqueceu as “crianças” depois que entrou pra faculdade – Thalia reclamou.  

— Você fala como se não estivesse tentando entrar no exato mesmo campus. - Grover falou do outro lado da mesa.  

— E que crianças são essas? Você tem vinte anos, Grace. Já está caquética. - Luke provocou. Thalia fez menção de o atacar e ele se desviou entre risos. 

— E com vinte e dois você é o que? Uma múmia?  

— O que é isso na sua testa? Uma ruga? - Thalia realmente o atacou depois do comentário, mas Luke facilmente a segurou enquanto ria da situação. O garoto tinha se formado três anos antes e estava cursando o terceiro período de medicina. Apesar de estarem se formando juntas, Thalia era dois anos mais velha do que Annabeth. Sempre estudaram na mesma escola, mas não se conheciam. A garota ficara internada durante dois anos por conta de uma asma intensa e não conseguia se quer ir para a escola. Quando retornou, acabou ficando na mesma turma de Annabeth, e assim ficaram amigas. Conheceram Luke no mesmo ano, quando ele acidentalmente acertou uma bola de basquete na cabeça de Thalia. Os dois viviam se bicando desde então.  

— Parem de brigar vocês dois, vão derrubar as bebidas. – Nico se pronunciou – Estão lindas meninas, achei que vocês não chegariam nunca. – Apesar dos 16 anos, o garoto tinha um copo de whisky quase vazio na mão esquerda, usava um smoking preto que servia perfeitamente em seu corpo esguio e os cabelos estavam penteados para trás. Nico não estava se formando naquele ano, mas era amigo de todos ali, então tinha ido comemorar. Annabeth e os outros fizeram amizade com sua irmã mais velha, Bianca di Angelo, quando ambas tinham 13 anos, Nico tinha apenas 11 anos na época, mas era completamente apegado a irmã. Também um garoto esperto e divertido, então eles deixavam com que ele participasse do grupinho. A amizade com a garota não durou tanto tempo, quando estava perto de seu aniversário de 15 anos Bianca fora diagnosticada com estágio 4 de leucemia, morreu alguns meses depois. Não foi uma época fácil para nenhum deles, mas Nico tinha 13 anos e sua pessoa favorita no mundo acabara de morrer, ele nunca mais foi o mesmo depois daquilo.  

— Obrigada Nico, vejo que já começou os trabalhos cedo – Annabeth encarou o copo na sua mão com uma sobrancelha erguida. Nico pareceu se mexer na cadeira, desconfortável. 

— É só o primeiro copo – disse, desviando o olhar. Depois da morte de sua irmã, ele se isolara completamente. Passava semanas, meses sem pisar na escola, não falava com seu pai, Hades e não respondia mensagens ou atendia o celular para absolutamente ninguém. Bem, ninguém exceto  Annabeth. Thalia tinha a teoria de que o garoto mantinha uma paixão secreta pela loira, mas ela duvidava disso. Eles só se entendiam de formas que os outros não eram capazes de compreender.  

— Não falei nada, mas não vou carregar você pra casa hoje. – Ele a deu um sorrisinho travesso.  

— E vocês? Hazel eu imaginei que seria arrastada por Nico, o que automaticamente trás Frank junto, mas Piper eu estou realmente surpresa que você veio. – Hazel era a meia irmã de Nico. Ele a conhecera no ano passado, quando o pai revelou que tinha tido uma filha antes de conhecer a mãe dos Di Angelo. Achou que depois da morte da segunda filha, não deveria os deixar separados. Ela vestia um elegante vestido dourado, que contrastava lindamente com a pele escura e os olhos também dourados. Hazel era mais velha que todos, tinha 22 anos, assim como Luke e o namorado, Frank, com quem ela morava em New Orleans.  

— Ninguém me arrastou, é sempre um prazer ver vocês – Ela disse docemente.  

— Entretanto… Eu sim fui arrastada até aqui, por essa figurinha de cabelo arrepiado – Piper disse, enquanto apontava para Thalia.  

 - Ih gente, o que é isso? Dívida de jogo? – Annabeth entoou.  

 - Eu preferia que fosse. Ela simplesmente decidiu que eu TENHO que conhecer o irmão mais velho dela. Onde já se viu isso? Você juntaria seu irmão com alguma amiga sua? Porque eu certamente não faria isso. – Piper estava linda até mesmo em meio a suas palavras raivosas. Usava um vestido com corte simples, cor de cobre. Maquiagem marrom leve e o cabelo estava trançado. Piper também estava se formando, mas simplesmente se recusava a ideia de comparecer a um baile, odiava qualquer ocasião que exigisse vestidos desconfortáveis e usar maquiagem por 6 horas seguidas.  

— Já disse a você que NÃO foi ideia minha, sua mãe cismou que meu irmão é perfeito pra você e quando Silena concordou com ela, não teve muito que eu conseguisse fazer. – Piper e Silena eram gêmeas bivitelinas, o que significava que elas não se pareciam em nada além da beleza absurda. – A garota de cabelos trançados bufou, afundando-se em sua cadeira. 

— Malucas, eu tenho uma família de completos pirados. – Murmurou.  

— Falando no seu irmão, cadê ele? – Annabeth perguntou. 

— Quase chegando, ele disse que ia vir com algum amigo, Peter, eu acho. Não entendi direito quem era, ele estava se arrumando as pressas quando liguei, mas acho que estuda com ele. – Jason era mais novo que Thalia em apenas um ano, tinha 19, mas já estava na faculdade. Ele também era mais alto e parecia mais velho que ela, então apesar da idade, eles tinham o tipo de relação em que ela parecia a irmã mais nova.  

— Bem, eu não sei vocês, mas eu vou dançar. Não planejo participar de nenhum encontro às cegas. Minha mãe acha que isso é o que? O programa do Rodrigo Faro? Deuses! – Piper caminhou raivosamente até a pista de dança, os deixando pra trás. Thalia suspirou enquanto a observava partir. 

— Não conte pra ela que eu disse isso, mas eu quase concordo com Silena, eu acho que eles se gostariam, mas Piper é muito cabeça dura pra tentar.  

— Não sei, acho seu irmão muito certinho.  - A morena riu levemente. 

— E é exatamente o que ela precisa.   

— O que estão cochichando aí? - Luke disse ao se aproximar mais delas por trás. Ele atravessou os braços em seus ombros, ficando entre elas. Annabeth arrepiou-se com o toque de sua mão em seu ombro desnudo. Ele acariciava levemente o local e aquele simples toque a desconsertou.  

—Nada que seja da sua conta, enxerido.  

— Thalia, pelos deuses. - A loire a repreendeu - Estávamos falando de Piper e Jason. 

—Ah, é mesmo? Sabe, eu acho que eles se gostariam.  

— Eu disse exatamente a mesma coisa! Ei, você estava ouvindo nossa conversa Castellan? 

—Por favor, Grace. Você acha que meu mundo gira ao seu redor? - Luke tocou o nariz de Thalia com a mão que estava envolta nela.  

— Ah, cale a boca – Ela tirou o braço dele de cima dos ombros – Annie, vou pegar bebidas, você quer alguma coisa?  

— Ah, acho que quero tipo, uma soda.  

— Com vodka, eu espero. 

— Thalia, pare de tentar corromper a criança, pelos deuses. - Annabeth travou. Ouvia a palavra ecoando dentro de sua cabeça. Criança, era como o garoto que amara por anos se referia a ela, sentiu as bochechas enrubescerem. Resolveu que não toleraria aquilo, não queria mais que ele a visse daquele jeito. A partir daquela noite ele não a veria mais como uma criança, estava determinada a isso. 

— Pode ser. - disse por fim. 

— GRAÇAS AOS DEUSES! Voltarei em breve. - Annabeth suspirou fundo, já pensando demais naquela decisão. Não estava em seus planos beber, nunca havia bebido em seus 18 anos de vida. Notou então que Luke a olhava assustadoramente de perto e com uma feição estranha. Sua respiração descompassou.  

— Não sabia que você bebia. - Seu hálito tinha cheiro de gengibre e algo alcóolico, ele certamente já não estava tão sóbrio.  

— Faz tempo que a gente não se vê, tem muita coisa que não sabe. 

— É mesmo? - O garoto tirou o braço de seus ombros e segurou na sua mão - Então você tem que me contar. - Ele os conduziu até um banco de madeira encostado num painel branco com folhas verdes. Provavelmente servia para registrar os momentos da noite em fotos, mas Luke não pareceu se importar. Eles se sentaram um ao lado do outro, joelhos se tocando.  

— Bem, não há exatamente tanto pra contar.  

— Então como pode ter tanto que eu não sei? - O loiro sorriu. Annabeth o acompanhou num sorriso genuíno, era incapaz de não sentir vontade de sorrir quando o via com aquela expressão.  

— Bem, eu passei na Chelsea Lume. Isso aconteceu. - Luke arregalou os olhos. 

— Caramba Annie! Isso é gigante! - Ele a abraçou com ternura, mas brevemente - Parabéns! 

— Obrigada, mas não é grande coisa. 

— É somente a faculdade com o melhor programa de arquitetura do país. Eu achei que eles não tinham aberto vagas esse ano.  

— Não abriram... Eles meio que fizeram uma exceção, mas eu só vou poder ingressar ano que vem.  

— Bem, sendo honesto, não se acha uma Annabeth Chase em cada esquina. Se tem alguém que merece uma exceção, é você. - Luke a deu um sorriso de lado. A garota sentiu o coração acelerar. Talvez fosse ali, talvez aquele fosse o momento certo. Olhando naqueles olhos azuis, decidiu que o faria. Diria a ele que o amava, que tinha esperado a vida inteira para dizer aquilo.  

— Luke, eu...  

— Annie, na verdade...  

— Ah, pode falar – disse nervosamente. Tinham começado as frases ao mesmo tempo e de repente Annabeth sentiu sua coragem se esvair.  

— Desculpa, pode falar você.  

— Não, não. Eu só ia... Comentar que Thalia está demorando.  

— Ah, sim. Então, sobre Thalia... 

— O que tem eu? - A garota citada estava atrás deles, segurando um copo em cada mão e uma cerveja presa entre o braço e o antebraço. - Aqui sua vodka soda loirinha – Ela a entregou o drink - E eu não sabia o que você queria, então peguei aquela cerveja terrível que você vive bebendo. 

— A cerveja é deliciosa, eu sinto muito que você não tem bom gosto. - Thalia o mostrou a língua e se sentou ao lado dele no banco. Ele virou para a olhar e de repente toda a sua atenção tinha se voltado a morena, Annabeth sentiu algo estranho no estômago, mas resolveu ignorar e deu um gole na sua bebida. Arrependimento automático. O líquido tinha gosto de limão, açúcar e querosene.  

— Meu deus, mas isso é horrível. - Disse em alto e bom som, mas os amigos pareceram não reparar. Thalia estava virada de lado e Luke parecia arrumar algo na parte de trás de seu vestido, eles se bicavam como sempre e a morena o chamava de inútil por não conseguir amarrar o que quer que tenha soltado. Luke a chamava de desastrada por ter deixado o vestido soltar. Apesar disso, ambos tinham, sorrisos no rosto. A loira franziu a testa, e deu um longo gole em sua bebida. Os amigos sempre tinham sido próximos, mas algo sobre como eles pareciam confortáveis um como outro naquela noite a deixava enjoada. Mais uma vez resolveu ignorar o sentimento, era ridículo. Eram Thalia e Luke, eles não poderiam. Ou poderiam? Annabeth terminou seu drink.  

— Mas que bagunça é essa aqui? Já estão brigando? - Jason se aproximava. Ele vestia uma roupa social azul escura, os cabelos loiros estavam escovados para trás.  

— Jason! - Thalia se levantou de repente. Luke se levantou com ela, mas parecia nervoso.  

—  Oi, irmãzinha, está linda – eles se abraçaram e Jason a girou no ar. - Luke, você também não está mal. - O loiro assentiu com a cabeça, agradecendo o elogio. Ele secava as mãos na calça social. Por fim, Jason voltou sua atenção para Annabeth com um olhar confuso. - Annabeth Chase, isso é uma bebida alcoólica na sua mão? - A garota deu de ombros. 

— As coisas mudam – disse secamente – Vou pegar outra coisa, encontro vocês depois. Bom ver você. - Annabeth se afastou de seus amigos, conseguiu ouvir Thalia avisar para que ela não exagerasse, mas ela apenas acenou. Ao andar até o bar, notou que sua cabeça girava. Seus passos também pareciam menos coordenados que o normal. - Não é possível, eu não estou bêbada com a porra de UM drink. - Deu mais alguns passos até um dos bancos do bar, sentando-se ao lado de alguém que não dera muita atenção. - Barman, por favor, qual o seu nome? 

— Damian, senhorita.  

— Por favor Damian, uma vodka soda.  

— Uma vodka soda? Você é de maior? - Annabeth bufou, se mais alguém insinuasse que ela era nova demais naquela noite ela provavelmente explodiria. . 

— Sem perguntas difíceis Damian. Por favor, apenas me dê uma soda. - O barman pareceu considerar a possibilidade por alguns segundos, mas por fim apenas deu de ombros e começou a preparar o drink. Em questões de segundos o copo já estava na sua frente. 

— Quer algo pra comer junto? Batatas fritas? 

— É, pode ser. - a garota deu um gole no drink, fazendo careta como da primeira vez - Olha, pelos deuses, quantas doses você coloca nisso? 

— Bem, quatro doses. - Annabeth se engasgou com a própria saliva. 

— QUATRO DOSES? Isso explica MUITA coisa, Damian. MUITA COISA. Eu sinto muito, não quero te magoar, mas você é péssimo nisso. - Disse, enquanto dava outro gole.  

— É, eu sei. Eu queria mesmo era ser cantor, sabe. Mas não deu certo. - Ele disse tristemente. 

— Nossa eu sinto muito. Eu iria no seu show Damian. - O semblante dele pareceu iluminar. 

— Verdade? Você gosta de country? 

— Bem, não... Eu detesto, me desculpa Damian. - O garoto suspirou.  

— Tudo bem, ninguém gosta. Eu vou cortar batatas... - Ele se afastou até o balcão do fundo. Annabeth se sentia inexplicavelmente triste com a situação e sua cabeça girava mais do que nunca. A figura ao lado de Annabeth deu uma risada abafada. A loira por fim decidiu dar atenção a quem havia ignorado. - Achou graça, hein? - A figura, que agora sabia ser um garoto, a olhou com um sorriso travesso no rosto. Ao fundo, a música “Stargirl” do The Weeknd tocava. 

— É proibido? - a provocou. Annabeth semicerrou os olhos em sua direção, a visão levemente turva.  A luz do salão tinha mudado para um tom forte de rosa misturado com um azul bem escuro e alguns flashes de dourado.  Ainda assim, a vista não a decepcionou. Ao seu lado estava um garoto alto, aparentemente forte, com cabelos pretos bagunçados e os olhos mais verdes que já tinha visto na vida. Ele tinha a cabeça apoiada na mão e a olhava de uma forma tão indiscreta que a deixou sem graça. A loira limpou a garganta e arrumou a postura.  

— Eu suponho que não. - Ele sorriu novamente.  

— Esses tipos de drinks são os piores pra pedir nessas festas, você devia pedir algo com a fruta e açúcar. Tipo uma caipirinha.  

— Talvez eu goste da vodka soda.  

— Você certamente não parece gostar da vodka soda. - O garoto desconhecido tirou uma mecha de cabelo loira que caia em frente aos olhos de Annabeth. - Você tem os olhos mais lindos que eu já vi. - disse despreocupadamente. O comentário a deixou mesmerizada com a falta de pudor, ele era completamente direto. A loira arrumou a postura tentando se recompor. 

— Essa é a sua cantada mestre? 

— Sim.  

— E isso funciona pra você? 

— 99% das vezes, mas essa é a primeira vez que é verdade. - Annabeth riu levemente.  

— Você é bom, não vou mentir. - O garoto sorriu.  

— Eu realmente sou, mas não estou tentando. Nunca tinha visto olhos cinzas antes. Contrasta muito com esse brilhinho que você tá usando. Parece tipo... Uma garota estelar. Você parece um ser místico. - Annabeth encarou o garoto. Não podia negar que tinha gostado dos elogios, talvez só estivesse bêbada demais. Ela balançou a cabeça entre risos, tentando se desprender do feitiço daqueles olhos verdes.  

— Então eu pareço de mentira? 

— Por que está tentando transformar meus belíssimos elogios em ofensas?  

— Porque você está tentando entrar nas minhas calças. 

— Você está de vestido. - Annabeth segurou um sorriso. A loira se levantou de sua cadeira com uma leve dificuldade, sentia que o garoto desconhecido a observava cada movimento seu. - Não vai nem me dizer seu nome?  

— Não. Você vai me dizer o seu? - O moreno abriu um sorriso. 

— Percy Jackson. 

— Okay, Percy Jackson, te vejo por aí. E melhore o nível das suas cantadas, esses olhos verdes não enfeitiçam todas. - A garota se afastou do bar, deixando Damian com uma cesta de batatas intocadas. Ela cambaleou caminhou em passos desleixados até os banheiros, se surpreendendo ao ver quem estava por lá usando o celular. Luke estava encostado na parede ao lado do banheiro, com o cabelo mais bagunçado que antes, a gravata frouxa e a blusa com os primeiros botões abertos. Annabeth só conseguia pensar no quanto queria desabotoar o resto deles. Ele levantou os olhos em sua direção ao ver que se aproximava.  

— Ora, ora. Vejo que alguém está aproveitando a noite. - Luke disse em meio a um sorriso. 

— Olha quem fala, parece que você esteve dançando bastante. - Annabeth passou as mãos pelos cabelos do loiro, tentando arrumá-los.  

— Sim, dançando, sim.  

— Você não dançou comigo.  

— Você sumiu faz um tempo. 

— Aqui estou eu, dance comigo. - Annabeth puxou as mãos do loiro e as colocou em seus quadris. Jamais teria feito isso em total sanidade, mas já não estava pensando tão bem assim. Luke parecia relutante em chegar mais perto – Luke, eu não vou morder você. - O garoto deu um sorriso desconfortável. 

— Não é com isso que estou preocupado. 

— Você não precisa se preocupar com nada, eu sei o que estou fazendo – Annabeth escorregou as mãos do peitoral até a nuca dele, a qual puxou com delicadeza. Ela se assustou quando a reação dele foi se esquivar. 

— Woah, Annie. - Annabeth se afastou completamente, uma das mãos na boca, a outra no peito.  

— Desculpa, eu... Não sei o que passou pela minha cabeça... - A garota estava completamente atônita, seus olhos começavam a encher de lágrimas. Suas mãos abraçaram a própria cintura na tentativa de se consolar. Luke tinha uma expressão terrível, corria as mãos pelos cabelos em frustração. 

— Não é isso, eu... 

— Eu achei que... Como eu sou idiota... 

— Annie, por favor, eu... Eu estou com alguém, Annabeth. - disse por fim. A primeira lágrima caiu dos olhos da loira, ela virou o rosto para que ele não visse. Sua mente a torturava com um turbilhão de pensamentos diferentes. Ela sabia o que queria perguntar, mas não sabia se tinha coragem o bastante de descobrir a resposta. 

— É Thalia?  

— O-o que? - Luke gaguejou. Parecia ter sido pego de surpresa. Annabeth suspirou e enxugou suas lágrimas discretamente. Virou-se para ele determinadamente.  

— Você e Thalia estão juntos? 

— Anna, eu... 

— Apenas responda, Luke. - O garoto apertou os lábios.  

— Sim, estamos namorando tem um tempo. - Annabeth sentiu as lágrimas caindo novamente. - Desculpa, Annie, eu queria te contar. Eu sabia que ia ser complicado pra você, não era pra você ter descoberto assim.  

— Como assim complicado pra mim, Luke? - perguntou lentamente. A cada de culpa do garoto não melhorou a situação, Annabeth sentia a fúria crescer em seu peito - Você sabia? - Luke travou a mandíbula, seus olhos estavam cheios de tristeza, mas não disse nada. - Meu deus, você sabia. - Annabeth escondeu o rosto nas mãos, as lágrimas descendo pelo rosto. 

— Annie... 

— Por que você nunca disse nada, Luke? - Annabeth falou um pouco mais alto do que esperava. 

— Annie não era minha intenção alimentar o sentimento, eu... 

— NÃO ERA SUA INTENÇÃO? Luke você me escreve cartas em formato de coração, você implorou a meu pai pra ser meu príncipe no meu aniversário de 15 anos no lugar do meu irmão, você me deu meu primeiro beijo. PELOS DEUSES, VOCÊ ME MANDA FLORES TODO DIA DOS NAMORADOS. - Annabeth se afastou aos prantos – Eu sou tão idiota. - A loira deixou algumas lágrimas caírem antes de se virar para o amigo - Por que você faria isso, Luke? Por que faria essas coisas se não sente o mesmo?  

— Eu... Eu não queria te magoar, só achei que você ficaria feliz se achasse que eu sentia o mesmo por um tempo e que ia superar depois, me desculpa Annie. - Luke tentou tocar no rosto dela, mas a garota se afastou.  

— Thalia sabe?  

— Que você... Não, ela não faz ideia. - Annabeth fungou mais uma vez, enxugando as lágrimas.  

— Não a deixe descobrir. 

— Eu não posso mentir pra ela, Annabeth. 

— Você quer que ela termine com você? Porque é isso que ela vai fazer quando descobrir. - Luke ficou calado, os olhos encarando o chão. - Me deixe em paz por um tempo, está bem? GARANTA que Thalia não descubra, não quero que ela se culpe por minha causa.  

— Tudo bem, não vou dizer nada. 

— Ótimo.  

— Annie, eu sei que o que eu fiz foi errado, mas eu... Só não quero que você me odeie. 

— Luke, por favor. Só... Não. Eu só não posso ficar perto de você agora. - A garota se afastou, a cabeça girando e as lágrimas caindo. Ao passar perto do bar viu que o garoto de antes ainda estava lá, conversando com o barman Damien. Andou em passos firmes até ele e parou em sua frente. Ele a olhou em um misto de surpresa e preocupação. 

— Oi, de novo? 

— Percy Jackson, eu posso beijar você? - Annabeth conseguia sentir as lágrimas ainda molhadas no rosto.  

— Oi? Você está bem? Por que está chorando? 

— Percy Jackson, eu estou tendo uma noite terrível. Minha cabeça dói, meus olhos ardem e eu tenho certeza de que acabei de ser rejeitada pelo amor da minha vida. Você foi a única luz que eu vi essa noite e eu acho você absurdamente bonito, então eu posso beijar você? - O garoto ainda parecia confuso, mas não fez mais perguntas. Ele estendeu a mão e a puxou a nuca de Annabeth com delicadeza e precisão. Aproximou o rosto da loira e a beijou com vontade. Dentro daquele selar de lábios Annabeth esqueceu por alguns segundos a quantidade de problemas em que tinha se metido, aqueles lábios macios esquentaram seu corpo e ela desejou senti-los mais vezes. Ainda assim, se separou do garoto levemente ofegante, ele a deu um último selinho antes de se separarem de fato. Annabeth recuperou o fôlego e o olhou com o corpo fervendo de luxúria, desejando beijá-lo por muito mais tempo. - Bom, então tchau Percy Jackson. Boa festa. - Ela fez menção de se afastar, mas ele segurou seu pulso. 

— Espera, você não vai me dar seu número? Não vai se quer me dizer seu nome? 

— Ah, não vou não. Desculpe Percy, não planejo me apaixonar em nenhum momento futuro. Mas foi bom te conhecer, você beija tão bem que eu quase esqueci meus problemas, tchau! - E assim ela partiu, deixando um garoto muito confuso pra trás.  


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Notas finais do capítulo

por favor deixem suas reviews e favoritem a história se gostaram! até o proximo cap



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