Orgulho e Preconceito - Perdida no século XVIII escrita por Aline Lupin


Capítulo 21
Capítulo 21




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Ser convidado a passar uma semana em Pemberley era um evento muito esperado, há anos. A família Darcy era conhecida por oferecer grandes bailes, jantares e eventos em sua propriedade. Contudo, desde a morte dos pais de Fitzwilliam e Georgiana Darcy, não havia mais nenhum evento na propriedade. Darcy era recluso e não apreciava a socialização. Tinha dores de cabeças constantes quando estava no meio da multidão e barulho. Participar de bailes, eventos e saraus apenas para acompanhar sua irmã era uma verdadeira tortura. Ele não conseguia manter uma conversa com seus pares, sem se irritar pela futilidade do pensamento que era comum entre todos na sociedade alta. Sempre com comentários sobre aqueles que pertenciam a nobreza, ou o último escândalo dentro da sociedade. Os homens, é claro, falavam sobre apostas de cavalo, cartas e por último a politica. Sempre alguma crítica sobre o parlamento. Darcy fazia parte da Câmara dos Comuns, enquanto seu tio, lorde Matlock era da Camara dos Lordes. Então, o assunto principal entre os dois era sobre esses deveres que causavam ainda mais dor de cabeça a Darcy. Contudo, para ele era muito melhor discutir algo que realmente fizesse diferença, como os rumos do país, mesmo que eles não tivessem tanto poder assim para mudar algo, do que as últimas fofocas das matronas que não tinha absolutamente nada de útil para fazer do seu tempo ou ouvir dândis falando sobre seu cotidiano maçante.

Apesar da aversão de Darcy quanto a eventos, ele queria promover aquele baile e tinha seus interesses quanto a isso. Era um tempo que poderia ter com Lizzy. Sua irmã teve a grande ideia de ir uma semana antes para casa, apenas para levar Lizzy com eles. Assim Darcy teria tempo para ficar ao lado dela e conquista-la. Afinal, em Londres seria difícil, com ela sempre trabalhando como governanta. E os olhares curiosos não era algo que Darcy queria sobre eles. Além da urgência que tinha de tornar Lizzy sua noiva, antes que sua tia Catherine pudesse arruinar suas chances. 

Catherine já havia enviado uma carta para ele, exigindo que ele explicasse como tinha se atrevido a cortejar uma dama sem família ou referências. Darcy não conseguia compreender como a notícia chegou até Kent, onde sua tia residia, em Rosings Park. Alguém deveria ter contado e ele não sabia quem poderia ser, afinal, havia muitos suspeitos. Entre eles, seu primo Richard, contudo logo descartou, pois seu primo o apoiava quanto a sua ideia de desposar a jovem. Poderiam ser seus tios, mas eles não pareciam contra sua vontade. Disseram que ele teria apenas que se resolver com tia Catherine, afinal, ela desejava que Darcy se casasse com Anne. Outra pessoa que poderia ser era Caroline Bingley, contudo, Darcy logo descartou aquela hipótese, afinal, ela não tinha nenhum contato com sua tia. Por último, sobravam os conhecidos da família. Que eram muitos. Então, ele deixou de lado aquela questão e resolveu ignorar a carta da tia. Pensaria numa resposta depois. Depois que tivesse tudo resolvido com Lizzy.

Enquanto isso, Lizzy estava ansiosa demais para aquela viagem a Pemberley. Darcy havia feito o convite formal à família Gardiner e expressou seu desejo de que Lizzy aceitasse seu convite quanto a acompanha-los na carruagem, enquanto a família Gardiner iria em outra. Ela não sabia como negar o pedido, não na frente da Sra. Gardiner. Então, apenas aceitou. Ela não desejava passar horas de viagem ao lado de Darcy, afinal, ele não saia da sua mente e ela não queria fraquejar. Deveria se lembrar de cumprir sua missão, para que assim pudesse voltar para casa. Talvez, fosse para ajudar a família Darcy, contudo, não sabia como ajuda-los. Quanto ao casamento, bom, aquilo ainda não fazia o menor sentido. Por que teria que se casar com Darcy, para depois voltar para casa? Não, não teria proposito algum. Deveria ser outro motivo para ela estar no século XVIII.

Antes de a viagem acontecer, Lizzy recebeu uma carta de Jane Austen e uma de Jane Bennet. Ela queria responder as duas, mas não haveria tempo para isso, pois sairia ainda naquela manhã. Apenas guardou as cartas do bolso do vestido cinza e saiu da casa dos Gardiner, para embarcar na carruagem dos Darcy.

Dentro da carruagem estavam os irmãos Darcy e o coronel Richard Fitzwilliam. Ele a cumprimentou efusivamente. Algo muito comum da sua personalidade. Lizzy ficou feliz por ver aie ele não tinha a menor repulsa por ele e a respeitava. Então, decidiu sentar ao lado dele, afinal, Georgiana estava ao lado de Darcy. Durante o percurso, ela e o coronel conversaram sobre o campo, o tempo, as paisagens belas que podiam ser vistas pela pequena janela da carruagem. E o coronel compartilhou suas experiências gastronômicas. Falou sobre as diferentes comidas que experimentou quando estava em viagem para outros países comprimindo seu dever. 

Enquanto isso, Darcy olhava para os dois com os olhos estreitos. O que Lizzy não notou, por estar tão distraída com a conversa, mas Georgiana e Richard não eram tolos. Sabiam quando Darcy apenas estava sendo ele mesmo e quando algo o incomodava. Ele sempre tinha a expressão séria, mas naquele momento, parecia ainda mais carrancudo. Contudo, o coronel não havia interrompido a conversa, afinal Lizzy não era somente dele. Ela seria sua prima em breve e tinha que conhecer seu caráter. Até o momento, estava apreciando muito a companhia dela. E tentava incluir Georgiana e Darcy na conversa. Apenas Georgiana participava da conversa com entusiasmo.

Lizzy estava maravilhada com a estrada de terra que levava a Derbyshire. O ar era tão puro ali. Sem a poluição de Londres, apenas ouvindo o canto dos pássaros. Ver a vegetação de tons de verde rico, enquanto a carruagem avançava era um deleite para ela, que amava estar em contato com a natureza. Havia densas árvores ao redor, em alguns trechos, deixando o clima um pouco mais frio do que realmente estava. Afinal, ainda era verão, faltando algumas semanas para o outono. Lizzy apertou mais o xale que estava em volta dos ombros, sentido o ar fresco entrar pela janela aberta. Escutava Richard narrar mais uma de suas histórias com seu regimento militar. Eles já estiveram na França, Espanha e no momento atual, parecia que estava se desenhando um quadro critico na politica. Talvez, como ele havia dito, teria que lutar em algum momento. O que fez Georgiana exclamar em horror.

— Não pode se expor tanto, primo Richard. É perigoso – ela disse, com os olhos contendo espanto – Se você morrer, como eu ficarei?

— Ficara bem, na companhia do seu irmão e do seu futuro marido, prima. Mas, não se preocupe comigo. São apenas especulações, devido há alguns problemas políticos na França, devido a guerra que eles  travaram com a Prússia e Áustria. Apesar disso, acredito que tudo ficara bem por aqui, desde que os malditos franceses não nos ataquem, é claro – Richard tentou argumentar, mas somente deixou-a mais nervosa.

Lizzy pensava no que viria a seguir, em dali alguns anos. Em 1802, ou 1803. Ela não se lembrava tão bem. Sabia pouco do assunto e apenas se lembrava da batalha de Waterloo, liderada pelo Duque de Wellington, na Bélgica, no de 1815, sendo a última batalha de Napoleão Bonaparte. Maldita hora em que negligenciou seus estudos em História Mundial. Mas, ao menos sabia que a guerra iria acontecer dali cinco anos. Poderia ao menos avisar Richard para se preparar. Mas, como faria isso sem se passar de louca ou estar tendo algum delírio religioso? Seria uma péssima ideia ser internada em um manicômio. Não parecia uma ideia nada atraente.

— Coronel Richard, se me permite perguntar, quantos anos o senhor tem? – Lizzy perguntou, desviando o olhar da paisagem cativante e do céu azul, quase sem nuvens.

— Tenho trinta, senhorita. E não é problema nenhum perguntar – ele respondeu, sorrindo para ela.

— Bom, o senhor já pensou...bem, não quero ser indelicada, mas levando em consideração o sofrimento de Georgiana, o senhor poderia se casar e se estabelecer. Se há conflitos na França, eu duvido muito de que não atinja a Inglaterra, afinal eles são independentes desde 1789. Então, é natural que haja conflitos nesse país. E se eles atacaram Prússia e Áustria, então, o conflito pode se espalhar pela Europa.

Richard piscou algumas vezes, surpreso.

— Como sabe tanto dos problemas que estamos enfrentando, senhorita?

— Bom, eu leio – ela respondeu, tentando manter a calma e placidez. Se ele soubesse o que estaria por vir, ficaria estarrecido. A guerra não só atingiria a Inglaterra, mas envolveria a todos que estavam próximos da França, pois Napoleão iria tentar estender seu império pela Europa.  

— Ah, sim – Richard disse, balançando a cabeça – Os jornais adoram noticiar o que esta acontecendo, mas não sabia que a senhorita era tão interessada em politica. Realmente, a senhorita me surpreende.

Lizzy queria revirar os olhos. Não era por ser mulher, que não estaria atenta aos acontecimentos do mundo. Esse era o grande problema de viver naquele século. O machismo imperava e damas não deveriam preocupar sua linda cabecinha. Mas, como ela poderia culpar Richard dos seus pensamentos? Ele foi criado para pensar assim. Ao menos, era agradável na sua conversa.

— Sim, eu tenho muito interesse em politica – ela respondeu.

— Lizzie sempre é cheia de surpresas – Georgiana tomou a palavra, entusiasmada. E sorriu para Lizzy, como se a encorajasse – Ela acredita que as mulheres devem estudar e ter seus direitos garantidos.

— Ó, é mesmo? São ideias que estão muito em voga ultimamente – Richard comentou, sem escarnio – É muito diferente das damas que encontramos em salões, não acha Fitz?

— De fato, devo concordar – Darcy falou pela primeira vez, em dois quarto de hora.

Então, a carruagem fez sua primeira parada em Northamptonshire, antes que Lizzy pudesse falar mais alguma coisa. Ela não sabia se o coronel estava ou não sendo condescendente. Mas, finalmente, depois de quase seis horas sentadas, ela precisava de um descanso. Teriam ainda mais seis horas de viagem pela frente. Isso se não tivesse problema na estrada. Com dois cavalos puxando a carruagem, eles chegariam rapidamente, mas se houvesse algo barrando a estrada, como árvores ou rebanho passando, eles teriam que passar mais tempo dentro da carruagem. E se quebrassem a roda da carruagem, poderiam perder dois dias ou mais procurando alguém que consertasse. Eram tantos problemas que Richard enumerava para Lizzy, que ela ficava cada vez mais nervosa. Realmente, viver naquele tempo não era algo fácil.  

Lizzy caminhou perto do arvoredo que tinha em frente à hospedaria. O local foi escolhido para deixar os cavalos descansaram e se alimentarem, além de todos poderem fazer um pequeno almoço. 

Ela observou que o sol estava a pino. Chegariam ao final da tarde a Pemberley, na melhor das hipóteses. Enquanto observava a natureza, podia ouvir os pássaros cantarem e sentiu uma breve brisa tocar seu rosto. Ela se lembrava dos tempos que acampava com seu pai e sua irmã Jane. Era tudo tão divertido e inocente. Como sentia falta deles. Uma lágrima solitária rolou pelo rosto dela. A saudade apertava seu peito, mesmo que ela tentasse negar isso para si mesma.

— Está tudo bem, senhorita Bennet? – ela escutou a voz de Darcy, ao seu lado.

Ela virou o rosto para vê-lo com um ar preocupado. Instintivamente, limpou a lagrima com o dorso da mão.

— Está sim. Perfeitamente bem – ela garantiu.

— Eu acredito que não seja da minha conta, mas vi claramente que estava chorando. E não pude deixar de me preocupar – Seu olhar era atencioso, aquecendo o coração de Lizzy, mas ela refreou aquele sentimento. Não poderia alimentar esperanças quanto àquele homem, nem aumentar as esperanças dele, no caso de ele ainda desejar se casar com ela – Deixe-me ser seu ombro amigo, senhorita. É muito importante para mim. Eu a estimo muito.

Ela engoliu a seco, sentindo o coração disparar. Como poderia negar aquele pedido feito com tanto carinho, até mesmo, com um tom apaixonado? Era difícil pensar em frente aquele homem que parecia disposto a cuidar dela. Mas, seria cruel quando os dois se separassem. Quando finalmente ela voltasse para casa. Valeria a pena machuca-lo e se machucar, alimentando falsas esperanças?

— Eu...- ela relutava em ser dura com ele. E até mesmo desfazer as esperanças dele. Ela se importava demais com Darcy e também, já estava envolvida por ele – Não se preocupe comigo. Juro que estou bem. Agradeço muito seu apreço por mim, senhor.

A expressão apaixonada dele deu lugar à frustração. Era visível o quanto ele estava contrariado, pelos punhos cerrados em volta do quadril e sua testa franzida. Ele crispava os lábios. Ela não sabia o que dizer diante daquela reação.

— A senhorita se esconde de mim – ele acusou – Mas, eu não entendo o motivo para isso. Por isso, eu lhe pergunto, se puder me responder: não gosta da minha pessoa? É por isso que recusou minha proposta de casamento?

— Senhor Darcy, não é o momento para discutirmos...- ela tentou argumentar, com a garganta apertada. Aquela reação dele deixou-a surpresa.

— Não, eu gostaria de lhe falar. Eu esperei muito tempo para isso – ele disse, se aproximando dela, um pouco além do permitido para uma conversa civilizada. Pelo menos, para aquele tempo. Ela olhou por cima do ombro e viu que estavam sozinhos. Mas, logo viria alguém e teria ideias erradas sobre os dois. Ela não se importaria com isso, mas Darcy se importava com sua reputação. Ela deu um passo atrás, para se afastar dele – Por favor, não me rechace. Olhe para mim, Elizabeth.

— O senhor deve parar com isso, imediatamente – ela ordenou de forma severa – Não devemos falar sobre isso, não aqui.

— Ah, então, quando? Até quando vai se esquivar de mim? – ele perguntou, em tom exasperado e ao mesmo tempo, contendo ironia em sua voz.

— Eu não sei...não é certo que tenhamos que discutir sobre isso...mas, se é tão importante para você...

— Se é importante para mim, Elizabeth? Por Deus, eu a pedi em casamento. Não vê o quanto isso é importante? – sua voz estava mais aguda, o que preocupou Lizzy. Alguém poderia ouvi-los da hospedaria.

— Darcy, se acalme – ela pediu, colocando as mãos na frente, como se tentasse acalmar um cavalo indomado – Nós iremos conversar quando chegarmos a Pemberley, tudo bem?

— Não é o suficiente – ele a olhava com um olhar intenso demais. Parecia prestes a...talvez, agarra-la? Ela deu mais um passo atrás, para deter qualquer intenção que ele tivesse quanto a isso – Quero muito mais do que uma promessa de uma conversa, Elizabeth.

Ela suspirou frustrada. Nunca imaginou que aquele homem taciturno poderia ser tão exigente.

— E o que deseja senhor? – ela perguntou, de forma provocativa. Se ele pensava que iria controla-la, estava bem enganado. Já aceitou uma conversa, mas se ele exigisse mais, ela iria negar, sem piedade.

— Eu quero que a senhorita sente-se ao meu lado na carruagem, quando partimos – ele respondeu, respirando de forma rápida. Seu pomo de adão subia e descia. Ele estava ruborizando. E isso era algo que Lizzy não esperava ver acontecer com ele. Darcy era sempre tão frio e contido.

— Ora, mas que pedido é esse? – ela perguntou, zombando e ao mesmo tempo curiosa – Por que eu devo obedece-lo, senhor?

— Porque não suporto mais vê-la conversando com Richard. Quer me torturar, é isso? – sua expressão era apaixonada e deixava-a confusa. Ela queria beija-lo, aplacar seu ciúme, mas não iria fazer nada disso. Afinal, seria pior para os dois quando ela tivesse que partir.

— Eu não sei o que o faz pensar que tem direito de sentir ciúme de mim – ela retrucou, cruzando os braços.

— Eu sei...- ele passou a mão pelos cabelos negros, bagunçando seu penteado. Deixando-o um pouco mais humano. Menos um cavalheiro refinado e aristocrático – Mas, pelo menos me diga que não sente nada por Richard.

Ela balançou a cabeça, sem acreditar naquela pergunta.

— Ora, Darcy, se eu realmente sentisse algo, faria diferença?

— Faria, para mim, faria – sua voz estava mais baixa. Ele ainda parecia nervoso. O que começava a incomodar muito Lizzy. Ele estava apaixonado além da razão.

— Darcy, se quer a verdade, eu não estou. E não quero que tente me controlar, muito menos – ela assinalou – Eu quero que se acalme agora. Não há necessidade de ficar desse jeito. Eu...não...não gosto de vê-lo assim...- ela deixou escapar.

Os olhos dele reluziram.

— Isso significa que sente algo por mim? – ele se aproximou mais dela, fechando a distancia entre os dois. Faltavam somente mais cinco centímetros e seus corpos se tocariam.

— Darcy...eu...é claro que gosto...- ela respondeu, ruborizando e olhando para o chão de terra – Mas, prometeu que iria esperar para conversarmos.

— Tudo bem – ele disse, soltando o ar que parecia prender e tocou o rosto dela, fazendo-a olhar para ele. Seus olhos intensos, de um tom azul vibrante a fitaram com paixão – Eu não vou desistir de você, Elizabeth. Eu sei que sente algo por mim. Se não, não se importaria comigo nem um pouco. Me deixaria falando sozinho. E já a vi olhando para mim, várias vezes – ela negou com cabeça, ficando ainda mais atordoada por saber que ele sabia o que ela fazia – Não tente negar, Elizabeth. Mas, eu vou esperar pela nossa conversa. Peço seu perdão por ter sido tão insistente. Não fui cavalheiro, mas eu não suporto mais seu silêncio – Seus dedos acariciaram a bochecha dela, enviado descargas elétricas por todo o corpo dela. Ela suspirou pelo toque tão intenso. Ele sorriu, de repente – Eu a amo, Elizabeth. Amo-a tanto que mal suporto estar longe de você. Eu a amo ardentemente.

Ele se afastou, de repente, deixando-a atordoada. Não esperava que ele simplesmente dissesse aquelas palavras e saísse de perto dela. E depois, apenas desse um aceno de cabeça para ela e voltasse para a hospedaria. Naquele instante, a carruagem dos Gardiner estacionou, sendo levada por dois cavalariços. Ele parou para cumprimentá-los, enquanto Lizzy se recuperava do choque daquela declaração tão intensa, tão verdadeira.  Como faria para negar qualquer coisa a ele? Como fariam para estar juntos, se ela voltaria para sua vida, cedo ou tarde? Se permitisse que ele a amasse, ela teria seu coração rasgado ao meio. Pois, não saberia quanto tempo teria com ele e não suportaria a ideia de deixa-lo, quando a hora viesse. O que ela faria a seguir?

Tantas perguntas sem respostas. Ela queria muito que Alexander estivesse ali para ajudá-la. Se ao menos o celular que ele lhe deu pudesse ser usado para enviar mensagens para ele. Mas, sem cobertura de sinal, ela nunca poderia se comunicar com ele. Nem sabia onde ele estava. Infelizmente, ela estava sozinha e teria que contar consigo mesma para tomar sua próxima decisão. Até o momento, ela não sabia qual tomar.


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