Scientist escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 8
Capítulo 8 – Inglaterra


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem se esse capítulo parecer um pouco picotado e se não detalhei muitas coisas da viagem. Quando comecei a pesquisar vi o quanto questões sobre moradia e outras coisas numa mudança de país são complicadas e achei que colocar muito disso desviaria do foco da história, portanto citei apenas algumas coisas. Provavelmente no próximo capítulo ou no seguinte já teremos um pouco da Spider Gwen. *------* Continuem acompanhando. ;D



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Capítulo 8 – Inglaterra

Peter e Gwen observavam a torre do relógio de mãos dadas. Agora estava totalmente reconstruída, como se o Duende Verde nunca a tivesse danificado, como se Gwen nunca tivesse quase morrido ali, como se o coração de Peter nunca tivesse se estilhaçado lá. Ele apertou a mão dela com mais força sem perceber, embora já não houvesse tanta dor em seus olhos, e Gwen apertou de volta.

Era um lugar tão lindo, um dos lugares deles, e agora ela era perfeitamente capaz de escalar paredes a grandes alturas sozinha em segurança, embora ambos soubessem que Peter ainda levaria muito tempo para deixar de ser paranoico a respeito disso. Gwen ainda não voava pela cidade com teias como ele, estavam trabalhando nisso, e, como sempre, ela não decepcionava. Uma parte deles adoraria subir ali uma última vez, a outra não queria subir nunca mais. Eles partiriam para a Inglaterra em poucos dias, e essa podia ser a última vez, em sabe-se lá quanto tempo, que viam essa torre.

Eram cinco da manhã, e Peter tinha acabado de despachar alguns assaltantes para a cadeia a alguns quarteirões dali, enquanto Gwen observava de um esconderijo seguro, para o que estavam chamando de Estágio de Segurança Aranha.

Ela ficaria feliz em subir na torre e sentar em frente ao relógio com ele uma última vez. Olhou para Peter desejando isso inconscientemente e refletindo sobre as implicações de fazê-lo, até que ele a olhou de volta, não demorando para compreender seu olhar.

— Não, Gwen...

— Uma das melhores noites da nossa vida também foi nesse relógio. Já fui a lugares ainda mais altos com você nos nossos treinos nas últimas semanas.

— Eu não gostei disso, só pra você saber.

— Eu sei.

Ele não podia contestar dizendo que ela não sabia. Gwen tinha perdido seu pai, e a dor de qualquer perda como essa era sempre a mesma para as pessoas, não importando como foi.

— Não acha que nos traria alguma paz subir lá uma última vez? Harry está morto.

Gwen reconheceu a mágoa nos olhos castanhos dele, não com ela, a mesma que vira em seus olhos durante o enterro de Harry, a mágoa de quando um de seus melhores amigos se transforma em algo que só lhe traz dor e ódio. Peter tinha um coração muito maior do que aparentava à primeira vista, um que ele escondera acidentalmente até de si mesmo com o peso da responsabilidade e do sofrimento que às vezes vinha de ser o Homem Aranha e de tudo que ele já passara antes, mas Gwen conseguia ver através disso, e sabia como algumas feridas demorariam para se curar, a traição de Harry e o que ela passou, sendo duas delas.

                - Tudo bem se você não quiser subir, amor. Eu vou ficar bem aqui com você. Foi só uma ideia – ela lhe disse com um sorriso sincero.

                Peter sorriu de volta e ficou bastante tempo perdido em seus olhos verdes. Nos dele Gwen pode ver a hesitação, o medo e a coragem oscilarem constantemente até que Peter pareceu acordar de seu transe. Ele a puxou para ele pela cintura e lançou uma teia para envolver os dois, usando as duas mãos no processo, como fizeram em algumas vezes durante o treinamento.

                - Apesar do quão aterrorizado eu ainda me sinto, gosto da ideia de nos despedirmos disso com uma lembrança boa.

                - Tem certeza?

                Peter ficou mais alguns instantes em silêncio, fazendo uma última reflexão.

                - Não me solte por nada.

                Gwen assentiu.

                - Vamos lançar a teia juntos.

                A loura voltou a concordar e os dois ergueram a mão livre para o alto, mirando num ponto específico e trocando um último olhar antes de dispararem as teias, agora com alcance e resistência de fato bem maiores, devido ao novo fluido e às modificações que Peter fizera nos lançadores.

                Começaram a se içar para cima conforme as lembranças boas e as ruins se misturavam em suas mentes, e Gwen o sentiu apertá-la mais forte

                - Eu tenho você... Estaremos bem – ela sussurrou.

                - Eu te amo – Peter respondeu enquanto continuavam subindo.

                Finalmente os dois alcançaram o local que desejavam, e alternaram para lançar novas teias pelos metros que faltavam, conseguindo subir em segurança, e não olhando para baixo até Peter romper a teia que os unia e eles estarem devidamente sentados e seguros. Ele voltou a abraça-la pela cintura e beijou seus cabelos antes de trocarem um selinho e Gwen sorrir.

                - Nós estamos bem.

                - Ainda temos que descer daqui.

                - Nós vamos descer. Não há ninguém aqui pra nos derrubar, como não havia na noite que nós fugimos e você me levou pra casa em segurança sem que ninguém até hoje desconfie. Você é o Homem Aranha, não tenha medo de quem você é.

                - Eu tive naquela noite.

— Não foi o Homem Aranha que me jogou, nem foi ele que rompeu a teia e me machucou. Ele é quem impediu que eu morresse sozinha e que ficou dias naquele hospital zelando pela minha vida, e cuidando de mim todos os dias depois disso. Mesmo com o incidente com a aranha... Ela poderia não ter me achado se eu não estivesse lá. Aquela noite vai passar, Peter. Nós já estamos sobrevivendo a ela, eu estou viva. Por sua causa.

                Ele a puxou para ele, colando sua testa na da esposa e não tendo vergonha de seus olhos se encherem de água na frente dela. Gwen tomou o rosto dele nas mãos, e o recebeu com carinho quando Peter lhe deu um beijo profundo e apaixonado, despejando tanto a dor e a culpa que ainda o perseguiam quanto seu infinito amor por ela no contato.

                - O Homem Aranha não seria nada sem você – ele lhe disse depois – E provavelmente eu já estaria todo quebrado tentando cuidar daqueles ferimentos sozinho, mesmo com o fator de cura.

                Gwen riu e o beijou mais uma vez antes de convidá-lo com o olhar para apreciar a vista de onde estavam. Os dois olharam primeiro para o céu, mudando de cor e ficando mais aceso e alegre conforme os minutos passavam. Olhando para baixo em seguida, admiraram o topo das construções e os pontos minúsculos que eram as pessoas, veículos e animais lá embaixo. Sim, Nova York nunca dormia, embora a esse horário realmente houvesse menos pessoas na rua do que o comum. Mesmo com o barulho distante dos acordados e do trânsito, o silêncio onde estavam ainda era grande, e de uma paz imensa. Eles sentiriam falta disso. Mas certamente logo achariam locais aconchegantes assim na Inglaterra também, que se tornariam os novos lugares deles.

                Após bons minutos abraçados em silêncio, Gwen olhou para ele com aquele olhar que sempre o fazia se derreter e querer beijá-la até o mundo acabar. Ela sorriu, ele entendeu tudo que ela queria dizer com esse gesto. Também sorriu e lhe deu um aceno de cabeça positivo em resposta, e os dois voltaram a admirar a cidade por mais meia hora antes de Peter abraça-la e prendê-la a ele da mesma forma de antes para voltarem ao chão.

                - Temos muito tempo ainda até encontrarmos todo mundo na Times Square – Peter disse checando o relógio quando já estavam seguros na calçada – Ande você quer ir agora?

                - Que tal na nossa ponte?

                - Nossa ponte?! – Ele riu junto com Gwen.

                - Se eu tivesse algum poder sobre esta cidade, teria mandado congelarem aquelas teias ou cobri-las com concreto pra aquela mensagem ficar lá pra sempre.

                Peter riu novamente e a puxou para ele pela cintura.

                - Quando nos mudarmos, nos estabelecermos, e quando um dia tivermos nossa casa, posso pensar em como realizar esse seu desejo estruturalmente complicado.

                Gwen gargalhou e Peter abriu um sorriso enorme vendo sua alegria.

                - Por hora, só temos uma ponte. Então vamos até ela.

                Os dois seguiram pela rua rindo de mãos dadas até encontrarem mais pontos seguros para Peter leva-los de teia para a ponte, que não tinha muito movimento àquela hora do dia. Ele aterrissou num dos pilares com Gwen, exatamente como da última vez que tinham estado ali, e os dois se abraçaram observando o sol subir e iluminar a cidade, o oposto daquele dia.

                - Queria escrever aquela mensagem aqui pra você de novo, mas acho que você já entendeu.

                Gwen não soube o que dizer, só sorriu e assentiu antes de beijá-lo com ainda mais amor que da última vez que o fizeram nesse mesmo lugar.

                - Nosso tour de despedida da cidade está virando um tour romântico de pós lua de mel.

                - E por que você achou que viemos sozinhos? – Peter brincou.

                Ela riu.

                - Podemos caminhar pela ponte como pessoas normais hoje?

                - Seu pedido é uma ordem.

                Peter observou a ponte, certificando-se de não terem companhia quando desceu com Gwen até ela. Os dois caminharam aproveitando a paisagem e tirando fotos juntos por vários minutos, até seguirem para seu último destino da manhã, onde puderam apreciar a vista do observatório do Empire State.

******

                - Oi, tio Ben – Peter falou para a lápide – Esta é minha esposa, Gwen Stacy Parker. Você ia amá-la tanto que deixaria tia May com ciúmes.

                Gwen, de mãos dadas com ele, e May, riram com o comentário. Tia e sobrinho não conseguiram parar de pensar em como teria sido divertido ter Ben com eles quando foram todos junto à ICE & VICE no dia anterior.

                - Menos, querido – Gwen respondeu.

                - Você acha que exagerei? Vou repetir o quão incrível você é até você acreditar. Mas voltando ao que eu dizia... Vamos nos mudar pra Inglaterra. Não sabemos se pra sempre ou até terminarmos de estudar... Mas se decidirmos ficar, vamos vir buscar o senhor.

                - Eu tenho certeza que ele está feliz por nós, Peter – May falou – Ele vai ficar bem. Ele está bem – falou com um sorriso, repousando a mão no ombro do sobrinho.

                As duas famílias tinham ido ao cemitério se despedir de Ben Parker e George Stacy, e informar praticamente as mesmas coisas a ambos. A família de Gwen ainda estava na outra lápide, e os encontraria em breve.

******

                - Meninos, tenham certeza que não esqueceram nada. Você também, Gwen. Verifiquem.

                - Certo, mãe – ela respondeu enquanto olhava pela casa junto com seus irmãos.

                Tinham passado semanas se programando, planejando e até fazendo conferências virtuais com donos de casas e apartamentos na Inglaterra, e após a decisão, enviado algumas coisas para lá com o auxílio de uma série de empresas e serviços. Tinham decidido viver todos próximos em apartamentos dentro do mesmo bloco de um condomínio, e com o tempo cada um encontraria seu lugar caso decidissem permanecer em Oxford um dia. Devido à proximidade da viagem depois do casamento, Gwen e Peter não se preocuparam em procurar uma moradia própria em Nova York, e esteve tudo bem por Helen e May permitirem que o casal se revezasse entre uma casa e outra para dormir e passar seu tempo. Os irmãos de Gwen gostavam de Peter, e faziam uma festa sempre que os dois dormiam no apartamento.

Fora uma mudança imensa e assustadora para todos eles decidir deixar Nova York com toda a família, mas quando pesaram todos os riscos que já tinham corrido e tudo que já tinham passado com a quantidade de vilões loucos que apareciam do nada em Nova York querendo atingir o Homem Aranha a todo custo, e o quão mais segura diziam ser a Inglaterra, não foi difícil escolher qual caminho tomar. Os irmãos de Gwen tiveram seus dilemas com deixar a escola e amigos, mas se empolgaram com as novas possibilidades, e tinham lidado bem com isso. O plano inicial era irem só ela e Peter, mas nenhum deles ficaria tranquilo deixando a família para trás.

O mais complicado foi conseguir colocar o laboratório do Homem Aranha na viagem. Gwen e Peter trabalharam como loucos para reunir materiais de estudo e trabalho e atestar que eram estudantes de ciência, e que as roupas de Homem Aranha nada mais eram do que fantasias de halloween de seus irmãos caso algum scaner do aeroporto gerasse problemas com isso. Eles dois e May já tinham discutido incontáveis maneiras de contornar a situação se isso acontecesse, especialmente pelo desconhecimento de sua mãe e irmãos sobre isso.

Gwen perambulou por todos os cômodos do apartamento em que crescera, não conseguindo não lembrar de seu pai e sentir um aperto de saudade e alegria no peito. Era tão triste deixar esse lugar quanto era empolgante embarcar numa vida completamente nova e desconhecida. Depois de muitas e muitas conversas entre todos eles, e muitos pontos discutidos, eles sabiam que talvez nem todos se adaptassem à nova vida, e que alguém poderia decidir retornar para Nova York antes do previsto. Mas por hora eles estavam prontos para seguir.

Tendo certeza de que nada estava faltando, Gwen se reuniu novamente com sua mãe e irmãos, e saíram para encontrar Peter e May em sua casa.

******

                Peter observou a frente da casa de mãos dadas com tia May após terem conferido suas bagagens, numa despedida silenciosa de tudo que viveram ali.

                - Não se sente triste por deixar essa casa?

                - Claro que me sinto um pouco, mas acho que em toda mudança sentimos algo assim, não é? Estou curiosa pra saber como vai ser a vida lá, isso me dá ânimo.

                Peter sorriu enquanto concordava.

                - Coincidência o cara que comprou de nós ter o mesmo nome do papai... Será que isso é algum sinal?

                May riu.

                - Não sei, querido. Ele negociou tudo pela internet e por terceiros, não quis aparecer. Só consegui confiar nele porque quem estava nos ajudando conferiu a autenticidade de todos os documentos. Cara esquisito... Espero que cuide bem da casa.

                - Eu também.

                Foram interrompidos pelo som de dois táxis parando na rua atrás deles. Gwen saiu do segundo, trocando um sorriso com o marido quando os olhos dele encontraram os seus.

                - Boa tarde, Gwen.

                - Boa tarde, tia May.

                - Então é hora do aeroporto?

                - Sim, é melhor irmos cedo. Com sorte o voo não vai atrasar.

                - Tudo bem – May respondeu, acenando para Helen e os garotos no carro da frente e se encaminhando para o segundo, onde Peter a ajudou a colocar as malas.

                - Você vai mesmo usando o uniforme? – Gwen perguntou baixinho ao puxá-lo para mais longe dos carros.

                Discretamente Peter puxou a mão dela para sua cintura, fazendo-a sentir o traje por baixo de sua camisa. Gwen assentiu.

                - Gwen, Peter, vamos logo! – Simon gritou – Vamos perder o voo porque vocês dois tão...

                - Cala a boca, Simon! – Peter falou, ouvindo Gwen e os irmãos rirem enquanto ele levava a esposa para o táxi.

******

                O voo fora tranquilo, apesar de longo, mas não tão tedioso quanto esperavam. Sentaram todos em poltronas próximas, e boa parte do tempo foi gasta com Peter, Gwen e os irmãos conversando sobre assuntos de seus interesses em comum, enquanto May e Helen faziam o mesmo. Estavam se tornando boas amigas, apesar das experiências e estilos de vida tão diferentes. O restante do tempo puderam passar dormindo, no que Gwen e Peter amaram conseguir ficar aconchegados um ao outro, com o ombro dele apoiando a cabeça da esposa, e a sua apoiada no topo da dela.

                Os dois agradeceram a qualquer entidade nos céus que estivesse ouvindo por não terem sofrido problema algum com as bagagens do Homem Aranha, inclusive a maioria estava ali com eles agora nas bagagens de mão, sendo os trajes e acessórios pequenos e fáceis de se colocar em malas menores. Após a cansativa conferência de suas bagagens e saída do aeroporto, se encaminharam de táxi para a nova moradia.

                Era um condomínio agradável, simples e com um belo jardim, numa localização de média distância para os locais que todos precisariam frequentar para estudar e trabalhar. Alguns moradores antigos e simpáticos os cumprimentaram ao chegarem, e lhes mostraram onde estava o local que procuravam no primeiro andar. Tinham conseguido três dos 4 apartamentos do mesmo andar para ficarem todos próximos. Não eram acomodações muito grandes, mas aconchegantes e bem adequadas às incertezas que tinham no momento. A mãe de Gwen e os garotos ficariam em um, Tia May no outro, e Peter e Gwen no que ficava em frente ao dela, sendo fácil um correr até o outro a qualquer momento do dia se necessário. Tinham conversado muito e preferido assim, exatamente como era em Nova York, até que todos se adaptassem melhor a viver juntos.

                Era madrugada quando conseguiram colocar tudo em ordem o organizar objetos e móveis que tinham sido enviados de suas casas em Nova York. Peter ficou grato por só precisarem comparecer à universidade dois dias depois para conversarem sobre suas matrículas. Oxford escolhera Gwen, Peter precisou usar de suas próprias capacidades para segui-la, o que não foi tão impossível com seu talento para ciência. Como Gwen fizera questão de lembra-lo e diverti-lo outra vez quando estavam indo dormir, ele era o segundo melhor da classe.

                Todos eles jantaram juntos no apartamento dos dois nessa noite, depois cada um seguindo para o seu, e o casal tomou banho para enfim poderem deitar e descansar em sua cama. Gwen rolou para cima dele, e Peter suspirou de felicidade, conseguindo facilmente acariciar suas costas e seu cabelo.

                - É confortável aqui – ela lhe disse, deixando seu sorriso transparecer no tom de voz – Não estou te esmagando? – Ela brincou.

                - Bem... Isso depende. Se você pretende ser melhor do que eu e ficar mais forte do que eu no ofício de heroína também...

                Gwen riu.

                - Viu? Você tá me promovendo.

                - Pra emergências.

                - E você espera que eu fique parada vendo algo acontecer se você não estiver por perto?

                Peter ficou um instante em silêncio.

                - Eu sei que não. Por isso amanhã mesmo seu treinamento continua. A folga de viagem acabou, Gwen Aranha.

                Ela sorriu e se ergueu para olhá-lo.

                - O que você acha que as pessoas vão pensar quando descobrirem que o Homem Aranha se mudou pra cá? E que tem mais alguém com ele?

                - Eu também andei pensando nisso... Vamos tentar ser o mais discretos que pudermos, embora eu ache que os criminosos e as teias vão nos delatar em algum momento. Eu não sei dizer o que vai vir, Gwen. Mas vamos cuidar um do outro.

                Ela assentiu.

                - Como você se sente? Pelo menos por enquanto estamos seguros...

                - É, pelo menos por enquanto. Aliviado, de férias, que nem o alívio de acordar e perceber que era só um pesadelo, pelo menos por enquanto...

                - Vai continuar sendo.

                Peter pensou em várias coisas para responder, mas não conseguindo se decidir por uma delas, apenas concordou. Gwen deitou ao seu lado e arrumou a coberta sobre os dois, se aconchegando em seu abraço e fechando os olhos.

                - Me sinto exausta.

                - Eu também.

                Peter beijou sua testa demoradamente, uma de suas formas de dizer pra você lembrar que eu te amo. Gwen sorriu e beijou um ponto em seu peito, e Peter sorriu ao receber a mesma mensagem de volta. Os dois relaxaram e adormeceram juntos com o som da chuva leve que começou a atingir a janela.


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