Sombras que vibram na memoria. escrita por PegottyHellathus


Capítulo 11
Nós dirigiremos.




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" Desperte, levanta- se ou cair para sempre. "

Paraíso perdido - John Milton

 

 

Era manhã seguinte quando Oliver acordava.

Estava todo dolorido e se sentava na cama com certa dificuldade.

Ao olhar para os lados não via só a sua irmã como o seu pai e a sua mãe dormindo naquela grande cama. Ele então saia da cama e ligava a banheira começando a tomar um banho quente para ver se aquela dor passava um pouco.

Alguns minutos depois ele já quase totalmente submerso na banheira via a porta do banheiro abrir.

— Oliver.

Ele via o rosto de sua mãe se esgueirar pela porta e então entrava. E se ajoelhava diante dele na banheira enquanto ele evitava olhá-la nos olhos. - Conte-me Oliver, o que está acontecendo. Você e a Zoe estão sofrendo e não gosto de vê-los assim. - Não é nada.

Dizia ele desviando o rosto enquanto se lembrava das ameaças de Carine que podia prejudicar diretamente seus pais.

— Como assim não é nada?

C.C. Fazia uma cara séria ao seu filho que a olhava de rabo de olho.

— Nós vamos voltar para casa hoje mesmo.

Dizia C.C. brava.

— Não posso.

— Como assim você não pode?

— Sou o herdeiro do império. Tenho que ficar em Britannia.

— Você não é herdeiro de nada. Eu e seu pai...

— Você é papai dizimaram nossa família!

Falava Oliver finalmente olhando para sua mãe com a expressão de raiva em seu rosto.

— Eu vi tudo! Todas as mortes provocadas por vocês pelos cavaleiros negros e por Britannia!
Papai chegou até a usar a tia Nunnally como joguete em todo seu esquema! Até meus avós estavam enterrados até o pescoço em falcatruas! E por isso?! Que vocês não deixaram eu encostar em vocês com o geass ligado?! Hoje eu entendo… .. O geass é uma maldição!

— É você sabe o final da história Oliver? - Sim. O pai virou imperador e se casou com você. Essa foi a última lembrança que eu vi. - Tem muito mais para você ver Oliver. Mas isso quero mostrar com a sua irmã para que ela também finalmente saiba o que aconteceu.

C.C. Dava um beijo na cabeça de seu filho e saia do banheiro deixando ele sozinho. Oliver batia na parede da banheira enquanto chorava baixo o suficiente para ninguém mais ouvir seus lamentos.

Sentia-se perturbado com aquilo tudo que estava acontecendo.

Ao sair do banheiro Oliver via seus pais com a sua irmã na cama conversando todos acordados.

— Oliver.

Ouvia seu pai lhe chamar e fechava a cara.

— Senta aqui. Vamos mostrar tudo a vocês.

Dizia Lelouch. Oliver sentava na cama com sua família e então C.C. Mandava todos darem suas mãos.

Os símbolos do geass que seus pais tinham em seus corpos começavam a brilhar e o geass de Oliver e Zoe ligavam.

A partir daquele momento não só Oliver via as lembranças como Zoe também devido à conexão forte com seu irmão e seus pais.

Primeiramente viam toda a trajetória de sua mãe. Desde uma criança órfã na alta idade média até o primeiro encontro que ela teve com a família real de Britannia, e o culto ao geass do qual sua mãe foi líder durante um bom tempo.

Todas as mortes e toda a solidão que sua mãe sentiu passou-lhes e Oliver se segurava para não passar mal.

A partir do momento em que C.C. Começava relações com a família real de Britannia eles puderam ver também as lembranças de seu pai.

Desde que ele era apenas um jovem príncipe sem ambição até a aparente morte de sua mãe e a paraplegia de sua tia Nunnally.

Via Seu pai e sua tia sendo usados como moeda de troca por seu avô e depois eles conhecendo Suzaku seguindo pela invasão do Japão. E a partir disso seu pai tentando levar uma vida normal com sua tia durante a adolescência até seus pais se encontrarem e fazerem o contrato do geass.

A partir dali viam a trajetória de seu pai como líder dos cavaleiros negros enquanto ele e sua mãe iam se apaixonando em meio a tanta tragédia e violência que acontecia na guerra. Até chegar o casamento de seus pais.

A partir dali Oliver e principalmente Zoe tinham uma surpresa. O Requiem.

Aquilo pelo qual seu pai se sacrificou. Pensando que iria morrer.

A partir dali viam lembranças de sua mãe e seu pai fugindo de Britannia. Mas seu pai estava diferente. Havia perdido as memórias. Viam novamente o sofrimento de sua mãe e seu desespero em recuperar novamente seu pai.

E no final seu pai escolhia seguir a vida com sua mãe. Viam sua mãe grávida deles. Vinham seu próprio nascimento e no final a última lembrança era deles ali sentados.

Oliver e Zoe abriam os olhos e olhavam seus pais que ainda estavam de olhos fechados com o símbolo do geass que ainda brilhava. Até que poucos segundos depois eles também abriram os olhos.

O silêncio tomava conta daquele quarto. Oliver e Zoe não sabiam muito o que falar. Enquanto seus pais olhavam gentilmente para eles esperando uma resposta. - Então é isso.

Dizia Oliver meio incrédulo vendo que seu pai se sacrificou por um bem maior na verdade.

— Essa é a nossa história.

Oliver sentiu a mão de sua irmã que sorria-lhe após falar.

— Finalmente sabemos. - Mas tia Carine…

— Esquece a tia Carine Oliver, você não percebeu até agora?

Dizia sua irmã o pegando pela gola fazendo ele olhar nos olhos dela. - Oliver. Carine é uma das piores pessoas com quem você pode se associar.

Oliver olhava para seu pai.

— Você pode ver por si mesmo.

Tente tocar nela. Você vai ver que diferente de mim, é de sua mãe, ela não se arrepende por nada do que aconteceu.

Oliver levantava da cama e caminhava rapidamente em direção ao corredor.

Zoe ia atrás de seu irmão.

— Zoe. Não quero que me siga. É perigoso.

— Somos um grupo Oliver. Não vou deixar você ir sozinho.

Atrás, eles podiam ver seus pais caminhando normalmente.

Naquele momento estavam despreocupados, pois, aparentemente todas as delegações com uma parte da família real estavam em seus afazeres bem longe daquele corredor.

Até que Oliver entrava no quarto de Carine e quando ia tocar nela com o geass ligado ela acordava.

— Oliver. O que está fazendo aqui?

Dizia ela com certa raiva. Até que via Zoe entrar também ambos estavam com o geass ligado.

— Se afastem de mim seus monstros.

Quando ela sentia ser tocada por Oliver, ela puxava uma arma e apontava na direção da cabeça dele.

Mas foi questão de segundos até Oliver conseguir ver tudo o que queria.

Quando percebeu ele estava com o cano da arma na sua cabeça.

Sabia que ia morrer ali.

Mas de repente ele e sua irmã tiveram seus olhos tampados pela sua mãe que os arrastava para fora do quarto.

Carine ao ver Oliver e Zoe não estavam mais naquele quarto. A sua frente ela só via Lelouch que também tinha o geass ligado.

Carine tremia enquanto segurava a arma e apontava para a cabeça de seu meio-irmão.

Mas ele foi muito mais rápido.

— Lelouch vi Britannia ordena : morra.

Aquela ordem entrava diretamente no cérebro de Carine e Lelouch saia dali fechando a porta enquanto Carine levava o cano da arma até sua boca.

As janelas eram abertas naquele quarto grande

— Bom dia imperatriz Nunnally.

Dizia Zero enquanto ela era acordada.

Era mais um lindo dia de sol que Nunnally podia ver.

— Bom dia Zero.

Zero levantava Nunnally da cama levando a cadeira de rodas até que eles ouviam um barulho alto. Mas não era um barulho comum. - Isso foi um tiro?

Perguntava Nunnally a Zero.

— Eu irei ver.

Zero então deixava-a e ia ver o que estava acontecendo.

E não era só Nunnally e Zero que ouviam esse barulho. Cornélia e Schneizel que estavam no castelo também ouviram. E parecia ter vindo dali de dentro. - Zero você ouviu esse barulho?

Perguntava Cornélia ao encontrá-lo em um dos corredores. - Sim, parecia um tiro.

Suzaku foi imediatamente até o quarto em que Lelouch e C.C. estavam com seus filhos. Ao vê-los, os quatro estavam todos ainda dormindo naquela manhã.

Ficava aliviado. Pensava que algo pudesse ter acontecido-lhes. Mas não era o caso.

Já Cornélia não teve tanta sorte. Ao abrir o quarto de Carine ela botou a mão em sua boca chocada e tentando não vomitar.

Carine estava com a cabeça estourada e uma arma em sua mão.

Ela havia cometido suicídio.

Cornélia fechava aquela porta e ia avisar imediatamente a Schneizel e Zero.

— Carine o que?!

Perguntava Schneizel se levantando da cadeira de onde comia seu café da manhã. - Isso mesmo que você ouviu.

Dizia Cornélia para seu irmão mais velho.

— Carine tem andado muito com Oliver. Ele deve ter matado Carine. A final deve ter puxado o pai não só na aparência.

— Majestade. Eu entrei no quarto e vi Oliver dormindo na cama com sua irmã e seus pais. Eles parecem não ter ouvido o barulho. Não julgo que possa ter algo haver com isso.

Zero falava com plena convicção para Schneizel. Que botava a mão na cabeça como se sentisse dor.

— Além disso, já chamamos peritos. Aparentemente não entrou ninguém naquele quarto além da própria Carine. E ela estava com a arma em sua mão.

Cornélia estava séria e lembrava-se daquela imagem horrível de Carine.

— Merda Carine, o que você estava pensando?

Perguntava Schneizel a si mesmo. Irritado ele mandou Cornélia e Zero saírem.

O quarto de Carine era trancado e só era permitido os peritos entrarem ali.

Zero então voltava para o quarto de Nunnally.

— Então. Descobriu que barulho era aquele?


Perguntava à princesa e Zero mentia para ela dizendo que não, mas ia ser investigado.


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