Depois do Crepúsculo escrita por FSMatos


Capítulo 8
Capítulo Oito


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma temporada tendo crises de ansiedade e pondo os estudos atrasados em dia: ESTAMOS DE VOLTA!

Legenda
(*) CORREÇÃO: fuso-horário entre países de diferentes continentes.



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*EDWARD*

 

"Céus, por que isso não pode ser apenas uma piada de mal gosto?" pensei enquanto me trancava novamente no banheiro do avião.

Do lado de fora, dezenas de humanos dormiam tranquilamente. Na cabine do comandante, o piloto e copiloto repassavam as coordenadas de pouso. Os comissários de bordo organizavam os pratos de comidas consumidas. - O cheiro de sangue dos humanos estava um pouco demais para mim. Somando isso ao meu crescente desespero, raciocinar era uma tarefa impossível. Deveria ter me alimentado. Fazia quantos dias que eu não caçava? Duas semanas? Três? Um mês e meio, talvez…?

Olhei no relógio em meu pulso. Quando falei com Alice mais cedo, ainda faltavam cerca de quinze horas até tudo acontecer, até que fosse tarde demais. De Guaynabo até Londres, levaria um pouco mais de oito horas. Mas Alice vinha de Vancouver, o que acrescentava mais duas horas de espera. Junte isso a escala até a Itália e a viagem de carro… Pensar nos números, no tempo apertado, me fazia querer arrebentar a lateral daquele avião e sair dali, correr mais rápido do que aquela lata de sardinha voadora.

Tentei encarar o monstro maltrapilho no espelho. - Meu rosto ainda era inumanamente belo, mas nem metade da sombra do que um dia tinha sido. As olheiras profundas e escuras davam um ar cadavérico anormal. Descobri de maneira incômoda que essa nova roupagem causava horror nas pessoas ao meu redor. Precisei utilizar óculos escuros para afastar as atenções humanas. Meu cabelo perdeu parte de seu brilho. Estava cinzento, sem vida. Minhas articulações estavam um pouco travadas, talvez pelos anos parado e escondido em buracos fétidos, como os antigos vampiros londrinos. - Pela primeira vez em quase um século, eu me vi parecendo um morto-vivo de verdade. A imagem era quase satisfatória. Eu merecia estar no fundo do poço por tudo o que tinha feito a Bella, a Alice, a toda a minha família. Até mesmo àquele serzinho insuportável da Rosalie.

Sorri, e o vampiro consumido tentou imitar, uma imitação seca e sem vida. Não havia charme e nem encanto. Apenas sombras e oco. Nada mais.

Ouvi quando uma comissária de bordo se aproximava da cabine. Ela estava preocupada com a possibilidade de eu estar passando mal, já que tinha me achado muito pálido para ser alguém saudável. Coloquei os meus óculos de volta e sai, sem esperar que ela batesse. Voltei ao meu assento e fechei os olhos, tentando fazer a minha mente trabalhar de maneira coerente. - Ao meu lado, uma senhorinha de uns noventa anos dormia tranquilamente, agarrada a sua bolsinha de retalhos. Ela sonhava com a neta que ia visitar. Estava feliz. Era uma felicidade inocente, como a de um bebê. Senti inveja de toda aquela alegria, ao mesmo tempo em que eu desejava participar. Bloqueei todas as outras vozes e deixei apenas a dela entrar, na esperança que sua luz pudesse apaziguar um pouco da minha amargura.



Eu havia passado as últimas semanas ignorando as ligações de minha família. Sabia que sentiam minha falta, sabia que iriam implorar por minha volta. Nada fomentava mais o meu remorso do que ouvir a dor deles, principalmente a de Esme. 

Alice. Céus, qual era o problema dela? Tantos anos e ela não havia mencionado o nome de Bella; era o nosso acordo, nosso consenso: Isabella Swan teria uma vida comum, uma vida humana, longe de nossa influência. Quando fui visitá-los e soube da intenção dela de voltar à Forks, foi uma das poucas vezes em que gritei com ela. Claro, a situação dos lobos me preocupou, mas eles eram protetores de suas terras, afinal. Não machucaria uma humana comum, e eles haviam protegido Bella de Victoria. Alice sabia disso. Ela viu o futuro tranquilo e pacato.

Isso foi há cinco anos. E então, em um dos raros momentos em que ela entrava em contato comigo, mais uma vez o nome de Bella foi mencionado. Ela falou novamente sobre ir atrás dela, fosse onde ela estivesse.  Por impulso, desliguei o telefone, pois tinha certeza do que viria a seguir. E também por não suportar a dor das lembranças. - Por muitas vezes estive perto de quebrar a minha promessa. Por muitas vezes eu andei ao limite e estive prestes a me entregar ao desespero de estar longe dela. Fui até os limites da Península de Olympic, quatro, cinco, seis vezes… E em todas elas eu fui covarde (ou corajoso) o suficiente para recuar, incisivo comigo mesmo o bastante para recuperar a sensatez. Bella não era do nosso mundo, muito menos merecia a dor e a monstruosidade de fazer parte dele.

Mais algumas semanas se passaram. Esme ligou outra vez; o visor do celular brilhava com o seu nome. Doía o peito ao não falar com ela. A ligação caiu na caixa postal, mas nenhuma mensagem foi deixada para mim. Fitei o pequeno aparelho por alguns minutos antes de respirar fundo e retornar a ligação. - Dois toques.

— Ah, Edward! Você atendeu… - A voz de Esme ao atender era trêmula, como se estivesse amedrontada. Meu corpo inerte de repente estava aceso, em alerta. Havia algo de grave, muito grave acontecendo com a minha família. Esme não estaria assim se fosse o contrário.

— O que está acontecendo? - perguntei, erguendo-me do meu canto escuro do pequeno galpão, afugentando um gato distraído que procurava comida entre os lixos.

Ouvi quando o telefone foi passado de uma mão a outra.

— Você é um covarde, Edward Cullen. - Era Alice.

Por meio segundo considerei desligar o telefone como antes, mas ainda estava preocupado com o estado de Esme. Se fosse outro membro da minha família agindo daquele jeito, eu poderia considerar ser uma atuação, mas não Esme. Ela não era do tipo que gostava de enganar ou inventar desculpas teatrais, por mais nobre que fosse o motivo.

— O que você quer? - O questionamento saiu mais ríspido do que eu planejava.

— O que eu quero, Edward, é que você para de agir como uma criança orgulhosa e me escute. - Ela parecia bem autoritária, um contraste estranho com sua voz suave e cantada. - Preciso que você se mexa, que pare de ficar se lamentando pelos cantos do mundo nesse luto ridículo.

— Eu não vou voltar.

— E alguém falou em fazer você voltar? - Sua voz subiu uma oitava, exasperada. - Não. Não se trata de nós, se trata de você. E da Bella.

Bella Bella Bella Bella… era sempre a mesma conversa!

— Porque eu ainda me importo com a minha irmã, - continuou quando a minha única resposta foi um rosnado baixo. - e sei que você se importa com ela também!

— A Bella - Doía dizer o nome dela em voz alta. - não é mais problema nosso!

Eu a ouvi suspirar. 

— Ela sempre será o nosso problema. Ela sempre precisará de nós, de você…

— O que quer dizer?

— Edward, eu vi… - E ela me contou tudo que tinha visto. Cada detalhe asqueroso. Os meus piores pesadelos estavam a ponto de se concretizar e eu nem estava por perto para ao menos tentar impedir. Eu deveria ter deixado ela falar antes…

Assim que desliguei o telefone, corri para algum lugar onde eu pudesse trocar de roupa e tomar um banho. Parti em direção ao aeroporto. O choque de sentir o cheiro de sangue humano tão de perto de novo me pegou desprevenido. Ainda sim, não poderia me dar ao luxo de ir caçar. Faltavam apenas catorze horas até o fatídico momento.



A mente da senhorinha ao meu lado aos poucos ficava cada vez mais lúcida. Afastei-me para o outro lado, para dar o devido espaço e conforto. Ela despertou devagar e olhou ao redor. Estava com sede. Pensei em ajudá-la, mas uma das comissárias, vendo que a idosa estava acordada, trouxe para ela um copo com água.

Olhei o relógio outra vez. Meia hora até o pouso. Fechei os olhos e fingi que estava dormindo. Assim que chegamos a Inglaterra, às dezoito horas*, tentei não andar rápido demais, como um louco, em meio a todos aqueles humanos cansados. Saí da área de desembarque e fui direto até os balcões de passagem. Alice me instruí a comprar as nossas para as vinte e meia, quinze minutos depois do seu desembarque.

Com as passagens em mãos, fui me sentar em um dos bancos de espera, apoiando a minha cabeça em um dos pilares do lugar e permanecendo o mais longe possível das grandes paredes de vidro enquanto o sol ainda se punha. Eu ainda bloqueava o fluxo de pensamentos das pessoas, mas aquelas seriam horas intermináveis. Abri as comportas, deixando cada voz humana entrar. Era algo que eu também havia me desacostumado, mas a sinfonia enlouquecida e desgovernada era melhor do que o silêncio ansioso atrás das horas arrastadas. Concentrei-me nelas.

Edward!

Antes que pudesse identificar a voz que gritava na minha cabeça, eu vi o que ela viu durante o seu voo: Bella lutando para proteger outra humana, Bella sendo levada para os subterrâneos de Volterra.

Senti o meu corpo estremecer e minhas mãos se fecharam em punhos bem apertados dentro dos bolsos. Um rapaz que estava sentado ao meu lado sentiu no ar a mudança do meu humor, antes em transe e apático, variando para uma animosidade gritante. Ele se afastou, colocando quatro cadeiras de distância entre nós. - Mas sem necessidade. Eu já havia saltado da minha cadeira e ido em direção a voz da mente de Alice. Segui para o norte, o pavilhão de desembarque mais distante. Nos encontramos no meio do caminho. Alice estava esplêndida, como sempre. Vi em sua mente ela me olhar de cima a baixo, desaprovando no meu novo estilo. Em sua mão, uma pequena mala quadrada de mão. Ela me estendeu o objeto para que o pegasse.

— Carlisle mandou. - disse ela enquanto repassava a conversa que havia tido com Carlisle algumas horas antes.

Antes que eu abrisse a boca para perguntar como ela tinha passado despercebida com aquilo, ela me passou as cenas no aeroporto de Vancouver: a revisão da bagagem de mão, a ida até a sala da polícia, a conversa fiada e os sorrisos encantadores, o suborno dado a cada oficial, cujo os valores somados davam para pagar as faculdades de pelo menos dois estudantes de direito, ao longo de todo o curso.

Alice sendo Alice.

— Use o banheiro próximo do portão de embarque e não esqueça de checar se não tem nenhum humano por perto. - Alice olhou para o futuro, para ter certeza de que tudo ficaria bem. E sorriu satisfeita com o que viu. - Ótimo!

Caminhamos rapidamente, seguindo o fluxo de humanos distraídos e estressados. Em nenhum momento Alice me dirigiu a palavra. Sua mente estava vazia, apenas absorvendo e processando o lugar ao redor. Era como se ela não quisesse pensar no que estava por vir.

Antes que eu abrisse a boca para falar, Alice assentiu em resposta.

Também senti saudades. Por mais que a sua expressão se mantivesse fria, as palavras em sua mente eram carregadas de melancolia contida. Neste breve momento de fragilidade, ela vacilou e deixou escapar algumas lembranças das semanas em que tentou entrar em contato comigo. Ela estava magoada, totalmente resignada. Provavelmente destruída. Estava com medo, tão assustada quanto uma criança deixada pada trás. E também estava feliz por me ver, por eu me importar.

Engoli em seco, tentando empurrar o nó que havia se formado em minha garganta. Não era momento para sentimentalismos.

Seguindo as instruções dela, entrei no banheiro masculino faltando cinco minutos para a decolagem. O tempo não era um problema, visto que eu não demoraria. A necessidade a ser saciada nada tinha a ver com a fisiologia humana. - Escolhi o compartimento mais distante e me tranquei. Apoiei a bagagem de mão e a abri. Dentro dela havia uma caixa térmica contendo cinco bolsas de sangue; um gesto atencioso de Carlisle. Não parei para pensar nele, esvaziando o conteúdo de cada bolsa em segundos. A sensação do sangue em meu estômago e da ardência do fogo amenizada foi um alívio. Não era sangue humano, obviamente, mas estava tão sedento que era como se fosse (talvez melhor). Larguei os sacos vazios no lixo (causaria um pequeno alvoroço, mas não levantaria suspeitas concretas) e puxei o outro conteúdo debaixo da caixa: roupas claras, como sempre usávamos em casa. “Quanto tempo faz que eu não uso roupas assim?”, perguntei-me enquanto me trocava e guardava as roupas roubadas na bolsa.

Quando sai do compartimento, havia se passado apenas um minuto. Em uma breve olhada no espelho, notei que havia voltado a minha aparência comum. Meus olhos brilhavam dourados novamente e não haviam mais sombras. Mas era apenas a casca; por dentro eu permanecia o mesmo.

Alice me aguardava ao lado da esteira de raio-X. Não havia fila. Todos estavam do outro lado, enfileirados enquanto apresentavam seus documentos e passagens para então embarcar.

— Alguma novidade? - perguntei em voz baixa, dirigindo um sorriso cordial para o homem que checava a minha bagagem de mão. Ele estranhou que Alice não tivesse uma, mas não fez caso.

Tudo continua o mesmo, disse. Mas teremos que ser cautelosos. A esta altura, Aro pode ser bem inflexível. Alice me mostrou: a obsessão e o júbilo de Aro. Uma aquisição única era o que ele mais desejava para si e sua guarda. E ele estava disposto a matar sem pestanejar qualquer um que fosse contra os seus planos.

Passamos pelo detector de metais e logo em seguida fomos encaminhados para o portão.

— Uma abordagem mais indireta…?

Vamos ver… Ela checou tudo, todas as alternativas disponíveis. Mesmo que nunca tivesse ido até Volterra, era impressionante sua capacidade de ver cada detalhe da cidade.  - Os muros estão sendo guarnecidos por humanos. Quando chegarmos à cidade, já será quase meia-noite* e boa parte dos turistas já estará dentro dos muros para as celebrações noturnas, então escalar não será um problema. Mas ao mesmo tempo em que os mortais estarão distraídos demais para notar a nossa presença, os Volturi já estarão alimentados e alertas, vagando pela cidade em disfarces discretos e que se misturam à multidão. A comemoração do dia de São Marcos acabava ao som do relógio e tinha que ser perfeita do início ao fim. Era a cidade, a fortaleza e o lar deles, afinal de contas. Seríamos interceptados em poucas quadras.

Em uma breve olhada em nossos passaportes e passagens, fomos liberados para seguir adiante por um longo corredor que levava a porta do avião. Éramos os últimos a entrar. Mais adiante eu podia ouvir os pensamentos impacientes dos comissários de bordo e dos pilotos com o nosso breve atraso.

Alice chegou à conclusão de que não poderíamos entrar tanto pela cidade. Ela começou a checar os bueiros e ralos de esgoto nas ruas e calçadas. Um deles, cerca de dezesseis metros de distância do local mais seguro para saltar, era um poço de total breu, profundo e levava a estruturas mais antigas da cidade. Alice viu as pedras nas paredes e a água que escorria por elas; cenário muito semelhante ao que ela viu onde estaria Bella antes, tanto morta quanto em estágio de transformação. É por aqui!

— Bem-vindos. - murmurou uma das comissárias, totalmente atônita. Seu corpo tremia um pouco enquanto tentava manter a cordialidade e a lucidez. Em seus seis anos trabalhando no ramo de aviação, nunca havia encontrado passageiros tão bonitos e tão intimidadores. E, vendo por seus olhos, por mais treinados que fôssemos para sermos polidos na presença de humanos, a tensão era evidente naquele momento.

Com o foco dos Volturi voltados para as festividades, vagar pelos esgotos antigos não seria um problema grande demais que não pudesse ser superado. Precisaríamos avançar mais fundo na escuridão. Quebrar algumas trancas. Teríamos que ser cuidadosos nesta última parte pois ainda havia a possibilidade de sermos descobertos.

Fomos para nossos assentos. Alice afivelou o seu cinto e fechou os olhos. Seu rosto neutro dava a falsa impressão de que estava cochilando. Porém, sua mente era um velocista alucinado. Ali, nos esgotos antigos, um Edward e uma Alice do futuro exploravam  aquele labirinto bem elaborado. Era tão grande que parecia ir para além da cidade. Eram claras rotas de escoamento, tanto de corpos humanos quanto dos próprios membros da guarda. Em algum momento, entre uma abertura na parede atrás de uma coluna cerrada, outro bueiro. Um mais profundo.

Esperei por mais, mas Alice não continuou. Em vez do futuro, vi o rosto de Jasper. - Eles haviam brigado e a discussão tomou proporções drásticas. Emmett, em seu espírito inflamado, apoiou o nosso irmão na decisão de não nos deixar ir sozinhos. Mas Alice argumentou novamente, dizendo que um clã inteiro chamaria atenção demais. Poderia acabar em algo fatal. Ela tentou parecer segura, mas as chances eram mínimas; e Jazz sabia. Tinha notado, sentido, o nervosismo dela. - Ela havia petrificado em sua cadeira, abandonado qualquer fachada humana. Estava se esforçando para não chorar. Ela tinha visto o vazio. Tinha ciência do que podia vir a nós naquela terra estranha. Entretanto, estava tão obstinada, tão teimosa. E desesperada.

Igual a Bella…

Não sei de onde foi que veio este pensamento, de mim ou dela. Mas desta vez não doeu. - Repassei os momentos de terror vividos anos atrás, quando ela havia sumido e corrido para salvar a mãe que supostamente estava em perigo. Agora o que estávamos fazendo não era diferente do que ela tinha feito na época. Assim como Alice, ela disse palavras duras para a pessoa mais próxima de si para fugir sem ser seguida. Ela confiou e assumiu todos os riscos imagináveis, caminhou para o desconhecido. Tinha sido corajosa, como Alice estava sendo: colocando o seu próprio futuro em risco pelo futuro de outra pessoa.

Ver sua dedicação, sua devoção e amor a Bella, fez-me sentir pequeno, irrelevante. Ela havia amado mais a Bella do que eu. Estava sendo mais corajosa do que eu, que havia abandonado a nossa família, abandonado ela.

— Se para tirar vocês duas de lá eu precisar ficar para trás, - sussurrei. - eu não reclamarei. - Era verdade. Estava cansado daquela existência medíocre há muito tempo. O último ato do cavaleiro branco.

O pensamento me fez rir. Soava como o texto de uma peça teatral meia boca.

Ela franziu o cenho.

Não seja ridículo.

— Não estou sendo ridículo, estou sendo sensato. - suspirei. - Não sei se conseguirei olhar Jasper nos olhos se algo acontecer com você. E nem sei se irei querer continuar vivo se algo acontecer com ela.

Alice abriu os olhos e me encarou.

— Nossa chance de sucesso fica maior se você estiver disposto de fato.

— E eu estou. - Dei de ombros. - Só não estou priorizando a minha segurança.

— Bella vai ficar arrasada. - murmurou.

E como que para provar sua afirmação, ela estendeu uma corda do futuro: Bella chorando sob uma lápide, um memorial. Nele o meu nome e uma foto minha. Não havia corpo sob a terra. Tratava-se apenas de uma homenagem. Vontade de Carlisle.

Torci o rosto.

— Ela vai superar.

— Desde quando se tornou tão ingênuo?

Uma das comissárias se aproximou.

— O senhor poderia afivelar o seu cinto, por favor? Partiremos em poucos instantes.

Obedeci. Alice voltou a sua pose de concentração, mergulhando naquele buraco na abertura da parede, sem hesitar.


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Notas finais do capítulo

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