Kagome estava desesperada, Souta falou que deixou Suzuke alguns minutos sozinhos ali mesmo no templo e quando volto o menino já não estava mais. Procuravam ao redor, no bairro, ligaram para os amigos e ninguém sabia do menino, a noite já havia chegado e nada de encontra-lo. A família iria avisar a policia no momento em que Kagome olhou para a sala do poço aberta, a porta tinha sido encostada com o vento, porém a corrente que o fechava não estava lá.

—Eu sei onde ele está – falou para sua família, já a caminho do poço.

Todos a seguiam para lá e pararam na borda.

—Mas o poço está fechado a anos querida – sua mãe disse calma.

—Eu sinto que ele está lá mamãe – falou enquanto se preparava para pular – só espero que Inuyasha o tenha encontrado.

—Nós também – seu avo respondeu.

—Se você pular e não conseguir volta mais mana? - Questionou Souta triste.

Kagome olhou para a família, eles com os olhos tensos de preocupação e ansiedade, lhe deu um sorriso calmo e amoroso.

—Se eu não voltar, saiba que estarei bem, estarei finalmente junto com o homem que eu amo e criando uma família ao seu lado – disse com lagrimas nos olhos, sua mãe se aproximou e lhe deu um forte abraço, sentia que aquele momento era a despedida de sua filha, e coração de mãe não se enganava.

—Seja feliz minha Kagome – disse ao beija a testa da filha com todo amor e carinho que um gesto podia transmitir.

Com uma ultima olhada para a família e um sorriso no rosto Kagome pulou no poço, e a sensação que não sentia a 8 anos se fez presente, o impacto que esperava não veio, e quando finalmente chegou ao fundo, pode sentir a brisa fresca que entrava e os cheiros que tanto sentiu falta.

Sorriu, ela estava de volta.

Inuyasha estava sentado na cabana de vovó Kaede, zelava o sono de seu filho, como ele era lindo e forte. Sua Kagome fez um ótimo trabalho com a criação do menino, ele era educado, inteligente e agora ele poderia treina-lo e ensina-lo a se defender. Inuyasha iria logo pela manhã para o poço e traria Kagome com ele, sua Kagome. Finalmente vê-la depois de tanto tempo, era o que mais desejava.

No momento que pensou isso sentiu aquele cheiro que tanto amava, o cheiro de sua Kagome. Inuyasha saiu da cabana e foi com toda sua velocidade ao encontro do cheiro tão familiar, assim que chegou no poço a viu sentada na borda, como uma linda pintura, seus cabelos ao vento, estavam mais longos do que se lembrava, ela vestia um vestido azul com um casaco branco por cima, ela estava linda, assim como nos seus sonhos. Não querendo assustá-la ele a chama.

—Kagome? – Ele para a cinco passos dela, ela o olha e sorri.

—Inuyasha? – questiona para ter certeza que não era mais um de seus sonhos. Sonhou tanto com aquele encontro que tinha medo de não ser real – E você mesmo meu Inuyasha? – sua voz saia fraca, tremula. O medo era imenso de tudo se desfazer e ela volta para a realidade de outra era, com o filho desaparecido.

—Sou eu mesmo – Inuyasha falava se aproximando – minha Kagome – finalizou a puxando para um forte abraço.

Os dois se abraçavam com força, ambos matando a saudade que sentiam durante todos aqueles anos. Lagrimas grossas caiam do rosto de Kagome, como estava feliz de encontrar seu amor, o único que ela amou tão intensamente e verdadeiramente, agora estava ali em sua frente. Ela reconhecia seu cheiro, a textura de seus longos cabelos prateados e o leve carinho que ele fazia em suas costas, tudo era tão familiar, tão intenso.

Os dois se olharam, olho no olho. Inuyasha com um gesto de carinho limpou do rosto de Kagome as lagrimas que ainda caiam, e ela com suas mãos suaves desenhava traços leves no rosto do Yokai, era como se assim registrasse não só com os olhos mais com todos os outros sentidos cada segundo de seu reencontro.

Sorriam um para o outro, respirando profundamente para acalmarem os corações que de tão acelerado era ouvido e sentindo por ambos. Os olhares se demoraram transmitindo tudo aquilo que palavras não podiam ser ditas. Eles foram se aproximando, como um imã atraídos e seus lábios finalmente se juntaram em um beijo repleto de amor e carinho.

Aquilo era um sonho, o maior sonho dos dois. Se reencontrarem, se tocarem se sentirem mais uma vez, e assim fizeram. Se perderam no tempo, no espaço daquela bolha, eles finalmentes estavam completos.

—Suzuke? - Kagome perguntou assim que se separam por alguns segundos.

—Ele está bem, na cabana da vovó Kaede – respondeu com um lindo sorriso – a minha Kagome estou tão feliz, você me deu um filho lindo – Inuyasha sorria, a segurou pela cintura – eu senti muita sua falta – disse voltando a beija-la.

Kagome com o coração tranquilo sabendo que seu filho estava bem, se deixou entregar as caricias que Inuyasha lhe fazia, era tão boas e ela sentiu tanta saudade que nada no mundo a faria desistir de tê-lo mais uma vez, pertencer totalmente a ele. Inuyasha pensou a mesma coisa, ambos sorriam um para outro, aquele sorriso tímido mais que dizia bem mais que palavras, com um gesto já muito conhecido o hanyo colocou Kagome em suas costas e a levou para uma parte um pouco mais afastada do vilarejo, era uma pequena cabana, tinha pocas coisas, mas era aconchegante.

— Pode se dizer que aqui é minha casa – Inuyasha fala assim que Kagome desce – sei que é simples, mas vou melhora-la- fala sem jeito

—Ela é ótima - Kagome sorri e já se aproxima de Inuyasha – a única coisa que quero agora é você dentro de mim – diz o beijando com fervor, Inuyasha sorri travesso e corresponde o beijo com ainda mais paixão, sempre obedeceu Kagome, não seria agora que isso iria mudar.

Suzuke acordou com o cheiro de comida, vovó Kaede preparava a refeição.

—Bom dia vovó – o menino cumprimentou – cadê meu pai? – questionou olhando para ver se achava o pai.

—Quando acordei ele já não estava, mas não se preocupe, tenho certeza que ele foi buscar algo a mais para você comer – respondeu carinhosa.

—Será que o papai não gostou de mim e foi embora? – o menino pergunta triste.

Antes mesmo de vovó Kaede responder Inuyasha surgi na porta com um sorriso que há muitos anos nenhum de seus amigos o via.

—Como pode falar uma coisa dessas menino? – falou bravo – fui encontrar algo que sei que você vai gosta – quando terminou foi o tempo certinho de Kagome descer de suas costas.

—Suzuke!!! – correu para abraçar o filho.

—Mamãe – o menino se agarrou a mãe – desculpa não deveria ter entrado no poço.

—Você agiu errado mesmo, mas tudo bem já passou – Respondeu carinhosa.

—Ainda bem que encontrei a Miga e a Mika e a tia Sango e meu papai!  Nossa mãe meu pai é um máximo! – falou empolgado indo de encontro ao Inuyasha que todo orgulhoso o pegou no colo e mexeu em seus longos cabelos pretos.

—Eu sei, ele sempre foi – Kagome disse com os olhos brilhantes e sorriso no rosto – Vovó Kaede como é bom te reencontrar – disse abraçando a velha senhora.

Logo depois todos os outros chegaram, e foi uma grande festa. Todos comeram juntos, as crianças brincavam felizes e os adultos conversavam sobre tudo e nada ao mesmo tempo, mas era nítido para todos o quanto Kagome e Inuyasha estavam felizes, era contagiante a alegria dos dois.

—Mamãe, mamãe - Suzuke surgiu correndo com as amiguinhas atras – quando nós vamos voltar para a casa?

A fisionomia de todos se fechou, Inuyasha de repente estava visivelmente triste, mas Kagome o sorriu com confiança.

—Nós já estamos em casa querido – respondeu ao segurar nas mãos de Inuyasha – não partiremos daqui nunca mais.

E realmente ela nunca mais partiu.