Anormais Presentes para Morte escrita por Alice Prince


Capítulo 1
P R Ó L O G O




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— P R Ó L O G O -

 

Não há sentimento mais poderoso em todo nosso querido e antigo mundo do que o medo.

 O estranho formigamento em sua nuca, que faz com que seu coração acelere, a ponto de fazer seus pulmões implorarem cada vez mais por ar. Devo dizer que aprecio como ele se enraizava nas almas, abraçando-as como um amante silencioso, quase sempre impossível de ser vencido. Não há como iniciar um jogo com ele sem o prelúdio de um lastimável fracasso...

O medo, meus caros, sempre irá vencê-lo!

E assim dou início a um relato sobre a culpa, e quão corrosiva ela pode vir a ser. A pergunta que viaja por entre os anos a fio é: para onde a culpa vai levá-lo? Apenas lhes direi uma coisa que eu jamais deixei oculto de qualquer ser existente neste mundo: a culpa o carrega para um além repleto de segredos e respostas onde as almas puxam suas correntes pesadas até se libertarem, o meu lugar preferido em todo o universo.

Talvez, porque eu estava intrinsecamente envolvido em sua essência e propósito, afinal, não há como vencer corrida alguma sem enfrentar antes os obstáculos nela presente, e era nesse exato ponto que meu trabalho se iniciava. Talvez você tente me desvendar, mas não estamos aqui por mim, essa história não tem o intuito de instigar sua curiosidade para as perguntas que sei que começam a se formar em sua jovem mente humana. Estamos aqui por algumas almas, não especiais, mas que me geraram certo interesse pela singularidade de como sentimentos distintos as levaram ao mesmo lugar.

Mas como toda boa história precisamos pincelar os passos que cada ser deu antes de chegarmos à cereja do bolo, o que se passou em suas mentes enevoadas em cada momento? As escolhas e os fizeram chegar lá.

Há uma bela frase criada por uma alma pensativa demais em toda sua vida, crivada de metáforas, tantas que às vezes até para mim era difícil entendê-la. “Uma coisa tão simples quanto bater as asas de uma borboleta, pode causar um tufão do outro lado do mundo”. De fato, as borboletas têm uma beleza divina em sua essência, e me admira demasiado que alguns tenham parado no tempo para apreciá-la, são nos pequenos detalhes intrínsecos nesse mundo que muitas das respostas se encontram.

E será baseado nessa bela e simplória metáfora para explicar as diversas faces do destino de uma pessoa que irei basear minha história.

Essa é uma história sobre amor, Medo, Morte e Vida, e a linha tênue que os une, traçando nos confins do universo os caminhos pelos quais tempo percorre sem cansar, eu mesmo os guio, sempre silencioso, mas jamais distante, eu estou aqui perto de cada um, apenas observando cada alma tomar seu rumo, as linhas novas que nascem a todo instante e as linhas que se apagam com o abraço de Morte.

E assim o Destino senta-se diante de uma bela árvore para lhes contar sobre uma alma em especial.

 


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