Scientist escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 26
Capítulo 26 – Ciclos que se fecham




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Capítulo 26 – Ciclos que se fecham

— Papai, por que você chorou hoje? – Destiny perguntou, deitada em sua coxa.

Peter tomou algum tempo para pensar na resposta enquanto acariciava os cabelos da filha, e agora tinha três pares de olhos o encarando. Mesmo agora elas mantinham seus olhos amendoados com os de sua mãe, e tinham mais sardas do que as poucas que Gwen costumava esconder acidentalmente com a maquiagem. Eles tinham montado um forte com os lençóis na cama dele e de Gwen, fechado as cortinas, e colocado uma playlist em versão de piano de várias canções da Disney para tocar no celular. As meninas dormiam a noite inteira ouvindo às vezes, e gostavam de repetir a dose quando estavam relaxando juntos. Gwen estava terminando de lavar seu traje de aranha para se juntar a eles.

— É que... Eu falei com alguém que eu não via há muito tempo.

— Tinha saudades? – Destiny voltou a perguntar.

— Tinha. Mas também fiquei com raiva. Eu achava que ele tinha ido morar no céu, mas ele só tava se escondendo.

— Por que ele fez isso? – Emma questionou.

Peter suspirou. Seria difícil contar a história sem todos os detalhes para que suas jovens cabecinhas entendessem.

— Ele descobriu algo que podia ajudar a curar doenças, mas que também podia ser perigoso. Ele precisava fazer muitos testes pra ter certeza de que era seguro, mas algumas pessoas não queriam esperar os testes, e isso podia fazer mal a outras pessoas. Então ele se escondeu pra que não descobrissem o que ele sabia e usassem do jeito errado.

— Então foi bom ele se esconder – Hope falou, no que seria a dedução mais óbvia para quem só sabia essa parte da história.

— Mais ou menos. Eu precisava muito dele, não foi bom pra mim.

— Por que? – Emma perguntou.

— Por que eu era pequeno como vocês. Eu não entendi porque ele foi embora sem mim e fiquei muito triste. Ele me deixou com meus tios pra que as pessoas más não me encontrassem. E pensou que seria perigoso voltar. Mas agora que tudo passou, ele voltou.

— Então por que tá com raiva? – Hope perguntou.

— Querida... Adultos têm problemas tão complicados que às vezes é difícil pra nós mesmos entendermos o que tá acontecendo. Um dia eu vou contar tudo com mais detalhes e vai ficar mais claro. Mas vocês não têm que se preocupar com isso agora.

— Quem é? – Destiny perguntou.

— É alguém da nossa família. Eu vou dizer a vocês depois.

— Por que não diz logo? – Emma perguntou empolgada.

— Eu quero explicar o que aconteceu pra suas avós e tios primeiro. Aí eu conto pra todo mundo.

— Quando?

— Depois do jantar, daqui a pouco.

Nesse instante ele ouviu Gwen andando na direção do quarto e logo ela puxou o lençol que servia de porta para o forte para se juntar a eles. As crianças exclamaram de alegria, e se reajustaram no colchão para dar espaço à mãe. Os cinco se deitaram juntos, ouvindo a melodia doce e tranquilizante que vinha do celular de Peter.

— Tudo bem? – Gwen perguntou acariciando o rosto do marido, que assentiu e aceitou o beijo calmo que ela lhe deu com gratidão – O que estamos fazendo aqui? – Gwen perguntou às filhas.

— Nada – Hope respondeu, fazendo os pais rirem.

— Com assim nada? – Peter perguntou – Vocês não paravam de falar antes da sua mãe chegar.

— E do que estavam falando? – Gwen perguntou com diversão, ainda que Peter já soubesse que ela tinha ouvido pelo menos metade da conversa bem antes de chegar ao quarto.

— Do parente misterioso do papai – Destiny lhe disse.

— Ele é um espião?

O casal riu novamente.

— De onde você tirou isso, Em? – Peter questionou.

— Nos filmes os espiões se escondem pra os malvados não descobrirem coisas – a ruivinha respondeu, contagiando seus pais de alegria com sua inocência.

— Não, ele não é – Peter disse – Mas até que tem talento.

— Por que não mudamos um pouco de assunto? – Gwen sugeriu, entrelaçando seu dedo mindinho com o de Peter num ato de cumplicidade e amor.

Ela estava abraçando Destiny e Hope, mas suas mãos estavam bem ao lado uma da outra, enquanto Peter abraçava Emma do outro lado da cama. Talvez fosse a fragilidade emocional em que os últimos acontecimentos o tinham deixado, ou a carência afetiva que carregava desde sua infância que tinha despertado com isso, mas esse simples ato da mulher que amava tanto quase o fez chorar novamente, e ele ficou feliz por estar escuro, por suas crianças não estarem prestando atenção. A história de Richard Parker já tinha atingido pessoas demais.

Respirando profundamente e fechando os olhos por um momento para se recompor, voltou a encarar Gwen, que o olhava de forma interrogativa e preocupada. Peter sorriu, deixando-a saber que estava bem, e vendo-a sorrir de volta.

— Contem uma história – Hope pediu.

— Ah, não, assim vocês vão dormir – Gwen falou.

— Mas já fizemos o dever de casa e tudo que tínhamos que fazer.

— Mas ainda não jantamos. Você não adora aquele macarrão que vovó Helen faz? Ela me disse que ia fazer hoje.

— Sério?!

— Sim.

— Então vamos logo jantar! – Destiny pediu.

Os adultos riram, sentindo uma enorme sensação de paz.

— Ainda falta meia hora pra o horário que combinamos com todo mundo na casa dela – Gwen disse.

— Então vamos fazer o que? – Emma perguntou.

— Contar histórias que não sejam pra dormir.

— Como assim?

— De terror – ele provocou, sabendo que Gwen não aprovaria a sugestão, e se divertindo com o olhar de advertência dela.

— Conta! Conta!! – As trigêmeas imploraram juntas.

— Não, não! Depois vão todas ficar sem dormir a noite toda e com medo por dias.

Ela tinha proibido qualquer mínimo sinal de histórias de terror depois que as meninas tinham visto por acidente uma chamada de O Mistério de Silver Lake na TV, ao que pelo menos os dois deram graças a Deus que falava especificamente do livro de lendas do filme e não de detalhes mais impróprios. Mas ouvir sobre a Mulher Coruja foi suficiente para deixar as três com medo de dormir por uma semana até os dois as convencerem que era apenas uma história feita para um filme, que aquilo não existia, e que as corujas eram bons animais se fossem bem tratadas, o que ainda rendeu Peter procurando vídeos de corujas resgatadas e cuidadas por humanos para provar isso a elas.

— Mas essa é uma história de terror misturada com comédia, Gwen. Se você achar que é muito assustadora eu prometo que paro de contar.

— Coloco você pra dormir no sofá e elas aqui no seu lugar se ficarem com medo.

As meninas riram com a ameaça da mãe e o olhar indignado do pai.

— Tá bom, fechado – ele disse – Uma vez há muito tempo, havia uma cidade onde as pessoas gostavam de cultivar hortas em casa, até tinham uma competição pra ver quem conseguia cultivar os maiores legumes.

— Onde tem terror nisso? – Destiny perguntou.

— Já vou chegar lá... Tinha um cara que era louco por queijo.

Gwen não conseguiu conter uma risada ao reconhecer a história de Wallace e Gromit.

— Ele até usava queijo como um despertador porque ele era muito dorminhoco. O cachorro acordava antes dele de manhã. Ele também era bem criativo e inventava coisas pra usar no dia a dia, então começou a fazer uma máquina pra ajudar com os vegetais que ele plantava. Mas enquanto ele fazia isso, um monte de coelhinhos gulosos começou a atacar as plantações das pessoas, e ele decidiu usar a máquina pra pegá-los e coloca-los em caixas dentro de casa, pelo menos até a competição passar. Ele e o cachorro sempre davam comida e cuidavam deles. Só que algo deu errado quando ele bateu na máquina sem querer e um dos coelhinhos foi atingido sem que eles percebessem.

— Ele morreu? – Emma perguntou, definitivamente preocupada com o bichinho.

— Não, docinho, mas ele ficou diferente, bem diferente.

— Parou de comer cenoura? – Hope questionou.

— Isso também, mas quando o cachorro viu que seu dono não se sentia bem de manhã, ele mesmo foi ver os coelhos e percebeu que todos estavam com medo de alguma coisa na sala. Quando ele olhou, também teve um super susto.

As três crianças se abraçaram aos dois em antecipação, completamente imersas na história, e sendo prontamente retribuídas.

— O que era? – Emma voltou a perguntar.

— Um dos coelhos tava comendo queijo.

Gwen e as meninas riram.

— Achei que era um monstro – Destiny falou.

— Mas não era só isso. Ele tava maior, bem maior que os irmãos, quase do tamanho do cachorro, e tinha aprendido a andar, falar, e ainda tava usando uma roupa do dono deles. E quando o cachorro foi ver seu dono, ele tava comendo cenoura e tinha ganhado orelhas de coelho.

— Eles trocaram de corpo?! – Hope perguntou.

— Não exatamente, mas um absorveu a personalidade do outro quando a máquina deu defeito. Então o cachorro não sabia o que fazer. Um tempo depois, o dono sumiu de casa e ele ficou lá cuidando dos coelhos, até do grandão, que era bem bonzinho. Mas uma fera começou a aterrorizar a cidade e comer todas as hortas que encontrava, deixando marcas e destruição pelo caminho. Então logo eles perceberam que tavam diante da maior ameaça já enfrentada pela humanidade – Peter lhes disse, fazendo uma pausa dramática – O Coelhosomem!

Gwen e as crianças gargalharam tanto que quase ficaram sem ar.

— Não existe coelhosomem – Emma disse – Só lobisomem.

— Como você sabe? Já viu algum?

— Não, mas tem nos filmes que vocês não deixam a gente ver e as pessoas que se fantasiam no halloween.

— Mas o Coelhosomem também é de um filme. Se sua mãe deixar, nós mostramos a vocês.

— Eu quero saber o fim da história! – Destiny pediu.

— Se quando voltamos do jantar, vocês não fizerem seu pai dormir no sofá porque ficaram com medo, no fim de semana nós assistimos juntos.

— Oba!! – As três comemoraram.

                Poucos minutos depois eles estavam na casa de Helen para jantar. A refeição correu bem e leve como sempre, mas quando terminaram de arrumar a cozinha, Howard poupou Peter e May de encontrarem uma forma de tocar no assunto que em algum momento se revelaria de qualquer jeito.

                - Vocês tão bem? Aquela carta era algo preocupante?

                - Howard... – Helen começou a dizer, mas Peter ergueu uma das mãos, lhe dizendo que estava tudo bem.

                - Nós íamos mesmo falar disso com todo mundo. É algo... Difícil de explicar.

                - Peter – a mulher loura falou – Se é um assunto pessoal de família, não precisam nos contar. Apesar do quanto ficamos todos próximos nos últimos anos, sempre há coisas que são só nossas.

                - Eu entendo. E agradeço a compreensão, Helen. Mas... Se realmente vamos todos voltar a Nova York em algum momento, acho que é melhor contar logo, ou vocês iam saber lá.

                - Algo grave aconteceu? – Ela perguntou.

                Peter suspirou e passou as mãos pelo rosto tentando encontrar a melhor forma de contar, sendo consolado por uma mão gentil de May em suas costas quando todos voltaram a sentar. As crianças estavam entretidas com um desenho na TV na sala, o que ao menos o deixava menos apreensivo.

                - É sobre meu pai.

                - Mas ele não... – Philip falou, não sabendo como terminar uma afirmação tão triste.

                - Não.

                - Sério?! – O louro perguntou.

                - Não. Nós achávamos que sim, mas não. É uma história muito doida e complicada.

                - Todos temos histórias complicadas – Helen respondeu – Fui casada com um policial, você não tem ideia de quantas histórias complicadas nós vivemos e ficamos sabendo, muitas vezes George nem sabia que sabíamos, não queríamos deixa-lo ainda mais paranoico do que já era com nossa segurança.

                Trocando um olhar com Gwen, Peter a viu assentir, concordando com a mãe, e geralmente sendo a própria Gwen quem descobria algumas coisas que o pai tentava esconder.

                - Bem... Quando eu era pequeno meu pai trabalhava com o pessoal que anos atrás fez parte da Oscorp. Ele era biólogo. Quando ele sumiu, essas pessoas queriam levar pra frente pesquisas perigosas sobre genética que ninguém sabia no que ia dar, ou que no mínimo podiam tanto gerar milagres quanto tragédias a depender de como fossem conduzidos. E ele não queria levar pra frente algo que se fosse usado errado podia machucar pessoas. Mas acho que agora já é claro pra todo mundo como a Oscorp ameaça e persegue quem discorda dela, então... Foi exatamente o que fizeram com meus pais. Eles não queriam me envolver nesse risco, e me deixaram com meus tios. Prometeram voltar, mas nunca fizeram isso. Eu nunca entendi porque.

                - Então sua mãe... – Simon questionou.

                - Ele disse que minha mãe não sobreviveu, seja lá como.

                - Você e Ben sabiam disso? – Helen perguntou a May, que negou.

                - Ele disse que não era seguro nos explicar muito. Deixaram Peter conosco, e nunca mais os vimos. E agora ele está em Nova York, onde eu e Peter morávamos. Disse que explicará tudo melhor quando conversarmos mais. Que agora que ele teve certeza que a Oscorp caiu, se sentiu seguro pra voltar. A intenção dele era nos procurar quando comprou nossa casa, mas ele não sabia como fazer isso, e quando se deu conta, estávamos além do alcance. Ainda não tenho certeza de como ele nos achou.

                - Têm certeza que é ele?

                - Peter falou com ele hoje numa chamada de vídeo – Gwen informou.

                - Era ele mesmo – Peter confirmou – Vai nos ligar amanhã à noite. Ele quer ver tia May também.

                - Nossa... – Simon falou com um olhar sonhador e distante – Você nasceu mesmo pra trabalhar no campo da ciência. Até a história da sua família parece uma ficção científica misteriosa e emocionante.

                - Simon! – Helen repreendeu o filho, apesar de todos na mesa rirem.

                - Nosso plano original era retornar à Nova York mesmo – Peter continuou – Mas as meninas chegaram, e queríamos um começo tranquilo pra elas. Agora que elas devem começar a estudar em breve, nós já estudamos bastante, e meu pai garantiu que Nova York anda mais tranquila, mesmo não sendo um paraíso, acho que é um bom momento pra planejarmos uma volta. Há trabalhos que nos interessam lá.

                - Eu irei com eles – May informou.

                - Então nós também – Helen falou, olhando para os filhos à espera de uma confirmação.

                - Eu termino meus estudos básicos em alguns meses – Simon falou.

                - E eu posso continuar estudando por lá – Howard falou, tendo terminado seus estudos básicos pouco tempo atrás, e ainda em dúvida sobre o que fazer em seguida, mas estudando sempre.

                - Jane vai pra Nova York estudar, então não tenho reclamações – Philip confirmou – E já tem meses que falamos sobre isso mesmo.

                - Ótimo – Peter sorriu – Eu ia sentir muita falta se um de vocês não fosse.

                Helen sorriu, e olhou rapidamente para a sala para conferir as netas, que continuavam assistindo TV e brincando com algumas bonecas no chão.

                - As meninas sabem?

                - Em parte – Gwen falou – Ainda não sabem que é o avô. Vamos contar pra elas daqui a pouco ou amanhã.

                - Eu sei que é uma história muito estranha e repentina, mas eu me lembro do meu pai como uma boa pessoa, e acredito que ele ainda seja. Nós tivemos atritos quando conversamos hoje, mas... Talvez isso melhore. Tem muita coisa pra ser esclarecida ainda.

                - Acho que seria estranho se vocês não tivessem atritos depois de tudo isso, Peter – Helen lhe disse – Você e May podem contar com qualquer um de nós a qualquer momento, continuem lembrando disso.

                - Obrigada, Helen – May trocou um sorriso com a amiga.

                Cerca de uma hora depois, quando estavam todos indo para casa, estando Peter e as meninas conversando com May em sua porta, Helen abordou a filha, só para garantir, e sabendo de como Gwen tentava manter os que amava longe de problemas pessoais.

                - Gwen, vocês estão mesmo bem?

                - Sim, mãe. Você também viu tudo que a Oscorp fez, o que tirou de nós e de tantas pessoas. Nem Peter sabia de como ele próprio tinha sido atingido por isso. Ele sofreu muito por isso desde pequeno, ainda que May e Ben tenham sido pais maravilhosos.

                - Eu imagino. E é admirável o homem incrível que ele se tornou.

                - Não é? – Gwen sorriu – Agora esse vazio no passado dele finalmente parece que vai fechar. Ele e May tão abalados, claro. Mas vamos ficar bem.

                - Sabem que estamos aqui.

                Gwen assentiu quando abraçou a mãe, em seguida se despedindo e seguindo para Peter e as filhas, que já a esperavam na entrada de casa. Em meia hora estavam todos indo dormir.

                - Podemos ir dormir? Não vão nos acordar pulando na cama no meio da madrugada? – Peter perguntou enquanto olhava para as filhas junto com Gwen, já todas quase adormecidas em suas camas.

                - Não... – Hope falou num fio de voz.

                Quando tiveram certeza que as três estavam dormindo, encostaram a porta e seguiram para seu quarto.

                - Como você vai contar isso a elas?

                Peter balançou a cabeça negativamente, indicando que ainda não tinha certeza.

                - Será que elas vão ficar chateadas por se mudarem.

                Gwen deu de ombros.

                - Não sei... Algumas crianças odeiam mudança, outras parece que estão se mudando pra um parque de diversões.

                Peter riu junto com ela.

                - Você vai dizer a ele que ele tem três netas?

                - Ele vai saber de algum jeito. Acho que ele queria perguntar hoje, mas não quis ir muito longe. Talvez eu conte amanhã, ou só depois.

                - Vamos dormir. Algumas coisas saem melhores quando fluem naturalmente. Ficar pensando demais só vai te deixar cansado.

                Peter assentiu, e beijou a bochecha da amada. Gwen o abraçou, suspirando com o contato com a pele do marido.

                - Então no fim de semana vamos ver o Coelhosomem.

                Peter riu.

                - Vamos.

 


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Notas finais do capítulo

Foto encontrada no site "Popsugar".



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