Contrato de Casamento escrita por Emmy Alden


Capítulo 77
Setenta e Um pt. 2


Notas iniciais do capítulo

mais uuuuum



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"I'm missing half of me

When we're apart

Now you know me

For your eyes only"

(If I Could Fly)

 

OLIVIA

Todos estavam sentados no sofá diante de mim. Toda a minha família mais próxima.

Sentei na poltrona de frente para eles.

E respirei fundo algumas vezes antes de começar.

— Bem, acho que devo algumas explicações a vocês... e já tem um tempo. — Coloquei minhas mãos sob as coxas para evitar ficar mexendo meus dedos em nervosismo. — Sei que não tem sido legal nem justo, eu me fechar num casulo só meu e mantê-los de fora. Vocês são minha família e eu...eu amo cada um de vocês.

— Own... — Lucas começou, mas minha mãe lhe deu uma cotovelada.

— Vocês sabem pouca coisa da minha relação com Max desde que saí da cidade para ir para a faculdade. Quando Max foi atrás de mim, eu já estava nos últimos semestres do curso. Tinha conhecido muita gente nova, um estilo de vida diferente, e garanto que apesar de ser cruel e solitário algumas vezes, era o local que eu queria estar, o futuro que eu queria para mim. — Fiz uma pausa. — Max e eu ficamos separados a maior parte da minha graduação, mas eu sempre senti falta dele. Falta do que éramos, o que costumávamos ser. Contudo, em três, quatro anos as pessoas mudam e, quando reatamos, tenho quase certeza que as pessoas que amávamos ainda eram as mesmas da nossa adolescência e de alguma forma acharíamos que daria certo.

Todos me encaravam atentos, como se estivessem mesmo ouvindo cada palavra que eu falava.

Continuei:

— Max me pediu em noivado e logo de cara encontramos uma divergência. Ele esperava que eu me casasse e voltasse para cá. Que o ajudasse com o que ele precisava, mas esse nunca foi meu sonho. Não odeio estar aqui, embora realmente ache que a melhor coisa daqui são vocês. No entanto, meu plano nunca foi voltar definitivamente para cá. Eu fui a melhor da turma, consegui a garantia de um estágio em uma das maiores empresas do país antes mesmo do meu último semestre, porém eu também sabia que precisava ceder algo para Max. Ele estava indo e vindo todo fim de semana para não nos afastarmos de novo, só que voltar para cá era inegociável para mim. Então, eu meio que decidir que se Maximus me pedisse qualquer outra coisa eu daria. — Suspirei e abaixei a cabeça analisando a estampa da minha calça. — Ele me pediu então que tentássemos começar uma família. E eu aceitei. Porque eu precisava dar algo. Pelo menos, era o que eu pensava na época...Um ano depois de ser contratada na B&T, nós começamos a tentar.

Alguém puxou o ar surpreso e eu senti minha respiração falhar.

Eu não consigo. Eu não consigo. Não consigo fazer isso.

Minha voz estava fraca quando prossegui:

— Acontece que eu tive muita dificuldade de manter uma gravidez. Nas primeiras semanas, nos primeiros meses, eu já perdia. Foi... difícil. Mas continuamos, procuramos diversos tratamentos. O resultado era sempre o mesmo. Quando "batíamos um recorde" bastava alguns dias para enfrentarmos outra perda.

— Olivia...— Minha mãe sussurrou com um tom dolorido e eu não ousei levantar a cabeça. Eu precisava ser capaz de ir até o fim.

— A questão é que conforme tudo se repetia, eu ia me sentindo cada vez pior comigo mesma. Sentia que tinha algo errado, que era inadequada, quer dizer, somos cinco filhos, não é uma família exatamente pequena... Por que eu...? — As palavras morreram na minha língua e senti quando Liz veio sentar-se ao meu lado, apoiando a cabeça em meu ombro. Limpei a garganta. — Max acompanhou tudo, e tenho certeza que ele sentia por aquilo estar acontecendo, mas ele nunca entenderia o que eu estava passando. E continuava passando. Por ele. Eu me sentia culpada porque, no fundo, sabia que não queria um bebê. Eu tinha vinte anos, no meu primeiro emprego de verdade, com tantas possibilidades para mim... Sabia que no momento que a criança nascesse, ele acharia melhor ficarmos próximos da família, sabia que de uma forma ou de outra, eu largaria tudo pelo bebê. Para estar perto dele e da criança. Então minha mente dizia que eu não me esforçava o suficiente e para piorar, eu não aguentava nem mesmo estar perto de Max sem me sentir um completo fracasso.

"Eu deveria ter dito que não queria mais naquele momento, mas a verdade é que eu esperava que isso viesse dele. Que ele visse meu estado e dissesse que aquilo não importava. Que nós dois éramos suficientes e que talvez no futuro...quem sabe?"

Otávio caminhou até a poltrona e sentou no outro apoio de braço.

Senti minha respiração ficar trêmula e meu irmão acariciou minhas costas.

— Entretanto, isso nunca aconteceu, eu não conseguia mais estar ali para ele e então ele foi procurar outra pessoa que estivesse. Ela não está certa nessa história e, apesar de não desejar que vocês a crucifiquem agora que eu sei o tipo de pessoa que Max foi para mim e para ela, a última coisa que eu esperava naquele momento era ser traída pelo meu noivo e a minha melhor amiga. — Funguei. — A maioria de vocês devem ter juntado dois mais dois quando eles apareceram juntos, mas foi muito doloroso para sequer pensar em contar que encontrei-os juntos na minha casa. Contar que enquanto eu tentava e tentava ter um filho com Max, ele foi até minha melhor amiga e a engravidou. Foi...cruel encarar aquilo.

Quando ergui minha cabeça percebi que meu pai tinha a expressão mais séria que eu já tinha visto na vida.

— Sinto muito por não ter contado tudo isso antes, como devia. Mas eu estava muito...fraca, envergonhada, triste. Max me disse que se eu falasse sobre a traição, ele falaria sobre o meu...problema. E eu...eu não estava pronta. — Soltei um riso sem humor. — Não sei se estou mesmo agora, mas eu queria que vocês soubessem.

— Foi isso que Max contou para o Sebastian naquele dia que você saiu da reunião aqui no quintal, não foi? — PJ perguntou. Só de ouvir o nome de Sebastian meu coração aumentou a velocidade das batidas.

Assenti com a cabeça.

— Desgraçado. — Lucas murmurou.

— A família de Max sabia disso, Olivia? — meu pai fez a pergunta que eu esperava que ele não fizesse.

Assenti de novo.

— Max contou para eles depois de tentarmos algumas vezes.

Meu pai balançou a cabeça e eu comecei a chorar como uma criança.

— E-eu sinto muito. Só não queria que olhassem para mim diferente ou tivessem pena de mim ou...

— Parássemos de pensar que você é perfeita? — PJ disse sério.

— Você é nossa caçulinha. Até o espirro mais nojento que você desse quando era bebê, a gente achava fofo. — Otávio disse me levantando da poltrona.

— E nós estamos muito orgulhosos da mulher incrível que você é e que se torna ainda mais incrível a cada dia. — Minha mãe comentou, segurando meu rosto, me forçando a olhá-la nos olhos.

— E a gente faria qualquer coisa por você e para te ver feliz. — Lucas perguntou. — Até mesmo matar uma família inteira, não é, pai?

Meu pai ainda não tinha se juntado a gente.

— Sinto muito por não termos passado propriamente a mensagem de que estamos aqui para você não importa o que aconteça ou para onde vá, Olivia, e que por isso teve que carregar tudo sozinha. Mas nós sempre estaremos aqui.

— Só não queria preocupar vocês.

Meu pai deu um sorriso dífícil, mas disse com sinceridade:

— Você é nossa caçula, preocupa cada um de nós desde o dia que soubemos que estava na barriga de sua mãe. Pode ir para outra galáxia, mas isso nunca vai mudar. Embora, eu tenha que agradecer por você ter contribuído menos para os meus cabelos brancos do que os seus irmãos.

— Ei, eu sou um anjo. — Lucas protestou.

— Principalmente você, Lucas. — minha mãe rebateu e todos nós gargalhamos, nos juntando para um abraço.

Acho que foi um dos momentos em que eu mais me senti amada na minha vida e aquele buraco aberto anos atrás, e que ainda sangrava, começou a se curar um pouco.

 

SEBASTIAN

Liguei para o amigo de Mia assim que terminei de falar com Hunter.

Meu amigo estava ainda tão chocado quanto eu e me aconselhou a dormir para descansar a mente para que ela pudesse pensar no que fazer no dia seguinte.

Porém, do jeito que eu estava, não conseguiria dormir tão cedo.

— Alô, patrão, o que é que manda?

— Esqueça o e-mail corporativo acha que consegue acesso ao endereço pessoal de Boscher?

Ele assoviou do outro lado.

— O que eu não consigo, né, patrão?

— Conseguiria fazer isso com que rapidez? — perguntei.

O amigo de Mia fez uma pausa. Não era um bom sinal.

— Um mês e meio. Um mês se eu bolar as aulas da faculdade.

Suspirei.

— Não vou ser o culpado de você levar bomba.

— Mas talvez me coloque na cadeia...

— O quê?

— Nada, patrão.

Passei uma mão no rosto.

— Só me prometa que se tiver a oportunidade de agilizar, você fará isso por mim? Te pago um bônus.

Além da fortuna que já estava desembolsando.

 Você que manda, patrão.

— Caso consiga entrar logo, anote esses endereços de e-mail, vai ser prioridade encontrar alguma coisa direcionada ou ligada a eles...

Eu comecei a ditar e o garoto anotou.

Quando a ligação terminou, me soltei no sofá.

Se tudo aquilo era real, eu precisava ter uma boa carta na manga. Não podia apenas ter supostas movimentações estranhas entre a conta da empresa e funcionários que tinham se demitido. Aquilo nunca se sustentaria.

Precisava de uma coisa concreta.

Meu Deus, eu estava parecendo um louco.

Resolvi seguir o conselho de Hunter e ir descansar, o dia tinha sido mentalmente exaustivo e eu só precisava me desligar um pouco.

Deitei na cama e encarei o teto.

Incapaz de conter a tentação, peguei o celular e abri a galeria de fotos.

As duas semanas que passei com Olivia eram os últimos registros.

Abri uma foto que só tinha ela, de braços cruzados, impaciente porque eu disse que queria tirar uma foto dela ao lado de uma estátua de um anjo. Uma composição de bem e mal, eu disse depois que fiz o clique e ela me mostrou o dedo do meio.

Dei zoom e observei cada detalhe de seu rosto.

Meu celular tocou, tirando a imagem da tela e substituindo-a por NÚMERO DESCONHECIDO.

 

OLIVIA

alguns minutos antes

Minha mãe disse que os meus presentes estavam lá no salão que meu pai havia construído.

— Iríamos deixar no seu quarto, mas Patricia deixou presente um enorme, então resolvemos colocar lá mesmo. Se for demais entrar lá...

Balancei a cabeça.

— Está tudo bem. Não tem problema.

Meu pai havia deixado o caminho que segui no casamento, o mesmo que ligava a casa até o pequeno salão.

Caminhei por ele lembrando o quão feliz eu tinha estado naquele momento.

Antes de tudo.

Na porta principal, agora havia uma plaquinha, sem dúvidas desenhada por Lucy, em que se lia "Cantinho da Liv".

Sorri comigo mesmo e empurrei a porta.

Todas as decorações do casamento haviam sido tiradas, o que era bom, embora o momento em que entrei no salão da cerimônia fosse uma imagem embaçada para mim até aquele momento.

As cadeiras haviam sido organizadas num canto e o salão estava lotado de presentes.

Na frente de todos, havia um bilhete da minha irmã dizendo que parte deles eram presentes de casamento que os conhecidos da cidade deram para mim e para Sebastian. Ela tinha os separado no lado direito do cômodo, caso eu não quisesse ou não me sentisse pronta para abrir.

Eu realmente tinha que agradecer mais pela família que tinha.

No lado esquerdo estavam os presentes de todos os meus parentes, os de perto e os de longe. Havia coisas que literalmente não eram para mim e provava que a pessoa pegou a primeira coisa que sentiu no coração e outras lembrancinhas tão fofinhas, como o caderno que uma de minhas tias tinham feito a mão com fotos e meus desenhos horríveis de todas as vezes que eu tinha passado o fim de semana na casa dela.

Uma das minhas tias-avós, que morava ainda mais no interior, me deu um conjunto tão curto, tão curto que eu ainda estava decidindo se não era uma lingerie até ver o bilhete dizendo que para eu ficar mais parecida com as mulheres da capital.

É, algumas pessoas não tinham superado minha mudança de ares mesmo quase uma década depois.

Uma prima disse que havia ouvido sobre "mais um noivado que não tinha dado certo" e escreveu que "todos os homens eram porcos estúpidos" e havia me dado o que ela chamou de uma companhia muito melhor.

E, sim, o presente era um consolo.

Depois de rir com algumas cartinhas e querer jogar algumas no fogo, eu finalmente cheguei nos da minha família.

Meu pai havia me dado um notebook de última geração junto com uma recomendação de: "Trabalhe, mas lembre que ele também é capaz de enviar mensagens para sua família".

Eu ri.

Sempre muito sutil.

Minha mãe, por sua vez, me deu um vestido que me deixou de boca aberta.

Ele era de um azul marinho tão escuro que chegava a parecer ser preto às vezes. O tecido brilhava de cima a baixo. O decote na frente era generoso, mas o de trás era quase escandaloso.

No bilhete, estava escrito:

"Esse vestido, acredite ou não, foi meu quando eu tinha a sua idade. Pedi alguns ajustes para ficar mais moderno, mas acho que continuou tão lindo quanto antes. Uma vez percebi que você ficou encantada com um desses estilo quando fomos às compras, mas hesitou em comprar. Bem, esse vestido sempre me fez sentir poderosa e linda enquanto usava, espero que faça você sentir o mesmo."

Guardei a peça com cuidado, ainda maravilhada com a qualidade e beleza.

O resto dos meus irmãos se dividiram entre me dar presentes que eu amaria e outros para tirar uma com a minha cara, o que me fez rir bastante.

Encontrei o presente de Patricia no meio de tudo e, pelo formato, ela tinha mantido a tradição de presentear com DVDs de filmes aparentemente de gosto duvidoso para assistirmos juntas até o ano seguinte.

O que não explicava o que poderia ser a caixa enorme — maior do que eu — encostada na parede.

Se aquele não era de Patricia...

Levantei do chão indo até ele.

Rasguei a primeira embalagem e um cartão caiu.

Minhas mãos estavam trêmulas quando peguei e abri:

 

5 anos.

For your eyes only,

I'll show you my heart.

Parabéns, Lili.

 

Um bolo se formou na minha garganta e me forcei a tirar o tecido que protegia o presente.

A primeira coisa que notei foi a moldura de madeira no estilo que Patricia costumava fazer e então... todo o mural ficou visível.

Folhas de diferentes tamanhos e texturas, organizadas juntas, todas representando ninguém além de mim.

Algumas eram completas: meu rosto, meu busto, às vezes até a cintura. Outras eram detalhes: meus olhos, meus dedos, minha boca, meu sorriso.

Eu concentrada, sorrindo, brava, pensativa.

De frente e de perfil.

Percebi o padrão só depois de alguns minutos: as figuras estavam organizadas em ordem cronológica. Os primeiros, mais perto do topo, eram os mais incompletos, como se Sebastian ainda estudasse os meus detalhes, arriscasse nos traços. Conforme o tempo passava, os riscos eram mais precisos e confiantes, ele juntava o quebra cabeça...até os mais recentes que quase sempre era o meu rosto completo.

Meu corpo como uma estrela do mar sobre a cama, meu rosto emoldurado pelas luzinhas que eu havia decorado no meu refúgio, nós dois nos encarando através do reflexo no espelho.

Eu do outro lado do salão, vestida de noiva.

Eu no meio da chuva dizendo a ele para não me procurar mais.

Não importava quantas vezes eu piscasse, as lágrimas não conseguiam mais ser contidas. Minhas pernas vacilaram e eu resolvi me sentar novamente, erguendo a cabeça.

Incapaz de deixar de olhar o presente mais lindo que já havia recebido em toda a minha vida.

Considerando o desenho da última vez que o vi, ele havia juntado tudo aquilo recentemente, mesmo depois de tudo que falei para ele.

Mesmo...depois de tudo.

Peguei meu celular e num impulso quase liguei direto para Sebastian.

Pensei melhor e coloquei a função de esconder o meu número.

No segundo toque, ele atendeu.

 

SEBASTIAN

— Alô?

Nenhuma resposta.

— Alô? — falei novamente e olhei para a tela do celular para conferir se a ligação tinha caído.

Não tinha.

Coloquei novamente no ouvido e então pude reparar na respiração do outro lado. Não havia mais nenhum barulho ao fundo, só a respiração baixa.

— Olivia?

Nada.

Fechei os olhos, jogando um braço sobre a testa.

— Vamos ficar mesmo ouvindo apenas a respiração um do outro? Por mim tudo bem.

Esperei alguns minutos, dando espaço para uma resposta que não veio.

— Isso tem uma vibe meio Michael Myers, ficar escutando assim, mas eu não ligo. É uma experiência interessante. — Suspirei. — Bem, de qualquer forma, vou supor que é mesmo Olivia do outro lado. Vou imaginar que você está de frente para o seu presente de aniversário. Vou imaginar que achou que eu deixaria passar em branco. Mas repito que não tem um dia que eu não pense em você, Olivia.

Ouvi um fungar do outro lado da linha.

— Acho que consegue perceber isso tendo todos esses desenhos como prova. A maioria deles foram formas de te manter comigo a todo tempo durante esses anos. Quando eu ainda nem sabia o que significava o fato de você não sair da minha cabeça. — Respirei fundo. — Geralmente quando tenho uma ideia fixa sobre algum desenho, preciso pôr no papel se quiser que ela vá embora.

Coloquei o celular no alto-falante e o posicionei ao lado da minha cabeça, enquanto encarava o teto.

— Acho que você é minha ideia fixa eterna porque cada vez que termino uma versão de você no papel, outra ocupa o lugar na minha mente. — Fiz uma pausa. — Foram anos tão confusos. Tão ridículos...Mas gosto de pensar que eles foram essenciais para o que a gente viveu. Cada desencontro, cada briga, cada provocação...eu faria tudo de novo, sabia? Apesar de pensar vários "e se?": E se eu entendesse antes o que sentia por você? E se eu dissesse primeiro que desde o primeiro dia que te vi você não saiu da minha cabeça?E se eu dissesse que encontrar você foi como ter um claro entendimento de quem era a pessoa certa para mim e descobrir que eu era condenado a nunca tê-la de verdade?

"Primeiro você estava noiva, depois nós brigamos tanto que era impossível imaginar que daríamos certo, então você me deu os melhores dias da minha vida para enfim descobrirmos que nunca poderíamos ficar juntos."

Ouvi a respiração falhar do outro lado e era como se o meu coração estivesse sendo arrancado do peito lentamente.

— Você me disse que se eu te amasse de verdade, Olivia, ficaria longe. Acho que você não faz ideia o quanto te amo. Não faz ideia que a cada dia algo me faz te amar ainda mais. — Fiz uma pausa tentando manter minha voz clara e firme quando ouvi um soluço tão baixo que parecia ser coisa da minha imaginação. — Esse mural é seu e mostra como é você, só que dentro de mim. Dentro do meu coração. É um pedaço dele, Olivia. Apenas para que você veja como eu te vejo, o que significa para mim e por que eu prometo que vou dar um jeito de acertar tudo entre nós ainda que pareça impossível. Mesmo que qualquer pessoa diga o contrário, eu acredito em nós. — Ela soltou o ar com cuidado. — Espero que você acredite também.

 

OLIVIA

Eu não tive mais controle sobre as lágrimas que desciam pelo meu rosto. E não sei quanto tempo fiquei ali chorando quieta com Sebastian do outro lado da linha.

Não lembro quem desligou primeiro ou em que momento eu peguei no sono apenas ouvindo a respiração de Sebastian.

Mas eu me lembrava de ter dito em silêncio que também queria acreditar em nós.

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Notas finais do capítulo

Heeyyy, meus amores!

5 CAPS TO GO!!!

ME CONTEM O QUE ACHARAM!!! alguém vivo? eu to só o espírito, lavei minha alma chorando nesse cap. a família de olivia, o presente, a ligação ( estou pronta para pular de uma ponte)

ME CONTEM: OQ NÃO PODE FALTAR NESSES PROXIMOS CAPÍTULOS (sim eu sei q vcs querem a julie na cadeia)

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A gnt se vê !!

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