Um Amor Improvável - Itachi Uchiha (Em Revisão) escrita por Akira Senju


Capítulo 16
As Crônicas de Uma Médica Invisível - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Trago o primeiro capítulo do livro escrito por Harumi.

Tentarei postar essa sequência de capítulos com menos intervalo de dias.


Tenham todos uma ótima leitura. ♥



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    O COMEÇO

 

Há formas diferentes de se contar uma história. Muitos escolhem apenas falar, já eu, escolhi escrever. Há coisas que não se resolvem mais apenas com palavras vindas dos lábios, principalmente se tratando de lábios que teriam quaisquer informações condenadas por ser de alguém tão… mentirosa!

 

Já não é tão importante que todos saibam quem eu sou, porém, devo explicações para aqueles que sempre estiveram comigo e acreditaram na mentira que eu os contei.

 

A vocês, eu devo A VERDADE.

 

Antes, quero deixar registrado aqui a melhor versão de mim e os caminhos que percorri, pois em minha vida não houve apenas escuridão. 

 

Ao ler o que está escrito aqui, tenha em mente que, verdades são verdades, mas viver uma mentira, talvez signifique a subjetividade do que é certo.

 

Me chamo Harumi Senju, tenho 18 anos. Sou a terceira filha de Shizuka Uzumaki e Kenjiro Senju. Minha irmã do meio se chama Sayuri Uzumaki, minha irmã mais velha se chama Midori Uzumaki.

 

Nasci em Konoha e a vontade de me tornar uma ninja começou muito cedo. Por ter vivido em meio a guerra ainda sendo muito pequena e sendo filha de dois Jounins, meus pais nunca quiseram que eu e minhas irmãs pensássemos que a vida Shinobi fosse fácil, eles não nos privaram de ver os estragos causados pela Terceira Grande Guerra Ninja, mas ainda assim, nos deram a liberdade de escolher ser ninja ou não depois de entender o que realmente isso significava. Midori decidiu ser uma ninja quando já tinha 10 anos, Sayuri nunca teve interesse, já eu, externei essa vontade para os meus familiares a primeira vez quando tinha apenas 4 anos, mesmo depois de ter visto e ouvido muito sobre as Grandes Guerras. 

 

    FAMÍLIA

 

Falar da minha família ainda é difícil, me causa sentimentos difíceis de lidar… talvez por eu ter tentado ser mais forte do que eu realmente me considere. Eu não me permiti assumir essa dor por muito tempo, porque como Shinobi, eu deveria estar preparada para tal coisa. Mas isso se tornou um desafio quase impossível quando eu soube de um detalhe que mudou tudo para mim.

 

 Bom, eu irei tentar começar falando do meu pai. Ah…ele foi um grande homem! Ele era um Jounin muito habilidoso e ao ver o quanto ele era dedicado ao seu trabalho, eu desejei ser como ele. Sua personalidade calma e focada era admirável, mas dele eu herdei apenas os cabelos castanhos e a determinação. 

 

Meu pai foi o primeiro a saber sobre minha vontade de me tornar uma ninja. Depois de voltar de uma missão Rank S e nos contar como havia sido cheia de grandes desafios, eu fui até ele e perguntei se eu já podia me tornar uma ninja, o rosto dele foi de surpresa misturada com felicidade, nunca vou me esquecer daquele sorriso ao responder…

 

“Mas é claro que sim, Harumi!”

 

Já minha mãe quando soube, não ficou tão surpresa, ela sorriu com orgulho, ela parecia já esperar por aquilo. Minhas irmãs admiraram minha coragem, minha irmã mais velha, Midori, que era uma Chunnin, me fez a promessa de me treinar para as provas Gennin, Sayuri mesmo não sendo uma ninja, me apoiou totalmente e disse que quando se tornasse médica no futuro, estaria sempre pronta para me ajudar. 

 

TREINAMENTO EM FAMÍLIA

 

Conforme os dias passavam, meu pai quando tinha um dia de folga, me levava até a floresta para me ensinar alguns golpes de Taijutsu, seus olhos brilhavam quando me via executando o que ele me ensinava, principalmente pelo fato de eu aprender rápido. Depois que eu externei minha vontade de me tornar uma ninja, ele sempre dedicava boa parte do seu tempo em casa para me ensinar algo, seja em treinos ou contando suas experiências. Ele me contava histórias sobre seus treinamentos no passado, sobre sua atuação na Terceira Grande Guerra, os maiores desafios que enfrentou e o principal de tudo, ele nunca desistiu! 

 

Minha mãe sendo também uma Ninja muito habilidosa, também me ensinou muitas coisas, tanto nos treinos, quanto contando suas experiências. Suas reservas de Chakra eram superiores, ela também se regenerava facilmente, tinha habilidades sensoriais e em algumas missões, usava a Personificação de Chakra.

 

Certo dia, ela me levou até a floresta e me disse que tinha um treino especial só para mim. Nesse dia, ela me ensinou a suprimir meu Chakra, repetimos o treino algumas vezes e além da Personificação de Chakra, ela também me ensinou algumas técnicas de Selamento que eu levei longos anos para dominar totalmente. Ela sempre me dizia para tentar evoluir como ninja tendo meu Chakra suprimido, aquilo era impossível e eu tentava entender o porquê daquele pedido, mas ela dizia que eu saberia no momento certo e quando eu soubesse, eu deveria fazer a escolha certa.

 

Minha irmã, Midori, era uma ninja incrível, seu Taijutsu sempre foi muito elogiado e eu a admirava extremamente. Tive a sorte de aprender um pouco de Taijutsu com ela também, ela tinha muita velocidade e precisão, conseguia analisar o adversário rapidamente e me disse que ser ágil tanto para analisar os movimentos do oponente quanto para se defender e  contra atacar, era algo muito difícil de se aprender, mas se eu conseguisse, seria uma ninja formidável. Com sua personalidade calma como a de nosso pai, e sendo uma verdadeira estrategista, ela era uma ninja incrível!

 

Já minha irmã, Sayuri, se interessava muito pela medicina e mesmo que ela ainda tivesse apenas 12 anos, estava sempre estudando, mas quando Midori e eu a chamávamos para passear na floresta, ela abria uma exceção e passamos algumas horas nos divertindo muito por lá. 

 

Nossas longas caminhadas na floresta me deixaram uma grande saudade, eu ainda tenho o mesmo costume, mas hoje, eu caminho sozinha. 

 

 Eu fui uma criança muito observadora, minha personalidade é muito parecida com a de minha mãe, impulsiva, teimosa, às vezes muito falante, mas além disso, minha coragem e meu jeito ninja também são como os dela. As vezes nossa coragem em excesso nos faz cometer erros por agirmos sem pensar, minha mãe também cometeu alguns erros devido a sua impulsividade. 

 

Minha família amava Konoha como ninguém e me ensinaram a amá-la e protegê-la a todo custo. Meu pai me disse uma frase no último dia que passamos juntos…

 

 “ Morrer não significa que você falhou. Se você morrer lutando para proteger as pessoas que ama e também sua Vila, será visto como um herói!” 

 

Hoje eu entendo perfeitamente. 

 

 Me lembrar desses momentos me traz uma imensa saudade!

                                     

A GRANDE PERDA

 

Depois desses treinos em família, eu entrei na Academia Ninja, eu tinha 5 anos e estava muito empolgada para os exames Gennin, meus familiares me deram todo apoio e tudo que eu aprendia nas aulas teóricas, eu contava a eles e mesmo que eles já soubessem, me ouviam com atenção. Eu adorava as aulas, adorava ver meus amigos, mas em especial, minha melhor amiga Natsumi Yuuhi. Depois de um tempo, eu e Natsumi nos aproximamos de um garoto que era muito tímido e estava sempre sozinho, seu nome era Seiji Hyuuga. Era difícil arrancar alguma palavra dele, ele ficava constrangido até mesmo quando percebia que estávamos olhando em sua direção, mas com o tempo e com nossas tentativas insistentes, conseguimos nos aproximar mais dele e nos tornamos amigos inseparáveis.

Estava tudo incrível, faltavam alguns dias para a primeira prova Gennin, mas um acontecimento, fez meu mundo desmoronar…

 

Faltavam apenas 2 dias para a prova, meu pai tinha acabado de chegar do trabalho e enquanto conversava com minhas irmãs e minha mãe preparava o jantar, eu pedi autorização para sair e minha mãe deixou com a condição que eu não demorasse. Eu fui até a floresta, não muito longe, era um lugar seguro que eu tinha o costume de ir, fui até lá para treinar um pouco sozinha,eu estava tão ansiosa pela prova que não conseguia me conter. Depois de algum tempo, eu escutei barulhos muito altos vindo da direção onde ficava minha casa, os estrondos ficavam cada vez mais ensurdecedores, dessa vez por vários lugares diferentes. Eu decidi voltar para casa pois fiquei com medo, mas quando eu estava me aproximando, vi que minha casa estava destruída, eu fiquei ali paralisada pensando que… talvez… eles tivessem saído a tempo... 

 

Enquanto eu estava parada, alguém me pegou no colo, era um dos policiais de Konoha, eu me recuperei do choque e o perguntei o que estava acontecendo e as palavras dele foram…

 

“A Vila está sendo atacada pela Raposa de Nove Caudas. Fique tranquila, vou te levar para um lugar seguro.”

 

Eu então o questionei sobre minha família, mas não tive resposta.

 

Ele me levou para um lugar que tinha muitas outras crianças. Estávamos todos assustados, eu observei todos que estavam à minha volta na esperança de pelo menos encontrar Sayuri, mas não, ela não estava lá. 

 

Depois que o ataque foi parado, os policiais levaram as crianças até seus familiares, mas muitas recebiam a notícia de que algum ente querido tinha morrido e isso me fez ficar muito apreensiva e com medo. Quando chegou a minha vez, eu logo perguntei onde estava minha família, o policial me perguntou onde eu morava e quando eu o expliquei, ele pensou alguns segundos antes de me dizer a pior frase que ouvi em toda minha vida…

 

“Eu sinto muito, seus familiares estão todos mortos.”

 

Naquele momento, eu conheci a dor, a solidão, o desespero e isso me mudou…

 

 Eu tinha um lar cheio de amor, harmonia, sonhos, éramos felizes todos juntos. Depois de todos saberem da minha vontade de me tornar uma ninja, eu soube que meus pais tinham expectativas sobre mim muito maiores do que eu podia imaginar, isso me motivou ainda mais. Ter o apoio deles era o que me trazia força, eu tinha como sonho voltar para casa e contar aos meus pais e as minhas irmãs que minhas missões tinham sido um sucesso e logo depois tomar um banho para jantar uma deliciosa refeição feita por minha mãe com todos a mesa. De todos os sonhos que eu tive, esse era o que eu mais queria ter realizado…



 Eu sempre irei amá-los, papai, mamãe, Sayuri e Midori.

 

TEMPOS DIFÍCEIS

 

Depois do ataque da Nove Caudas e da morte do Quarto Hokage e sua esposa Kushina Uzumaki, o exame Gennin havia sido cancelado, as aulas voltariam depois de algum tempo. 

 

Quando as aulas voltaram, frequentá-las se tornou uma tortura!

 

Eu me tornei uma criança indiferente, sempre muito fechada e de poucas palavras. Seiji que já não era tão tímido comigo e com Natsumi, se mostrou um grande amigo, ele sempre me fazia companhia, mesmo eu sendo indiferente e até mesmo grosseira às vezes, ele sempre foi muito gentil, o que fazia com que eu aceitasse a companhia dele. Em uma de suas tentativas de me fazer sorrir, ele levou dangos e dividiu comigo, isso realmente me trouxe um pouco de felicidade. Com o tempo, ele se tornou a única pessoa que conseguia me fazer sorrir. Natsumi também foi uma boa amiga, mas às vezes ela  parecia irritada com o fato de Seiji me dar mais atenção. Como ninja, eu tentei manter meu foco e seguir todos os conselhos dos meus pais, mas eu estava desmotivada, tudo que eu pensava era que eu não tinha mais por quem lutar, não tinha alguém amado que eu quisesse proteger. Dentro do meu coração havia um vazio, eu estava perdida. Mesmo amando Konoha, eu não fui capaz de evitar ou parar o ataque da Raposa de Nove Caudas e perdi todos que eu amava.

 

Apesar dos treinos que tive com meus pais e minha irmã, fui reprovada nos testes para Gennin. Eu me destacava em minha turma por ser inteligente, mas eu tinha o defeito de tentar dar conta de tudo sozinha e agia sem pensar, eu passei a acreditar que eu deveria trabalhar sempre sozinha. Seiji e Natsumi também foram reprovados juntamente comigo. Natsumi por sua necessidade de estar a minha frente, Seiji por ser muito inseguro.

 

Mas nós não desistimos, treinamos bastante e na segunda tentativa, eu, Seiji e Natsumi nos tornamos Gennins e continuamos fazendo parte da mesma equipe, ou seja, continuamos inseparáveis.

 Nossas primeiras missões como Gennins foram divertidas e interessantes, mesmo eu não conseguindo demonstrar muito o quanto eu me divertia. Seiji se tornou meu melhor amigo, já Natsumi continuava a demonstrar incômodo com isso, eu percebia que ela sempre tentava chamar a atenção dele de alguma forma e criou uma competição entre nós duas, mas a verdade era que, eu não me importava nem um pouco com nada disso.

 

SELAMENTO DAS LEMBRANÇAS

 

Depois que minha família se foi, de certa forma, eu fiquei sob os cuidados do terceiro Hokage, Hiruzen Sarutobi. Certo dia ele me chamou em seu escritório e ao chegar lá, ele me perguntou sobre o que eu gostaria de fazer com os pertences de meus familiares que sobraram, ele demorou alguns anos para me fazer tomar essa decisão pois sabia que seria algo difícil. Eu disse que gostaria de ver o que sobrou, mas essa foi a pior escolha que eu poderia ter feito!

 

O próprio Hokage decidiu me acompanhar até uma sala não muito longe de seu escritório. Ao chegarmos lá, ele acendeu a luz e minha realidade mudou totalmente a partir dali…

O uniforme de Jounin do meu pai sujo de sangue, as roupas e o avental da minha mãe sujos de terra e sangue… o resto dos livros de Sayuri, sua blusa favorita, os óculos de Midori quebrados… suas roupas com sangue, mas o que me fez paralisar ainda mais foram as bandanas de meu pai, minha mãe e Midori… 

Naquele momento, toda dor que eu não fui capaz de externar desde o dia que tudo aconteceu, se tornou incontrolável!

As lágrimas caíam de meus olhos enquanto eu tocava nas coisas da minha família, eu estava sentindo uma dor agonizante, apertava meu coração, doía como uma estaca o perfurando diversas vezes, aquela cena, aquelas coisas, foi como ver claramente que eu estava SOZINHA.

 

 Hiruzen foi até mim e me abraçou sem dizer nada. Depois de um tempo, ele me disse que se encarregava de fazer o que eu quisesse com aquelas coisas, eu então lhe pedi que queimasse tudo, eu não queria mais ver aquilo, porém, Hiruzen disse algo que me deixou extremamente confusa…

 

“Harumi, haverá um dia em que você precisará olhar essas coisas de outra forma. Elas te ajudarão a entender algo muito importante.”

 

Eu fiquei em silêncio, eu não queria mais ter que olhar para aquelas coisas de novo, eu não queria mais sentir aquela dor, então Hiruzen teve uma ideia…

 

“Venha comigo.” Disse ele caminhando para fora da sala.

 

Ele me levou até uma outra sala não muito longe de seu escritório e lá, tinha vários pergaminhos, ele me disse para pegar um e assim eu fiz. Depois disso ele me disse para o encontrar de noite em seu escritório pois ele me ajudaria a guardar aquelas coisas. 

 

Ao anoitecer, eu fui até o escritório do Hokage e lá estavam algumas caixas, ele me disse que ali estavam as coisas dos meu familiares e me fez um pedido…

 

“Quero que você pense em um lugar especial na floresta, um lugar que você goste muito.”

 

Eu logo me lembrei do bosque que eu sempre visitava com minha família da qual era o lugar favorito da minha mãe. Quando eu disse, Hiruzen disse para levarmos aquelas caixas até lá e assim fizemos.

Ao chegarmos no bosque, colocamos cada coisa em um lugar específico. Hiruzen então, abriu o pergaminho que eu escolhi no dia anterior e usou um Fuuinjutsu para lacrar as tampas das caixas, em seguida, ele as selou no solo do bosque, aquelas coisas só apareceriam se eu ou Hiruzen invocasse através daquele pergaminho. Depois disso ele me entregou o pergaminho, porém, eu me neguei a pegá-lo e voltei a dizer que nunca mais queria ver aquelas coisas, que ele podia se desfazer daquele pergaminho se quisesse.

 Hiruzen então, com sua vasta sabedoria se aproximou de mim e me disse as palavras que carrego em meu coração desde então…

 

“Eu entendo a dor que você está sentindo. Use essa dor para criar um novo objetivo, saiba desde já que o ódio nunca irá fazer a dor passar, então pense bem.”

 

Eu o olhei por alguns instantes e depois me virei para onde as caixas estavam seladas, naquele momento eu não havia encontrado a resposta, eu sabia que levaria tempo, então eu fiz um pedido a Hiruzen…

 

“Senhor, Hokage, guarde este pergaminho por mim.”

 

Hiruzen sorriu sutilmente…

 

“Como quiser.”

 

A partir daquele momento, eu voltei a evitar sentir a dor de ter perdido minha família, mas dessa vez, eu também passei a procurar pelo tal objetivo que Hiruzen me disse. Porém, a dor me impediu de querer criar vínculos com alguém, o medo de perder pessoas se tornou incontrolável.

 

MUDANÇAS

 

Conforme o tempo passava, eu fui ficando ainda mais fechada, eu era fria, não tinha sentimentos por ninguém, nem mesmo pelo Terceiro Hokage. Meu coração se tornou sombrio e meus objetivos como ninja ainda não tinham se tornado claros para mim. 

Passei a ser indiferente até aos meus amigos, Seiji nunca deixou de ser gentil, continuava muito atencioso e demonstrava me entender sem se importar com minha arrogância. Já a rivalidade de Natsumi aumentou e o motivo continuava sendo a atenção de Seiji. Vê-lo sendo tão atencioso e paciente comigo fez ela me odiar cada dia mais. Eu não me importava se Seiji ou Natsumi sentiam algum carinho ou ódio por mim, eu só estava focada em tentar manter alguma motivação para executar nossas missões, eu continuava sendo uma ninja sem objetivos. Mas muitas coisas mudaram desde minha última missão com eles.



Estávamos em uma missão Rank C, uma missão de escolta, mas fomos atacados por dois ninjas patifes da Aldeia da Chuva. Eu me saía bem nas batalhas, mas naquele dia eu me descuidei e um dos ninjas veio em minha direção para matar, porém, Seiji se colocou na frente sendo ferido em meu lugar. 

 

Ao ver aquela cena… algo surgiu em meu coração, depois de ser tão indiferente e sentir um imenso vazio, algo surgiu… algo que eu não sabia que existia, era um sentimento… um sentimento que com certeza estava ali a um tempo, mas eu não me dei conta. 

 

Eu me preocupei com Seiji, me desesperei ao vê-lo ferido e naquele momento eu ganhei força, meu Chakra se tornou visível em volta do meu corpo e minha força se tornou sobre-humana! Eu não pude controlar aquela força, aquela raiva monstruosa e eu ataquei os dois ninjas patifes e os derrotei sozinha. Quando a luta acabou, eu me senti exausta, eu me virei para ir em direção a Seiji que estava sendo amparado por Natsumi e por nosso Sensei que me olhavam assustados enquanto tentavam conter a perda de sangue dele, eu dei alguns passos em direção a eles e desmaiei. 

 

Acordei algumas horas depois e estava no hospital de Konoha. Assim que abri os olhos rapidamente me lembrei de tudo que aconteceu e me senti extremamente confusa… 

 

“Seiji…”  Eu logo mencionei seu nome.

 

Quando me dei conta de que ele parecia ser muito mais importante para mim do que eu imaginava, eu senti medo, pavor, eu não podia amar ninguém! Mas mesmo sem querer, Seiji se tornou alguém especial, seus gestos gentis, sua companhia, acabaram me levando sem que eu percebesse. Eu me senti em conflito, eu não soube lidar com o que eu estava sentindo e para lutar contra esse sentimento, eu decidi fugir. 

Após uma médica entrar no quarto e me examinar, ela me disse que estava tudo bem e me deu alta do hospital, eu fui até minha casa e fiz uma pequena mala com algumas roupas, comprei alguns doces, uns bolinhos, uma garrafa de água e decidi partir pela madrugada. 

 

Eu não podia mais ver Seiji, mas passei no hospital e deixei um bilhete escrito “Obrigada por tudo!” para que um dos médicos o entregasse. Eu também deixei uma carta para Hiruzen que dizia...

 

“Senhor Terceiro Hokage, eu agradeço por tudo que o senhor tem feito por mim, mas não posso mais ficar em Konoha. Guardarei os seus conselhos e talvez ao me afastar daqui, eu encontre meu objetivo como ninja. Peço-lhe que me perdoe por essa decisão, mas não se preocupe, eu ficarei bem. HS.”

 

Eu então, parti. Fui embora daquela Vila que foi tão amada por minha família e também por mim. Lá eu tive tudo, mas também perdi tudo que eu tinha…


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui! ♥



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