Sombras que vibram na memoria. escrita por PegottyHellathus


Capítulo 10
Os combalidos




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" Raízes emaranhadas confundem seus caminhos.
Quantos caíram lá!
Eles tropeçam a noite toda nos ossos dos mortos
E sentem que não sabem o que, mas se importam;
E desejam liderar outros quando deveriam ser liderados. "

Songs of Innocence and of Experience. - William Blake.

 

 

— Você como príncipe herdeiro deve estar sempre impecável. Roupas limpas e novas sempre. E me obedecer como sua conselheira pessoal.

— Se conselheira e só para dar conselhos não quer dizer que sou obrigado a segui-los.

— Muito espertinho Oliver, quer apanhar de novo?

— Não, tia Carine.

Carine continuava a falar um monte de regras da corte com um chicote em suas mãos enquanto Oliver tinha que ficar parado em prontidão ouvindo o que ela tinha a dizer. Até que eles ouvem uma batida na porta.

— Oliver, Oliver sou eu.

Oliver ia sair da posição para atender a sua irmã até que Carine pegava o menino e o jogava no chão.

— Não vai abrir essa porta para ninguém.

— Mas é minha…

— Não importa. Você é o herdeiro do trono. Tem que esquecer dela, pois ela não serve para mais nada além de arranjar um casamento vantajoso para Britannia.

— Era assim que meu avô tratava todos vocês?

Dizia Oliver voltando a posição. Enquanto Carine se estremecia com as palavras do menino lembrando exatamente do seu casamento forçado e fracassado na época da guerra.

— Não adianta esconder mais nada de mim. Eu sei tudo o que ele fez. Usou todos vocês. Inclusive meu pai e a tia Nunnally como moeda de troca antes de invadir o Japão.

— Cala a boca!

Oliver via imediatamente Carine estalar um chicote sobre ele. O mesmo sem opção apenas se abaixava sentindo o chicote em suas costas.

Naquele momento Zoe gritava por seu irmão na porta. Chamando imediatamente a atenção de Lelouch que subia as escadas.
Lelouch pegava a filha no colo e tentava arrombar a porta sabendo que Oliver estava ali dentro, mas não sabia com quem estava.
Suzaku que também ouvia Zoe gritando encontrava Lelouch tentando abrir aquela porta enquanto chamava pelo seu filho que não respondia.

— Lelouch, deixa que eu abro.

Suzaku ao arrombar a porta via uma janela aberta para a noite e Oliver desmaiado no chão após ter claramente passado mal.

Eles corriam imediatamente até Oliver que ainda respirava.
Ao ver que o filho estava vivo, Lelouch começa a chorar enquanto Suzaku pegava o menino no colo tirando daquela saleta.

Dava para ver que o menino estava muito ferido quando deitava ele na cama.
Imediatamente C.C. entrava e quase desmaiava ao ver seu filho naquele estado.

— Quem quer que tenha feito isso com ele eu vou…

Dizia Lelouch tirando o cabelo do filho de seu rosto machucado.

— De quem é aquele ambiente Zero? Perguntava C.C.

— É de Nunnally.

— Não, impossível, Nunnally nunca faria isso com Oliver, ela nem tem essa força.

Dizia Lelouch olhando para Suzaku e C.C.
Eles também acreditavam que seria impossível ser Nunnally que tivesse feito isso com ele.

— Alguém deve ter pegado a chave de Nunnally.

— Não era minha tia. Não era o coração dela que estava ali.

Todos olhavam para Zoe que segurava a mão de seu irmão. Sentada na cama.
Havia muita gente no castelo. Mas poucas pessoas tinham acesso ao seu interior. Ainda mais as salas e o quarto de Nunnally em que só ela e Zero tinham a chave para questão de segurança.
Pensava em Schneizel, talvez fosse um plano para manter Oliver ainda mais em Britannia até ele conseguir fazer com que Oliver fosse posto como príncipe herdeiro.
Mas, ao mesmo tempo, não achava que ele poderia ser tão cruel ao ponto de fazer isso. E ainda sim, ele iria querer um herdeiro bem e saudável. Não teria motivos concretos para ele machucar Oliver a esse ponto.
Pensava também se um dos cavaleiros negros teriam conseguido entrar e feito isso com Oliver por vingança a tudo que aconteceu durante a guerra.
Sua cabeça doía aquilo tudo estava acabando com ele.

Maldito momento em que Oliver e Zoe puseram os pés em Britannia.
Lelouch pegava seu filho no colo e o levava até o quarto onde estavam hospedados.
Ali o menino era cuidado por sua mãe que trabalhou como enfermeira na Primeira Guerra Mundial e durante toda a noite C.C. e Lelouch passavam a noite acordados cuidando do seu filho.


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