Frank & Carrie - O Normal da Vida Anormal escrita por L R Rodrigues


Capítulo 6
Até Onde Você Iria Por Justiça?




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Numa de suas muito ocasionais folgas, Carrie havia tirado um tempo imperdível do seu dia para ir às compras num supermercado e encher o carrinho para todo o resto do mês. Tudo aparentava estar ocorrendo o mais corriqueiramente possível, enquanto ela conferia a seção de limpeza, quando um homem de cabelo preto meio bagunçado e encaracolado usando blaze preto de couro por baixo de um setor roxo se aproximou com uma cesta sem muitas coisas e olhara para ela de soslaio. 

Inicialmente, a visão periférica da assistente não captou devido ela estar focada na escolha do produto, o que desafiou o homem a tentar ser notado de uma forma mais audaciosa e certamente impossível de passar batido. Ela seguiu com suas olhadelas de lado ao passo que sua distância vinha se encurtando com ela. De repente, o homem se deslocou novamente, mas Carrie pôde desta vez sentir que não foi meramente alguém passando por ela se esfregando já que não havia lotação. 

O homem passara a mão suavemente nos quadris de Carrie num ritmo vagaroso demais para não ser questionado. Ela arregalou os olhos com a sensação clara de uma mão acariciando sua bunda, aquilo tirando-a do seu mundinho particular onde fazia compras sossegada. Após o homem passar, ela virou-se com uma expressão zangada, soltando o ar dos pulmões bufando. 

— Ei, você, não pense que não sou sensível ao toque por esse vestido verdinho de um tecido bem grosso. É a sua cor favorita? Se sim, tenta expressar seu gosto de um jeito que não faça ninguém se sentir desconfortável, principalmente uma mulher. 

— Perdão? — disse o homem virando-se, logo dando um sorrisinho misterioso que a deixou bastante incomodada — Eu a deixei constrangida? 

— Ainda tem coragem de perguntar!? Você descaradamente passou essa sua mão boba na minha bunda como se não estivéssemos num país de primeiro mundo cujas leis são aplicadas a todo rigor. E a lei anti-assédio não é nada branda. 

— Desculpe, não tinha todo o conhecimento jurídico pra refletir sobre o que eu estava pensando em fazer e, sinceramente, não compete a mim, como um simples cidadão médio americano, ter ciência disso.

— Ah, compete sim senhor. — disse Carrie, chegando mais perto com ar impetuoso — Caras como você que se sentem nessa liberdade inconsequente pensam em fazer muito mais do que só uma mãozinha afagando uma área de vulnerabilidade. 

— Você é o quê? Advogada, promotora ou juíza? — indagou o homem com certo deboche na face. 

— E você? Um bandido assediador e estrupador em potencial que se acha no direito de satisfazer sua vontade num contato abusivo com qualquer mulher aleatória? Porque eu sou assistente de um respeitado agente prioritário do DPDC. Então, se não quiser uma denúncia pra complicar sua vidinha miserável e posteriormente colocar um fim nos seus dia de safadeza, é melhor ir confessando e se arrependendo. — ameaçou Carrie colocando-se mais próxima dele e mais desafiadora. 

— Escuta aqui, você não me conhece. Não pode provar que tenho um histórico criminal envolvendo abuso de mulheres. Passei a mão em você indelicadamente, eu sei. Mas quero que saiba que esse é apenas meu estilo de demonstrar que... — disse ele que a olhou de cima à baixo — ... te achei uma gatona. 

Carrie, reagindo ao nítido cinismo, levantou a mão direita para dar uma bofetada sonora nele, mas o sujeito a segurou apertando forte. 

— Opa, cuidado aí. Não reaja tão precipitadamente, estamos em local público. Que tal marcarmos um encontro?

— Que tal você cair fora antes que eu chame a segurança pra chamar a policia e você ser enquadrado? — perguntou Carrie soltando sua mão a força. 

— Você venceu. — disse o homem erguendo as mãos como se sinalizações rendição. Logo em seguida ele virou as costas andando tranquilamente como se não tivesse cometido um crime inafiançável. 

— Não, ainda não. Pode apostar que não. — disse Carrie lançando um olhar estreitado e furioso contra ele, se dispondo a ir o quão longe pudesse para comprovar que aquele homem possuía ficha corrida.

***

Ao chegar em casa, Carrie ligou para Owen, seu amigo criptográfico do DPDC, do celular, mal se aguentando de ansiedade para dar um pontapé inicial a sua investigação particular no objetivo de apurar detalhes sobre o cara da mão boba.

— Owen, que milagre atender em horário de serviço.

— Talvez seja porque eu não tenha autorização expressa pra atender ligações nessa hora. — retrucou ele do outro lado da linha. 

— Se isso fosse verdade, deixaria o celular desligado. Não tenta me evitar, sei que você me adora. E nunca descarto sua ajuda quando sei que preciso dela. 

— Oh, céus, lá vem ela me pedir outro servicinho na surdina que pode custar uns trocados do meu salário ou minha vida tão dedicada a servir a esta nobre corporação que, sinceramente, fica meio vazia sem você. Soube que o Frank tá se virando num caso de animais mortos numa fazenda, tá me parecendo tipo aquela lenda do Chupa-Cabra, sabe, um monstro... 

— O assunto aqui não é o Frank, para disso, você tá com medo de saber qual é minha mais nova e urgente solicitação. — disse Carrie sentando no seu sofá marrom, cruzando as pernas — Não fica bravo comigo, OK? É um caso sério que diz respeito não só a mim, mas a muitas mulheres que sofrem assédio em locais públicos. 

— O quê? Você foi assediada? Que tipo de assédio?

— Não fui clara? O tipo que é uma fase primária de atentado ao pudor. Estava fazendo compras quando me veio um cara que arranjou a pior forma de arrastar asa pra mim. 

— O que ele fez? Te roubou um beijo? 

— Antes fosse... Mas aí seria assédio também. Eu não sabia que meus quadris eram tão atraentes.

— Nossa, ele passou a mão boba?! — disse Owen, surpreso – Carrie, você tem vir aqui prestar uma queixa, dar uma descrição do safado...

— Owen, acorda, não supôs a razão pela qual te liguei? Eu escolhi recorrer a você exclusivamente pra me ajudar a pegar esse salafrário. Ele me inspirou a pior suspeita assim que pus os olhos nele, que é até bonitinho, mas é um ordinário que deve ser posto no seu devido lugar. Dá pra você dar uma força que nem você fez pra vigiar os passos do Frank mês passado?

Owen silenciou por um tempinho, indicando a relutância já esperada por Carrie.

— Não tô gostando dessa sua pausa. Se quer saber da recompensa, lá vai: cem dólares. Trato feito? 

— Nada feito, você não disse o que eu devo fazer pra te auxiliar nessa cruzada justiceira. 

— A placa do carro. — disse Carrie, impaciente — Presta atenção: é MTO-458. Peguei enquanto ele saia pois fiquei meio que o seguindo. Procura aí no rastreamento, ligeiro.

Carrie aguardou o criptógrafo proferir uma localização exata de onde o veículo do homem poderia estar naquele instante. Após uns dois minutos, Owen respondeu com precisão.

— O carro dele tá parado na rua 2224, é perto do subúrbio da zona oeste. Deixa eu adivinhar: Você vai até lá tirar satisfações. 

— Por que acha que pedi a localização? Eu falharia comigo se deixasse por isso mesmo. 

— Vai, mas vê se toma juízo pra não se enrascar numa treta mais séria. Fico te atualizando. Só não me força mais a fugir da minha alçada outra vez. 

— Essa foi a última, prometo. — disse Carrie, um pouco incerta daquilo — Hora de ver o que esse pervertido tem a esconder e a provar.

***

A assistente dirigiu até a rua da zona norte na qual situava-se a residência do seu assediador ou no mínimo um local de reunião já que ela alimentava forte suspeita de que o sujeito integrasse uma gangue. Encostando o carro, ela visualizou a casa com o número indicado por Owen e se preparou para sair.

Preferiu ir vestida com um de seus sobretudos femininos de trabalho, mais especificamente o vermelho, em que poderia portar uma arma. Encaminhou-se a casa, sendo o mais discreta possível, andando até a porta como se fosse uma visita a ser esperada. Porém, se agachou rapidamente para ficar abaixo da janela ao ouvir a voz alterada de um homem no interior. Uma voz que ela julgou ser familiar. 

— Eu te envolvi na merda desse esquema pra sair ganhando tanto quanto nós, cara! Vai debandar logo agora com medo de se encrencar porque existe uma possibilidade pequeníssima de descobrirem nossa farsa? Você não passa de um cagão! Eu vou levar mais uma mercadoria pra você conduzir o serviço, dentro do que acordamos! 

Carrie se ergueu um pouco para espiar na janela o que ocorria. Arregalou os olhos ao ver que lá estava o homem abusador. Mas sua visão logo fixou na mulher loira que ele segurava grosseiramente pelo braço, mulher esta amarrada nos pulsos e amordaçada. A assistente ignorou a discussão que ocorria entre ele e outra pessoa na casa, mas ouvia que pareciam estarem se acertando. Ela retirou do sobretudo a arma que trouxera, um pequeno revólver prata de cano curto. 

Manteve-se agachada, escutando o abusador galanteando a mulher, o que foi o impulso necessário para dar a volta e entrar pelos fundos. O homem deixara a mulher no sofá enquanto verificou pela janela se havia pessoas transitando na rua. Carrie ve8o por um corredor sendo percebida pela mulher cujos olhos marejaram. No entanto, o assediador, e naquele instante virou-se flagrando Carrie quase libertando sua refém. Ambos apontaram suas armas um ao outro. 

— Oh, parece que vivo meu maior dia de sorte. O destino conspira a meu favor, pelo visto. Nada nessa vida é por acaso. A prova está bem diante de mim.

— Pois é, talvez você devesse dar uma conferida no horóscopo hoje. — disse Carrie, destemida — Mas é provável que, dependendo do seu signo, sua sorte pode não estar tão virada assim a ponto de te garantir algum êxito em vender mulheres inocentes. 

— Impressionante eu vê-la aqui na minha casa. Veio se vingar pelo carinho que te fiz? Aliás, como me localizou? 

— As perguntas quem faço sou eu! Que negocinho escuso é esse, afinal? Trafico de mulheres? 

— Olha, gata, eu vou dar uma chance pra que você saia pelo menos ilesa daqui, porque infelizmente não posso apagar sua memória, claro. Eu te ofereço uma graninha pra você não abrir o bico sobre a felizarda aí. — disse ele apontando para a mulher.

— Meu silêncio não vale mais do que meu senso de justiça pra colocar gente como você pra ver o sol nascer quadrado. Tática suja, mas bem clichê. 

— Ah, então será o inverso: Você me obriga a libertar essa pobre mulher em troca de não denunciar. 

— Agora tá sendo ingênuo em pensar que eu seria ingênua a esse ponto. — retrucou Carrie revirando os olhos — Me diz o que tá havendo. 

— Ah é? Mostra o distintivo e o mandado então. Só esclareço tudo na presença de um policial e um advogado, não de uma mulher de meia-idade metida a justiceira defensora dos direitos femininos. Mas analisando melhor... — disse ele olhando Carrie com malícia dos pés a cabeça — Você até que ainda se enquadra nos requisitos do meu negócio. 

De repente, um taco de beisebol desceu sobre a cabeça de Carrie a fazendo cair inconsciente. 

***

Carrie despertou sentada em algum lugar apertado e meio escuro e desde o primeiro segundo antes de abrir mais os olhos sabia que estava acompanhada por mais gente. Viu várias mulheres jovens sentadas lado a lado, todas amarradas, incluindo ela mesma.

— Onde estou? — indagou ela — Ah, já entendi, aquele desgraçado resolveu me colocar junto com as tais mercadorias do negócio ilícito dele.

— Estamos dentro da van onde eles transportam as vítimas. — disse uma mulher de cabelos castanhos ondulados diante dela — Como bois a caminho do abate. 

Carrie correu os olhos entre suas companheiras de prisão a procura da loira que estava na casa do seu assediador, mas a baixa claridade, disposta por uma brecha estreita das portas entreabertas da van, impediu a tentativa de busca. 

— Pra onde querem nos levar? — indagou ela. 

— Não fazemos ideia, mas pelo que ouvi os miseráveis dizerem... Vão nos submeter a um tipo de escravização onde seremos objetos sexuais de homens que desembolsam mais do que ganham pra alugar mulheres nesses tráficos. 

— Soube também que antes de sermos expostas nuas como se fôssemos peças de mostruário... eles dopam com uma droga psicotrópica para tatuarem códigos de barra nas costas das vítimas. — disse outra, mais jovem e de rosto moreno emoldurado por cabelos pretos lisos. 

— Que horror. — disse Carrie imaginando a experiência traumática de tornar-se produto de objetificação as custas de homens horrivelmente abusivos — Não. Ah, não mesmo. Nenhuma de nós aceitará que nos digam pra onde devemos ir.

Carrie tentou afrouxar o nó da corda com extremo esforço. O cansaço foi bem-vindo após desatar a corda, gerando euforia nas outras. Retirando do bolso do sobretudo um canivete, Carrier tratou de desamarra-las. Logo ouviu passos e se colocou perto da porta da van. Um capanga veio abrir as portas do veículo para conferir.

Agilmente, Carrie o chutou fortemente no rosto, o derrubando. Desceu da van cujo exterior era preto como uma viatura da S.W.A.T. e chamou suas colegas de confinamento para fora. 

— Fujam, rápido, não olhem pra trás! — orientou ela que logo voltou-se ao capanga.

— Sua vadia... — disse o capanga com mão no nariz quebrado sangrando — Você me paga! 

Carrie se debruçou sobre ele, tomando-lhe uma arma tirada do coldre. 

— Celular! Cadê? Cadê? — pediu encostando o cano da arma na bochecha dele que retirou seu telefone e dando a Carrie. A assistente ligou para Owen — Owen, sem perguntas, só manda o sinal do meu rastreador direto pra polícia. Se eu sair daqui inteira, você não fica sem saber de nada, juro. 

Desligou e jogou o celular de volta ao capanga. 

— Pronto, sua utilidade acabou.

Escutou vozes ao longe e avistou quatro homens, incluindo seu assediador, correndo armados. Ao verem Carrie, atiraram juntos. A assistente se escondeu, os tiros pegando numa porta da van. Tateou sua roupa não encontrando sua arma.

— Ah, lógico, não seriam burros em não me desarmar. 

Mais tiros atingiram a van advertindo para ela se render 

— Se elas estiverem com dificuldade de passar pelo portão... — viu na van a oportunidade perfeita. Abriu a porta do motorista, mas antes que subisse para dirigir a van, os homens armados a cercaram, fazendo-a inevitavelmente erguer as mãos.

— É uma máquina muito pesada pra uma mulher tão perigosa operar. — disse o assediador com uma roupa elegante — O cerco fechou pra você, gracinha.

— Estou rendida, mas não derrotada. — salientou Carrie — Se importa de eu te propor... um favorzinho? É exatamente o que está pensando. Mas é visando a liberdade daquelas mulheres. 

O homem a encarou com olhos estreitados. 

— Baixem as armas. Temos um novo acordo aqui. 

***

Carrie ainda mal acreditava que sua proposta foi convincente o bastante para o assediador leva-la de volta a sua casa para realizarem o que combinaram. 

— Eu tô estranhamente surpresa. — disse ela, entrando atrás dele, as mãos algemadas — Você de fato ficou sexualmente atraído por mim. E eu certa de que não sustentava nem mais umas preliminares. 

— Muito bem, espero que seja uma boa menina fazendo um trabalho digno de ter me tentado em sacrificar meu negócio com aquelas beldades que você, a heroína, deixou escapar como grãos de areia entre os dedos. — disse ele, virando-se à ela. 

— O que vai ser? Sexo trivial ou... seus gostos são mais peculiares? 

— Ajoelhe-se. — mandou ele, ao que Carrie obedeceu — O que acha de brincarmos de fazendinha? 

O assediador retirou o cinto e estava pronto para baixar suas calças sociais marrom. 

— Vamos começar pela ordenha. 

Carrie reprimiu uma expressão de puro nojo. Mas para o total desprazer do bandido, sirenes de polícia ressoaram se aproximado. 

— O que significa isso? 

— Que a sua casa caiu. — disse Carrie com sorrisinho de canto. Os homens entraram com armas em punho rendendo o assediador.

— Alejandro Vinlan, você foi autuado pelos crimes de abuso sexual, tráfico humano e formação de quadrilha. Tem o direito de permanecer em silêncio. — disse o policial algemando-o. 

— Alejandro?! Bem nome de chefão de narcotráfico mexicano. — disse Carrie sendo liberta por um dos policiais. 

— Tá aí um negócio rentável. — disse Alejandro sendo levado preso. Fora da casa, Carrie acompanhava os policiais na apreensão do assediador.

— Comprou muita comida pra alimentar seus porcos? — perguntou ela. 

— Do que está falando?

— De hoje cedo no supermercado quando passou sua mãozinha indecente em mim. 

— Ah sim. — disse Alejandro com ares de riso – Quem ficou de fazer as compras foi Antero, meu irmão gêmeo. 

— O quê? Irmão gêmeo?! — disse Carrie, estupefata. Até mesmo os policiais reagiram surpresos.

— Eu o forcei a se passar por mim pra que eu pudesse estar isolado do mundo externo, me blindando e conduzindo minha empresa cuja propriedade seria transferida a ele quando eu me entregasse porque eu desejava que ele fosse bem-sucedido em alguma coisa nessa vida. 

— Então... era com ele que discutia? — perguntou Carrie. 

— Sim. Também foi ele quem te deu aquela pancada. Me desculpe por isso. Uma pena nosso sonho morrer tão cedo. — disse Alejandro que foi colocado na viatura — E Carrie... Quero que saiba que... você foi a melhor noite que jamais tive. — deu uma piscadela com um beijinho. 

Carrie o fitou desconfortável, balançando a cabeça negativamente bem devagar. 

— Acho que vou convidar o Owen pra tomar um porre e esquecer que vivi esse dia. — disse ela indo até seu carro tentando apagar as faces de Alejandro e Antero da mente. Mas compensava-lhe o sentimento heroico pela libertação das escravas, pelo menos aquilo relevava para sempre se recordar de tal feito. 

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