Assassina de aluguel: O início de uma vingança. escrita por Garota Neutra


Capítulo 1
Capítulo 1 - Quem eu sou


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pelos erros ortográficos, e este primeiro capitulo é um salto na história de mais ou menos 8 anos.

"Roma não foi criado em 1 dia."



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8 anos depois do assassinato...

Meu nome é Katherine Fernnands, tenho 22 anos e moro numa cidade do interior de Ohio, e fui presa por porte ilegal de armas, alta velocidade em uma moto roubada e acusação por triplo homicídio culposo. Quantos anos passarei na cadeia? Não sei, mas antes disso, deixa eu contar como fui parar no meio dessa confusão toda.

Contratada para eliminar silenciosamente três homens em um restaurante de Nova York a noite, era o único local e horário em que aqueles homens estariam reunidos. Eu não sabia o porque seriam mortos, ser assassina de aluguel é isto. Eles te pagam para matar alguém e você vai lá e realiza o serviço. Pois bem, em um quarto de um hotel que ficava de frente para onde eles estariam sentados com uma arma de alcance médio já que era do outro lado da rua, menos de 100 metros, aguardei o melhor momento para disparar neles. O local não estava cheio, mas eu sabia que assim que eu disparasse neles, notariam e eu teria que ser rápida na fuga. Havia uma escada de ferro e eu desceria por ela deixando a arma lá sem nenhuma impressão digital ou algum objeto pertencente, e sobre a gerencia do prédio? Bem, aquele não era um prédio para pessoas de elites, então, com um longo capuz cobrindo meu rosto, além de uma mascará na boca alegando que eu estava com alguma virose, aluguei o quarto por 3 dias. Dito isto, uma moto também alugada estava estacionada no beco mais próximo para quando eu realizasse os dispares, eu fugisse o mais rápido possível. Eu não sabia se havia policias passando por ali por perto, se não, seria um pouco mais complicado.

Quando chegou o momento, e assim como eu disse, os três homens conversavam seriamente, o garçom serviu vinho e alguma comida fina. Todos vestiam ternos, pareciam importantes, mas não havia nenhuma escolta, nada de guardas, nada que indicassem que esperassem serem assassinados. Mirei e disparei no homem de terno e careca que estava sentado em minha direção, e assim que fiz isso, os outros se mexeram e gritos foram ouvidos, o que já era esperado, então disparei no que se levantou, tinha um bigode grande e no outro que já corria, ele usava óculos e assim que foi alvejado, caiu no chão sujando tudo de sangue.

Maldito! Se tivesse ficado quietinhos não sujariam tanto assim o restaurante.

Então, corri. Eu é que não ficaria para ver o que ia acontecer. Desci as escadas, corri em direção minha moto no beco e acelerei como se não houvesse o amanhã. E não durou 5 minutos, viaturas da polícia de NY me seguiam a toda velocidade abrindo caminho. E pelo tanto de viatura, algo estava fora dos planos. Ou alguém tinha dado minha localização ou eles já estavam na minha cola?

Acelerei mais ainda desviando dos carros, das motos, das pessoas e do que quer que entrasse ou surgisse em minha frente. Eu não seria pega, eu não me deixaria ser presa em NY. Meus amigos estavam me esperando no apartamento, eu tinha que voltar ou eles descobririam sobre minha vida dupla.

Droga!

Eu xingava tanto mentalmente. As únicas armas que eu portava uma pistola e facas, elas teriam que servir para a minha fuga. Não era a primeira vez que eu perseguida pela polícia, mas aquilo era muito viatura.

Respirei fundo e me concentrei na fuga atravessando a rua central de Nova York e na próxima esquina seria onde e me livraria de alguns carros. Subindo na calcada para ganhar velocidade e buzinando sem parar para que as pessoas saíssem do meio, e assim como eu previa, ao enrolar ficando de frente para aqueles carros que vinha, foram os que já viam na esquina tentando me encurralar em meio aquele transito da noite, saquei a pistola que estava no cós da minha calça, atirei nas duas viaturas que estavam próximas, baleando os motoristas e logo em seguida os carros batiam no que tivessem em sua frente e feito isto, não esperei para ver o que acontecia, acelerei passando por eles e virando em uma esquina, e não era só 5 viaturas, eram 6, mas dois eu havia eliminados.

Olhei para os hotéis ao redor imaginando como era a vida de alguém normal, devia ser tranquila, nada de mortes, sangue e perseguição. Em uma rápida visão, um casal pousava para tirar fotos na janela, faziam tanto tempo que eu não tirava uma foto minha. Quando será que foi a última vez? Apertei e acelerei o punho da minha moto quando começaram a disparar em minha direção. Pois aquela rua tinha pouco movimento. Perfeito para eles, horrível para mim. Não bastava está acelerando, tinha que desviar das balas.

Um tiro no meu retrovisor. Por pouco, não me atingiu. Virei rapidamente para contar os carros, e havia 2, onde estavam os outros?

Droga! Eles estão mesmo tentando me matar.

Calma, Ket! Não é a primeira vez, você vai conseguir.

Havia uma esquina numa outra rua que dava no supermercado central, certeza que naquela hora ainda tinha pessoas fazendo compras, assim que eu entrasse naquela rua, eles iriam parar de atirar e eu iria começar. Assim que virei a esquina, freei a moto sacando as facas e mirando nos pneus. Não deu muito certo, acertei apenas uma viatura que perdeu o controle batendo nas latas de lixos, a outra viatura desviou e veio em minha direção voltando a disparar contra mim.

Subitamente um helicóptero da policia de NY sobrevoava o supermercado central.

Mas que porra era essa?! Assassinei o presidente e eu não estava sabendo?!

Não houve escapatória. A grande luz que saia do helicóptero me iluminava e eu sabia que não era só aquela luz, pois um laiser de cor vermelha mirava em meu peito, e em seguida outro e mais outro, no total, eram 3 armas apontadas em mim. As viaturas me cercaram e um aviso foi dado.

— Mãos para cima e não se mexa. Qualquer movimento suspeito correrá o risco de ser baleada.

[...]

Não dou a mínima importância de ser presa. Sei ou sinto que logo estarei em liberdade, tenho grana o suficiente para governar um país do tamanho do México. Além disso, tenho amigos e um tio que poderiam enfrentar um exército inteiro por minha causa. Mas o que me deixa com uma pulga atras da olheira, é que alguém havia entrego a minha localização para a polícia. E eu estava ansiosa para colocar as minhas mãos em seu pescoço.

Merda! Os meninos no apartamento...

E meus pais? Bem...estão mortos, foram assassinados. Meu pai era um tira, minha mãe era uma tira, minha família inteira vinha de uma legião de policiais a vários anos e aqueles que não se tornavam policiais, se tornavam algo importante para a sociedade. Médicos, médicos veterinários, juízes, advogados e por aí se vai. Quando digo isso para alguém, eles dizem que sou de uma família poderosa. Só se for na cabeça deles, somos uma família separada, separada pelos quatro cantos do mundo, mal nos comunicamos e nos reunimos apenas em funeral. Na morte dos meus pais, todos estavam lá.

Fui presa em outro estado, por sorte ou azar, estou em uma viagem de férias com meus amigos, estes que são policiais e são do comando do meu tio, e estou em serviço. Não um serviço de uma tira, não sou uma policial, não me dou bem com o jeito lento de como eles tentaram resolver o assassinato dos meus pais.

Na verdade, eles não resolveram. Apenas arquivaram como caso não concluído/não resolvido. Além disso, sempre que eu tentava perguntar algo, tentar alguma coisa, eles agiam como suspeito. De modo estranho. Mas, tenho respeito pela polícia, pois vivo cercada por eles.

E assim que fui presa, explicaram que eu havia assassinado empresários e que um deles era envolvido com venda de armas ilegais alimentando as ruas de diversos países.

Consigo ouvir os gritos dos meus amigos pedindo que os policiais me soltem e que tudo é um engano e que pegaram a pessoa errada. Não me julguem. Não era a falta de confiança, era o fato deles se envolverem e correrem risco de vida. No fundo do meu ser, eu sentia medo de ser sozinha, mas algo dentro de mim impedia de me reunir com os outros. Eu trabalhava sozinha e raramente em grupo, somente quando o serviço exigia, mas nesse trabalho, eu estava sozinha.

Eu estava na sala de interrogatória da qual fui algemada e estava ali a 8 horas, sem água, sem comida e sem direito a ir ao banheiro. Que falta de consideração com minhas necessidades fisiológicas, eu poderia ter cálculos renais e a culpa seria deles.

Alguém entrou na sala e era o mesmo policial que havia conseguido me localizar. Ele vinha com uma papelada na mão e sorria com um ar triunfante. Havia trocado o fardamento e agora eu podia ver a cor dos seus cabelos e dos seus olhos, era loiro e de olhos verdes. Era um gato, mas diante da situação, estava mais para um cão.

— Vai resolver falar agora? – Ele me perguntou puxando a cadeira que estava a minha frente.

— Só se eu tiver direito a ir ao banheiro. – Sorri para ele sem mostrar os dentes. Eu realmente precisava ir ao banheiro. Ele me olhou com desdém e espalhou a papelada pelo chão.

— Sabe o que é tudo isso? – Perguntou ele apontando para tudo aquilo.

— Um monte de papeis escritos com historinhas?

— Engraçadinha. Isso também está escrito nos seus relatórios.

— Vejo que fizeram o dever de casa direito. – Pisquei um olho em direção a ele que me olhou com repreensão, em seguida, puxou o meu braço e com o polegar tocou em minha tatuagem.

— Nas primeiras impressões, pode se ver só rabiscos em círculos, mas depois de um tempo, se ver o símbolo de quem é um mercenário ou no seu caso, uma mercenária.

Eu me espantei com aquilo. Ele era o primeiro policial que reconhecia aquilo. Hum...ele não era só bonito, era esperto. Mas aquele toque dele em minha pele me deixava enjoada. Puxei meu braço e ele me olhou nos olhos.

Outro policial entrou na sala e era mais velho e com uma expressão irritante que me dava nojo. Puxou meu braço que eu mal tinha acabado de puxar e olhou a minha tatuagem.

— Então existe uma nova tatuagem no mercado. – Ele apertou meu braço com mais força e eu o puxei fazendo com meu cotovelo batesse nas costas da cadeira e ele riu. Seus dentes eram amarelos e me davam mais nojo ainda.

— Não gosta quando te tocam? – Eu o olhei com um olhar frio e uma calma letal que o fez levar a mão a arma. Rapidamente o outro policial colocou a mão sobre o braço dele.

— Não iremos conseguir nada se continuar assim, Thopson.

Eu o olhei com mais calma e gravei cada centímetro daquele rosto, da altura e do seu nome. Ele me olhou com um olhar de raiva e deu um aceno de leve para o policial que estava me interrogando e saiu da sala sem dizer nada.

— Odeio esse tipo. – Falei cuspindo de lado. Ele me olhou com espanto e em direção ao meu cuspe. – Desculpa, gente como ele me dar nojo.

Ele apenas juntou os papeis e olhou em direção a porta.

— Seus meus amigos não sabem a verdade sobre você, não é?

Olhei para minha tatuagem e ergui um dos meus lábios para cima.

— Talvez seja a hora de contar a eles a vida que escondi por 7 anos. – Eu senti que o olhar dele estava sob rosto e só de leve me deixei corar, não pela beleza dele, mais por vergonha desse ato que eu escolhi viver.

— Você ainda quer ir ao banheiro? – Me espantei com a pergunta dele e acenei que sim com a cabeça. Ele se levantou, pegou em meu braço e saímos da sala. Quando virei meu rosto em direção ao corredor pelo qual entrei quando cheguei ali, avistei meus três amigos olhando em minha direção e sendo impedidos de vim até mim.

— Ket! – Gritou Samuel e Philipe. – Deixe-nos vê-la! – Gritou Samuel. Eu sorri para eles, um sorriso que provavelmente não chegou aos meus olhos e falei com os lábios “Está tudo bem”.


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Notas finais do capítulo

Essa história é inspirada nos filmes Os mercenários, e em todas as garotas e mulheres fortes e poderosas que já conheci, li e assistir na minha vida. Os nomes, os personagens e o resto todo criei e não foram retirados de nenhuma obra a não ser de mim mesma. Já aviso que para aqueles que tem problemas com garotas, está é uma história onde as mulheres são espertas, sacanas e fortes, sem ligar para a idade. Lembre-se: Tudo é possível. A diferença é que é relacionado com o modo como foi criada, o histórico de vida.



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