Tudo estava bem... escrita por Wizard Apprentice


Capítulo 24
Capítulo 24 - 2o ano.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, com bastante ação.



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—Tom.

Riddle estava parado, junto ao corpo inerte de Pettigrew. Vestia o antigo uniforme da Sonserina, e segurava a varinha de seu servo com as duas mãos. Era jovem e bonito, bem diferente do que viraria em alguns anos. Virou-se bruscamente ao ser chamado. 

—Harry Potter. O garoto que sobreviveu ao Lorde das Trevas. A pessoa com quem eu mais gostaria de me encontrar... EXPELLIARMUS! - A varinha de Harry saltou de sua mão, e foi apanhada por Tom, ainda no ar. 

—Alguma coisa específica em mente? 

—Algumas. Mais um pouco e deixarei se ser apenas uma memória.. - Tom jogou a varinha de Pettigrew para longe, e apontou a varinha de Harry contra o próprio dono - E poderemos conversar como... Gente grande. Eu poderia te contar mais sobre quem sou e como estou aqui, é claro, mas desconfio que já tenha conhecimento da maior parte. Afinal, nossa querida Ginny não gosta de guardar segredos...

—Vai à merda! Você queria me usar igual a e ele - apontou para ao homem desconhecido que jazia ao seu lado - Harry me salvou. Eu sei quem você é. 

— Então você não contou para Harry toda a história, não é? Como era durante os seus momentos de transe. Como você ficava satisfeita quando concluía um ataque, e ansiosa pelo próximo... 

—VOCÊ ESTÁ MENTINDO! HARRY, NÃO ACREDITE NELE...

— E sobre Harry Potter, então... Ouso dizer que seus sentimentos e desejos não são tão inocentes quanto deveriam ser, talvez, considerando que Harry nunca sentiu nada por você? 

—Chega. - Disse Harry. - Você quer ganhar tempo, e eu não vou deixar. Vamos resolver isso do jeito antigo, Tom. Deixa ela em paz. Devolve a minha varinha. 

— Antes, gostaria de ter a honra de perguntar algo ao grande Harry Potter. Algo que tenho me questionado há tempos... 

— Com sobrevivi?

— Não, não... É óbvio que seus poderes não são páreo para os poderes de Lord Voldemort, e que o amor de Lilian criou uma espécie de proteção naquela noite. Eu quero saber como você sabia que eu era o dono do diário.

Harry precisava inventar alguma coisa, algo fazia com que ele sentisse que Riddle desconfiava, e muito, da situação. 

— Bem... Dumbledore me deu algumas pistas. Tenho falado muito com o diretor, sabe. Ele me contou muito sobre você, Tom. E eu sei que você o teme, afinal, ele nunca tirou o olho de você.

—Bobagem! Dumbledore não é capaz o suficiente para chegar onde cheguei. Seus poderes são limitados e ele foi afastado por uma simples lembrança de um adolescente. Ainda por cima permite que seu aluno prodígio e a garotinha idiota venham até aqui para morrer. É um lunático.

—Você está errado! - Interrompeu Gina, provocativa, com um sorriso maldoso nos lábios, cada vez mais afiada conforme percebia a reação de desagrado do inimigo - Dumbledore é um grande homem e um bruxo muito melhor do que você. Todo mundo sabe que é o bruxo mais poderoso da terra, e você não é páreo para ele. Aliás, todos sabem que Lord Voldemort sempre o temeu.

— Pois bem, então. Vamos ver o que aprenderam com o grande mestre de vocês. 

Riddle virou-se para o gigantesco rosto de Salazar Slytherin, esculpido em pedra. A morada do monstro, do gigantesco e assustador basilisco.

Murmurou em língua das cobras um comando, que apenas Harry entendeu. 

—Gina, CORRE! 

Mas a garota era esperta. Tirou a varinha do bolso e jogou-a para o amigo. Ele saberia como usá-la melhor do que ela. Ambos se afastaram, com cuidado, enquanto a entrada da caverna se abria, e um bicho gigantesco deslizava para fora.

— O que faremos!?  

— Vou tentar cegar o basilisco, depois vamos conseguir olhar pra ele!

Enquanto isso, um piado acolhedor e sonoro cortou o ar. Folks! 

Harry viu a bela fênix cortar os ares, carregando o chapéu seletor. Que bela hora para as coisas se repetirem! Ele não fazia ideia de como matar um ser daquele tamanho com feitiços.

Levantou os braços para agarrar a entrega, mas a bela ave desviou dele, e deixou o chapéu cair delicadamente nas mãos de Gina Weasley. 

Voldemort caçoou do presente. Que utilidade teria aquilo? Foi silenciado imediatamente depois, quando Folks furou os olhos da criatura, que sibilou em agonia. 

Naquele momento, a cobra avançou sobre Gina, que puxou a espada de Godric Grifinória de dentro do chapéu, estupefata. O que ela deveria fazer com aquilo? 

Vendo a espada, Voldemort lançou um feitiço contra a garota, mas ela desviou. 

— VOCÊ QUER MATAR UMA GAROTA DE 11 ANOS, SEU FILHO DA PUTA!? - Gritou Harry, alucinado, tirando finalmente a varinha de Ginny do bolso, e berrando Protego, quando outro jorro de luz verde saiu de sua própria varinha contra a garota.

— Parece que meus poderes estão quase todos de volta. Rabicho está por um fio. - Disse satisfeito - Apenas para não perder hábito...

Harry atacou o inimigo, furioso, mas era difícil causar dano real a algo que se assemelhava tanto à um fantasma. Logo notou que era inútil, mas precisava se livrar dele rápido, antes que se tornasse real, e verdadeiramente forte.

Enquanto os dois duelavam inutilmente, já que Harry não conseguia atingir Riddle, e Riddle não tinha força suficiente para atingir Harry, Gina corria desesperada da cobra, que a ouvia e farejava.

A garota lutava contra o medo, o nervosismo e a preocupação. Precisava se salvar e salvar Harry, mas tudo o que tinha em mãos era uma espada...! Uma espada, é claro!

Virou-se e encarou o animal pavoroso. Sangue escorria do que um dia foram seus olhos amarelos. Seu sangue gelou, quando viu suas presas se aproximando, prestes a alcançar seu rosto... 

Com toda a sua força empunhou a arma, e permitiu que penetrasse até a bainha no céu da boca do monstro. 

O grito do basilisco e o de Riddle se misturaram em um só. Harry se virou e admirou, embasbacado, orgulhoso, impressionado, a menina puxar a espada e permitir que a cobra desabasse ao seu lado, morta. 

E então, a garota também desabou, a ferida em seu braço exposta, o sangue escorrendo e o veneno corroendo sua pele.

— Uma pena, realmente. Parece que eu subestimei a sua namoradinha. E imaginar tudo o que vocês poderiam ter sido... Talvez se casassem... Tivesses filhos lindos...

Ginny deixou uma lágrima escorrer, e Harry viu o brilho prateado que isso emitiu.

Dessa vez a luz verde saiu de Harry, seguida de outra, de Voldemort.

— Já aprendeu a lançar maldições imperdoáveis, Harry? Interessante... Não me parece algo que Dumbledore gostaria de ver.

E então, quase que instintivamente, Ginny pegou a presa que antes estivera em seu braço, e arrastou-se até o diário.

— Te encontro no inferno, Tom Riddle! - E espetou o diário com vontade. Tinta jorrou das páginas e o feitiço que o bruxo lançava contra Harry imediatamente cessou, sendo substituído por dor. 

— NÃO! PARE!

Ginny furou mais páginas, e então a capa do diário. E então, Voldemort explodiu em poeira.

Tinta escorria por todo lado. Tinta gosmenta, velha. Tinta de décadas. E então, a garota desmaiou.

Folks desceu dos ares e derrubou suas lágrimas melancólicas sobre o braço da menina. Harry segurava a amiga, quase curada, enquanto presenciou Pettigrew reviver. O rato suspirou profundamente, ganhando novamente vida, e se levantou, confuso, perguntando por seu mestre. 

— Não esperava que fosse morrer, não é, seu covarde? Ele ia te matar, mas agora os dementadores vão cuidar de você. - Harry conjurou cordas que se enrolaram no homem.

— Harry, quem é esse? - Peguntou Gina. 

— Um lixo. Um servo de Voldemort. Você vai para Azkaban, Rabicho. E Sirius finalmente poderá ser inocentado. Como você pôde fazer o que fez?  E de novo. E de novo? Eu te mataria aqui mesmo, se não fosse em respeito à ela. 

—Por mim tudo bem. - Disse Ginny - Contanto que você me explique o que aconteceu depois...

— Harry, Harry, Harry... 

—Ah não. - Murmurou Harry, se virando surpreso para a entrada da câmara. 

Lockhart se aproximava, vestia túnicas douradas e estava com um sorriso malicioso. A mão escondida dentro da capa.

— Professor, se me permite interromper, seja lá o que for dizer, eu sugiro que você volte imediatamente. Conte o que quiser. Que achou a entrada da Câmara, que nos salvou, que matou o basilisco, o que quiser - ele fez uma pausa - mas eu sugiro que você não nos ataque. Isso pode te prejudicar, muito.

— Você é uma fraude! - exclamou Gina - Você assume o crédito pelas conquistas de outros bruxos!?

— Ele faz pior do que isso. Ele usa feitiços da memória poderosos para fazer com que esses bruxos fiquem loucos pelo o resto da vida. 

— Pelas barbas de Merlin, Harry, é o quarto monstro só essa noite!

— Você nos seguiu?

O professor assentiu. 

— Muito bem, Potter, diga adeus às suas memórias! Obliviate!

Dois feitiços atingiram Lockhart ao mesmo tempo. A velocidade com que Harry sacou sua varinha e murmurou um poderoso expelliarmus não foi páreo para a velocidade com que Ginny afastou Harry e berrou Protego, para proteger o garoto. 

A força do feitiço defensivo de Gina fez com que o feitiço de Lockhart ricocheteasse, e ele fosse atingido em cheio pelo próprio feitiço, no peito. Nocaute!

—Idiota.

—Gina 3, monstros 0! Por que eles sempre acham que eu sou a mais fraca, Harry? 

—Por que você é novata nisso, mas não se acostuma não, mais uns duelos e vão começar a te atacar pelas costas, é um saco. Ei, eu não me lembro de ter te ensinado a usar Protego. 

— Acabei de aprender. Eu aprendo rápido. -ela sorriu. 

Pettigrew pegou, com esforço, a varinha esquecida ao lado do diário, e se transformou novamente em Perebas. Ginny reconheceu o rato, gritou, e os dois tentaram segurá-lo, mas era tarde. O desgraçado desapareceu pelas fendas das paredes.

Ela tinha muitas perguntas, e queria todas as respostas.

—Harry, não precisa ficar assim porque ele fugiu! Matamos o basilisco, e destruímos o diário. Voldemort morreu, não é?

—Gina... Eu tenho a sensação de que existem mais diários por aí. Vamos, vamos embora desse lugar horrível.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, me diverti escrevendo esse.



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